quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

PROFESSORES-CEARÁ: LUTAR CONTRA O “REAJUSTE ZERO” E O ATAQUE À EDUCAÇÃO PÚBLICA IMPOSTO PELO GOVERNO CAMILO (PT), CAPACHO DA OLIGARQUIA GOMES!


O famigerado “ajuste” fiscal em curso faz parte da cartilha neoliberal exigida ordinariamente pelos “barões” do mercado financeiro e que se intensifica em momentos de crise econômica capitalista. Esse receituário aplicado servilmente pelo governo Dilma é materializado através de medidas como a elevada taxa de juros, as “reformas” que suprimem conquistas (vide a previdenciária), o arrocho salarial e o aumento do superávit primário com cortes orçamentários nas áreas sociais como saúde e educação. Os governos burgueses nos estados e municípios, tanto dirigidos pelo PT ou partidos da base aliada como os da oposição de direita (PSDB/DEM), estão seguindo a mesma logica neoliberal, impondo uma politica de ataques aos direitos e conquistas dos trabalhadores. A começar pelo criminoso congelamento dos salários dos servidores públicos e uma tentativa de reduzir gatos e investimentos em setores importantes, sobretudo, a educação. Exemplo disso foi à chamada “reorganização (fechamento) das escolas”, imposta pelo governo de José Alckmin (PSDB) em São Paulo, mas felizmente derrotada pela luta direta dos estudantes.  Não esquecendo é claro da recusa de praticamente todos os governos estaduais e municipais em reajustar os salários dos professores em cumprimento a Lei do Piso. A nível local, o prefeito Roberto Claudio (PDT) surrupia os professores negando-se a pagar o rateio dos precatórios do FUNDEF ao mesmo tempo em que impõe o reajuste zero ao funcionalismo municipal e o consequente desrespeito a Lei do Piso dos Professores. O governador Camilo (PT), filhote da oligarquia Gomes, consegue ir mais longe! Além do congelamento dos salários dos servidores estaduais, pelo menos até abril, com exceção dos que ganham remuneração mínima que terá com reposição de 10,67% a partir de 01 de janeiro, no final do ano passado publicou a portaria Nº 1169/2015 que trata da lotação dos profissionais do magistério, trazendo em seu bojo uma feroz agressão ao conjunto da categoria, ao apoio pedagógico e consequentemente a qualidade do ensino. A nefasta portaria acaba com o professor coordenador de área (PCA), sendo substituído por uma aberração chamada professor coordenador de estudos (PCE) que não terá carga horária específica para a função, com a proporção de apenas um PCE para cada vinte professores. Além disso, reduz uma hora de aula do diretor de turma (PDT) e restrições de lotação nos centro de multimeios, laboratórios de ciências e informáticas que limitaram e comprometeram seus respectivos funcionamentos. Outro grande ataque diz respeito ao reordenamento (redução drástica) da lotação dos professores nos Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJAS) que irá inviabilizar o funcionamento destas instituições de ensino importantíssimo para a educação formal de milhares de trabalhadores.

Diante de todos esses ataques a direção governista da APEOC tem adotado uma conduta asquerosa de proteger o governo do PT-PDT, utilizando de todos os recursos para conter a insatisfação e tendência de luta da categoria, evitando e obstaculizando o processo de mobilização. Isso é o que demonstra sua posição pusilânime e conivência com o anuncio do congelamento dos salários e a publicação da portaria No 1169/2015. Da mesma forma, a sua peremptória recusa em plena campanha salarial convocar uma categoria. A Oposição Sindical a direção tem cumprido um importante papel de organização e mobilização, sendo responsável pelo enfrentamento com a realização de forma independente da direção da APEOC de plenárias bastante representativas, assim como atos e manifestações na SEDUC e no Palácio da Abolição.

Avançar na organização, ampliação da mobilização através dos zonais, plenárias e manifestações, impor a direção da APEOC convocação de uma assembleia geral como uma vontade soberana da categoria, essas as grandes tarefas construção do conjunto dos professores combatentes. Rumar para a construção da greve geral interior e capital. O nesse sentido, o núcleo dos trabalhadores em educação da TRS-LBI convoca os professores, estudantes e servidores a marchar neste dia 28, quinta-feira, às 8hs, ao Palácio da Abolição contra a portaria da lotação e o reajuste zero imposto pelo governo Camilo (PT).

OPOSIÇÃO DE LUTA - NÚCLEO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DA TRS/LBI