sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

CANALHA TEMER ANUNCIA SALÁRIO MÍNIMO DE FOME R$ 937 EM 2017: SEM AUMENTO REAL E COM “REAJUSTE” BEM ABAIXO DA VERDADEIRA INFLAÇÃO ANUAL!


O valor do Salário Mínimo “subiu” dos atuais R$ 880 para R$ 937 (aumento equivalente a 6,47%) a partir de 1º janeiro de 2017. O novo salário mínimo é R$ 57 maior do que o atual, mas ficou R$ 8,8 abaixo dos R$ 945,8 que haviam sido propostos pelo governo Temer na peça orçamentária enviada para o parlamento. Segundo o decreto, o valor diário do salário mínimo corresponderá a R$ 31,23 e o valor horário, a R$ 4,26, um acinte contra os trabalhadores! Para justificar o fato do reajuste ter sido menor do que as previsões iniciais, o Ministério do Planejamento disse que apenas aplicou as regras previstas na legislação. Cinicamente o comunicado ressalta que a estimativa para a inflação pelo INPC em 2016, usada no cálculo do reajuste, ficou em 6,74%, menor do que a previsão de 7,5% estimada em outubro, quando o projeto de Orçamento do ano que vem foi enviado ao Congresso. Na verdade esse índice foi maquiado e rebaixado pelo governo para arrochar o Salário Mínimo e reduzir ainda mais os valores pagos aos aposentados do INSS. Vale ressaltar que o índice de inflação anual é 0,27 ponto percentual maior do que o que vai ser aplicado ao salário mínimo de 2017, ou seja, o “reajuste” não repõe nem a inflação e muito menos há o incremento de aumento real. Na  maior cara de pau, segundo o Ministério do Planejamento, a diferença a menos – que corresponderia a R$ 2,29 – se deu porque a legislação permite que, na hipótese de ocorrer diferenças entre as projeções dos índices utilizados para calcular o aumento e o que foi efetivamente anunciado, seja feita uma compensação no reajuste seguinte. Em resumo, só quem perde são os trabalhadores e aposentados, enquanto os rentistas, a imprensa venal e as grandes empresas são premiados como ajudas bilionárias! O valor de R$ 937 obviamente não atende a necessidade de uma família trabalhadora, sequer repondo o índice real de inflação que gerou uma disparada dos preços nos últimos meses de 2016, o verdadeiro “presente de grego” que os capitalistas e o governo do canalha Temer deram para os assalariados às vésperas do ano novo! A única via para impor um salário mínimo vital para os trabalhadores, assim como derrotar a política de arrocho salarial ditada ao conjunto da classe pelo governo golpista, é a da ação direta, com o método da mobilização permanente da classe operária. Os trabalhadores não devem confiar, nem por um segundo, nas direções reformistas que vendem gato por lebre. A unificação das lutas e o combate à reforma trabalhista que se avizinha são tarefas que o proletariado deve enfrentar na arena política da guerra de classes, delimitando claramente seus inimigos viscerais dentro do movimento de massas. A alternativa capaz de derrotar o governo Temer e superar essa política de paralisia da CUT, que detém o controle sobre o movimento operário, bloqueando qualquer iniciativa independente das massas para romper a paralisia, é organizar os explorados sob uma perspectiva de independência de classe, unificando suas lutas em defesa de um salário mínimo vital capaz de sustentar o trabalhador e sua família com dignidade, que atenda às reivindicações de uma família operária, em torno de R$ 6.000 e de uma política salarial com reajustes sistemáticos acima da inflação. Essas demandas somente serão arrancadas através da ação direta das massas do campo e da cidade em um combate revolucionário de todos os trabalhadores assalariados. Os trabalhadores devem erguer a bandeira de um salário mínimo vital que atenda com dignidade as demandas de uma família por saúde, habitação, cultura e lazer, transporte, alimentação e vestuário. Devem se opor as Reformas Neoliberais da Previdência e Trabalhista, anunciadas para 2017. Somente a mobilização permanente dos trabalhadores e a luta contra a trágica realidade capitalista, que nem mesmo reformas são capazes de conceder, poderá apresentar uma perspectiva combativa e socialista para as reivindicações econômicas do proletariado. Nesse sentido, a organização da Greve Geral já no começo de 2017 encontra-se na ordem do dia!