segunda-feira, 1 de maio de 2017

PRIMEIRO DE MAIO NO BRASIL: ATOS ESVAZIADOS E SEM LUTA SOCIALISTA, UMA CONTINUIDADE DA POLÍTICA ELEITOREIRA DA BUROCRACIA CUTISTA E SEUS APÊNDICES DO PCdoB E PSOL


Seguindo a política de colaboração de classes da Frente Popular, os atos deste Primeiro de Maio realizados nas principais cidades brasileiras foram bem esvaziados e totalmente desprovidos do conteúdo histórico socialista e revolucionário desta importante data para a classe operária mundial. As direções sindicais burocráticas do PT, PCdoB e PSOL, para não falar dos velhos pelegos corrompidos, seguiram com a tática de utilizar o Primeiro de Maio como palanque eleitoral de seus respectivos partidos e particularmente na perspectiva de reconduzir Lula ao Planalto em 2018. A linha do "Fora Temer" que neste momento unifica toda a esquerda reformista, galvaniza a simpatia da classe trabalhadora e da juventude, porém está bem distante de um verdadeiro norte revolucionário e socialista no combate por um governo operário e camponês. O "Fora Temer" está voltado a uma barganha parlamentar da Frente Popular que apenas "luta" contra o golpe da direita nos limites da institucionalidade burguesa. Enquanto o PT e PSOL convocam a classe operária para pressionar o Congresso Nacional de bandidos, o governo Temer vai conseguindo aprovar suas reformas neoliberais, apesar das mobilizações ocorridas no último período. Neste sentido este Primeiro de Maio "eleitoral" (onde nenhuma força "socialista" sequer defendeu a Ditadura do Proletariado) deu mais um passo no processo de unificação das burocracias sindicais da esquerda reformista. Esta "unidade de ação" não serve para construir uma alternativa de poder dos trabalhadores, ao invés cumpre a função de conter a radicalização das massas que querem derrotar o golpe pela via da ação direta. O ato da Conlutas (PSOL e PSTU) realizado na praça da Sé em parceria com a reacionária Igreja Católica conseguiu ser o menor dos últimos dez anos, já o da CUT saindo da Paulista cedeu as ameaças do fascista prefeito Dória, acabando por dispersar o ativismo que pretendia dar continuidade política a greve geral do dia 28 de Abril. Os Marxistas Leninistas, mesmo isolados por uma esquerda que abandonou a revolução em troca da democracia, não têm receio de proclamar seu programa comunista nesta data histórica do proletariado internacional, reafirmando os princípios que nortearam a revolução bolchevique há cem anos do seu triunfo socialista.