sábado, 30 de julho de 2016

22 ANOS DA FUNDAÇÃO DO PSTU: CELEBRANDO “MAIS” UMA RUPTURA MORENISTA QUE NASCE SOB O SIGNO DA CAPITULAÇÃO AO IMPERIALISMO E A “SAGRADA” DEMOCRACIA BURGUESA

Neste sábado o PSTU completa 22 anos, “celebrando” o racha que sofreu como produto direto da adaptação da corrente morenista ao imperialismo e a democracia burguesa, o “MAIS”. Apesar da LBI ser adversária programática do PSTU desde a sua fundação em 1994, não temos o que comemorar, não estamos “alegres” com a ruptura ocorrida, porque caracterizamos que a dinâmica política do bloco comandado por Valério Arcary busca atacar o que, mesmo tenuemente, ainda existia de progressivo nesse partido: a defesa formal do leninismo e do centralismo democrático, a necessidade em sí da construção de um partido revolucionário bolchevique para a revolução socialista que pretende ser substituído por uma amalgama social-democrata à sombra do PSOL. Por trás das críticas pontuais “corretas” à linha de adaptação a ofensiva direitista da direção majoritária morenista, reside uma profunda adaptação à Frente Popular e principalmente a defesa da “democracia” burguesa nos marcos institucionais do parlamento. O móvel da ruptura do grupo com o PSTU, o equivocado “Fora Todos” foi apenas um pretexto para abraçarem com vigor o regime da democracia dos ricos, e logo saltarem para reivindicar “Eleições Gerais”, uma inflexão bem distante da ruptura com a forças políticas da direita que continuam a admirar e aplaudir no resto do mundo, como na contrarrevolução ocorrida na Líbia. O popularesco slogan de não “MAIS” aceitarem o suposto sectarismo impregnado no PSTU, representou apenas uma senha para um futuro próximo de fusão com o PSOL. O mais sintomático é que o “racha” não relacionou conscientemente a linha política nacional direitista com a posição revisionista da LIT pelo mundo, ao contrário, se afirma fiel a Internacional morenista. Esse tratamento próprio dos centristas visa encobrir que as posições do PSTU no Brasil fazem parte da plataforma pró-imperialista escandalosa que a LIT adotou no mundo. Ao festejar o afastamento de Dilma pelas mãos da direita, o PSTU acrescentou o Brasil na longa lista de países em que sua corrente internacional, a LIT, estabeleceu no último período unidade política com o imperialismo e a reação burguesa contra governos frente populistas, reformistas e nacionalistas. Líbia, Síria, Ucrânia, Egito e recentemente o Brasil segundo as alucinações do PSTU-LIT deram passos importantes rumo ao socialismo! Não importa que esse caminho tenha sido aberto pelas bombas da OTAN para assassinar Kadaffi, pelas mãos dos rebeldes terroristas financiados pela CIA contra Assad, pelos fascistas em Kiev, os generais golpistas assassinos que derrubaram o governo da Irmandade Muçulmana e aqui pelos coxinhas “verde-amarelos” anticomunistas apoiados pela FIESP e a Rede Globo. Afinal de contas “a revolução está na esquina” para esses revisionistas vulgares que maculam o nome do trotskismo. Para celebrar o aniversário da corrente morenista no Brasil, reproduzimos o artigo “O Fim da URSS, a divisão da LIT e o legado de Moreno” elaborado pela LBI em 2003 e publicado em forma de brochura, que mantém plenamente sua vigência programática, aborda desde o surguimento da LIT até sua crise política a partir do balanço da queda da URSS e do Muro de Berlim ocorrido entre 1989-1991, um dos temas que o “MAIS” cita em seu manifesto de ruptura, cinicamente “lamentando” a restauração capitalista enquanto o novo agrupamento de fato adere ao conceito de lutar pela democracia como um valor universal, para eles um bem “MAIS” superior politicamente a qualquer regime dos Estados Operários, considerados como o foco da falta de liberdades e irradiador do pensamento dogmático, centro irradiador do “autoritarismo estalinista”, assumindo para si o discurso próprio da pequena-burguesia democrática.

               
O FIM DA URSS, A DIVISÃO DA LIT E O LEGADO DE MORENO
(01.07.2003)

INTRODUÇÃO

Após mais de uma década da morte do dirigente trotskista argentino Nahuel Moreno, quando sua principal herança, a Liga Internacional dos Trabalhadores, encontra-se completamente fracionada e imersa em sucessivas crises internas, ainda existem correntes como o Centro Internacional do Trotskismo Ortodoxo, uma das frações que se desgarraram da LIT, que se proclama o mais fiel herdeiro de seu legado, persistindo em apresentar Moreno como um grande teórico principista. O CITO reivindica o mesmo conceito de ortodoxo que serviu para Moreno, após fundar o SLATO (Secretariado Latino-Americano Trotskista Ortodoxo), camuflar sua política de entrismo profundo no nacionalismo burguês, reinvindicando estar "sob as ordens do General Perón e do Conselho Superior Peronista". A suposta ortodoxia de Moreno também não o impediu de nos anos 60, após o triunfo da revolução cubana, apresentar a política foquista do castrismo como um novo caminho para a revolução latino-americana, ou mesmo de apoiar as guerrilhas fundamentalistas patrocinadas pela CIA contra a URSS no Afeganistão nos anos 80, uma ponta de lança do imperialismo contra o Estado Operário soviético.

Sob esta política, Moreno assentou as bases para que todos os distintos herdeiros de sua corrente viessem a saudar a restauração capitalista na URSS e no Leste europeu como grandes revoluções triunfantes. Embora todas as variantes morenistas concordassem com esta caracterização sobre os principais acontecimentos das últimas décadas, a desmoralização que se abateu sobre amplas parcelas da vanguarda de esquerda mundial não pouparam as fileiras do próprio partido de Moreno de pagar caro por esta política, partindo-se quase na mesma quantidade de pedaços que o Muro de Berlim, a que tanto saudaram a queda.

"O Fim da URSS, a Divisão da LIT e o Legado de Moreno" é uma contribuição para clarificar as divergências entre a Liga Bolchevique Internacionalista e as diversas variantes do morenismo e estabelecer um debate franco com os militantes que equivocadamente se referenciam em sua política e em seu programa. Neste sentido, a nossa corrente elaborou esta crítica, onde avaliamos a trajetória do morenismo à luz do verdadeiro trotskismo, como um combate fundamental por um programa revolucionário internacionalista.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

31 DE JULHO: UM ARREMEDO DE MOBILIZAÇÃO ANTIGOLPISTA PARA DAR CONTINUIDADE AO CALENDÁRIO "OFICIAL" ELEITORAL COM O VERNIZ DO "FORA TEMER"


A "Frente Povo Sem Medo", coalização política impulsionada fundamentalmente pelo MTST de Guilherme Boulos, está convocando para o próximo domingo (31/07) uma mobilização nacional com o eixo "Fora Temer", agregada desta vez da defesa de um plebiscito nacional para decidir se o governo Dilma deve completar o mandato ou convocar novas eleições gerais. O próprio Boulos afirmou que o ato: "agrega o tema que ‘o povo decidir’, que o Senado não tem condições políticas e legitimidade para decidir os rumos e as saídas para a crise política e que é preciso que o povo seja chamado a decidir". Um setor do campo Dilmista (Frente Popular), composto pelo PT, CUT, PCO etc... não enxerga com "bons olhos" a defesa da convocação de novas eleições por fora do calendário institucional já previamente organizado, por isso mesmo não estão jogando muito peso neste movimento que conta com a simpatia política da própria presidenta Dilma. A direção do PT enveredou pelo caminho de sustentar a "ala esquerda" do governo golpista de Temer para que sua equipe econômica comandada por Meirelles (homem de confiança de Lula) finalize a agenda das "reformas" neoliberais iniciadas no segundo mandato presidencial de Dilma. Nesta lógica de adaptação, concluída a sórdida pauta do "ajuste", Temer entregaria o poder estatal novamente ao PT pela via das eleições presidenciais de 2018, com todo o ônus de ter liquidado as conquistas sociais da classe trabalhadora em seu curto mandato golpista. Outro setor da Frente Popular, orientado pelo PCdoB, PSOL e MTST e alguns parlamentares da antiga "base aliada", aposta em resgatar o mandato de Dilma no Senado com uma manobra constitucional da convocatória do plebiscito revogatório, incluindo a possibilidade de encurtar o "time" do governo petista eleito sob o estelionato político em 2014. Neste quadro de divisão das "táticas"  reformistas entre as próprias forças intestinas da Frente Popular, já se anuncia um grande fiasco para o próximo dia 31/07. É evidente que as duas alas da Frente Popular tem em comum a apologia da democracia burguesa e juntas privilegiam o corrompido espaço institucional em detrimento da ação direta das massas duramente atacadas em seus direitos históricos por este governo golpista. Quando as classes dominantes planejam em conjunto o desmonte da previdência pública colocando abaixo a própria CLT, além de entregarem ao imperialismo o pouco que resta de nossa economia nacional, a esquerda frente populista se debate na inércia das alternativas institucionais, legitimando o verdadeiro golpe de classe contra o proletariado brasileiro. Enquanto a mídia "murdochiana" estabelece um curta trégua ao bandido Temer para a realização do dantesco espetáculo da "Rio 2016", a crise econômica capitalista se agrava gerando demissões e desemprego em massa, porém as entidades sindicais burocratizadas (CUT, CTB, FS etc...) só falam em "negociar e pressionar" o governo com seu tradicional lobby parlamentar. A preparação da greve geral, tão alardeada pela CUT caso se consumasse o golpe, não passou de mais uma manobra distracionista referendada pela esquerda social democrata e pelos revisionistas do Trotsquismo, mas agora a máscara da burocracia sindical caiu por completo. As lutas operárias atomizadas e sem centralização nacional estão sendo derrotadas uma a uma, como foi a suspensão da combativa greve dos professores do estado do Rio de Janeiro. Não podemos nos "fingir de ingênuos" e legitimar a demagogia política da Frente Popular (em suas duas versões) que não organiza seriamente nenhum combate de classe contra o regime burguês e seu governo neoliberal de plantão, como Marxistas Revolucionários não avalizaremos os "atos populares" que sob a maquiagem política levantam o "Fora Temer" mas que no bojo de sua plataforma defendem o retorno do governo de colaboração de classes, seja agora em agosto ou em outubro de 2018. A democracia dos ricos e seu "sagrado" calendário eleitoral somente poderá ser definitivamente enterrada na historia da luta de classes pela vereda da revolução socialista, dirigida não pelos charlatões da Frente Popular e sim pelo Partido Bolchevique Leninista reconstruído!

