quarta-feira, 19 de julho de 2017

PELO FIM DA PERSEGUIÇÃO DA “REPÚBLICA DE CURITIBA” E SEU JUSTICEIRO MORO A LULA! NENHUM APOIO A POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DO PT! LIBERDADE IMEDIATA PARA RAFAEL BRAGA E TODOS OS PRESOS POLÍTICOS DESTE AUTOCRÁTICO REGIME DEMOCRÁTICO-BURGUÊS


Neste dia 20 de julho ocorrerão em todo o país atos políticos contra a condenação de Lula pelo Juiz Moro. O PT está convocando a atividade da seguinte forma: “Eleição sem Lula é Fraude. Em defesa da democracia, contra as reformas, Fora Temer e por Diretas Já!”. Com esta “embalagem”, a Frente Popular tentar ampliar ao máximo o espectro político das entidades e organizações que convocam o ato, que incluiu além do PT, PCdoB, a CUT, MST, MTST e UNE. O PSOL oficialmente não está convocando a atividade, mas vários de seus dirigentes avisaram que participarão do protesto. A LBI, apesar de ser contrária a condenação, prisão e perseguição de Lula pelo Juiz Moro e a justiça burguesa opõem-se ao eixo político dos atos desta quinta-feira que na verdade serão parte da campanha eleitoral antecipada do PT à Presidência da República. Interviremos com total independência política nestas atividades, advertindo que não será com bajulações a figura de Lula, responsável político por incentivar a cobrança de "comissões" por todos os quadros do PT integrantes do governo e parlamento, que poderemos impedir a prisão de dirigentes da esquerda dentro e fora do PT. Somente a mobilização direta das massas será capaz de derrotar o Estado de exceção em pleno curso no país, cujo objetivo final é retirar direitos sociais e garantias democráticas do povo brasileiro para favorecer rentistas internacionais. Mesmo sob as ameaças de prisões e linchamento midiático, o comando da Frente Popular continua apostando em sua plataforma de conciliação de classes. Alertamos que serão os três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª região que decidirão o futuro de Lula, nesse sentido a burguesia nacional acompanhará passo a passo como cada um deles agirá para que arbitrem a sentença ("eleitoral") de Lula em plena consonância com os interesses da conjuntura política de 2018. O Juiz Sérgio Moro condenou Lula a 9 anos e seis meses de prisão. Na mesma sentença decidiu por não decretar a prisão do ex-presidente por “cautela”, leia-se que se submete a uma deliberação maior da burguesia nacional sobre o futuro eleitoral do PT para 2018, já que será o TRF a instância jurídica que dará a “palavra final” acerca da inelegibilidade ou não de Lula.  A pena foi baseada nas “delações premiadas contra o PT” que envolve o caso da compra e reforma de um apartamento Triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. Lembremos que existem outros processos como o do sítio de Atibaia. As acusações de corrupção contra Lula, o apartamento no Guarujá e do sítio chegam a ser ridículas e passam muito longe do verdadeiro processo de composição entre o Estado burguês e os grandes grupos capitalistas. A "simbiose perfeita" entre a chamada iniciativa privada e seus negócios com todas as instituições estatais não foi "inventada" pelo PT, nos governos da Frente Popular apenas se reproduziu a secular prática recorrente do capitalismo de "pagar" comissões a seus gerentes de turno. As chamadas "propinas" recebidas por todos os gestores públicos desde a instauração da república no século retrasado, os Marxistas caracterizam como "comissões" indutoras do regime político burguês, abrangendo todos os partidos legais, sejam de "esquerda ou direita". É absolutamente cristalino que o PT também recebeu e operou as "comissões" por cada negócio realizado entre a iniciativa privada e o Estado, sob os 13 anos de sua "gerência" central. Porém os fascistas da Lava Jato, todos corruptos de longa data do " poder judiciário" (vide o caso Banestado), não estão preocupados com a corrupção ou o recebimento de propinas generalizadas nesta república do capital, estão focados na destruição da Petrobras para beneficiar as grandes petrolíferas imperialistas. Ao mesmo tempo em que Moro e sua trupe treinada pela CIA paralisa a Petrobras e trabalha para quebrar financeiramente as grandes empreiteiras nacionais, protagoniza uma caçada fascista contra as lideranças históricas do PT. O objetivo político da "República de Curitiba" é obviamente limpar o terreno eleitoral  para 2018, eliminando o enorme prestígio de massas Lula, deixando livre a candidatura de Moro ao Planalto com o mote de "justiceiro dos corruptos". Nós Comunistas da LBI somos uma oposição radical e revolucionária aos governos neoliberais do PT, desde que Lula ascendeu à presidência da república em 2003, porém fomos a primeira organização de esquerda a denunciar a farsa midiática do processo do "Mensalão" e seu atual desdobramento ainda mais retrógrado e direitista: A empulhação da Lava Jato! Moro e Dallagnol são