sexta-feira, 12 de maio de 2017

A HISTÓRIA SE REPETE COMO FARSA: TRUMP DEMITE COMEY, ASSIM COMO NIXON DEMITIA COX HÁ 44 ANOS ATRÁS. A AMPULHETA DO GOLPE DE ESTADO NOS EUA COMEÇOU A SE MOVIMENTAR


O procurador Archibald Cox, que investigava o caso Watergate, foi demitido em outubro de 1973, numa data que ficou conhecida como o "Massacre de Sábado à Noite". Como protesto, o procurador-geral da república Elliot Richardson e o vice William Ruckelshaus pediram a demissão no mesmo dia. A demissão foi entendida pela poderosa "opinião pública" norte-americana como uma tentativa para abafar o caso das escutas clandestinas no Watergate (sede do Partido Democrata). Ainda assim, o escândalo das escutas ao mais alto nível de tensão política provocou a queda do então presidente Richard Nixon em 1974, tornando-se o único presidente norte-americano a demitir-se do cargo, sob a ameaça de ser apeado da Casa Branca por um golpe de estado, evitado com a sua renúncia. Trump acaba de demitir o chefe do FBI, James Comey, que estava o ameaçando com a revelação do escândalo da "ajuda Putin". Longe de ser um ato de força, assim como não foi para Nixon, Trump atua com desespero total ao bater de frente com o complexo e poderoso aparato de segurança do império ianque. Como já tínhamos afirmado anteriormente está em marcha nos EUA um golpe de estado cujo ponto de partida foi a própria eleição do "palhaço reacionário" Donald Trump. A atabalhoada demissão do diretor geral do FBI comprova "friamente" a tese da LBI que a ampulheta para a saída de Trump da Casa Branca começou a se movimentar... É claro que existem diferenças entre o contexto histórico que atualmente evolve Trump e o da época de Nixon, este último acabara de ser reeleito em 1972 com uma super votação contra o senador Democrata McGovern que venceu apenas em único estado da federação. Trump chegou a Casa Branca derrotado pelo voto popular e com uma pequena margem no Colégio Eleitoral, porém tanto Nixon como o "palhaço reacionário" estavam acossados pelo conjunto das instituições republicanas e a razão parece a mesma: O Pentágono não avalizava a política militar destes dois presidentes, ou seja, estavam na contramão dos interesses da poderosa máquina de guerra imperialista. Marx afirmou em seu livro "Dezoito Brumário" que a história da luta de classes se repete "a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa", Trump é a farsa republicana que tomou o lugar do Tea Party nesta eleição que derrotou a senhora da guerra "madame Clinton". Sua permanência na Casa Branca é temporária por mais que tente agradar os Falcões do Pentágono rosnando contra a Coréia e a Síria. Porém não tem força suficiente para deflagrar um ataque real contra os "inimigos" militares dos EUA (Rússia, China e a própria Coréia do Norte), por isso está marcado para cair.