terça-feira, 26 de julho de 2016

63 ANOS DO ASSALTO AO QUARTEL DE MONCADA: DEFENDER O ESTADO OPERÁRIO BUROCRATIZADO CUBANO CONTRA O IMPERIALISMO E SUA “REAÇÃO DEMOCRÁTICA” PARA HONRAR OS HEROICOS COMBATENTES EM 26 DE JULHO

O fracassado ataque ao quartel de Moncada em 26 de julho de 1953, ação protagonizada por Fidel Castro e outros membros do Partido Ortodoxo, expressou a perda das esperanças da oposição pequeno-burguesa nacionalista em utilizar-se dos meios institucionais para restaurar a caricatura de democracia burguesa na Ilha e a adoção da luta armada como método para derrotar a ditadura de Fulgêncio Batista. Apesar da maioria ter sido morta em combate e poucos sobreviventes presos, entre eles Fidel e Raul Castro, esse episódio se tornou uma referência para o movimento guerrilheiro que dirigiu a Revolução Cubana. Anos depois, em junho de 1955 Che Guevara se encontrou com Fidel Castro e os cubanos exilados do “Movimento 26 de Julho”. Fidel comandava a oposição ao regime ditatorial de Fulgêncio Batista e planejava o retorno a Cuba para derrubar o governo pró-imperialista ianque. No dia 25 de novembro de 1956, 82 homens partem a bordo do velho iate Granma. Era o início da Revolução Cubana. 63 anos após o simbólico 26 de Julho de 1953, para nós trotskistas defender o Estado Operário burocratizado cubano das investidas do imperialismo hoje e preparar a revolução política na Ilha para assegurar as conquistas sociais existentes no Estado operário, ameaçadas pelo bloqueio econômico e a pressão pela restauração capitalista, são a melhor forma de honrar os combatentes mortos em 26 de Julho. A LBI aproveita as comemorações do 26 de julho para reafirmar a defesa incondicional da ilha operária e de suas conquistas históricas rechaçando a ofensiva imperialista através do bloqueio econômico e da política de “reação democrática” levada acabo no último período por Obama ao mesmo tempo em que polemiza com a orientação programática adotada pela burocracia castrista, em que esta ataca uma série de direitos históricos dos trabalhadores com o objetivo de avançar o processo de restauração capitalista. A melhor forma de honrar os combatentes de La Moncada é responder as investidas do imperialismo ianque é chamando a classe operária em nível mundial a derrotar o imperialismo e não apoiando a política de “coexistência pacífica” com a Casa Branca e a Igreja Católica. Orgulhamo-nos de em meio à ofensiva mundial do imperialismo contra Cuba e outros regimes políticos que são alvo da sanha guerreirista da Casa Branca, como a Síria e o Irã, estarmos na linha de frente do combate internacionalista para derrotar as grandes potências capitalistas, inclusive em unidade de ação com o PC cubano e Assad diante dos ataques do pior inimigo dos povos, o imperialismo. Desde a trincheira de luta da defesa do Estado operário cubano e das nações oprimidas atacadas pela OTAN, fazemos o combate programático e político pela construção nestes países de uma autêntica direção revolucionária para o proletariado.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

A CANDIDATURA LUCIANA “GENRDAU” EM PORTO ALEGRE: A SONHADA “FRENTE DE ESQUERDA” QUE UNIFICA O “MAIS” E O PSTU SERÁ FINANCIADA POR EMPRESÁRIOS, COM O PSOL ALIANDO-SE A REDE E O PPL!


O fato das pesquisas eleitorais estarem indicando a candidatura de Luciana Genro (PSOL) no topo da preferência popular para a Prefeitura de Porto Alegre tem deixado a “esquerda” eufórica, salivando com a possibilidade de gerenciarem a crise do capital em escala municipal. Literalmente todas as correntes políticas revisionistas apoiam a postulação da dirigente do MES, apesar desta ter um histórico de suas campanhas serem bancadas por empresas capitalistas, além de defender para 2016 alianças eleitorais com a Rede e até o PPL, inclusive sinalizando a disposição de oferecer a vaga de vice para o partido de Marina Silva. O MES argumenta que “É preciso construir uma coligação para governar e garantir maioria na Câmara de Vereadores”, “precisamos de mais tempo de TV para que sejamos viáveis eleitoralmente”. Longe de denunciar frontalmente essa candidatura, o PCB, o MAIS, a CST, o NOS e o MRT acabam de lançar um manifesto defendo a “Frente de Esquerda”, quando no máximo criticam a aproximação com a REDE-PPL. O PCR, MLS e CEDS tem a mesma política distracionista, delimitando-se pelos flancos sem atacar frontalmente o caráter burguês da candidatura de Luciana. Até o PSTU que formalmente neste ano decidiu que não iria se coligar com o PSOL no restante das capitais (sendo este um dos principais móveis políticos da ruptura do MAIS) apoia a formação de tal aliança em Porto Alegre, com as ressalvas de sempre que não impediram o partido de votar em Luciana em eleições municiais passadas e integrar a “Frente de Esquerda” para o governo do Rio Grande do Sul em 2014.  O PSTU alega para isso que em Porto Alegre, Luciana Genro, ao contrário do PSOL nacional, não se colocou no campo do “Fica Dilma”, nem na defesa do governo do PT. Como se observa, o conjunto desta esquerda apoia a coligação sabendo não só da “folha corrida” do MES em sua relação corrupta com os empresários e sua pública aproximação com o PT e Tarso Genro (ela apoiou o pai no segundo turno das eleições estaduais gaúcho de 2014), inclusive do acordo PT-PSOL do apoio mútuo no segundo turno em cidades como Rio de Janeiro e Porto Alegre. Sabem inclusive que a própria campanha para a prefeitura terá a logística financeira da holding Gerdau, o maior grupo capitalista do Rio Grande do Sul, ainda mais que Luciana encontra-se no topo das pesquisas, porém precisam “fingir-se de loucos” para levar adiante sua política canalha. Esta conduta revela que não há qualquer “diferença programática” entre estas organizações revisionistas que as impeçam de estabelecer as coligações mais inusitadas, não há divergências políticas consideráveis entre o MAIS e o PSTU, por exemplo. O mais escandaloso neste “acordo” é o fato do PSTU “gabar-se” que seu grande “diferencial” em relação ao PSOL seria sua rejeição ao financiamento de empresas capitalistas para a “esquerda”. A defesa da suposta “independência política diante da burguesia” vem sendo jogada na lata do lixo porque se estas correntes realmente rejeitassem por princípio programático o “apoio financeiro” de empresas capitalistas, jamais aceitariam a aliança eleitoral com o MES, que mantém a mesma posição de 2008. Na verdade, a aliança com o PSOL em Porto Alegre será um elemento de desagregação ainda maior do PSTU, aproveitada pelo MAIS oportunista para avançar  sobre a castigada militância morenista. Lembremos que em 2014, quando questionada em entrevista a Folha de SP (24/06) “Se uma empresa fizer uma doação?” Luciana respondeu “Se uma empresa quiser fazer uma doação nós vamos avaliar na nossa coordenação de campanha. Desde que não se enquadre nas proibições do nosso estatuto, que são empreiteiras, bancos e multinacionais”. Ou seja, o MES adotará o mesmo critério que fez a executiva municipal do PSOL-RS autorizar em 2008 a “doação” da Gerdau! Empresas “nacionais” cujo dono é Jorge Gerdau, controlador da fábrica de armas Taurus, da montadora de ônibus Marcopolo e do grupo de siderurgia que leva o seu nome...pode! Assim como a Vale, CSN, Embraer... sendo que agora o PSTU, PCB, MAIS e até o MRT, também farão parte desta “boquinha” burguesa!!! Criticam formalmente o financiamento de grandes empresas para as campanhas do PSOL, “esquecendo” que foi a própria Luciana uma das “pioneiras” da Frente de Esquerda a receber grana de vários grupos econômicos para sua campanha a prefeitura de Porto Alegre, em uma chapa com o PV em 2008, uma espécie de “amnésia” coletiva. As declarações destes agrupamentos em defesa de um programa “socialista” como condição para compor a Frente de Esquerda, são absoluta letra morta na medida em que seus melhores aliados internos no PSOL, como o MES, são os campeões do reformismo e de uma política policlassista de integração ao Estado capitalista. Os Marxistas Revolucionários entendem a importância do estabelecimento de frentes e alianças no interior do campo da esquerda, focadas na organização do proletariado para impulsionar seu combate de classe. Esta política nada tem a ver com formação de frentes eleitoreiras com partidos da ordem capitalista. Se coligar eleitoralmente em nome da “luta socialista” com uma quadrilha política chefiada por Luciana Genro representa uma enorme fraude política, um verdadeiro embuste distracionista para mascarar sua completa adaptação ao regime da democracia dos ricos. Por esta razão, a LBI concentra nossos modestos esforços militantes na convocação de uma frente de esquerda de outro tipo, comunista e revolucionária, com o objetivo centrado na denúncia radical da farsa eleitoral destas eleições que represente o contraponto da fraude institucional montada pelo Estado capitalista, com o aval do conjunto da esquerda reformista ávida para ingressar no parlamento burguês.

