sexta-feira, 29 de abril de 2016

PROFESSORES/CEARÁ: RADICALIZAR A GREVE PARA DERROTAR O ARROCHO SALARIAL E O GOLPE DO GOVERNO CAMILO (PT) CONTRA A EDUCAÇÃO PÚBLICA

Militantes da Oposição em ato da greve estadual.
Em destaque, de camisa vermelha, Antônio Sombra da TRS-LBI
Desde o dia 20 de abril os professores da rede pública do Ceará estão em greve por tempo indeterminado. As condições para a deflagração da paralisação já estavam caindo de maduras pelos ataques promovidos pelo governo Camilo (PT) contra a categoria e a educação pública. O maior obstáculo para a vitória da luta é política de colaboração de classes da direção da APEOC controlado pela Articulação (PT), que vem enrolando os trabalhadores em educação para seguir negociando às escondidas com seu chefe petista. Nossa greve não é motivada apenas por salário. Os professores reivindicam 15% de reajuste e também que entre na pauta a revogação das portarias de matrícula, lotação e de liberação para estudos, por um ISSEC sem limites de consultas e atendimentos, pelo pagamento imediato dos salários atrasados dos professores temporários, salário e direitos iguais para esses/as professores/as e o aumento das verbas orçamentárias para a educação. Por outro lado combatemos a PLC 257 que congela os salários dos servidores públicos, impede a realização de novos concursos, aprofunda a terceirização e precarização do trabalho, aumenta a contribuição previdenciária de 11% para 14% e, inclusive, ameaça a estabilidade no emprego e o direito de greve do funcionalismo público. A greve geral dos professores do Estado, para ter chances de vitória e enfrentar, inclusive, uma possível ilegalidade precisa ser construída de maneira democrática, radicalizada e pela base. Essa é a única maneira de unir a categoria e fazer com que ela se fortaleça para derrotar o governo neoliberal do PT e a Justiça burguesa. A diretoria da APEOC, mesmo obrigada a encaminhar a greve aprovada na assembleia do dia 20, faz de tudo para enfraquecê-la, para derrotá-la e depois culpar a categoria por não ter aderido ao movimento grevista. Por isso, essa diretoria burocrática impediu a participação dos estudantes da assembleia do dia 20, mas estiveram presentes em massa no protesto realizado no Palácio da Abolição neste último dia 28, convocado pela Oposição de Luta dos Professores e a TRS. Na próximo quarta-feira, 4 de Maio, os professores farão uma nova Assembleia Geral da categoria para discutir os primeiros dias de greve e radicalizar a mobilização. Nessa batalha a militância da LBI joga todas suas forças para derrotar os ataques covardes governo da Frente Popular pela via da luta direta rechaçando no curso da mobilização dos trabalhadores as investidas da direita (Tasso Jereissati - PSDB, Capitão Wagner - PR, Morini- DEM) que desejam capitalizar eleitoralmente a crise das gestões burguesas petistas a nível nacional e em nosso estado, onde o PT é aliado da oligarquia Gomes (PDT). Por isso militamos na greve para construir uma alternativa de Poder Operário, uma luta que vai além do economicismo, apontando uma saída revolucionária para a crise capitalista e de seus governos patronais de "direita" ou "esquerda".