quinta-feira, 11 de maio de 2017

PSTU REAFIRMA SEU APOIO A LAVA JATO E A PRISÃO DE LULA: DELÍRIO MORENISTA IGUALA OPERAÇÃO FASCISTA PATROCINADA PELO IMPERIALISMO AO MOVIMENTO TENENTISTA QUE QUESTIONOU AS OLIGARQUIAS REACIONÁRIAS!


No dia do depoimento de Lula ao juiz Moro (10/05) o PSTU lançou um artigo defendendo novamente a prisão de Lula, no máximo criticando a falta de “imparcialidade” de Moro, mas reafirmando o apoio integral do partido a Operação Lava Jato, rechaçando por fim a tese de que a “Força Tarefa” é patrocinada pelo imperialismo e seus órgãos de inteligência. Segundo os Morenistas tupiniquins “O papel da classe trabalhadora não pode ser se alinhar a tal ou qual corrupto ou setor burguês nessa crise. Não pode ser defender Lula, nem colocar Moro como um herói. O que os trabalhadores querem é que os corruptos e corruptores sejam presos. Temos é que defender corrupto na cadeia... Sérgio Moro está longe de ser imparcial, e isso sim deve ser denunciado, não a investigação que se abate sobre o PT e as suas relações com as empreiteiras. Se é corrupto, deve ser investigado e preso. Ponto”. O PSTU tenta cinicamente justificar sua posição apoiando-se no conceito de que “todos são corruptos, logo todos devem ser presos” pelos organismos repressores do Estado capitalista. Para os Marxistas Revolucionários não se trata de adotar os conceitos típicos da pequena-burguesia moralista, a mesma que é base para os protestos da direita contra o PT que desembocou no Golpe Institucional contra Dilma, mas compreender que a justiça no Estado capitalista tem um caráter de classe. Justamente por esse “detalhe” desprezado pelo PSTU é que neste momento inicial somente o PT está sendo de fato alvo da Operação Lava Jato, seus dirigentes históricos vêm sendo presos e Lula pode ir para a prisão em breve, enquanto os ratos da política burguesa como FHC, Temer, Aécio e Renan continuam livres. A denúncia do MPF é claramente um show midiático reacionário para atacar inicialmente Lula e o PT para na sequência perseguir toda a esquerda, inclusive os setores revolucionários que nunca apoiaram ou integraram os governos da Frente Popular. Esses fatos demostram que está em curso um processo de recrudescimento repressivo do regime político que tem como alvo não só o PT, mas o conjunto da esquerda e os movimentos sociais. O objetivo estratégico desta operação é cercear as parcas liberdades democráticas e criar um ambiente político propício para alinhar servilmente o Palácio do Planalto às ordens do imperialismo ianque e da Casa Branca na rapinagem da economia nacional. Não tem nada de progressiva a sanha de Moro e Deltan Dallagnol como defende o PSTU! Mas os delírios desta seita não param por aí! No mesmo artigo, os Morenistas chegaram a comparar a Lava Jato com o movimento tenentista que questionou o domínio das oligarquias reacionárias sobre a política nacional e deu origem a Coluna Prestes! Para estes senhores claramente perturbados mentalmente “A Lava Jato é produto da imensa crise econômica, social e política que se abateu sobre o país. Alguns autores a comparam com o Tenentismo, movimento que de alguma maneira refletia as classes médias descontentes na República Velha e que vieram depois apoiar a posse de Getúlio Vargas na revolução de 30. De certa forma, procuradores do MPF etc., refletem a crise e escapam ao controle”. Comparar o progressivo movimento dos tenentes ao dos procuradores fascistas da Lava Jato comandados pelo Juiz Moro é uma prova não só de profunda miopia política, mas acima de tudo de uma completa ignorância histórica. O tenentismo foi um movimento político-militar que teve como vanguarda os jovens oficiais de baixa e média patente do Exército Brasileiro no início da década de 1920 descontentes com a situação política do Brasil. Propunham reformas na estrutura de poder burguês do país, entre as quais se destacam: o fim do voto de cabresto, instituição do voto secreto, a reforma na educação pública e um novo regime político baseado em um Estado republicano forte apoiado em uma economia nacionalizada, ou seja, um movimento de caráter progressivo, apesar de extremamente limitado e pequeno-burguês! Os Tenentes denunciavam a República Velha dominada por oligarquias, desmoralizada pelas fraudes eleitorais, tomada pela corrupção administrativa, além de se apresentarem como aliados do povo explorado e abandonado à sua própria sorte! A Lava Jato e seus “jovens fascistas” propõem um regime de exceção, apoiado nos setores mais reacionários da classe média. Sua “Força Tarefa” está a serviço de colocar ainda mais a economia nacional sob o domínio das empresas imperialistas, tendo como meta liquidar a Petrobras! A Lava Jato visa abrir caminho para o neoBonapartismo no Brasil, apoiado em um estado policial, baseado na privilegiada casta jurídica e militar! Se o tenentismo desembocou na chamada Revolução de 1930 e no fim da política do Café com Leite, o “Procuradorismo” irá levar o país a um regime de exceção subordinado ao Amo do Norte, são dois movimentos que caminham em sentidos contrários! É essa operação urdida nos gabinetes do Pentágono que o PSTU apoia em nome do combate a corrupção! O Procurador Deltan Dallagnol, o “quadro” formulador da Força Tarefa da direita pró-imperialista, já explanou cristalinamente que a “República de Curitiba” pretendia não só remover o governo petista como também alterar profundamente o regime político vigente. Para esta “tarefa divina” não descartam depurar institucionalmente o PMDB e PSDB, na medida em que a conjuntura permitir, ou seja, caso o governo Temer “engasgue” na aplicação das reformas neoliberais exigidas pelo mercado financeiro, o Tea Party tupiniquin estaria a postos para assumir as rédeas do regime político, reconfigurando radicalmente a Constituição “democrática” de 1988. A plataforma da Lava Jato “10 medidas contra a corrupção” (escandalosamente apoiada por PSOL e PSTU) já é um esboço reacionário do programa do novo regime que defendem para o país! Longe de apoiar a Lava Jato e seus jovens procuradores fascistas (que em nada tem haver com o progressivo tenentismo!) os Marxistas Revolucionários denunciam que a corrupção não é um fenômeno episódico no regime capitalista, faz parte dos seus próprios mecanismos de acumulação privada de mais-valor. Somente a imposição de outra ditadura de classe, desta vez de caráter proletário, será capaz de iniciar a construção de uma nova sociedade e para alcançar esse objetivo estratégico é preciso edificar um partido operário revolucionário em nosso país, que supere o PT através do avanço da consciência de classe dos trabalhadores e não colocando seus dirigentes na cadeia (por mais degenerados que sejam), como defendem Moro, Deltan Dallagnol e escandalosamente o... PSTU!!!