segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

PSDB E PT JUNTOS AUMENTAM TARIFA EM SP PARA GARANTIR O LUCRO DOS TUBARÕES DO TRANSPORTE: PELO PASSE LIVRE E A ESTATIZAÇÃO DOS ÔNIBUS, METRÔS E TRENS SOB O CONTROLE DOS TRABALHADORES!


Alckmin (PSDB) e Haddad (PT) anunciaram o aumento da passagem do transporte público de R$ 3,50 para R$ 3,80, reajuste que começou a vigorar neste sábado, 09. No dia 08 houve o primeiro ato contra o aumento, duramente reprimido pela PM e nesta terça-feira, 12, haverá em São Paulo, a segunda manifestação com concentração às 17hs na Praça do Ciclista, na Av. Paulista. Como se observa, PSDB e PT estão unidos no mais importante estado do país contra os trabalhadores e seu mais elementar direito de “ir e vir”, revelando o quanto estão juntos no golpe contra a juventude e o conjunto dos explorados. Contra esse ataque, a LBI e Juventude Bolchevique defendem o Passe Livre e a estatização de todo o sistema do Transporte Coletivo para acabar com os lucros das empresas e garantir transporte público e gratuito para a população trabalhadora. Defendemos a volta da CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos) controlada pelos trabalhadores. Em resposta aos atos, a PM atacou os ativistas com extrema violência e covardia com bombas de gás, balas de borracha, montando uma verdadeira arapuca para os manifestantes, inclusive forjando flagrantes como amplamente divulgado. Para se protegerem e enfrentar a selvageria policial, muitos se abrigaram lojas e bloquearam as ruas com entulhos. O enfrentamento espontâneo com a polícia sintetiza todo o ódio que estudantes e trabalhadores têm em consequência de terem todos os dias ficar espremidos em ônibus, metrô e trens pagando passagens caríssimas pelos aumentos autorizadas por Alckmin e Haddad. O passe-livre e um transporte público de qualidade para o povo trabalhador só será conquistado através da sua luta tenaz com o objetivo de estatizar sob seu controle direto todo o sistema de transporte, assim como os serviços públicos, para extinguir sua tarifa e tornar melhor suas condições de uso. Enquanto suas concessões estiverem reservadas a empresários em conluio com agentes da administração estatal, o caos e os péssimos serviços nos transportes tenderão a se agravar. É preciso impor a imediata redução da tarifa, até a conquista do passe-livre, assim como exigir a imediata libertação de todos os presos políticos lutadores contra o aumento das passagens, o que coloca na ordem do dia a paralisação das escolas e universidades, o fortalecimento das marchas nos centro das grandes cidades e nas periferias.


As mobilizações de massa em São Paulo barraram o aumento da tarifa em 2013, e em 2015 a ocupação de mais de 200 escolas, com amplo apoio popular, derrotou a proposta de reorganização das escolas de Alckmin e derrubou o Secretário da Educação. Eles recuaram diante das passeatas e ocupações. Agora, tentam aumentar a passagem, mas podemos derrotá-los novamente. Os aumentos das passagens se somam às demais medidas tomadas pelo governo Dilma para jogar a crise nas costas dos trabalhadores. Medidas como o aumento das tarifas (luz, água, etc.), CPMF, os cortes de verbas na saúde e na educação e a anunciada Reforma da Previdência, para aumentar a idade para se aposentar e o tempo de contribuição ao INSS.

Por sua vez, Haddad continua insistindo em acabar com os cobradores de ônibus em São Paulo, podendo gerar a demissão de 24 mil trabalhadores, apunhalando pelas costas uma das categorias que possivelmente mais o apoiou. Haddad, inclusive, está na Justiça tentando ganhar no tapetão e acabar com esta função. O cobrador de ônibus é necessário porque o motorista tem que ter um único foco: dirigir o ônibus ainda mais numa cidade como São Paulo. O cobrador, além da função de cobrar e fiscalizar a passagem, a entrada e saída dos usuários, serve de agente de informações, auxilia os passageiros com deficiências físicas e outras coisas mais. Por isso é indispensável. Defender o cobrador de ônibus é uma tarefa de todos os trabalhadores, estudantes, desempregados, familiares.

A luta pelo passe-livre deve ter como ponto estratégico a sua extensão para toda a juventude proletária e seus irmãos da classe trabalhadora. Vários protestos contra o aumento das passagens estão ocorrendo em todo o país (Rio de Janeiro, BH), sendo urgente organizar um encontro nacional da juventude para organizar e centralizar o combate aos governos estaduais, municipais e os grandes tubarões do transporte privado. Caso contrário, por falta de perspectivas, a combatividade latente das massas pode dispersar-se e perder o ímpeto. Defendemos, portanto, que se fortaleça a luta contra o aumento, já em vigor, impulsionando novas mobilizações com um eixo claro de combate: redução das tarifas, passe-livre já e estatização de todo o sistema de transporte coletivo, sob controle dos trabalhadores. Só assim as lutas dos explorados não serão em vão, na medida em que tomem em suas mãos o gerenciamento e organização dos transportes.