sexta-feira, 3 de março de 2017

ESCÂNDALOS ENVOLVENDO GANG DO PMDB E AÉCIO NEVES GANHAM ESPAÇO NA MÍDIA GOLPISTA (GLOBO, VEJA, FOLHA): ALA DA BURGUESIA EMBARCA A SEU MODO NO “FORA TEMER” E ESCOLHE O “KAISER” ALCKMIN PARA DERROTAR LULA EM 2018... O FASCISTA DA “OPUS DEI” SE ALÇA COMO CANDIDATO PREFERENCIAL A NEOBONAPARTE, TOMANDO O LUGAR DO JUIZ MORO

Quando afirmamos que a “Famiglia Marinho” e seus satélites (Veja, Folha) já trabalham a seu modo pelo “Fora Temer” e para minar a candidatura de Aécio Neves no interior do PSDB, sinalizando que escolheu o “Kaiser” Alckmin para levar a frente no Palácio do Planalto os pontos do ajuste neoliberal que o canalha golpista do PMDB não conseguirá concluir alguns círculos de “esquerda” (PT, PSOL, MAIS...) se espantaram com nossa caracterização, acusando-a de prematura e pessimista. Esses impressionistas vulgares são incapazes de traçar uma leitura mais fina (Marxista) da realidade política porque fazem parte da grande aliança reformista que trabalha para substituir Temer por uma alternativa eleitoral palatável dentro do arco da Frente Popular (PT, PSOL ou mesmo uma alianças entre ambos), apostando que a “esquerda” vai vencer o circo da democracia dos ricos em 2018. Na verdade, apenas estamos destrinchando o que a movimentação no interior da burguesia está demonstrando. O espaço cada vez maior na mídia aos escândalos envolvendo a gang do PMDB e de Aécio Neves, desgastando imensamente seus membros mafiosos, demonstra que após o Carnaval a classe dominante começa a aplicar os planos estratégicos já traçados ao perceber que Temer terá muita dificuldade de aprovar integralmente o conjunto das reformas neoliberais (Previdência e Trabalhista), um pacote de maldades iniciado pelos governos do PT (redução do seguro desemprego, restrição das pensões, flexibilização trabalhista, ataque ao direito de greve, fim da “desaponsentação”, privatizações em forma de concessões).  Os motivos para essa análise são evidentes: o desprestígio popular imenso, a fragilidade de seu gabinete, a perda da capacidade de entregar a “encomenda” da Reforma da Previdência... estão fazendo ruir a “pingela”, como diz FHC. Não por acaso Serra, um rato astuto, já pulou fora do barco!!! Os quadros mais iluminados da burguesia, que incluem obviamente os estrategistas dos Marinhos (umbilicalmente ligados a setores do imperialismo ianque) avaliam que o “ajuste” exigido pelos rentistas somente pode ser concluído por um “governo eleito”, legitimado pelas urnas. A Folha dos Frias já propõe até “Diretas Já!”. Nesse cenário, vem despontando como alternativa o mentor da “Opus Dei” Geraldo Alckmin, um gestor confiável e experiente, com perfil duro e repressor a frente do importantíssimo governo de São Paulo, um homem que se encaixa como uma luva para as tarefas do próximo período. Vale destacar que ele vem sendo preservado de todos os escândalos de corrupção, mas o grande obstáculo é que não tem o controle do PSDB e só parcialmente do PSB. O resultado das urnas nas eleições municipais de 2016 fortaleceu enormemente suas aspirações presidenciais. Com o fracasso eleitoral em BH, Aécio Neves praticamente deu adeus ao seu sonho de voltar a ser o tucano escolhido para disputar o governo central, ainda mais agora que mídia (Globo, Veja) dá amplo espaço as denúncias contra ele. O cenário da brutal ofensiva reacionária mundial, que apontávamos já há alguns anos atrás, se faz presente no Brasil com toda sua intensidade, e não se trata de um mero fator da conjuntura eleitoral. Um embate político prévio nos bastidores do poder, entre as próprias forças da direita, definirá a aposta das classes dominantes para substituir o modelo de gerência estatal da Frente Popular, totalmente esgotado, por essa razão o “Lula 2018” não passa de uma tentativa de reedição como tragédia da farsa neoliberal vendida como neo desenvolvimentista dos governos anteriores da Frente Popular. Por outro lado, a realidade vem indicando depois da posse de Trump na Casa Branca a perda de força de Moro e dos procuradores da Lava Jato, tanto que setores da PF de Curitiba vem sendo remanejados desde que Temer assumiu. Aparentemente o objetivo de Moro fica temporariamente restrito a prender e julgar os dirigentes do PT e queimar membros da gang do PMDB, chegando no máximo a assustar Aécio Neves, com a burguesia ainda decidindo o destino de Lula, se a cadeia ou a postulação presidencial em 2018, esta última possibilidade ganhando força com a Frente Popular se comprometendo em não atrapalhar a aprovação das reformas neoliberais no Congresso Nacional. Lula seria uma espécie de “fiador” dessa transição eleitoral tranquila rumo às próximas eleições presidenciais. Alertamos mais uma vez que PT e PCdoB desejam demonstrar para as classes dominantes que mesmo depois do Golpe Parlamentar desferido contra o governo Dilma, ainda são forças políticas palatáveis para o capital, já se passaram há tempos para o campo da burguesia. Como Marxistas Revolucionários que não patrocinam ilusões eleitorais na Frente Popular e na candidatura Lula lutamos para a vanguarda romper com a política de colaboração de classes do PT e chamamos a construção de uma alternativa revolucionária ao conjunto do regime político burguês e suas apodrecidas instituições, combatendo vigorosamente o governo golpista de Temer, a direita reacionária e fascistoide mas sem capitular a política venal e covarde da Frente Popular, cujo objetivo é amortecer a luta de classes para um terreno que a burguesia domina: o circo eleitoral. Para a LBI não se trata de apenas “analisar” o quadro eleitoral desfavorável da “esquerda” social-democrata, mas acima de tudo de identificar porque os trabalhadores estão sendo derrotados, porque suas lutas estão na defensiva e quais as razões de um futuro ainda mais sombrio até 2018. Denunciamos que essa realidade é fruto dos nefastos efeitos do pacto de colaboração de classes que o PT vem costurando com a burguesia, sendo o maior sustentáculo do regime golpista no interior dos movimentos sociais. Nesse sentido é preciso não só denunciar o “avanço da direita” mas alertar que Lula e o PT são diretamente responsáveis por esse quadro catastrófico, com o PSOL completamente integrado ao regime política democratizante não ser qualquer caminho “alternativo” a Frente Popular tradicional. Estamos marchando para o Bonapartismo com as ascensão futuro do “Kaiser” Alckmin, rumamos para um regime de exceção, em que as parcas liberdades democráticas estão sendo eliminadas. A LBI, dentro de suas modestas forças, vem pontuando solitariamente essa tendência política mais geral, apostamos que somente a reação do movimento de massas pode alternar os rumos que descrevemos, a luta direta contra os ataques em curso, a radicalização dos métodos de resistência e a formação de uma frente única de ação contra o nascente Bonapartismo. Nesse marco combatendo a reação fascista (Alckmin, Moro) e a Frente Popular (Lula, PT, PSOL), buscamos agrupar a vanguarda classista sobre um programa de luta direta que não tenha como horizonte a disputa eleitoral em 2018, mas a luta direta imediata das massas por fora do regime político burguês que tenha como estratégia a Revolução Proletária e o Comunismo!