segunda-feira, 5 de setembro de 2016

BUROCRACIA CUTISTA ESVAZIA ASSEMBLEIAS DA GREVE NACIONAL BANCÁRIA: FRENTE POPULAR AINDA INSISTE EM MANTER O PACTO SOCIAL COM OS PATRÕES

Hyrlanda Moreira dirigente do MOB/TRS intervém  na assembleia do dia 05/09 defendendo uma greve nacional ativa
A greve dos bancários começa nesta terça-feira, 06 de setembro. Apesar disso, a burocracia sindical tratou de esvaziar as assembleias que ocorreram por todo o país nesta segunda-feira. Para a direção da CUT e da CTB trata-se de manter a mobilização “a passos de tartaruga” para não polarizar ainda mais a conjuntura política. A Frente Popular insiste em manter o pacto social com os patrões e não apostar na luta direta para derrotar o ajuste neoliberal do governo Temer e os ataques dos banqueiros. Deseja um acordo em torno de um índice miserável e não enfrenta a onda de demissões que assola a categoria. Vai simplesmente usar a campanha salarial para fazer demagogia às vésperas das eleições municipais, chamando o voto nos candidatos do PT e do PCdoB. Por isso, defendem o “Fora Temer, Eleições Já”, na verdade o “Volta Lula”, o mesmo que junto com Dilma manteve o arrocho salarial dos bancários e entregou a direção dos bancos públicos para as oligarquias e a direita. Nas campanhas passadas os bancos públicos faziam greve para pressionar os banqueiros privados, enquanto o governo Dilma, patrão do setor público, tinha sua conta faturada mais barata pela Fenaban e seus “ministros sindicais”, e ainda, definia uma política salarial diferenciada para cada banco (BB, CEF, BNB, BASA). Agora com o canalha Temer a burocracia sindical só finge lutar contra o “golpista” mas as assembleias esvaziadas de hoje demonstram que vai impor as mesma dinâmica paralítica dos anos anteriores, em busca de manter o velho pacto social dos 13 anos de mandato do PT. Não é à toa que até agora a Fenaban, em resposta a esse índice rebaixado da Contraf (14,78%, referente a inflação do período mais 5% de “aumento real”), propôs um miserável reajuste de apenas 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta sequer cobre a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano, o que representa uma perda salarial de 2,8%. Para opor-se a essa verdadeira traição, devemos romper com a política de conciliação de classes da burocracia cutista e reconstruir nossa capacidade de luta, a partir de uma intervenção independente da base que resgate a mais ampla democracia operária, reivindicando comandos eleitos na base, assembleias unificadas e intercategorias. Esse foi o chamado que o MOVIMENTO DE OPOSIÇÃO BANCÁRIO (MOB) fez aos ativistas classistas presentes nas assembleias desta segunda-feira e o qual iremos levar adiante nos piquetes deste dia 06 em frente as agências bancárias, para na luta impor as nossas reivindicações e derrotar os banqueiros que agem em conluio com o golpista Temer!