NASCE UMA NOVA CORRENTE NA ESQUERDA: "MAIS" OU MENOS TROTSKISTA...


Realizado no último sábado o evento nacional de lançamento da "nova organização socialista", o agrupamento político que recém rompeu com as fileiras do PSTU, nada teve a ver com um verdadeiro ato da esquerda Marxista e Revolucionária, "MAIS" (Movimento por uma Alternativa Independente Socialista) se pareceu com uma catarse coletiva de militantes "quebrados" que "alegremente" estavam rompendo com o "peso" de pertencerem a um partido formalmente leninista e regido pelo centralismo democrático. Porém é certo que centenas de ativistas muito jovens também concorreram a este "show de auditório" realizado no Clube Homs em São Paulo para aderir ao novo agrupamento político, já balizado pelo manifesto "Arrancar alegria ao futuro". Esta camada de militantes da "nova geração" sequer foi educada sob as bases programáticas do Trotskismo, revela plena sintonia com o discurso vazio do "novo" e da busca de uma "nova práxis", significando realmente um desconforto da pequeno burguesia com a mínima disciplina partidária bolchevique, considerada uma peça arcaica de museu ou mesmo um libelo do "autoritarismo stalinista". Este nicho da esquerda revisionista forjada ideologicamente na era pós soviética, aderiu a  democracia como um valor universal, para eles bem superior politicamente a qualquer regime dos Estados Operários, considerados como o foco da falta de liberdades e irradiador do pensamento dogmático e conservador de uma "esquerda ultrapassada". Fenômenos partidários como o PSOL, PODEMOS etc... são o "sonho de consumo" desta cepa de ativistas, desde é claro que não cheguem ao "poder" como o Syriza na Grécia, pois aí o "sonho" vira pesadelo com a aplicação da agenda neoliberal do capitalismo em decadência. Os dirigentes do manifesto da "Alegria" foram totalmente coerentes e trataram de realizar um evento que marca o timbre ideológico e programático de uma nova tendência da esquerda concentrada em "limpar" os vestígios do Trotskismo ainda presentes na velha corrente Morenista. Bem "MAIS" assemelhada a estrutura orgânica de um PSOL ou mesmo da DS (petista), do que de qualquer seção da LIT, ainda que persistam em reivindicá-la. O nome escolhido para legendar o grupo do prof. Valério Arcary não poderia ser mais emblemático: "Mais" ou menos revolucionário, ou ao gosto de sua clientela militante que prefere ser reconhecida por "socialista democrática". É justo que sejam caracterizados como "Mais" ou menos Trotskistas, afinal não incorporaram a sua plataforma a defesa da Ditadura do Proletariado e tampouco a apologia da revolução armada, mas defendem o "socialismo e as lutas dos trabalhadores" como uma "meia" adesão ao Manifesto Comunista e ao Programa de Transição da IV Internacional. "Mais" ou menos Revolucionária é uma definição programática precisa para uma organização que tem como primado a horizontalidade de suas decisões, rejeitando como princípio a conspiração e a clandestinidade em períodos de "combate nas trevas" como diria com maestria nosso saudoso Jacob Gorender. O móvel da ruptura do grupo com o PSTU, o equivocado "Fora Todos" foi apenas um pretexto para abraçarem com vigor o regime da democracia dos ricos, e logo saltarem para reivindicar "Eleições Gerais", uma inflexão bem  distante da ruptura com a forças políticas da direita que continuam a admirar e aplaudir no resto do mundo, como na contrarrevolução ocorrida na Líbia. O popularesco slogan de não "MAIS" aceitarem o suposto sectarismo impregnado no PSTU, representou apenas uma senha para um futuro próximo de fusão com o PSOL e seus satélites como o "NOS". Sem o "sectarismo" do Marxismo e a "pesada" herança Leninista tudo é "alegria" vista no rosto de centenas de militantes que se fizeram presentes no clube Homs para gritar com todos os pulmões "Fora Temer, eleições gerais" como sendo a genuína bandeira do socialismo... Seu programa "inovador" se limita a cantilena comum dos reformistas em defesa da velha fórmula de bradar pela "unidade para lutar contra o ajuste e a retirada de direitos" que agrega todo arco oportunista na "esquerda"...Pobres militantes incautos e crédulos no "MAIS" novo amálgama da esquerda social-democrata.... Desgraçadamente esta película apresentada como "muito original" pelos seus dirigentes não tem nada de novo...  

sábado, 23 de julho de 2016

RACHA NO PSTU OU A SAÍDA ANTECIPADA DA “COMISSÃO DE FRENTE” PARA AGUARDAR O RESTANTE DO BLOCO NO INTERIOR DO PSOL?  O AVISO DA “RUPTURA AMISTOSA” É CLARO: SE NÃO NOS SEGUIREM VÃO ACABAR COMO UMA SUICIDA “SEITA ESQUERDISTA”! 


O PSTU e uma fração significativa do partido acabam de anunciar simultaneamente, uma separação "amigável" em suas fileiras. Trata- se do rompimento da antiga TI que agora passa a se autodenominar demagogicamente de “Arrancar alegria ao futuro”, como se o belo poema que Maiakovski escreveu há noventa anos atrás em homenagem a um amigo que se matara no final de 1925, pudesse traduzir a política de completa adaptação a democracia burguesa dos signatários do manifesto da “nova” organização sugerida, já iniciam seu trajeto com mais uma fraude! O pano de fundo que fez com que Valério Arcary protagonizasse o “racha”, após anos de sua letargia acadêmica, foi estritamente a política nacional do PSTU, ao mesmo passo que declaram “fidelidade” integral ao programa da LIT e os pressupostos “teóricos” do Morenismo. Pelo menos por este período os “alegres dissidentes” não devem esboçar grandes divergências com a política contrarrevolucionária que endossou a derrubada da antiga URSS e apoiou freneticamente as “revoluções democráticas” promovidas pela OTAN contra os governos nacionalistas da Líbia, Síria e Ucrânia. No breve futuro Valério e seu bando de oportunistas manifestarão algumas discrepâncias pontuais com a velha matriz fundada em 1982, ao mesmo estilo praticado pelo grupo de Luciana Genro(MES) ou também pelo PTS argentino. Porém não podemos lhes quitar alguma razão de sua nacional “alegria”, afinal se livraram do que consideram um “estorvo sectário”, o PSTU e sua fracassada guinada em direção a “revolução democrática” no Brasil, o “Fora Dilma!”. Como o script da fórmula Morenista não conseguiu se enquadrar na realidade nacional, pelo simples fato da Frente Popular ainda acumular um enorme prestígio político no seio do movimento de massas, o PSTU caiu em “desgraça” ao não acompanhar o parceiro PSOL em sua inflexão na defesa do governo Dilma em relação ao golpe parlamentar sofrido pelo PT. Por outro lado, o refluxo das gigantescas manifestações reacionárias contra o governo, deixando exclusivamente nas mãos da máfia peemedebista e da “República de Curitiba&PF” a tarefa de defenestrar Dilma, colocou o PSTU em uma encruzilhada fatal: ou seguiam com a extrema direita no “Fora Dilma” (como os parentes MRS, MNN e CST) ou se aproximavam da posição oportunista do PSOL, como não fizeram nenhuma coisa nem outra a luta de classes lhe cobrou um alto preço. É claro que existia outra alternativa já apontada pela LBI desde o início da ofensiva direitista no início de 2015, convocar as massas para derrotar a sanha neofascista dos “coxinhas do Lula no xadrez” e ao mesmo tempo manter de pé o combate de classe ao ajuste neoliberal aplicado pelo governo Dilma contra os trabalhadores. Mas para os revisionistas do PSTU adotarem uma linha justa e se contraporem as enormes pressões dos dois campos burgueses em confronto aberto, era algo muito distante em função de suas próprias limitações programáticas, gerando no seu intestino uma fração mais “decidida”. Para os seguidores do manifesto que vislumbram um “futuro eleitoral” seria impensável esboçar um distanciamento político (ainda que parcial e temporário) da principal fonte de votos da “esquerda” que se tornou o PSOL, e ainda por cima carregar a pecha de terem colaborado com o Golpe Institucional que destituiu Dilma. A “nova” organização surge com um estandarte principal: manter estrategicamente viva a “frente de esquerda” entre o PSOL, PSTU e PCB, bandeira que vinha sendo ameaçada pela direção majoritária do PSTU. No bojo das críticas da “falsa alegria” não faltaram alusões a postura também “sectária” da CONLUTAS, considerada pelo “racha” como um mau exemplo de frente única que deveria ter sido implementada com a burocracia sindical da CUT, como nas fileiras de adesão à ruptura encontram-se os diretores do Sintro-Ceará (rodoviários), um amálgama de tradicionais pelegos que se converteram a “esquerda” para ganhar as eleições sindicais, desconfiamos seriamente que as lideranças sindicais dos “alegres” sejam ainda piores do que as do PSTU. Em resumo para não cansar nossos leitores no que já se delineia com bastante clareza, o grupo de dissidentes do PSTU que saiu do partido com “tamanha polidez” parece fazer um movimento preventivo de preservação do Morenismo no Brasil, uma espécie de aviso aos que permanecem no partido: Ou mudam de posição e passam a remar novamente no caudal eleitoral do PSOL, ou se tornarão uma “seita esquerdista e suicida”, como os Morenistas costumam caracterizar desqualificando a esquerda revolucionária e principista. A previsível trajetória do “novo” agrupamento que sai do PSTU já foi traçada há pouco tempo por outra corrente parental, o NOS, não por coincidência surgida com a mesma plataforma de crítica ao “sectarismo” para logo depois orientar silenciosamente a filiação de seus militantes ao PSOL. Para os incautos que nutrem alguma ilusão nos “eufóricos” prognósticos do Prof. Valério, afirmamos em sintonia com o “velho maestro” Trotsky: “Sempre falar a verdade as massas por mais amarga que esta pareça ser”.

