segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

PSTU E “MAIS” REPRODUZEM A NOTA CANALHA DA CUT ILUDINDO OUTRA VEZ OS TRABALHADORES: NOVA ENGANAÇÃO ACENA COM MAIS UMA FARSA DE “GREVE GERAL” LEGITIMADA POR ESTES DOIS GRUPOS EM DISPUTA PELO APARATO SINDICAL DA CONLUTAS


Em um consenso que foi da CUT até a CSP-Conlutas, o conjunto da burocracia sindical se reuniu na última sexta-feira (08.12) e aprovou o eixo distracionista de pressão sobre o parlamento “Se botar para votar, o Brasil vai parar”. Novo encontro entre as entidades foi indicado dia 14 “para avaliar as movimentações na Câmara dos Deputados e a possível colocação da reforma em pauta”. Segundo o presidente da CUT, “A greve acontecerá no dia em que os golpistas colocarem para votar a nova proposta de reforma”, disse Vagner Freitas. Em resumo, mais um dia de luta domesticado e atos pontuais no horizonte, quando já passa da hora a convocação de uma verdadeira greve geral por tempo indeterminado nesse mês de dezembro para derrotar Temer e suas reformas neoliberais. A tal “jornada de mobilização” deliberada passa longe de paralisar fábricas, transportes, comércio e escolas. Na verdade se resume, segundo as próprias Centrais “em ações como, abordagem aos parlamentares nos aeroportos, idas aos gabinetes dos deputados e deputadas, denúncias em suas bases eleitorais, assembleias com os trabalhadores e trabalhadoras, panfletagens à população”. Os piadistas seguem afirmando pérolas como “Eles não votaram porque nós conseguimos disputar a opinião pública e vencer. O povo entendeu que não é reforma, é desmonte, é o fim do direito de se aposentar” quando na verdade Temer avança na conquista de votos para aprovar o duro ataque no parlamento, enquanto a nova lei trabalhista vai liquidando conquistas! Trata-se de uma decisão de classe da burguesia, que cedo ou tarde, será imposta se não houver desde já resistência da classe operária e do conjunto dos explorados! A piada maior vem da esquerda revisionista com o PSTU e MAIS reproduzindo a nota canalha da CUT, continuando a colaborar com o circo armado pela burocracia sindical para iludir e desmoralizar os trabalhadores. Tanto que a Conlutas e Intersindical respectivamente representadas por Carlos Prates, o Mancha e Edson Carneiro, o Indio, longe de denunciar a farsa em curso, trataram de integra-se a ela, assinando a nota distracionista do conjunto das centrais! O Esquerda Online do MAIS soma-se ao teatro ao afirmar que “Dirigentes orientam que os trabalhadores permaneçam mobilizados em assembleias, panfletagens e pressionando os deputados contra a proposta do governo Temer”. O site do PSTU tratou de patrocinar o mesmo engodo! Nenhuma linha de denúncia da política de sobotagem da CUT, CTB, FS e das centrais amarelas, no máximo um “lamento” que uma data exata não foi ainda deliberada quando a convocação de uma greve geral por tempo indeterminado já passa da hora! O mais irônico é que PSTU e MAIS seguem uma dura disputa pelo aparato sindical da Conlutas enquanto aplicam a mesma política de pressão parlamentar no movimento operário. Na recente reunião da Conlutas que escolheu sua executiva nacional ficou dividida quase meio a meio, enquanto no Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém o PSTU vetou uma chapa conjunta com o MAIS. Esses grupos da esquerda revisionista (PSTU e MAIS) patrocinam mais uma vez essa enganação de “Greve Nacional” apresentando essa barganha cínica da burocracia sindical traidora como se fosse uma verdadeira Greve Geral, montando um cenário de ilusão e desmoralização entre os trabalhadores e sua vanguarda. Nesse sentido não passam de auxiliares políticos da Frente Popular e seus parceiros! Nós da LBI defendemos mais uma vez a necessidade de se convocar um Congresso Nacional de base dos Trabalhadores que rechace esses burocratas canalhas e aponte o caminho da luta direta e revolucionária para derrotar Temer e suas reformas neoliberais, se constituindo como um embrião de poder proletário que supere a política de ilusões no circo eleitoral da democracia burguesa e na pressão sobre o parlamento burguês. Esta é a senda da vitória e não a fictícia unidade com esses verdadeiros traidores da classe operária que não passam de sustentáculos do carcomido regime político capitalista!