sábado, 29 de julho de 2017

MARCELO FREIXO DE “BICO BEM CALADINHO” DIANTE DA INTERVENÇÃO MILITAR NO RIO DE JANEIRO: PARA O PT E PSOL (AMBOS CAUDATÁRIOS DA MESMA POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES) O GOLPE SÓ SE APLICA QUANDO TRATA-SE DE ELEIÇÕES E PARLAMENTO BURGUÊS...


Freixo é um fervoroso entusiasta da política das UPPs, iniciada pelo governo de Sérgio "caveirão" integrado pelo PT carioca com o pleno aval de Lula. Demagogia "socialista" do PSOL só pode convencer muitos tolos ou carreiristas eleitoreiros de olhos voltados para o desempenho de Freixo em cada disputa parlamentar. Este parece ser o caso do corso das tendências revisionistas que habitam no interior do PSOL. Quando os confrontos diretos da luta de classes extrapolam as fronteiras do parlamento do Estado capitalista, Freixo, Lula e suas anturragens partidárias tradicionais sempre se postam no campo da burguesia, como agora com mais esta intervenção militar contra os pobres e negros da perferia e morros da "Cidade Maravilhosa". Segundo o governo Temer, as FFAA “vão ajudar na segurança do RJ até 2018” (FSP, 22/7). Trata-se na verdade de uma nova investida reacionária contra a população pobre e negra do Rio de Janeiro, rebelada em razão da falência completa do Estado fluminense e agora com o aprofundamento da crise econômica, como demonstram os aumentos dos combustíveis. O parceiros da Frente Popular faliram o Estado do Rio de Janeiro, sendo que Pezão, filhote de Cabral (PMDB) sequer está pagando os salários dos servidores públicos. Os trabalhadores precisam enfrentar essa ofensiva reacionária rompendo a paralisia imposta pelas direções reformistas e frente populista (PT, PCdoB e do PSOL). Essa política de conciliação de classes tem levado o movimento popular a um beco sem saída, com a liquidação de conquistas e direitos. Nesse marco os revolucionários tem a obrigação de denunciar o papel de Marcelo Freixo, defensor das ultra-reacionárias UPPs  e da “Operação Lava Jato”. Mesmo nesta espiral de violência da repressão estatal contra o proletariado, o PSOL defende que a polícia deva ser “mais eficiente e transparente”. Freixo reclama que as UPPs não chegam à totalidade dos morros cariocas para “combater as milícias”. Lembremos também que Freixo defende o enclave sionista. Não se trata de um debate meramente "teórico" internacional sobre o caráter de Israel, Freixo compartilha da implantação das UPP's nos morros e comunidades cariocas que contam com treinamento e tecnologia dos sionistas "pioneiros" na manutenção dos grandes guetos urbanos, como a atual Faixa de Gaza na Palestina ocupada.


A classe trabalhadora e o povo pobre não pode continuar indefeso contra a violência organizada do Estado capitalista e seus bandos mafiosos. Precisa organizar comitês de autodefesa pela expulsão do aparato repressivo das favelas, pela destruição das polícias e contra a intervenção das FFAA no Rio de Janeiro, como parte de um programa revolucionário que, através da unidade com os trabalhadores da cidade e do campo, exproprie a burguesia para que sobre os escombros desse Estado burguês corrupto e assassino se construa um poder de novo tipo, capaz de erguer um modo de produção social que garanta condições dignas de vida para o conjunto dos que trabalham e não que sirva para acumular capital a fim de engordar os bolsos de um punhado de parasitas mafiosos civis e militares! Nos últimos anos não faltaram as vozes na “esquerda” reformista em defesa da greve dos policiais, os arautos do “tradeunismo” vulgar dizem que são “trabalhadores fardados” e nesta condição vítimas da exploração e arrocho salarial como os outros servidores públicos. Os policiais, como uma categoria social, realmente são assalariados (e na sua grande maioria de origem proletária) e nisto se resume seu único “denominador comum” com os trabalhadores. Como um destacamento de “serviços especiais” do Estado burguês, os policiais não fazem parte da classe trabalhadora, como demonstrou o próprio Lenin, em seu excepcional artigo sobre os serviços de “inteligência” do regime tsarista. A polícia cumprindo a função social de um destacamento armado para preservar a propriedade privada dos meios de produção, jamais poderia ser considerada parte integrante da classe trabalhadora, pelo menos para os que têm referência no marxismo. Somente revisionistas mais decompostos podem acreditar que a função da polícia em uma sociedade de classes é cuidar da “segurança pública”, de todos os cidadãos independente de sua posição na cadeia produtiva. A verdadeira “proteção” da polícia é dada apenas à burguesia nos momentos em que se sente “ameaçada” de seus lucros pelas lutas do proletariado. Para Trotsky, “inclusive as frações mais avançadas (do exército) não passarão aberta e ativamente para o lado do proletariado até que vejam com seus próprios olhos que os operários querem lutar e são capazes de vencer (“Aonde vai a França?”). Ou seja, a unidade do proletariado mesmo com os setores mais avançados do exército só se dará em situações pré-revolucionárias. No caso específico do Exército, defendemos um programa de reivindicações transitórias destinadas aos soldados e cabos, a fim de que rompam com a hierarquia militar subordinando-se a uma clara estratégia de destruição revolucionária do aparato repressivo do Estado burguês (difusão de imprensa política nos quartéis, direito a sindicalização, formação de sindicatos vermelhos, etc.). No curso dessa propaganda comunista, diferente do PT e do PSOL que só denunciam o "golpe" quando trata-se de eleições e das disputas no parlamento burguês, os Marxistas Revelucionários da LBI defendem em alto e bom som:  “Abaixo a intervenção militar no Rio de Janeiro, fora as tropas do Exército das ruas!”.