Apesar da LBI ser adversária programática do PSTU, não temos o que comemorar, não estamos “alegres” com o “racha” ocorrido, porque caracterizamos que a dinâmica política do bloco comandado por Valério Arcary busca atacar o que, mesmo tenuemente, ainda existia de progressivo nesse partido: a defesa formal do leninismo e do centralismo democrático, a necessidade em sí da construção de um partido revolucionário bolchevique para a revolução socialista que pretende ser substituído por uma amalgama social-democrata à sombra do PSOL. Por trás das críticas pontuais “corretas” à linha de adaptação a ofensiva direitista da direção majoritária Morenista, reside uma profunda adaptação à Frente Popular e principalmente a defesa da “democracia” burguesa nos marcos institucionais do parlamento. Ainda assim é sintomático que os “alegres” que até ontem defendiam a linha oficial morenista com unhas e dentes agora para se delimitarem com a direção do PSTU tenham copiado literalmente todas as postulações que a LBI vinha fazendo no terreno nacional há tempos. Segundo seu manifesto “Há mais de um ano vínhamos afirmando que era preciso enfrentar, com centralidade, a política de ajuste fiscal do governo Dilma, mas combater também a oposição burguesa que queria derrubá-la apoiando-se em mobilizações reacionárias” entretanto ficaram calados quando o PSTU comemorou o impeachment, inclusive vários militantes que subscrevem o manifesto da “Alegria” atacaram duramente nossa posição como sectária e frente populista. Naquele momento alertamos no artigo “PSTU comemora afastamento de Dilma como uma vitória da esquerda rumo ao “Fora Todos”: Mais uma vez de mãos dadas com a direita e o imperialismo!” (12.05) que “Segundo o delírio morenista estamos avançando rumo a um governo socialista dos trabalhadores! O Golpe Institucional em curso seria por esta tese estúpida uma vitória das massas!!! O PSTU só não explica porque diante de tantos ‘avanços’ não consegue agrupar mais de mil pessoas em seus atos nacionais pelo ‘Fora Todos’ e vem sofrendo rachas questionando sua política de aproximação com a direita. Não importa a realidade, o PSTU nos ensina que o próximo ato da ‘revolução democrática’ seria a convocação de eleições gerias” (Blog da LBI, 12/05). Porque os signatários do “Alegria” não se constituíram como Fração Pública para combater abertamente a linha direitista da direção majoritária no calor da luta de classes? A resposta é que Valério&Cia na verdade buscam “ficar bem com a opinião pública”, pouco importando a “direção do vento”. Não por acaso Zé Maria em resposta diplomática ao “racha” esclarece: “Não havia, neste sentido, diferenças irreconciliáveis, ainda mais um debate que apenas se inicia. Inúmeros companheiros e companheiras que tinham as mesmas posições dos companheiros em sua totalidade ou em parte, seguiram no PSTU sem abrir mãos de nenhuma de suas posições políticas”. O mais sintomático é que o “racha” não relacionou conscientemente a linha política nacional direitista com a posição revisionista da LIT pelo mundo, ao contrário, se afirma fiel a Internacional morenista: “Apostamos na possibilidade de uma separação amigável, e portanto exemplar, muito diferente das rupturas explosivas e destrutivas que o passado tanto viu. Mantemo-nos, por isso, nos marcos da Liga Internacional dos Trabalhadores, na qualidade de seção simpatizante”. Esse tratamento próprio dos centristas visa encobrir que as posições do PSTU no Brasil fazem parte da plataforma pró-imperialista escandalosa que a LIT adotou no mundo, como denunciamos no mesmo artigo em que pontuamos o fato dos morenistas comemorarem o impeachment de Dilma “Ao festejar o afastamento de Dilma pelas mãos da direita, o PSTU acrescenta o Brasil na longa lista de países em que sua corrente internacional, a LIT, estabeleceu no último período unidade política com o imperialismo e a reação burguesa contra governos frente populistas, reformistas e nacionalistas. Líbia, Síria, Ucrânia, Egito e agora o Brasil segundo as alucinações do PSTU-LIT deram passos importantes rumo ao socialismo! Não importa que esse caminho tenha sido aberto pelas bombas da OTAN para assassinar Kadaffi, pelas mãos dos rebeldes terroristas financiados pela CIA contra Assad, pelos fascistas em Kiev, os generais golpistas assassinos que derrubaram o governo da Irmandade Muçulmana e aqui pelos coxinhas “verde-amarelos” anticomunistas apoiados pela FIESP e a Rede Globo. Afinal de contas 'a revolução está na esquina' para esses revisionistas vulgares que maculam o nome do trotskismo!”. Não nos admiraremos se no futuro o bloco dos “Alegres” também copiem novamente as posições da LBI para atacar a política direitista do PSTU e da LIT, obviamente apresentando tais cópias como descobertas intelectuais “inéditas” do professor Valério!


Na caatinga nordestina há um velho provérbio popular que diz que "o cheiro podre da carniça logo atrai os urubus mais rapineiros", o manifesto dos "legionários" de Valério  Arcary rapidamente atraiu a simpatia das correntes de esquerda mais hostis ao bolchevismo e obviamente assentadas no campo do PSOL, que saudaram o " alegre" manifesto como uma ode de combate ao "sectarismo", leia- se que por sectarismo entendem qualquer coisa que lembre mesmo que remotamente uma disciplina partidária leninista. A Esquerda Marxista (EM) foi um destes agrupamentos oportunistas  que saliva ansiosamente a entrada dos Morenistas, em rota de fuga, na cancela do PSOL. A LER/ MRT vai na mesma linha da EM e já manifestou o desejo de unir forças no guarda-chuva psolista. Porém o PTS argentino (LER/MRT) tenta dar uma cobertura mais programática ao racha do PSTU, no sentido um pouco mais profundo do que um mero cálculo eleitoral, imputando no grupo uma autocrítica retrospectiva em relação aos trágicos acontecimentos que deram fim a antiga URSS. Mais uma tentativa de fraude para tentar "lavar a cara" de Valério, seus discípulos e do próprio PTS, que juntos com a LIT permanecem no terreno antidefensista, quando a questão envolve os Estados Operários sobreviventes, isto sem falar é claro da vergonhosa posição política que sustentaram no calor dos fatos da luta de classes no final dos 80 e início dos anos 90. Não somos "bobos alegres" para acreditar em uma suposta autocrítica, desta ala do Morenismo, que nunca foi esboçada  em relação ao apoio incondicional emprestado aos furiosos militantes da direita imperialista que "sacaram" suas picaretas para derrubarem o Muro de Berlim. Aliás "Muro" este que passaram décadas repetindo como papagaios da furibunda reação capitalista que se tratava da "vergonha" mundial da esquerda stalinista. Hoje se afirmam otimistas para "arrancar alegria ao futuro" quando no passado recente em uníssono com o capital ajudaram a arrancar as conquistas operárias históricas de um terço da civilização humana, na destruição da URSS e em mais de uma dezena de Estados Nacionais onde a economia foi socializada com a extinção do mercado. Para Valério e sua trupe de revisionistas a alegria está em "Miami Libre" e a profunda tristeza reside na "autoritária ilha cubana", onde para estes farsantes do Marxismo Fidel Castro já teria restaurado o capitalismo... Também os "alegres" defendem que a barbárie social (revolução para estes dementes) instaurada na Líbia "é bem mais linda" do que a "ditadura do coronel Kadafi", obviamente que a maioria reside no bairro Paraíso e não no inferno hoje de Tripoli, e que a "revolução" promovida pelo EI na Síria livrará o país da "tristeza do sanguinário Assad". Nesta lógica demasiadamente "humanista", o racha "valeriano" vai granjeando apoio e solidariedade de todas as forças revisionistas que nutrem o ódio das "pequenas" conquistas do proletariado seja em um Estado Operário  ou em um regime nacionalista burguês, sua próxima rota será sair da LIT, aprofundando o curso de adaptação à onda da "democracia civilizatória" do capital. Por isso não puderam admitir o equivocado "Fora Todos" do PSTU, que apesar de empunhar as eleições burguesas como alternativa à crise, não desfraldava prioritariamente a bandeira da "Defesa da Democracia" como fez o PSOL por exemplo. Não são uma ruptura de "esquerda", estão ideologicamente a direita do PSTU e no mesmo prumo "teórico" pró-imperialista do Morenismo... Devemos alertar aos incautos que esta nova organização poderá sim "arrancar" ainda mais derrotas e tristezas para o proletariado brasileiro, tão cansado politicamente dos que oferecem o "unguento" da democracia burguesa (maquilada como "socialismo democrático") para a cura das desgraças sociais inerentes ao modo de produção capitalista.  

