quinta-feira, 27 de abril de 2017

TEMER E MAIA APROVARAM REFORMA TRABALHISTA ÀS VÉSPERAS DA PARÓDIA DE “GREVE GERAL”: TRÉGUA DAS CENTRAIS SINDICAIS E DO PT POSSIBILITOU VITÓRIA DO GOVERNO E PATRÕES


A LBI havia denunciado a mais de um mês que o calendário da burguesia até o 28 de Abril era a sanção presidencial da Terceirização Total por parte de Temer e a aprovação da famigerada Reforma Trabalhista por Rodrigo Maia. Nosso prognóstico se confirmou plenamente: dissemos que a trégua de um mês (31 de Março a 28 de Abril) dada pela burocracia sindical iria possibilitar o governo e o Congresso Nacional avançarem nos ataques aos trabalhadores. Não deu outra, o fim da CLT e a quebra de direitos foram aprovadas com folga no parlamento corrupto, sem qualquer resistência nas ruas, apesar da total impopularidade do canalha golpista. A CUT-CTB vem recorrendo a tática canalha e enganadora: permitem que Temer aprove o grosso do ajuste neoliberal e fazem manifestações pontuais contra as reformas mas que não as coloquem de fato em xeque, esperando que o parlamento burguês aprove esse pacote de maldades enquanto patrocinam ilusões no Lula 2018, quando o candidato do PT somente denunciaria eleitoralmente os ataques perpetrados por Temer. Trata-se de uma clara divisão de tarefas! Desde os sindicalistas revolucionários da TRS-LBI defendemos a convocação de uma verdadeira Greve Geral e, temos a responsabilidade de denunciar o engodo em curso. Alertamos que o 28A convocado tardiamente mais se aproxima de um “feriadão prolongado” do que uma verdadeira Greve Geral, que para enfrentar os ataques de Temer e dos patrões deveria ser inicialmente de 48hs, paralisando a produção, com piquetes, ocupações de fábricas e terras, com cortes de ruas, estradas e avenidas. Como o 28A será uma paralisação domesticada, com “atos” pacíficos e sem enfrentamentos de classe, até setores da burguesia e das oligarquias, como Ciro Gomes, estão apoiando a paródia de “Greve Geral” convocada para esta sexta-feira, um dia após Temer e Maia terem aprovado a famigerada Reforma Trabalhista. Nesse sentido, interviremos no próximo 28A denunciando o caráter fraudulento das iniciativas da burocracia sindical e apontando a necessidade da ruptura com a política de colaboração de classes da CUT e do PT, avalizada pelo PSOL/Intersindical/MAIS e pelo PSTU-Conlutas. A necessidade de uma verdadeira Greve Geral, com a paralisação da produção, ocupação de fábricas e terras, sem funcionamento total dos transportes e bancos, mais do que nunca está na ordem do dia! Para tanto a vanguarda classista deve superar a política nefasta da burocracia sindical e da Frente Popular que insiste em ter como eixo a convocação de “Eleições Gerais” e não a derrubada revolucionária do governo Temer e de suas reformas neoliberais, forjando no calor da luta de classes uma alternativa de direção revolucionária para o movimento de massas!