quarta-feira, 13 de setembro de 2017

LULA EM CURITIBA: MAIS UMA TENTATIVA VÃ DE CONVENCER A BURGUESIA NACIONAL DE QUE É A MELHOR ALTERNATIVA PARA A CRISE CAPITALISTA


Em um novo depoimento sem grandes "novidades", onde o justiceiro Moro tentou acuar o ex-presidente pelo fato de ter recebido "pequenos favores" de empresários "amigos", Lula repetiu a "simplória tese" de que a "República de Curitiba" e sua famigerada "Lava Jato" é refém da imprensa para condená-lo. Sem apontar os verdadeiros "chefes" da Força Tarefa e do "juizeco"( os cartéis imperilistas ianques), Lula omite para as massas que o acompanham como liderança os reais interesses econômicos e políticos que se escondem por trás da "República de Curitiba", caminhando em outro sentido acusa genericamente a "imprensa" de pretender a sua criminalização. É óbvio que Lula teve como estratégia poupar seus detratores e "aliviar" a responsabilidade dos barões da mídia, como a "Famiglia" Marinho, responsável pelo golpe parlamentar que lançou o país na atual barbárie neoliberal. Quanto a delação de Palocci, Lula evitou denunciar que seu ex-ministro da Fazenda, atua como um agente do capital financeiro no interior da Frente Popular, pelo simples fato de também ser "parceiro" de grandes banqueiros como é o caso do grupo Bradesco, beneficiado com privatizações de bancos estaduais em seu governo. O ex-presidente “operário” nem sequer mencionou as ajudas milionárias dadas a Rede Globo em seu governo, uma negociata articulada diretamente por Palocci com o clã Marinho em nome de uma “boa convivência” com a Frente Popular. Lula sabe que será condenado novamente pelo "justiceiro" Moro e evita o confronto, mas parece que confia que o próprio STF imerso em uma crise interna irá resgatar juridicamente sua candidatura presidencial para 2018. Com esta postura "respeitosa" frente a anturragem reacionária Morista, Lula tenta dialogar com a burguesia nacional para se apresentar como uma alternativa "responsável" diante das reformas neoliberais que nitidamente não terão condições de serem efetivadas pelo governo golpista da quadrilha Temer. Por sua vez Lula visa preservar suas relações com os grandes capitalistas e os empreiteiros em particular, alegando que “nunca tratou de cifras com a Odebrecht ou qualquer outro empresário do Brasil”. O petista mantém esse teatro porque não pode revelar o verdadeiro funcionamento do Estado capitalista, cuja engrenagem funciona como um comitê de negócios da burguesia, onde seus gerentes de plantão, como a Frente Popular, fazem dos recursos do Tesouro Nacional um indutor milionário das empresas privadas, que em troca pagam comissões (propinas) para todos os partidos da ordem, incluindo obviamente o PT, ainda que em valores e percentuais bem menores do que os repassados para o Tucanato e a quadrilha do PMDB. Após o julgamento, o PT, a CUT, o MST e seus satélites como o decadente PCO promoveram um ato eleitoral em apoio à candidatura Lula. Ainda que sejamos contra a perseguição e a possível futura prisão de Lula a ser definida pelo TRF e o próprio STF de acordo com as conveniências da burguesia, não avalizamos em nenhum momento a política de colaboração de classes do PT. Lutamos contra a ofensiva policialiesca e reacionária do Juiz fascistoide Moro contra o PT e o conjunto da esquerda, apresentado uma saída operária e revolucionária para a crise, o que passa pela construção de um verdadeiro Partido Revolucionário que não seja refém do circo eleitoral da democracia dos ricos.