sexta-feira, 22 de julho de 2016

“DESCLASSIFICAÇÃO” DA RÚSSIA NA “RIO 16”: TIO SAM QUER SER O CAMPEÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS NO “TAPETÃO” DA FARSA


O Comitê Olímpico Internacional (COI) rejeitou a apelação da Rússia de considerar 68 atletas aptos a participar da “Rio 16”. Desta forma mais de 1/3 da delegação russa, na modalidade onde o país é mais forte e ganhador histórico de medalhas, o atletismo, estará fora da competição. O presidente russo, Wladimir Putin, reagiu indignado à decisão “Estamos observando um alarmante retrocesso com a interferência da política no esporte. Sim, as formas desse tipo de interferência mudaram, mas sua essência continua a mesma: pretende transformar o esporte em instrumento de pressão geopolítica, para promover uma imagem negativa de alguns países e povos”. Sem dúvida trata-se de um ataque direto não só ao esporte em geral, mas a Rússia em particular, adversária dos EUA no campo político e militar, além de historicamente principal concorrente nos jogos olímpicos, produto de uma valiosa herança das conquistas sociais oriundas da antiga URSS. Forçando a saída da Rússia da competição em modalidades que seus atletas individualmente são conhecidos por conquistarem dezenas de medalhas de ouro, os EUA quer ser campeão dos jogos olímpicos no “tapetão” da farsa. O próprio imperialismo ianque é “expert” em produzir drogas para ampliar as performances de seus atletas nas competições internacionais, mas o único país punido para a “Rio 16” por supostamente recorrer a esse expediente foi a Rússia, em uma decisão arbitrária claramente manipulada pelo COI, com documentação e laudos suspeitos fabricados sob medida. Este órgão, depois do pedido de 10 países, entre eles os EUA e a Inglaterra, acusa a organização olímpica russa e sugerem que o governo foi quem promoveu o doping generalizado. A participação da Rússia nos jogos é agora uma dúvida: se a equipe russa de conjunto boicotar as Olimpíadas abre o precedente para que a Copa de 2018, sediada no país, seja também boicotada pelos EUA e seus aliados, como deseja de fato a Casa Branca, ampliando assim o conflito geopolítico mundial cujas frentes são mais visíveis na Ucrânia e na Síria, neste último país forças russas combatem o EI junto com o governo Assad, inimigo dos EUA. Esse embate histórico vem do século passado, da disputa também na arena esportiva entre a União Soviética e os Estados Unidos sobre a supremacia para demostrar o maior nível de excelência em todas as modalidades, o que implicava na demonstração da superioridade do sistema socialista ou capitalista, na verdade um forte embate entre o mais importante Estado operário burocratizado existente na época e a principal potência imperialista. Nesse sentido, os jogos entre as duas equipes foram inesquecíveis e dramáticos, como a épica partida da final de basquete masculino nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972. Neste jogo histórico o escrete da URSS ganhou do plantel dos EUA no último segundo, derrotando no auge da chamada "Guerra Fria" a equipe ianque em um dos esportes mais tradicionais do país, o basquete. Como se observa, a fraudulenta punição da Rússia é uma excelente maneira dos EUA evitarem a concorrência dos atletas russos com alto desempenho e qualidade que podem ganhar medalhas, sendo sua participação vitoriosa previamente acordada na “Rio 16” um ponto de apoio para a ofensiva mundial imperialista contra os povos, que tem no golpista Temer um aliado fiel. Como vimos, este usa o pretexto do "combate ao terror" para preparar novos ataques contra a classe operária e a população pobre, vide as prisões arbitrárias em curso antes da "Rio 16". Como bolcheviques, rechaçamos a “desclassificação” da Rússia pelo COI, medida que tirará da disputa olímpica grandes atletas e serve diretamente aos interesses ianques, dentro e fora das quadras. Essa manobra reforça ainda mais a necessidade da vanguarda classista lutar contra a farsa que são os jogos olímpicos no Rio, onde a imagem da “Cidade Maravilhosa” é vendida ao mundo como um verdadeiro paraíso, enquanto os trabalhadores pagam a conta com salários atrasados e demissões, seguindo o draconiano plano de ajuste neoliberal ditado pelos EUA para nosso país.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

COM SUAS PRISÕES AO ESTILO "MAZZAROPI" GOVERNO GOLPISTA NÃO AFASTARÁ TERRORISMO DA "RIO 16"


A Polícia Federal realizou mais de uma dezena de prisões no dia de hoje, sob a acusação de apologia e organização de uma "célula terrorista" no Brasil. O canastresco factoide logo rendeu as primeiras páginas da mídia "murdochiana", sedenta para mostrar a suposta "eficiência" do governo golpista em se antecipar à possíveis ações terroristas nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro. O ministro da justiça, o Skinhead Alexandre de Moraes, declarou que as prisões "afastarão o risco de terrorismo" nas Olimpíadas, apesar de ter sido obrigado a confessar que todos os presos são jovens amadores e que sequer tinham algum nível de organização ou contato entre si. O gabinete golpista de Temer já tinha autorizado dias antes a deportação do professor, pesquisador e cientista franco-argelino, Adlène Hicheur, do Brasil. O ministro skinhead afirmou ainda que "a prisão deles e a deportação [do professor] nós afastamos os dois únicos focos, que já estavam sendo rastreados, de possibilidade ainda que remota de terrorismo das Olimpíadas". Trata-se de um misto de patetada a la "Mazzaropi", com a adição de medidas draconianas e autoritárias contra garantias democráticas constitucionais. Os acusados de terrorismo são jovens que cometeram o "crime" de visitar e curtir páginas islâmicas na internet, não necessariamente vinculadas ao EI ou outras organizações terroristas sustentadas pela CIA e Pentágono para combater os regimes nacionalistas no Oriente Médio. A deportação do professor da UFRJ fere uma tradição secular da diplomacia brasileira, que nunca concedeu pedidos de expulsão de estrangeiros no país sem a instauração do devido processo no STF. Vale lembrar que a nova lei de terrorismo com a qual os golpistas do Planalto manejam suas arbitrariedades, foi proposta e promulgada pela presidenta Dilma Rousseff, tão acalantado pela esquerda reformista como "rainha da democracia". É evidente que o prenúncio de uma tragédia iminente de repressão estatal e terrorismo contra a população carioca não foi afastada com as pataquadas do Sr Alexandre, o Rio de Janeiro vive o caos social produto da corrupção dos governos pemedebistas (todos aliados do PT) que afundaram economicamente o estado. A tarefa política dos movimentos sociais nas Olimpíadas da "Cidade Maravilhosa" será a de organizar a luta de massas que unifique as reivindicações imediatas dos trabalhadores do estado falimentar do Rio, em conjunto com uma plataforma global de combate a ofensiva neoliberal já anunciada pelo golpista  Temer e sua equipe de bandidos que até pouco tempo atrás integravam a "base aliada" do governo da Frente Popular. Com o pretexto do "combate ao terror" este regime da democracia dos ricos prepara novos ataques contra a classe operária e a população pobre, enquanto financia grandes grupos capitalistas ligados a indústria armamentista brasileira, que hoje exporta seus equipamentos bélicos para Israel e suas falanges terroristas como o EI. Nenhum apoio a qualquer medida "antiterror " deste governo golpista e repressor do povo brasileiro!

quarta-feira, 20 de julho de 2016

80 ANOS DO INÍCIO DA GUERRA CIVIL ESPANHOLA

O Blog da LBI publica o texto escrito por Trotsky no calor dos acontecimentos da guerra civil espanhola, que teve seu início há 80 anos atrás, em julho de 1936. No artigo, o velho comunista exilado e perseguido por Stálin analisa as três tendências políticas que atuavam no seio do campo republicano na luta contra o fascismo, disputando a influência entre a vanguarda militante: o bolchevismo representado pela IV Internacional, o menchevismo e o anarquismo. No curso desse debate Trotsky também polemizou com o POUM de Andres Nin, grupo centrista que acabou capitulando a Frente Popular e, apesar disso, teve seu dirigente assassinado pela KGB. Trotsky definia que uma posição justa diante da guerra civil espanhola, ou seja, do conflito entre os monárquicos sob o comando de Franco e republicanos burgueses era postar-se no campo republicano empunhando um programa revolucionário para impor através da dinâmica da revolução permanente na luta de classes a ditadura do proletariado e não para resgatar o regime democrático burguês e suas instituições como defendiam o stalinismo e as chamadas forças democráticas e progressistas que compunham a Frente Popular. Esse arco político reformista foi responsável em última medida, devido sua política de colaboração de classes e ao apoio limitado prestado pela URSS à resistência antifranquista, por levar a frente republicana à derrota e, posteriormente, ao esmagamento sangrento da revolução espanhola, "um novo elo trágico" dessa política criminosa como caracterizou o velho bolchevique no brilhante artigo que reproduzimos abaixo.


