sábado, 15 de abril de 2017

ESTADO OPERÁRIO NORTE-COREANO ANUNCIA QUE RESPONDERÁ AS AMEAÇAS MILITARES DE TRUMP: OS REVOLUCIONÁRIOS APOIAM O PLENO DIREITO DA AUTODEFESA COREANA DIANTE DAS PROVOCAÇÕES DO IMPERIALISMO IANQUE!


A tensão entre o Estado Operário da Coréia do Norte e o imperialismo ianque elevou-se nos últimos dias. Recentemente, Trump enviou um grupo aeronaval de ataque, encabeçado pelo porta-aviões americano USS Carl Vinson, para a região da península da Coreia. A Coreia do Norte agindo em autodefesa ameaçou a Washington com um ataque nuclear que poderia atingir o Japão. “O Exército do Povo coreano irá reduzir as bases de agressão e provocação às cinzas com seus invencíveis foguetes Hwasong equipados com ogivas nucleares e defenderá a segurança do país e a felicidade de seu povo caso os EUA e as forças-marionetes sul-coreanas dispararem uma única bala no território da RPDC”, disse a chancelaria norte-coreana. O líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou às forças estratégicas do Exército Popular da Coreia que estejam preparadas para o combate, que pode começar em qualquer momento. A ordem foi dada durante o lançamento de mísseis realizado no dia 6. O lançamento foi levado a cabo pelas forças estratégicas Hwasong, cuja missão é atacar as bases americanas no Japão. Kim Jong-un assistindo os testes disse “Em caso de situação perigosa uma vez que em qualquer momento a guerra pode começar, manter alto nível de prontidão, ocupar as posições necessárias e atacar o inimigo logo que receber a ordem”. O lançamento ocorreu em meio dos exercícios conjuntos entre Forças Armadas sul-coreanas e norte-americanas, indicando um protesto de Pyongyang. Os exercícios de treinamento militar entre os EUA e a Coreia do Sul, que estão programados para continuar durante todo o mês de abril, foram classificados por Pyongyang como provocação. Quando questionado sobre uma possível resposta dos EUA aos testes de mísseis norte-coreanos durante uma reunião em Tóquio na semana passada, o secretário de Estado dos EUA Rex Tillerson recusou-se a descartar a ação militar, afirmando que a “política de paciência estratégica” com Pyongyang havia terminado. Foi revelado também que os EUA enviaram para Okinawa, parte meridional do Japão, um avião de observação atmosférica WC-135 devido às tensões crescentes em torno de possíveis testes nucleares e de mísseis balísticos norte-coreanos. Por sua vez, de acordo com relatos da imprensa russa e chinesa, o dirigente norte-coreano, Kim jong-un, teria ordenado a evacuação imediata de 25% da população de Pyongyang. Segundo a notícia divulgada pelo portal Pravda Report, a ordem prevê que 600 mil pessoas evacuem urgentemente. Foi relatado que os abrigos de bomba de Pyongyang não seriam capazes de acomodar toda a população da capital norte-coreana. Portanto, 600 mil pessoas terão que deixar Pyongyang para permitir que outros usem abrigos anti-bombas, afirma a edição. O desenvolvimento dos programas de energia nuclear e comunicação na Coreia do Norte é uma necessidade de obtenção de uma alternativa de fonte energética e de monitoramento climático-militar diante do brutal bloqueio a que o país está submetido, tecnologia fundamental para possibilitar que Estado possa desenvolver projetos nesse setor com condições de enfrentar os períodos de adversidade climática, marcado também por secas e inundações. Nesse sentido, esta estrutura de energia atômica legitimamente desenvolvida também pode e deve ser utilizada pelo Estado operário norte-coreano para se defender das ameaças do imperialismo norte-americano através de seu enclave, a Coreia do Sul e o Japão, onde os EUA mantém bases militares desde o final da Segunda Guerra Mundial. Os recentes testes de mísseis balísticos em meio as provocações organizadas por Trump na penínsola coreana é um ato de autodefesa do Estado operário norte-coreano diante das provocações do imperialismo. A imprensa pró-imperialista em todo planeta faz alarde acerca dos testes nucleares promovidos pela Coreia do Norte, afirmando serem uma “ameaça à humanidade”. Oculta, criminosamente, que só na Coreia do Sul, um enclave criado e militarizado pelos EUA, há um contingente militar acima de 40 mil soldados, mais de mil ogivas nucleares apontadas para o Norte. Como explicar que a Coreia do Norte não pode lançar um satélite ou inclusive testar um míssil ou uma bomba H, se quem a condena, os EUA, têm 439 satélites em órbita, sendo 98 deles para uso especificamente militar? Diante dessa realidade de conflito permanente não negamos a possibilidade da Coreia Popular, devido ao isolamento econômico imposto pela China restaurada e das provocações do império ianque, ser forçada a utilizar suas ogivas atômicas ou termo-nucleares contra o território “enclave” da Coreia do Sul ou mesmo o Japão. Com o fim da URSS e a perda dos parceiros comerciais do Leste europeu, a Coreia do Norte viu sua economia contrair-se em 30% nos cinco anos que se seguiram a 1991. Restou a China, hoje convertida ao capitalismo. A intensa reação ideológica mundial patrocinada pela mídia imperialista e o cerrado bloqueio econômico tendem, cada vez com maior intensidade, a estrangular o Estado operário. Como Marxistas Revolucionários, não podemos assumir diante de um conflito que pode ter proporções nucleares a “posição de avestruz” da maioria das correntes revisionistas, por isto declaramos em “alto e bom som” nosso apoio ao Estado Operário norte-coreano, apesar da burocracia dinástica que o governa. Devemos mobilizar amplos setores do proletariado e da juventude para repudiar as provocações militares do império ianque contra a Coreia do Norte e apontar o governo Trump como responsável pela escala militar. Por outro lado, não devemos nutrir a menor confiança política na capacidade de resistência da burocracia stalinista coreana, pronta para capitular a qualquer momento em troca de sua própria sobrevivência enquanto uma casta social privilegiada. A tarefa que se impõe no momento é o chamado ao conjunto do proletariado asiático que se unifique na bandeira da derrota do imperialismo ianque e seus protetorados militares da região, em particular convocando a classe operária do Sul para cerrar fileiras na luta pela reunificação socialista do país.