quarta-feira, 12 de outubro de 2016

APÓS ALUGAR SUA LEGENDA EM CIDADES DE PERNAMBUCO, PCO AGORA APOIA JOÃO PAULO (PT) EM RECIFE


Depois de alugar sua legenda para um empresário milionário em Jaboatão dos Guararapes, o PCO expandiu seus negócios de “franquia política” para a cidade vizinha, Recife, capital do Estado de Pernambuco. Lançou como candidato do partido o guarda municipal Carlos Pantaleão, que obteve 429 votos em um universo de quase 1 milhão de eleitores. Tão logo saiu o resultado eleitoral, levando a disputa para o 2º turno entre Geraldo Julio (PSB) e João Paulo (PT) e antes mesmo do PCO deliberar nacionalmente uma posição oficial, Pantaleão tratou de anunciar já no dia 03 de outubro o apoio ao PT no segundo turno das eleições municipais de Recife. “Eu indico o voto em João Paulo”, afirmou Carlos Pantaleão. Segundo ele “Entre o petista e o socialista, o que mais vai atender aos trabalhadores é João” (Jornal do Commercio, 03.10). Como se observa Pantaleão é mais um que se abriga no PCO para fazer política burguesa aproveitando-se das posições frente populistas do PCO e de sua estrutura partidária corrompida, que não exige qualquer centralização político-programática para controlar a legenda em cidades fora de São Paulo, sede da seita familiar comandada por Rui Pimenta. Tamanha “liberdade” de Pantaleão em seu acordo podre com o PCO é possível porque Causa Operária não passa hoje de um satélite do PT, uma sublegenda da Frente Popular que no ápice de sua degeneração ideológica, política e material permite que seu “representante” em Recife anuncie o apoio a candidatura burguesa de João Paulo sem que ao menos o partido declare oficialmente sua posição no site ou jornal. O petista já foi prefeito por duas vezes (2000-2008) e governou para os capitalistas, reprimindo greves e atacando direitos dos trabalhadores. Em 2007 demitiu a dirigente sindical Cláudia Machado Ribeiro, uma das principais lideranças à frente do Simpere (Sindicato dos professores Municipais do Recife) e perseguiu os chamados “transportes alternativos” para atender aos interesses dos donos das empresas de ônibus, além de reprimir os estudantes nos protestos contra os aumentos de passagem. Por fim, lembremos que durante as gestões burguesas de João Paulo, o PT foi aliado fiel do grupo "socialista" de Eduardo Campos (PSB). Pantaleão é membro da Guarda Municipal, agora tornou-se cabo eleitoral de seu antigo chefe na prefeitura! Longe de defender a destruição do aparato repressivo da burguesia contra os trabalhadores, o candidato do PCO apresentou-se na campanha eleitoral como defensor exemplar da Guarda, inclusive reivindicando sua “unificação” com as polícias: “Vou unificar as polícias Civil, Militar e a Guarda Municipal” prega Pantaleão. Como se observa, ele reivindica aperfeiçoar a ação do braço armado do Estado contra os trabalhadores, sem meias palavras. Mas o pior ainda estar por vir! Pantaleão defende armar a Guarda Municipal, uma plataforma reacionária reivindicada pela direita fascista contra o povo! Na entrevista que deu no TV Jornal Meio-Dia em 21 de setembro, Pantaleão declara de viva voz (escutar áudio a partir dos 33 segundos): “Nas nossas mãos está no âmbito municipal é o reconhecimento da Guarda Municipal.  Através da Lei 13.022, com a guarda armada...Hoje ela está em situação precária porque os guardas estão trabalhando sem colete, os coletes estão vencidos, sem armamento, a guarda não pode nem contribuir com o processo da segurança pública” (http://video11.mais.uol.com.br/15999464.mp3). 
O empresário milionário do PCO em Jaboatão: 
Adilson e seus cabos eleitorais pagos
A lei a que se refere Pantaleão, aprovada em 2014 durante do governo Dilma (PT), prevê o prazo de dois anos para a incorporação da instituição repressiva municipal no serviço de segurança pública com a utilização de arma de fogo. O representante de Causa Operária ao apoiar João Paulo do PT em Recife no segundo turno propõe que o futuro prefeito aplique a lei que aumenta a repressão aos camelôs, estudantes e ao povo trabalhador! Em Pernambuco, o PCO é uma prova concreta de como Rui Pimenta vem alugando a legenda a todo tipo de carreiristas e direitistas. Primeiro, "cedeu" a sigla nestas eleições municipais para o empresário Adilson de Souza na cidade de Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana de Recife. Ele nunca foi militante do PCO, não tem nenhuma tradição na esquerda pernambucana, nenhum passado de luta contra a ditadura militar, seu histórico partidário é nulo! Adilson na verdade é um grande comerciante, tanto que declarou a justiça eleitoral que seu patrimônio é de R$ 18,5 milhões! Agora, descobrimos o apoio do PCO ao PT no 2º turno em Recife, chamando o voto em João Paulo, um candidato “já testado e aprovado” pela burguesia em seus negócios na administração municipal. O mais escandaloso que esse apoio está baseado em propostas reacionárias e certamente na incorporação do representante do PCO a uma futura administração petista, assumindo cargos de comando na Guarda Municipal! Pantaleão, que participou de várias palestras como Rui Pimenta recentemente tem o aval de seu “guru” para levar a frente essa conduta canalha. Aqui não se trata de nenhum "equívoco". Não há mais qualquer dúvida que a degeneração ideológica do PCO está lastreada pelos pequenos “favores” materiais que a Frente Popular provêm a legenda comandada por Rui Costa Pimenta. A brusca mudança política do PCO na direção do apoio ao governo Dilma há pouco tempo atrás não se tratou de mero “equívoco político” e sim uma inflexão oportunista com fortes bases materiais (financeiras). Aguardaremos como o Sr. Pimenta vai explicar a vergonhosa conduta de seu legítimo representante partidário em Recife, já que está calado com relação a denúncia que fizemos com relação ao seu “militante-milionário” em Jaboatão dos Guararapes. Fazemos esse alerta porque até agora a tal "Conferência Nacional" realizada após o segundo turno conseguiu a "proeza" de não declarar a posição oficial do PCO a nível nacional... 
Pantaleão e seus colegas da Guarda Municipal de Recife exigem armamento