MENCHEVISMO E BOLCHEVISMO NA ESPANHA
Leon Trotsky 1936

As operações militares da Abissínia e do Extremo Oriente são meticulosamente estudadas por todos os estados-maiores militares que preparam a futura grande guerra. Os combates do proletariado espanhol, estes relâmpagos anunciadores da futura revolução internacional, devem ser estudados com não menos atenção pelos estados-maiores revolucionários; é com esta condição somente que os acontecimentos que se aproximam não nos tomarão desprevenidos. Três concepções enfrentam-se, com forças desiguais, no campo dito republicano: o menchevismo, o bolchevismo e o anarquismo. No que concerne aos partidos republicanos burgueses, eles não têm nem ideias, nem importância política independente e não fizeram mais que manter-se sobre as costas dos reformistas e dos anarquistas. Além do mais, não seria mais que um exagero dizer que os chefes do anarco-sindicalismo espanhol fizeram de tudo para desmentir sua doutrina e reduzir a sua importância praticamente a zero. De fato, no campo republicano, duas doutrinas se estão enfrentando: o bolchevismo e o menchevismo.

Segundo as concepções dos socialistas e dos stalinistas, vale dizer, os mencheviques da primeira e segunda debandada, a revolução espanhola devia resolver mais que as tarefas democráticas; eis porque era necessário constituir um bloco com a burguesia "democrática". Toda tentativa do proletariado de sair dos quadros da democracia burguesa era, deste ponto de vista, não apenas prematura como verdadeiramente funesta. Além disso, o que estava na ordem-do-dia não era a revolução, mas a luta contra Franco. O fascismo é não a reação feudal, mas burguesa: que contra esta reação burguesa não se possa lutar com sucesso a não ser com os métodos da revolução proletária é uma noção que o menchevismo, ele próprio um ramo do pensamento burguês, não quer e não pode tornar sua.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

HÁ 37 ANOS DA TOMADA DO PODER PELA FSLN NA NICARÁGUA: ABSTRAIR AS LIÇÕES MARXISTAS DE UMA REVOLUÇÃO TRAÍDA PELA GUERRILHA PEQUENO BURGUESA


Há exatos 37 anos, em julho de 1979, as colunas guerrilheiras da FSLN entraram em Manágua, consolidando a vitória da revolução popular sandinista sob o comando de Daniel Ortega, o movimento insurrecional responsável por quebrar a espinha dorsal do Estado burguês, derrotando e destruindo o exército nacional bancado pelos EUA. Dias antes, vendo que a derrota era inevitável, o ditador Somoza fugiu para Miami, tendo o abrigo do imperialismo ianque então sob a gestão “democrática” do presidente Cárter. Em comemoração a esta data histórica analisamos neste artigo minuciosamente tanto a vitória da revolução naqueles memoráveis dias como sua derrota pela via eleitoral quase duas décadas depois devido a política democratizante de sua direção pequeno-burguesa. A Revolução Sandinista foi a última insurreição popular armada vitoriosa a derrotar um governo títere do imperialismo, mas a política da direção reformista estrangulou todas as perspectivas de construir um Governo Operário e Camponês e tornar a Nicarágua um Estado operário em extensão para toda a América Central. Atualmente convertida a um partido da centro-esquerda burguesa e paladina do já falido “Socialismo do Século XXI”, a FSLN voltou a governar o país de pela via eleitoral e de forma completamente adaptada a democracia burguesa, sem grandes conflitos com o imperialismo ianque. Abstrair as lições programáticas dessa derrota em nossos dias é fundamental para a vanguarda militante combater a lógica reformista aplicada na Nicarágua já no final dos anos 80, onde o Sandinismo entregou a revolução em uma eleição burguesa em que previamente estava derrotado pela direita pró-ianque. Após vários anos dessa entrega sem luta, o Sandinismo retornou ao governo nacional pela via eleitoral, porém o regime da Nicarágua já não tem nenhum traço das conquistas revolucionárias de 1979. A melhor forma de comemorar o triunfo revolucionário de julho de 1979 é combater vigorosamente o imperialismo sem abrir mão da ácida crítica programática marxista a esquerda reformista como a FSLN. Este arco político defensor da colaboração de classes ressalta a democracia como valor universal e apresenta o respeito às urnas como “sagrado”, utilizando inclusive esse móvel programático para defender, por exemplo, o mandato do governo neoliberal de Dilma Roussef (PT) e aconselhar o PSUV de Maduro na Venezuela a seguir a mesma trajetória de capitulação da FSLN na Nicarágua. Para entender esse rico processo vamos abordar desde a gênese do Sandinismo, seu ascenso e derrota até o atual retorno de Daniel Ortega a presidência do país sem representar qualquer ameaça ao domínio da Casa Branca no continente centro-americano.

domingo, 17 de julho de 2016

DECLARAÇÃO DO PARTIDO COMUNISTA TURCO ACERCA DA TENTATIVA DE GOLPE MILITAR

O BLOG da LBI reproduz a nota política do Partido Comunista da Turquia sobre os graves acontecimentos que tomaram conta do país na noite da última sexta-feira (15/07). Nesta declaração do PCT emitida neste sábado (16/07) se desenha um rápido esboço do aprofundamento da crise política que tomou conta da Turquia após a fracassada tentativa de golpe militar. Nós do BLOG da LBI ao tomar conhecimento das primeiras notícias do golpe, ainda na noite de sexta-feira, publicamos um comunicado onde buscamos caracterizar o movimento militar como um putsch e traçar uma linha de ação independente para o movimento de massas turco. Em linhas gerais os desdobramentos posteriores confirmaram nossas avaliações e plataforma, como pode ser confirmado pelo conteúdo da nota do PCT no qual temos acordos fundamentais, apesar de pequenas diferenças políticas pontuais. O Partido Comunista Turco tem sido alvo de ferozes ataques por parte do regime de exceção comandado por Erdogan, os quais a LBI sempre condenou energicamente.



NOTA DO PARTIDO COMUNISTA: 
A LIBERTAÇÃO ESTÁ EM NOSSAS PRÓPRIAS MÃOS

Não temos todos os detalhes sobre o que aconteceu durante a tentativa de golpe que teve lugar na Turquia entre 15 e 16 de julho. No entanto, sabemos muito bem que os planos apoiados por forças estrangeiras, cujo poder não emana da classe trabalhadora, não podem derrotar o obscurantismo do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco) e resolver os problemas da Turquia.

Os acontecimentos de hoje relembram-nos mais uma vez a seguinte realidade: ou o povo da Turquia se organiza para se livrar do AKP ou as políticas reacionárias do AKP vão intensificar-se, a repressão vai aumentar, os massacres, a pilhagem e o roubo vão continuar.

O único poder que pode derrubar o AKP é o poder do povo, não há alternativa a isto.

O AKP é responsável por tudo o que aconteceu esta noite. Todos os fatores e as condições que levaram à situação atual são produto do domínio do AKP e dos patrões nacionais e estrangeiros que o apoiam.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

TENTATIVA DE GOLPE MILITAR NA TURQUIA: NENHUM APOIO AO FASCISTA ERDORGAN E TAMPOUCO AOS MILITARES REACIONÁRIOS FUNDAMENTALISTAS. GANHAR AS RUAS E FÁBRICAS PARA DERROTAR O GOLPE COM TOTAL INDEPENDÊNCIA POLÍTICA!


Uma tentativa de golpe de estado na Turquia para derrubar o governo facínora de Erdogan,  tendo como vanguarda altos escalões militares do país ligados ao fundamentalismo islâmico (uma seita dirigida pelo imã e pregador Fethullah Gülen do Hizmet), surpreendeu esta noite o comando da OTAN que possui bases militares na região. Os militares golpistas tomaram de assalto o palácio presidencial, aproveitando a ausência de Erdogan que se encontrava de férias em plena crise institucional do país. Ao tomar conhecimento do golpe o presidente convocou em sua defesa suas tropas especiais de segurança, conhecidos com os mais temíveis carniceiros da Turquia , ao mesmo tempo que clamou a população para sair às ruas para combater a tentativa de quartelada. O comando da OTAN, sob rápida orientação do Pentágono, mobilizou seus caças e a frota naval ancorada na costa turca para defenestrar os golpistas em apoio incondicional ao fiel aliado Erdogan. Setores expressivos da população também se manifestaram corajosamente nas principais cidades  da Turquia (Ankara e Istambul) rechaçando o putsch militar, porém completamente distantes do apelo do carrasco Erdorgan. Um comunicado demagógico dos militares golpistas afirmou:"Que o poder foi tomado em prol da ordem democrática e que os direitos humanos vão permanecer". O comunicado diz ainda que todas as relações exteriores existentes vão continuar e que o respeito às leis deve ser prioridade. Mas a tentativa dos militares fundamentalistas de enganar as massas não "colou" e o "tiro saiu" literalmente "pela culatra", os primeiros informes da imprensa internacional dão conta de um recuo generalizado dos golpistas. Também o tradicional partido islâmico AKP condenou o golpe mantendo sustentação ao governo. É nítido  que apesar do fracasso do golpe ser um fato consolidado, a situação do submisso ditador Erdogan é cada vez mais delicada, seu regime político baseado no terror e repressão tanto aos movimentos sociais quanto as nacionalidades oprimidas parece estar com os dias contados. O combativo proletariado turco que soube derrotar a tentativa frustada de golpe, sabe muito bem que não pode depositar confiança alguma em um governo corrupto e reacionário, que tem como base exclusiva de apoio seu bando armado sanguinário e as forças da OTAN no país. É necessário prosseguir as vitoriosas mobilizações de rua para levantar as históricas bandeiras democráticas e nacionais, assim como para exigir o fim imediato do regime de exceção que governa a Turquia há décadas.

