sábado, 3 de fevereiro de 2018

REAJUSTE SALARIAL DE 6% DOS SERVIDORES FEDERAIS “BANCADO” POR LEWANDOVSKY DO STF É MAIS UMA “FAKE NEWS” QUE UNIU A BUROCRACIA DO CONDSEF E A MÍDIA “MURDOCHIANA”

POR: ELZA CAMPOS, NUTRICIONISTA APOSENTADA DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (CNAE)


O suposto reajuste salarial de 6% ao conjunto dos servidores públicos federais, "bancado" por uma sentença liminar do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandovsky, após o golpista Temer cancelar um acordo salarial realizado ainda no governo Dilma Rousseff, não passa de mais uma "fake news", patrocinada pela mídia "murdochiana" em conjunto com a burocracia sindical da CONDSEF (Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal). Este referido "aumento" anual no vencimento dos servidores (muito abaixo das perdas salariais e da própria inflação real ocorrida em 2017) deveria ter entrado agora no contracheque de fevereiro dos mais de dois milhões de trabalhadores (ativos e inativos) da União, mas para a "decepção" geral somente cerca de 200 mil "privilegiados" receberão o minguado reajuste. Entre entre as categorias de servidores contempladas estão a PF, PRF, Peritos do INSS, DNIT, Auditores Fiscais da Receita Federal e do Ministério do Trabalho e carreira jurídica da União, totalizando 253mil (cerca de 10% do total de trabalhadores da União). A grande massa do funcionalismo federal amargará mais um ano de perdas salariais, acumulando um profundo arrocho "herdado" dos governos FHC, Lula, Dilma e agora do bandido Temer. Os aposentados são os mais penalizados com esta covarde política salarial, enquanto os servidores na ativa ainda conseguem se "virar" com uma gratificação, diárias ou alguma bonificação por desempenho de função. As carreiras de elite do funcionalismo federal, não se ressentem da ausência de reajuste salarial, são "agraciadas" com generosidade: "auxílio moradia", cartões corporativos, cargos comissionados, etc...Como recentemente afirmou de forma cínica o justiceiro Sérgio Moro: "Nosso auxílio moradia é para compensar os baixos salários". Porém o mais escandaloso diante deste quadro de sucateamento generalizado do Estado, é o imobilismo das direções sindicais do funcionalismo público (CONDSEF) que chegaram a "repercutir" a sentença de Lewandovsky como sendo uma "grande vitória de toda a categoria", quando não passava de uma medida extremamente parcial e limitada. É necessário organizar imediatamente uma campanha salarial de emergência pela base de todo o funcionalismo público federal, para a reposição de nossas perdas há mais de uma década, passando por cima da burocracia sindical da CONDSEF (PT, PSTU e PSOL) que só "trabalha" para realizar "congressos em hotéis de luxo", como forma de justificar de alguma forma as verbas recebidas e sua profunda paralisia política.