quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

48 ANOS DO COVARDE ASSASSINATO DO COMANDANTE MÁRIO ALVES: UM VALENTE HERÓI DO GLORIOSO COMBATE CONTRA OS GENOCIDAS DO REGIME MILITAR!


Mário Alves ingressou no PCB, aos 15 anos na Bahia, em pleno Estado Novo de Getúlio Vargas. Nesse primeiro período participou das lutas estudantis e das lutas populares contra o nazifascismo, impulsionando a campanha do "Partidão" pela exigência da participação do Brasil na guerra ao lado das forças imperialistas aliadas. Passada a II Grande Guerra, por sua destacada participação nas frentes de batalha, particularmente com a derrota que o proletariado e o Exército Vermelho da URSS infligiram ao exército de Hitler, os stalinistas fortalecem sua influência política no Brasil. O PCB foi legalizado e Mário Alves eleito para o comitê regional do Partido na Bahia.

Pouco depois, o governo Dutra impôs uma dura repressão ao PCB que foi colocado na ilegalidade. Mário Alves seguiu para o Rio de Janeiro, já casado com sua companheira Dilma Borges, mas, ainda perseguido, transferiu-se para São Paulo, onde trabalhou na revista Problemas. Viajou para a União Soviética em 1953 a fim de participar de um curso de Marxismo-Leninismo. Em 1957 foi eleito membro do Comitê Central do PCB. Em 1958, viajou para a República Popular da China e assumiu a direção do jornal Novos Rumos do PCB. Mário Alves dominava vários idiomas e durante o período de clandestinidade trabalhou como tradutor para garantir seu sustento financeiro.

No início da década de 1960, atuou na secretaria nacional de educação do PCB e começou a polemizar com as posições da maioria do Comitê Central do Partido. Defendia que a aliança privilegiada que os operários deviam consolidar seria com os camponeses e não com a burguesia "nacional", como era defendida pelos prestistas do PCB. A partir do golpe militar de 1964, Mário Alves passou a viver novamente na clandestinidade, sendo preso em julho. Foi libertado em 1965, graças a um habeas corpus.

A luta política dentro do PCB intensificou-se. A maioria do CC defendia a continuidade da política em relação ao que denominavam "burguesia nacional" e a via pacífica para derrotar a ditadura militar. Um conjunto de dirigentes históricos e militantes, entre eles Mário Alves e Carlos Marighella, rompem com essa política e defendem a resistência armada por meio de de organizar a luta de guerrilha contra regime. Mario Alves, defendendo a importância de organizar um novo partido de vanguarda, junto com outros quadros históricos, como Apolônio de Carvalho e Jacob Gorender, fundou o PCBR em 1968, tornando-se seu secretário-geral.No dia 16 de janeiro de 1970, aos 46 anos, Mário Alves desapareceu depois de sair de sua casa no bairro da Abolição, subúrbio carioca. Foi preso pelo DOI-CODI e levado ao quartel da Polícia do Exército, na rua Barão de Mesquita, Tijuca, um dos centros de tortura da ditadura. Foi espancado barbaramente de noite, empalado com um cassetete dentado, o corpo todo esfolado por escova de arame, por se recusar a prestar informações exigidas pelos torturadores do 1° Exército e do DOPS. Alguns presos políticos que ali estavam, entre eles Antônio Carlos Carvalho (Tonico), René Carvalho e Raimundo Teixeira Mendes, presenciaram sua agonia e denunciaram, ainda no período da ditadura, as condições de sua morte, desmentindo versões oficiais que negavam o ocorrido.

Sua companheira escreveu na época uma carta ao comandante do I Exército Siseno Sarmentoperguntando o destino do marido e foi entregá-la pessoalmente. Ao voltar para saber a resposta foi submetida a interrogatório e ameaçada por caluniar o exército sem testemunhas.Ela e sua filha Lúcia conseguiram, em 1987, que a União reconhecesse a responsabilidade civil por sua prisão, morte e danos morais. Foi, assim, o primeiro caso em que a União reconheceu sua responsabilidade por um desaparecimento político.

No dia 16 de janeiro de 1970, aos 46 anos, Mário Alves foi capturado pelos organismos de repressão, depois de sair de sua casa no bairro da Abolição, subúrbio carioca.Foi preso pelo DOI-CODI e levado ao quartel da Polícia do Exército, na rua Barão de Mesquita, Tijuca, um dos centros de tortura da ditadura militar. Foi espancado barbaramente de noite, empalado com um cassetete dentado, o corpo todo esfolado por escova de arame, por se recusar a prestar informações exigidas pelos torturadores do 1° Exército e do DOPS. Alguns presos políticos que ali estavam, entre eles Antônio Carlos Carvalho (Tonico), René Carvalho e Raimundo Teixeira Mendes, presenciaram sua agonia e denunciaram, ainda no período da ditadura, as condições covardes de sua morte, desmentindo versões oficiais que negavam o ocorrido.Sua companheira escreveu na época uma carta ao comandante do I Exército Siseno Sarmento perguntando o destino do marido e foi entregá-la pessoalmente. Ao voltar para saber a resposta foi submetida a interrogatório e ameaçada por caluniar o exército sem testemunhas. Ela e sua filha Lúcia conseguiram, em 1987, que a União reconhecesse a responsabilidade civil por sua prisão, morte e danos morais. Foi, assim, o primeiro caso em que a União reconheceu sua responsabilidade por um desaparecimento político. Mário Alves foi um dos nossos heróis no valente combate aos genocidas do regime militar. Sua memória ficará viva nas gerações dos novos militantes Marxistas Leninistas!