quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

POR UMA NOVA INTIFADA PARA RECUPERAR JERUSALÉM E TODO O TERRITÓRIO HISTÓRICO DA PALESTINA OCUPADA: PELA DESTRUIÇÃO DO ENCLAVE SIONISTA! LUTAR EM DEFESA DE UMA PALESTINA SOVIÉTICA BASEADA EM CONSELHOS DE OPERÁRIOS E CAMPONESES ÁRABES, PALESTINOS E JUDEUS!


Há poucas horas Trump reconheceu oficialmente Jerusalém como capital da ocupação sionista: “Hoje finalmente reconhecemos o óbvio: que Jerusalém é a capital de Israel. Isso é nada mais nada menos do que o reconhecimento da realidade. Também é a coisa certa a fazer. É algo que tem que ser feito”. Em seu discurso, o presidente ianque afirmou que “é tempo de oficialmente reconhecer Jerusalém como capital de Israel” e que toma a decisão “no melhor dos interesses dos Estados Unidos”. Pateticamente, Nabil Abu Rudeineh, porta-voz da Autoriadade Nacional Palestina, divulgou um comunicado no qual Abbas antes do anúncio “alertou Trump sobre as perigosas consequências de tal passo para o processo de paz e para a segurança e a estabilidade na região e no mundo”. A embaixada norte-americana será transferida de Tel Aviv para Jerusalém. A mudança da Embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém foi aprovada em 1995 pelo Congresso. Em sua campanha eleitoral, Trump prometeu levar a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. Há 70 anos, em 29 de novembro de 1947, a resolução 181 da ONU de criação do encalve sionista em terras palestinas situava provisoriamente a cidade sob administração internacional. Mas logo a parte ocidental foi ocupada por Israel, e depois da Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, também o lado oriental tudo com o aval do imperialismo ianque. A recém-fundada Organizações das Nações Unidas, substituta da antiga Liga da Nações, através da iniciativa dos Estados Unidos, e com o apoio entusiástico da URSS, decreta em 1947 a divisão definitiva da Palestina entre um Estado judeu e outro árabe palestino. O stalinismo, após os acordos de Yalta, deixará o Oriente como uma área de influência do imperialismo ianque, além da consideração do sionismo, em sua versão trabalhista como um aliado político, com o qual desenvolverá uma frente popular em Israel. O velho Partido Comunista palestino logo mudará seu nome para israelense por considerar as massas árabes e palestinas como atrasadas e feudais. Antes mesmo da oficialização do Estado de Israel, as tropas do Irgun retomam os massacres aos palestinos, como a chacina da aldeia de “Deir Yassin”. Era o prenúncio do terrorismo sionista que irá assolar o povo palestino até hoje. Desde então os sionistas têm incrementado o número de ameaças em locais religiosos não-judaicos e intensificado o plano de “judaização” da Jerusalém Oriental, aumentando a construção de colonatos e expulsando os palestinos de suas casas, que são muitas vezes demolidas. O chacal sionista, Benjamin Netanyahu, disse nessa quarta-feira que o reconhecimento marca “um dia histórico e um importante passo para a paz”, obviamente referia-se a paz dos cemitérios, fruto da ofensiva militar que a ocupação desencadeará contra o povo palestino com a decisão de Trump. O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, prometeu convocar uma Nova Intifada: “Devemos convocar e devemos trabalhar no lançamento de uma intifada diante do inimigo sionista”, disse o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um discurso em Gaza, de acordo com a Reuters. O fim dos constantes massacres do povo palestino, assim como a realização da sua justa aspiração nacional para a constituição de uma verdadeira pátria, não passa, como já dissemos, pelos reacionários “acordos de paz” e a criação de um protetorado palestino sob as botas do Estado terrorista de Israel. Para os Marxistas Revolucionários, a caracterização de Israel como um enclave do imperialismo estabelecido contra a luta das massas árabes do Oriente Médio é fundamental para defendermos a sua destruição, como parte de um programa revolucionário para os trabalhadores palestinos. A essência de todos os conflitos militares travados na região reside na própria arena da luta de classes internacional, sendo a existência de Israel, um enclave militar artificialmente implantado no coração do Oriente, fundamental na repressão dos interesses do imperialismo mundial em uma região estratégica, pelas reservas petrolíferas, para o funcionamento da economia capitalista no planeta. É uma tarefa do conjunto do proletariado de todo mundo, inclusive o judeu, a destruição deste gerdame imperialista, no sentido de impulsionar enormemente a luta dos povos contra a exploração capitalista. As ilusões que poderiam ser despertadas com a farsa dos acordos de paz, sobre os setores da população mais castigados e céticos por longos anos de sofrimento, se desfizeram antes mesmo de alcançarem alguma envergadura. A humilhação permanente dos sionistas sobre a malfadada “Autoridade Nacional Palestina” tem contribuído em muito para isso. A tensão revolucionária que permeia a Palestina ocupada não conseguiu ser quebrada nem pela violenta reação militar, tampouco pelo pacto OLP-sionismo. Está aberta toda uma etapa, marcada pela resistência e grandes lutas que rapidamente porão abaixo o acordo traidor, colocando como centro a conquista de um verdadeiro Estado nacional. A única alternativa que poderá dar uma resolução cabal à legítima reivindicação nacional do povo palestino, assim como livrar as massas e trabalhadores da região de seus gigantescos sofrimentos ao longo de vários séculos, é a defesa de uma Palestina Soviética baseada em conselhos de operários e camponeses palestinos e judeus. A expropriação do grande capital sionista, alimentado em décadas pelo imperialismo ianque, impossível de ser conquistada sem a destruição do Estado de Israel, garantirá a reconstrução da Palestina sob novas bases, trazendo para seu povo o progresso e a paz tão almejada durante 70 anos de guerra de rapinagem imperialista na região.