MAIS DE 80 MORTOS NA FESTA DA QUEDA DA BASTILHA NA FRANÇA: ENCURRALADO NA SÍRIA, EI ATACA ALVOS “SENSÍVEIS” DE SEUS PRÓPRIOS CRIADORES “DEMOCRÁTICOS” FORTALECENDO O CAMINHO PARA FASCISTIZAÇÃO DA EUROPA


Pelo menos 80 pessoas morreram e outras cem ficaram feridas nesta quinta-feira (14) quando um caminhão avançou sobre milhares de pessoas que participavam da festa da Queda da Bastilha em Nice, no sul da França. Estranhamente, o veículo entrou na área fechada da esplanada dos Ingleses, avenida litorânea da cidade da Côte D'Azur, por volta das 22h30 (17h30 em Brasília), pouco antes da queima de fogos que marca o mais importante feriado francês, o 14 de julho. Os espectadores da festa ficaram em pânico e saíram correndo. Somente cinquenta minutos depois, a polícia cercou a área onde estava o caminhão, perto da praça Masséna. Segundo a imprensa francesa, um dos ocupantes do caminhão foi morto e o outro continua foragido. Pelas informações oficiais que não são nada confiáveis o ataque terrorista foi promovido por um homem ligado ao Estado Islâmico. Mesmo com informações não precisas, o que podemos afirmar se essa suspeita for comprovada é que a sinistra criatura impulsionada pelo imperialismo ianque e europeu (com o apoio fundamental de Fracois Hollande) contra os governos nacionalistas árabes agora se volta mais uma vez contra o seus financiadores ocidentais, no caso a França novamente. Não está descartado num futuro próximo um ataque aos EUA como alertou o próprio Obama. Como agora OTAN e a CIA resolveram "desinflar o monstro" em função da sequência de derrotas militares do EI nas mãos do exército sírio e no Iraque, o grupo jihadista pretende chantagear com força e sangue seus patrocinadores atacando em pontos sensíveis pelo mundo, como foi o caso do ataque a cidade turística de Nice nesta quinta-feira, como antes havia feito na Turquia, no aeroporto internacional de Istambul. Sem dúvida esse ataque fortalece o fechamento no regime na França e pavimenta o caminho para a ascensão da Frente Nacional de Le Pen nas eleições gerais do próximo ano. Uma tendência de fascistização que ganha força em toda a Europa como vimos com a vitória do Brexit no referendo, desligamentos que está sendo pleiteado por toda a extrema-direita do Velho Mundo. Agora na França, novamente com muita liberdade, aparentemente "lobos solitários" jihadistas atuam em áreas sensíveis, usando inclusive um caminhão para atacar em ambiente aberto e massivo, o que revela no mínimo uma colaboração das forças de extrema-direita no interior do aparato policial e possivelmente o apoio velado do Mossad na ação, atuando secretamente para pavimentar, via o pânico generalizado, o caminho para a ascensão ao governo de seus sócios direitistas no país sobre o cadáver do furibundo governo Hollande do PS. Mais uma vez os ataques terroristas devem ser utilizados pela burguesia e o imperialismo europeu e ianque para incrementar a xenofobia e a perseguição contra os imigrantes muçulmanos, dentro e fora dos seus países. A França, a cada atentado, mergulha em um clima de guerra civil onde os "inimigos" visíveis não são o EI, mas milhares de árabes e africanos (incluindo suas famílias) que vivem em território francês. Para os revolucionários, a luta contra os fundamentalistas terroristas do EI, patrocinados originalmente pelo imperialismo na Líbia para derrubar Kadaffi e depois pelo Mossad na Síria, deve ser assumida pela classe operária mundial em aliança com os governos nacionalistas burgueses que estabelecem confrontos pontuais com o imperialismo. Nenhum apoio ao chamado da "união nacional" com a burguesia europeia, seja realizado pela "esquerda socialista" neoliberal ou pela direita reacionária xenófoba! Os governos imperialistas, que "cultivaram escorpiões" agora não podem se queixar de suas picadas. Para os Marxistas Revolucionários caracterizar precisamente ações militares das nações oprimidas contra os centros imperialistas, separando-as dos reacionários atos terroristas de grupos fundamentalistas católicos ou islâmicos, é uma tarefa fundamental para o movimento operário mundial. O imperialismo continua sendo nosso principal inimigo, mais além de todo o discurso "civilizatório ocidental". Sabemos bem quem irradia o terror em todo o planeta, conspirando contra os povos e suas conquistas históricas, seu endereço é conhecido de todo militante antiimperialista!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

ELEIÇÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS:  DEPOIS DA VERGONHA DE APOIAR O PMDB, PT VAI SEGUIR NO SEGUNDO TURNO COM MAIA DO EX-PFL, ATUAL DEM, NA ROTA DA CAPITULAÇÃO AO GOLPE INSTITUCIONAL


A candidatura do ex-ministro Marcelo de Castro (PMDB- PI) naufragou junto com a vergonhosa postura do PT, obtendo apenas 70 votos no primeiro turno da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, ou seja, somou cerca de 50 votos da bancada do PT e vinte de pemedebistas descontentes com a "liderança" do bandido Cunha sobre a Casa legislativa. O PCdoB que resolveu de última hora lançar um nome do partido na disputa fez um jogo previamente combinado com Rodrigo Maia (DEM) para debilitar a frágil candidatura de Castro. O resultado é que fragmentada a esquerda parlamentar, PSOL 22 votos e PCdoB 16, Rodrigo Maia se impôs politicamente para enfrentar a candidatura do chamado "Centrão" concentrada no nome de Rogério Rosso que acabou obtendo 106 votos contra 120 do DEM. A trilha de adaptação ao golpe institucional parece não ter limites para a direção nacional do PT, agora na eleição da Câmara estão de mãos dadas com pior escória neoliberal inimiga visceral dos trabalhadores: o ex-PFL e atual DEM. PT e o PCdoB ainda tentaram arrastar os deputados PSOL para o pântano de Maia, porém a liderança do partido anunciou que a bancada irá se abster. Somente uma esquerda muito corrompida e degenerada programaticamente pode apoiar estas manobras ultra oportunistas da Frente Popular, é o caso dos picaretas políticos do PCO que seguem legitimando a plataforma de colaboração de classes do PT. Hoje o "anti-Temer" é o DEM, amanhã ninguém sabe o que o PT vai nos apresentar como paladino da democracia... É hora de ganhar as ruas para denunciar a política de "camisa de força" implementada pela Frente Popular contra o movimento de massas, que desta forma atua como "quinta coluna" dos golpistas em sua ofensiva de ajuste neoliberal para subtrair as conquistas operárias e entregar a economia do país ao imperialismo ianque. Com a vitória de Maia, que contou com o significativo apoio da bancada do PT para conseguir derrotar o deputado Rogério Rosso (285 votos a 170), a Câmara tem um novo presidente reacionário e corrupto com o aval do facínora Temer e da reformista Frente Popular. Os trabalhadores devem se preparar para enfrentar o recrudescimento dos ataques do capital e seus rentistas, que terão no comando do parlamento brasileiro um forte aliado ideológico com suas "teses" do " Estado Mínimo".
TODO APOIO A RESISTÊNCIA PROLETÁRIA NEGRA EM SUA LUTA HEROICA CONTRA A POLÍCIA ASSASSINA E O APARATO REPRESSOR RACISTA NOS EUA! CONSTRUIR MILÍCIAS DE AUTO-DEFESA PARA RESPONDER AOS ATAQUES DA “NOVA” KKK E DOS BANDOS FASCISTAS!