um engodo montado desde Washington para encobrir a privataria tucana e semear o terreno para a entrega do que ainda resta de economia nacional ao imperialismo ianque. O golpe institucional que levou Temer ao governo foi apenas o primeiro degrau de uma estratégia de instalar um regime de exceção  bonapartista, com a supressão das parcas garantias democráticas conquistadas com a luta e o sangue do nosso povo. Desgraçadamente setores da esquerda reformista e o próprio PT, foram cúmplices da ofensiva reacionária encabeçada pelo justiceiro Moro, agora vislumbram a víbora que alimentaram contra o conjunto dos movimentos sociais. A LBI convoca, em caráter de unidade de classe contra classe, todos as entidades classistas e democráticas a empreenderem uma jornada nacional de luta e denúncia política da farsa da Lava Jato, colando a esta iniciativa o combate frontal as reformas neoliberais que o governo golpista de Temer pretende implementar. Longe de “defender Lula e o PT” acriticamente ou lhe prestar qualquer tipo de apoio político ou eleitoral, a tarefa colocada para os setores mais conscientes do ativismo brasileiro neste exato momento é declarar que são os trabalhadores e seus organismos de classe os únicos que podem fazer o “ajuste de contas” com os burocratas vendidos da “Articulação” no PT e na CUT e não o arquirreacionário Moro, o TRF, o STF ou a PF. Para tanto, é necessário construir um partido operário revolucionário para superar o PT e a frente popular, postando-se como uma alternativa revolucionária também a corrompida “oposição de esquerda” encabeçada por setores do PSOL e o PSTU, que desejam ver Lula, Dirceu e Cia atrás das grades para tirar daí algum dividendo eleitoral, quando na verdade tal ato não faz mais do que reforçar as tendências fascistizantes do regime burguês contra os trabalhadores e suas conquistas democráticas e sociais. Não defendemos que justiça burguesa julgue Lula e outros dirigentes do PT. Por mais divergências que tenhamos com Lula e o PT sabemos que não são os sinistros órgãos de repressão do Estado burguês que devem julgar o ex-presidente petista, na medida em que como marxistas não reconhecemos nestes organismos capitalistas o poder para perseguir e condenar lideranças oriundas do movimento operário, por mais degeneradas e corrompidas que sejam. Por esta razão em nenhum momento negamos que o PT é cúmplice desse processo de cerco as organizações políticas como, por exemplo, ao aprovar a Lei Antiterrorista que abriu espaço para criminalizar os movimentos sociais, os sindicatos e as lideranças populares, mas esta constatação não altera nossa orientação principista de denunciar os ataques da MPF ao próprio Lula! Se não podemos depositar confiança política alguma nos dirigentes petistas, artificies da estratégia de colaboração com a burguesia nacional e setores das oligarquias regionais corruptas, também não se pode embarcar na canoa falsamente moralizadora da Lava Jato que abre as portas para o frenesi reacionário das elites racistas contra o conjunto da esquerda. A estratégia adotada pela cúpula do PT consiste em chamar a solidariedade da burguesia nacional contra a caçada humana a Lula promovida pela Lava Jato, acontece que a classe dominante compreende que o ciclo histórico do “neodesenvolvimento” lulista está encerrado. Por isso mesmo não é conveniente e oportuno arriscar a possibilidade de Lula chegar novamente ao Planalto em 2018. Trata-se de uma estratégia suicida, mesmo que Lula seja candidato em 2018 será derrotado por Moro, no marco dessa mesma operação fraudulenta em curso que une urna "roubotrônica", mídia e o grande capital que pavimenta pelo caminho eleitoral o estado de exceção que se gesta no Brasil. Convocamos a militância de base do PT e da CUT para somar forças na ação direta pela liberdade de todos os presos políticos deste autocrático regime democrático-burguês. A classe operária mesmo não reconhecendo o PT como um partido seu, deverá saber diferenciar seus inimigos principais e seus possíveis aliados circunstanciais, que neste caso se materializa na militância de base do partido e da CUT. Somente a mobilização permanente, com os métodos revolucionários da ação direta do proletariado, será capaz de libertar todos os presos políticos das masmorras do Estado capitalista. Ilusões disseminadas na defesa de em um suposto “Estado de Direito” no quadro desta República dos novos “barões” do capital só servirá para o movimento de massas acumular mais derrotas e retrocessos como estes que estamos assistindo agora, por essa razão nosso eixo político deve ser “Não a condenação de Lula pela farsa da Lava Jato! Superar a política de colaboração de classes do PT!”. Ao mesmo tempo, exigimos a liberdade imediata de todos os presos políticos da democracia dos ricos, como Rafael Braga e dos ativistas do MST e MTST perseguidos pela repressão estatal burguesa.