quinta-feira, 3 de maio de 2018

ESVAZIADO ATO DE PRIMEIRO DE MAIO NA PRAÇA DA SÉ (SP) E FESTA ELEITORAL DO "LULA LIVRE" NA REPÚBLICA: A AUSÊNCIA DA MILITÂNCIA NESTA IMPORTANTE ATIVIDADE É PRODUTO DIRETO DA POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DO REFORMISMO PETISTA E DO PSOL


A LBI participou o ato de 1º de Maio na Praça da Sé. Foi o mais esvaziado dos últimos anos, em função da política de colaboração de classes da Frente Popular e da orientação direitista do PSTU, que sequer compareceu a atividade, tamanha sua desmoralização política. Por sua vez, o PSOL e a Intersindical jogaram peso na festa da CUT na Praça da República, ficando completamente a reboque da linha do PT e de seu eleitoralista “Lula Livre”, carente que qualquer medida concreta de luta direta. A LBI colocou sua banca de publicações e distribui centenas de panfletos e jornais Luta Operária. Estavam presentes a TPOR e o PCB.


A militância da Juventude Bolchevique também chegou cedo na Praça da Sé, fazendo honrar a máxima de Trostky de que “a IV Internacional caminha com sapatos de criança, sua força não está no tamanho e sim no programa revolucionário”. São jovens revolucionários que no último período enfrentaram os governos Tucanos de Alckmin e Dória, seus ataques a educação e os direitos dos trabalhadores.


Por sua vez, uma delegação de militantes da LBI, que participava do ato de Primeiro de Maio na região central da capital, deslocou-se até o Largo do Paissandu para prestar solidariedade com as famílias desalojadas pela prefeitura tucana devido ao incêndio criminoso que levou ao chão a moradia dos sem-teto. A palavra de ordem é permanecer no local, acampados, até que o Estado burguês atenda todas as reivindicações sociais, que somente serão conquistadas com luta e a solidariedade incondicional de todo o movimento de massas! A enorme tragédia anunciada não atingiu somente as famílias que ocupavam o antigo prédio da PF, que desabou depois do criminoso incêndio. A prefeitura da capital paulista, com total apoio de órgãos estatais, aproveitou a grave situação para promover o despejo de pelo menos cinco prédios, também ocupados por famílias carentes, no entorno do Largo do Paissandu. A revolta da população com a calamidade criada pela especulação imobiliária urbana, quase provoca o linchamento do golpista Temer que pretendia fazer demagogia com a tragédia das famílias atingidas, "visitando" a região no feriado de 1º de Maio.


Durante o período da tarde, a militância da LBI se dirigiu a Praça da República para distribuir a declaração do 1º de Maio, intitulada “Brasil, Venezuela e Síria: derrotar a ofensiva reacionária e neoliberal do imperialismo! Não a política de conciliação de classes do reformismo e da socialdemocracia! Construir o Partido da Revolução Mundial!" A banca de Publicações da LBI recebeu a visita de uma delegação de militantes em defesa da Causa Palestina. Como Marxistas Revolucionários lutamos para que o proletariado mundial atue com seus métodos e com total independência política em frente única com esses governos nacionalistas, reformistas ou frente populistas para derrotar as investidas do imperialismo. Na mesma trincheira das forças operárias, democráticas e populares que apoiam essas direções burguesas contra o inimigo maior dos povos, como nos ensinou Lênin, forjamos as condições pela construção entre as massas de uma genuína direção comunista, operária e revolucionária, o Partido da Revolução Mundial, a IV Internacional. Como Trotskystas e Internacionalistas sabemos combater a Frente Popular sem nos tornarmos um braço auxiliar do fascismo ou da direita. Nosso chefe revolucionário, Leon Trotsky, combateu o Stalinismo e o Nacionalismo burguês sem capitular a reação burguesa, tanto na URSS como no México, nos seus últimos dias de vida, legou-nos essa lição fundamental que mantemos vivas nesse 1º de Maio, dia internacional de luta dos trabalhadores! Desgraçadamente, muitas das correntes que se reivindicam Trotskystas viram as constas para os ensinamentos de nosso mestre Bolchevique. Estamos nos referindo diretamente ao PSTU, MAIS e MRT. Estes agrupamentos se proclamam formalmente pela construção de uma alternativa revolucionária contra a Frente Popular, o reformismo ou nacionalismo burguês mas tem uma conduta errática, adotando no Brasil, Venezuela e Síria posições conflitivas ou mesmo opostas. Essa completa desorientação política fez com que esses grupos sequer intervissem no 1º de Maio desse ano em São Paulo. Enquanto os dirigentes do MAIS foram para Curitiba avalizar o eleitoreiro “Lula Livre”, PSTU e MRT, ambos em crise profunda, sequer tiveram força para intervir no Dia Internacional de Luta dos trabalhadores!