Centenas de pessoas saíram nesta semana às ruas das principais cidades dos Estados Unidos pela quinta noite consecutiva para protestar contra as mortes de jovens negros nas mãos da polícia. O protesto em Atlanta (Geórgia) foi um dos maiores e terminou com 16 detidos. A cidade de Chicago (Illinois) foi palco de outra das principais manifestações do dia em protesto pela morte na semana passada de dois negros em Baton Rouge (Louisiana) e Falcon Heights (Minnesota). Os manifestantes em Chicago e Atlanta, assim como em Baton Rouge, Falcon Heights e outras cidades do país, participaram das passeatas convocadas pelo movimento “Black Lives Matter” (As vidas dos negros importam), surgido há dois anos após a morte de outro afro-americano em Ferguson (Missouri). Em Baltimore (Maryland), de maioria afro-americana, houve um tiroteio que deixou cinco feridos - incluindo quatro mulheres - durante uma vigília pela morte de um jovem no fim de semana. O caso que ganhou mais repercussão da resistência negra foi em Dallas. Micah Xavier Johnson, um soldado negro do exército dos EUA e veterano da guerra do Afeganistão, em represália ao assassinato dos jovens negros matou 5 cinco policiais brancos, na quinta-feira, dia 7 de julho. Ele foi morto em Dallas cercado pela polícia, assassinado por um “robô bomba”. Cinco dias antes, Micah publicou uma mensagem nas redes sociais denunciando o linchamento e a brutalização dos negros por meio de uma postagem em um grupo do Facebook chamado “Partido Pantera Negra do Mississippi”: “Porque tantos brancos (não todos) gostam de matar e participar da morte de pessoas inocentes?”, escreveu Johnson. Na mesma postagem, ele se disse revoltado com a histórica violência de brancos contra negros, com referências a alguns dos seus ancestrais que teriam sido alvo de agressões, mutilações e assassinatos pela KKK: “Todos eles ficam ali e sorriem enquanto tiram fotos com uma pessoa negra enforcada, queimada e brutalizada” e declarou “Eles até mesmo vêm à nossa terra e atiram na nossa vida selvagem em perigo por esporte”. A mensagem vinha acompanhada de um vídeo em que algumas pessoas participavam da morte de uma baleia. Ele comparava as imagens ao tratamento oferecido aos negros nos Estados Unidos. Na sua página pessoal do Facebook, ele se descrevia como um nacionalista negro. Em seu perfil, há imagens que remetem ao Poder Negro — movimento da resistência negro, forte nos anos 1960 e 1970 nos EUA. Há também referências à bandeira preta, vermelha e verde que é conhecida como símbolo da Libertação Negra. Desde a LBI deixamos claro que toda nossa solidariedade está incondicionalmente com o movimento negro que resiste a repressão estatal e ao genocídio dos trabalhadores e jovens plebeus negros. O ataque armado aos policiais são parte da guerra de classe que neste caso está indissoluvelmente ligada a luta contra o racismo engendrada pelo capitalismo no coração do imperialismo ianque. Consideramos justo e legítimo o ódio de Micah Xavier mas avaliamos que a melhor forma de combater a ofensiva assassina da nova KKK e dos bandos fascistas apoiados pela polícia ou a violência desferida diretamente pelo aparato estatal comandado por Obama é a formação de milícias de auto-defesa unindo trabalhadores negros e brancos contra a exploração e o racismo. Leon Trotsky, que analisou profundamente a questão do terrorismo individual em seu contexto político da luta de classes, recusava-se a estabelecer repreendimentos morais contra métodos que considerava legítimos, porém, equivocados em seus objetivos sob a ótica dos interesses do proletariado mundial. Afirmava que em princípio não poderia-se descartar a utilização de atos de “terror” em uma conjuntura de guerra civil, por exemplo, por parte de uma organização revolucionária. Combatia sim o terrorismo individual como método político-militar pela inutilidade de suas conseqüências, já que tem como tradição manter as massas distantes de suas ações “espetaculares”, mas mesmo assim considerava que toda “simpatia” política dos revolucionários deveria estar com os qualificados pela burguesia de “terroristas”. Dizia Trotsky: “Todas nossas emoções, nossa simpatia estão com os sacrificados vingadores, embora eles tenham sido incapazes de descobrir o caminho correto.” (Leon Trotsky: “A favor de Grynszpan: contra os bandos fascistas e a canalha stalinista”, 1939). Para aqueles “democratas” seguidores de Obama e setores da esquerda que não se envergonham nem um minuto sequer de condenar a resistência armada negra as lições do velho bolchevique servem como um antídoto: "A solidariedade moral nos une desde já a Grynszpan, não a seus carcereiros ‘democráticos’... No sentido moral, mas não por sua forma de atuar, Grynszpan (jovem "terrorista" antifascista, NDR) pode servir como modelo para todo jovem revolucionário. Nossa sincera solidariedade moral com Grynszpan nos garante o direito de dizer a todos os futuros Grynszpans; a todos aqueles capazes de sacrificar-se na luta contra o despotismo e a bestialidade: buscai outro caminho!” (idem). Buscando delimitar-se com os reformistas "escandalizados" com atos terroristas, Trotsky nunca acalentou nenhum tipo de “frente” política para condenar o que denominou de "ardente desejo de vingança". Ao contrário, procurava explicar pacientemente as limitações do método terrorista, como forma de derrotar a barbárie capitalista: "Não há nenhuma necessidade de insistir em que os socialistas nada têm a ver com estes moralistas pagos, que em resposta a qualquer ato terrorista falam solenemente do ‘valor absoluto’ da vida humana... Digam o que digam, os eunucos e fariseus morais, o sentimento de vingança tem seus direitos... Não extinguir o insatisfeito desejo proletário de vingança, mas ao contrário avivá-lo uma e outra vez, aprofundá-lo, dirigi-lo contra a verdadeira causa da injustiça e baixeza humanas; tal é a tarefa dos socialistas." (Leon Trotsky, "Acerca do terrorismo"). Guardadas as diferenças históricas mas preservando as lições nos deixadas pelo "velho" bolchevique, reafirmamos que hoje nos EUA não vacilamos em dizer que toda nossa simpatia e solidariedade estão com os jovens negros e seu “ardente desejo de vingança”, que lutam com as “armas” que tem a mão contra o terror estatal e fascista no coração dos EUA, forjando um partido revolucionário e internacionalista para dar consequência política e programáticas a essas ações pontuais que apesar de corajosas são limitadas na luta contra o imperialismo ianque.  Nesse sentido, para derrotar a ofensiva assassina do Estado capitalista e a bárbara ação policial deve-se construir milícias de autodefesa do povo pobre e dos trabalhadores, convocando uma paralisação geral nas principais cidades dos EUA! Os lutadores que estão nas ruas nos EUA não podem ter nenhuma ilusão na justiça capitalista e em seu Estado, são instrumentos de classe da burguesia contra os trabalhadores, como mostra a decisão de inocentar os policiais assassinos! Devem combater pela liquidação do imperialismo ianque unindo o povo pobre, negro com o conjunto da classe trabalhadora explorada contra o regime de opressão e espoliação capitalista mais forte do planeta!

terça-feira, 12 de julho de 2016

MAIS UMA VERGONHA DA FRENTE POPULAR: DEPOIS DE FLERTAR COM O DEM, PT DECIDE APOIAR O PMDB PARA A DISPUTA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS


A acirrada disputa para substituir o bandido Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados, para um mandato "tampão" que vai até janeiro de 2007, não terá pela primeira vez em duas décadas nenhuma candidatura do campo político da Frente Popular. A razão da vergonhosa abstenção consiste na decisão da direção PT em apoiar a candidatura oficial da mafiosa  bancada do PMDB, isto depois de até negociar com o DEM sem descartar o apoio ao ex-PFL caso o postulante Rodrigo Maia consiga chegar ao segundo turno da eleição. A indicação do deputado Marcelo Castro pelo PMDB (ex-ministro da saúde no governo Dilma) foi produto de uma disputa no interior da bancada, na qual o principal trunfo do deputado piauiense foi contar previamente com a promessa dos votos do PT e PCdoB caso conquistasse a indicação do partido de Temer e Renan. Neste cenário já definido os tucanos marcharão com o DEM na candidatura do carioca Maia, torcendo para que Marcelo Castro não consiga chegar ao segundo turno, já que a candidatura do chamado "Centrão" tem forte penetração no baixo clero do parlamento. O deputado Rogério Rosso do PSD de Brasília conta com o apoio da quadrilha de Temer e da grande maioria dos deputados do "Centrão", vale lembrar que o pupilo de Kassab presidiu a comissão do impeachment na Câmara tendo sido indicado para esta função pelo então líder do governo Dilma, José Guimarães. Naquele momento Rosso e o PSD eram considerados fiéis aliados da presidente Dilma, porém o ministro das cidades de Dilma, Kassab, orientou o voto pelo impeachment para obter outra pasta no governo golpista de Temer. Agora a Frente Popular mostra novamente sua essência de classe burguesa, legitimando candidaturas do PMDB e possivelmente até mesmo do DEM em um muito provável segundo turno na disputa da presidência da Câmara dos Deputados. O PSOL que também votou contra o impeachment não conseguiu obter o apoio da bancada petista para o nome da deputada Luiza Erundina, que recentemente rompeu com o PSB controlado em São Paulo pelo governador tucano Alckmin. A estúpida tese da direção petista se concentra em isolar a "ala direita do governo Temer", por isso seguem a reboque de supostas figuras "progressistas" do PMDB, chegando ao ponto de elogiar o ministro Meirelles, como escandalosamente declarou Dilma. A identidade programática da Frente Popular com grande parte do "staff" golpista tem como ponto em comum o ajuste neoliberal iniciado por Dilma, a divergência consiste apenas no "grau" e na intensidade das "reformas" exigidas pelos rentistas. A tática adotada pelo PT é de manter a governabilidade de Temer para a conclusão de um "ajuste mais duro", terreno delicado em que Dilma apresentou dificuldade para implementar na íntegra exigida pelo "mercado". Finalizado o "trabalho sujo" de Temer, Lula aparece em 2018 como o "redentor antineoliberal"... Caso não seja decepado politicamente pela farsesca operação "Lava Jato". O "plano furado" da Frente Popular não leva em conta a forte recessão capitalista, ou seja, a política de colaboração de classes só é útil para a burguesia em tempos de aquecimento econômico, como foi a última década da "bolha de crédito". O resultado da criminosa política reformista eleitoral do PT será a perda das poucas conquistas operárias no país e o mais trágico: sem que haja luta e resistência do movimento de massas!  Se não estiver preso é certo que Lula disputará o Planalto em 2018, mas será esmagado pelo novo "salvador da pátria" patrocinado pela mídia "murdochiana" e Casa Branca. O "vestal" Sérgio Moro atua sob a impotência política da Frente Popular e a cretina ilusão eleitoral do PT, terá a missão de iniciar um novo ciclo econômico para o Brasil, mais além dos ajustes neoliberais que devem ser parcialmente concluídos pelo ladrãozinho Temer. Enquanto as classes dominantes aguardam as trombetas eleitorais de 2018, para liquidar de vez os monopólios nacionais, como o da construção civil e extração de petróleo, abrindo a economia para empresas imperialistas  em todos os setores que ainda estão sob reserva de mercado, a Frente Popular vai semeando derrotas e colhendo desmoralização política como mais esta que se anuncia para eleição da Câmara dos Deputados.