quarta-feira, 25 de maio de 2016

“TOMANDO EMPRESTADO” O AJUSTE NEOLIBERAL DE DILMA: QUADRILHA COMANDADA POR TEMER ANUNCIA DURO ATAQUE AOS SALÁRIOS, SAÚDE E EDUCAÇÃO, DESMANTELO DA PETROBRAS ALÉM DA RAPINA NO BNDES E BB PARA ALIMENTAR ORGIA DOS RENTISTAS

A quadrilha golpista comandada por Temer, cujo “homem forte” é Henrique Meirelles, anunciou as primeiras medidas de ataque aos trabalhadores e ao patrimônio nacional tendo como lema o “corte de gastos públicos”, receita que já vinha sendo aplicada por Dilma e agora está sendo aprofundada. A mais importante é o teto para os gastos públicos, proposta semelhante à que vinha sendo estudada pela equipe econômica da presidente afastada Dilma Rousseff em seu “ajuste fiscal”. Com isso, o limite do crescimento do gasto público seria equivalente à inflação do ano anterior, o que significa cortes de despesas em educação, saúde e arrocho nos salários do funcionalismo: “É parte fundamental e componente estrutural dessa PEC que as despesas de saúde e educação sejam parte desse mesmo processo de mudança das regras de crescimento das despesas públicas no Brasil. É uma medida muito forte que sinaliza um programa de controle de despesa para os próximos anos. Ela é abrangente, forte e que tem efeito continuado” declarou o Ministro da Fazenda. A equipe de ladrões de colarinho branco também anunciou que irá agilizar a abertura da exploração do Pré-Sal para empresas estrangeiras, apoiando na Câmara o projeto aprovado no Senado em fevereiro com o aval da gerente petista, na época denunciado pela LBI como um conchavo imundo celebrado entre Serra e Dilma para entregar nosso petróleo ao imperialismo e apunhalando a combalida Petrobras. O projeto retira da Petrobras a exclusividade das atividades no Pré-sal e acaba com a obrigação de a estatal a participar com pelo menos 30% dos investimentos em todos os consórcios de exploração da camada. Foi anunciada a devolução pelo BNDES ao Tesouro Nacional de pelo menos R$ 100 bilhões para pagar os juros da dívida pública, ou seja, engordar os bolsos dos rentistas e tirar os subsídios da chamada “indústria nacional” como vinha fazendo a Frente Popular. Além disso, será extinto o chamado “Fundo Soberano” criado no marco da política dos BRICS para ser usado em “situações de emergência”. Seus 2 bilhões serão sacados do BB para saciar os “credores privados”,  o que já vinha sendo feito a conta-gotas pela gestão da Frente Popular que no final de 2015 tinha feito o saque de R$ 855 milhões.  Por fim, a Reforma da Previdência será anunciada nos próximos dias. O objetivo da gang neoliberal é apresentar uma proposta de mudança nos critérios para se requerer o benefício da aposentadoria e a idade mínima de 65 anos até meados de junho, tendo para isso o apoio das centrais sindicais alinhadas com os golpistas (UGT, Força). Em resumo, “mais do mesmo” da plataforma neoliberal comum às duas gestões palacianas, tanto que com a queda de Jucá foi mantido provisoriamente no Ministério do Planejamento Dyogo Oliveira. Ele era secretário-executivo do ministro anterior, Nelson Barbosa. Quando houve a troca na gestão Dilma (Barbosa foi para a Fazenda) Dyogo foi junto, na mesma função. Agora tinha voltada à secretaria-executiva do Planejamento com a chegada de Jucá no governo Temer. Como dissemos, essa “interseção” demonstra que a quadrilha de Temer só irá aprofundar o ajuste neoliberal levado a cabo pela gerentona petista. Cabe aos trabalhadores participar dos atos pelo “Fora Temer” com um programa de luta que denuncie essa transição acordada, para derrotar os golpistas nas ruas sem ficar refém do programa de colaboração de classes da Frente Popular, nem das alternativas democratizantes e institucionais das correntes revisionistas do Trotskismo, como “eleições gerais” (PSTU, MES) versus “Assembleia Constituinte” (CST, MRT) ou mesmo do “Plebiscito por Diretas já” (PCdoB, Insurgência). Embora todas maquiadas com o “Fora Temer” são desprovidas de qualquer conteúdo revolucionário e se inserem nas tentativas de salvaguardar o regime da democracia dos ricos em plena decadência histórica. O eixo de agitação e propaganda dos Comunistas Leninistas neste período de instabilidade do regime burguês, no marco geral da ofensiva imperialista neoliberal, deve ser o da construção de uma alternativa independente do proletariado rumo ao seu próprio governo, demarcando vigorosamente com todos os atalhos democratizantes ardorosamente defendidos pelo arco da esquerda reformista!