terça-feira, 22 de setembro de 2015


ESQUERDA CORROMPIDA DEFENDE OS VERGONHOSOS VETOS DO GOVERNO AO REAJUSTE DAS APOSENTADORIAS E AO FIM DO "FATOR PREVIDENCIÁRIO"

O governo Dilma arregimentou suas forças máximas no Congresso Nacional para manter os vetos presidenciais aos projetos aprovados entre os quais o que extinguiu o famigerado "Fator Previdenciário", criado pelo governo FHC para extorquir os salários dos trabalhadores que recém se aposentavam, e também acerca do índice do cálculo que reajusta as aposentadorias que estão acima de um salário mínimo. Não por acaso a mídia corporativa deu grande ênfase a necessidade do veto sobre o reajuste de 78% dos servidores do poder judiciário, "alertando" que se este for derrubado poderia colocar por água abaixo o conjunto do esforço do governo para aprovar o ajuste fiscal. Os "golpistas" Eduardo Cunha e Renan Calheiros foram convocados por Dilma para ajudar o governo e não se furtaram na tarefa conjunta de assaltar direitos dos trabalhadores. O mote que tem unificado oposição e governo na defesa da manutenção dos vetos é que os projetos aprovados somariam um gasto de 23,5 bilhões de Reais já para o próximo ano, somente o reajuste dos servidores da justiça federal acarretaria de imediato um valor de 3,5 bilhões. Os rentistas mandaram avisar que defendem o veto presidencial a todo custo, como uma ação preventiva para garantir o pagamento dos encargos da dívida pública e a manutenção da taxa de juros no mesmo nível praticado hoje pelo BC. Neste sentido o estafeta dos bancos no Congresso, Eduardo Cunha, declarou o seguinte: "Eu acho que, concretamente, não deve se derrubar esse veto. Seria uma atitude de colocar mais gasolina na fogueira. É acender fósforo no tanque gasolina. Não sou partidário disso". Porém Dilma se sente insegura que parlamentares mais vulneráveis a pressão popular possam vir a votar pela derrubada dos vetos, por isto mesmo "elegeu" o reajuste do judiciário como o "vilão" desta história, orientando a omissão política dos outros pontos cruciais para o conjunto da classe trabalhadora, como o fim do "Fator Previdenciário". Que este governo burguês de turno subordinado ao mercado financeiro atue cinicamente desta forma nenhuma novidade, afinal está comprometido acima de tudo com o "ajuste" contra os trabalhadores e o povo oprimido, mas a postura da esquerda "chapa branca" é algo vergonhoso. O PCdoB não tem a menor desfaçatez em defender o "pacotaço" de ataques neoliberais do governo, afirmando que o importante é barrar o golpe que "voltou a ganhar força". Mas como a direita não "ganhar forças" se este governo consegue granjear o justo ódio da população, concentrado nas medidas de profunda austeridade e subtração de conquistas históricas. "Novo irmão" do PCdoB, o PCO segue no mesmo rastro do "pânico" do golpe para legitimar o "governo democrático" e também sua política de arrocho e ofensiva contra o proletariado. Qualquer ação de resistência contra os seguidos ataques neoliberais do governo logo é taxado de "confluência com o golpismo", por esta mesma esquerda que se corrompeu com os "favores" estatais. Não podemos esperar boa coisa deste Congresso da BBB (bíblia, bala e boi), ainda mais quando suas lideranças mais reacionárias estão afinados com este governo dos rentistas, ainda pior quando a CUT não move uma palha em defesa do reajuste das aposentadorias e pelo fim do "Fator Previdenciário". É necessário construir uma nova direção política para as lutas de resistência que devem emergir com força neste cenário de crise econômica e ataque as conquistas dos trabalhadores.