sexta-feira, 31 de julho de 2015


POLÊMICA PCO VERSUS PSTU: "GOLPISMO OU DILMISMO", PODE HAVER OUTRA ALTERNATIVA PARA OS TRABALHADORES?

O aprofundamento da crise do regime "democrático" reinaugurado no país há 30 anos de forma conservadora com o advento da "Nova República ", hoje se condensa no esgotamento do "modelo" de gestão de colaboração de classes impulsionado pelo PT na última década, acirrou o debate político no interior da chamada "esquerda trotsquista" para além das tradicionais disputas de aparatos sindicais. Diante da iminência de um "default" do governo Dilma, em meio a um duro "ajuste" econômico contra o povo trabalhador e a clara postulação da oposição de direita para "encurtar" a gerência estatal petista, a esquerda começa a debater uma "tática de emergência" para o desenlace da crise política. De cara estão formados dois grandes blocos no movimento social, o que não exclui certas diferenças internas: os defensores da "legalidade democrática" em apoio ao cumprimento do mandato integral do governo Dilma versus os que advogam a necessidade da saída do governo neoliberal de Dilma, seja pela via da mobilização de massas ou mesmo pelas mãos de uma ação institucional. O bloco da esquerda que saiu em socorro da governabilidade de uma acuada Dilma obviamente não é composto exclusivamente dos revisionistas do trotsquismo, é encabeçado pelo PT (incluindo todas suas alas de esquerda), PCdoB e PCO, este último acaba de integrar formalmente a frente "Todos pela Democracia" (onde participam até partidos burgueses como o PDT). O PCO migrou repentinamente do slogan "Fora Lula" a poucos anos atrás para uma defesa intransigente do governo Dilma, que coloca a economia do país a serviço dos rentistas do capital financeiro com um programa neoliberal de privatizações e ataque as conquistas operárias. Analisando as eleições de 2010, o PCO atacava os que utilizavam a expressão "PIG" (a LBI inclusa), para definir as posições da mídia corporativa, como uma ficção já "que não havia nenhuma intenção golpista da burguesia contra o governo do PT". Porém todos têm o absoluto direito de mudar bruscamente de posições, este parece ser o caso crônico do camaleônico PCO. O que realmente chama atenção é a base programática destas mudanças que vão desde vislumbrar a revolução dobrando a esquina até a iminência de um golpe de Estado no Brasil. Correntes revisionistas como "O Trabalho" (PT) que também defende incondicionalmente a permanência de Dilma, ao menos mantém uma "coerência programática" em suas posições já que formalmente abandonaram (cerca de 30 anos atrás) o legado da revolução social em defesa da "democracia como valor universal". Para o PCO, um dos fundadores da "Frente Todos pela Democracia", existe um equívoco na formulação do nome que batiza esta articulação política: "Achamos que uma frente como essa deveria ter um nome que falasse abertamente o seu objetivo, que definisse claramente uma política de luta. Para nós, o ideal seria uma frente contra o impeachment e contra o golpe." Mas segue na defesa de seu conteúdo: "Essa divergência, no entanto, não tem nada a ver com o sentido real e objetivo da frente e seu conteúdo, que é justamente a luta contra o golpe e a direita. Por isso, nesse caso, o nome é um problema secundário. Por esse motivo, entendemos que é obrigação daqueles que lutam contra direita participar dessa frente". O incrível na inflexão governista do PCO é que no texto onde defendem sua participação na tal Frente pela Democracia não existe uma única palavra em referência ao socialismo e tampouco acerca da revolução, mesmo em termos de estratégia dos trabalhadores, a única discrepância é na falta de ênfase "contra o golpe". A política "antigolpista" (em defesa do regime parlamentar democrático) da esquerda revisionista não é propriamente uma novidade na América Latina, foi largamente utilizada pelo estalinismo nos anos 60 e 70, sendo responsável por desarmar politicamente a ofensiva operária contra as quarteladas fascistizantes. A chamada tática "antigolpista" que abarca uma aliança entre organizações da esquerda e partidos capitalistas "democráticos" é filha dileta da velha teoria da "revolução por etapas", e sempre é aplicada pela esquerda em favor de um governo burguês covarde que escancara as portas do país para a marcha vitoriosa da direita, seja eleitoral ou não. O engodo político do "antigolpismo" nada tem a ver com a tática leninista de "golpear juntos e marchar separados", são opostas pelo vértice no exato momento em que os genuínos comunistas não admitem integrar politicamente nenhum bloco orgânico com partidos ou governos burgueses. A "Frente Todos pela Democracia" nada mais é do que uma versão histórica requentada e piorada da "Frente com Jango pelas Reformas", impulsionada pelo PCB em 64, que "teorizava" que a classe operária não tinha acúmulo de forças suficientes para postular um projeto de poder independente das variantes burguesas, o resultado desta política de conciliação de classes resultou na pavimentação do golpe militar e principalmente na completa ausência de uma resistência organizada do movimento de massas. Hoje, a política de colocar o movimento de massas à reboque a defesa do governo Dilma “contra a direita” vem paralisando a resistência dos trabalhadores ao ajuste neoliberal imposto pelo Palácio do Planalto completamente servil ao grande capital, na medida que a CUT, PT, PCdoB, PCO e a “Frente pela Democracia” temem que as mobilizações operárias contra os ataques do governo Dilma joguem água no moinho da oposição conservadora, pois há um amplo descontentamento popular contra as medidas recessivas. Se é correto denunciar energicamente a ofensiva reacionária da direita contra as liberdades democráticas e de organização política e sindical dos trabalhadores (redução da maioridade penal, terceirização, contrarreforma eleitoral) não se pode negligenciar por nem um minuto na denúncia de que o PT é cúmplice-mor dessa reação e garante sua governabilidade burguesa justamente pactuando com o PSDB (como vimos na reunião com os governadores) novas investidas contra a classe operária.

quarta-feira, 29 de julho de 2015


DEPOIS DE PARALISAR OBRAS DAS NOVAS REFINARIAS "LAVA JATO" AGORA ATACA A CONSTRUÇÃO DA USINA NUCLEAR DE ANGRA 3: TÊNUE SOBERANIA ENERGÉTICA DO PAÍS VAI "PRO ESPAÇO" E CASA BRANCA ELOGIA MORO, MERA COINCIDÊNCIA?

A etapa "radioativa" da operação jurídica/policial "Lava Jato" alcançou o incipiente programa nuclear brasileiro, paralisando a construção da usina de Angra 3 (sob a suspeição de superfaturamento) e prendendo o presidente licenciado da Eletronuclear, Almirante Othon Luiz Pereira da Silva. A "Lava Jato" depois de inviabilizar a ampliação do refino industrial do petróleo brasileiro, suspendendo as obras do Comperj (já reduzida à metade de seu projeto inicial) e Abreu Lima (PE), além do cancelamento total das refinarias Premium I e II, agora avança para acabar não só com Angra 3 mas com os projetos dos reatores de propulsão nucleares para novos submarinos e porta aviões da marinha brasileira. Preso por Moro, o Almirante reformado da Marinha, Othon Luiz, comandou por mais de vinte anos o programa de enriquecimento de urânio não só para fins de produção de energia mas também para a possível utilização em equipamentos militares. Em 1994, ano da eleição de FHC, Othon, que também é engenheiro naval, foi colocado na reserva da Marinha. Em 1998 sob a imposição da Casa Branca o presidente Tucano assinou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), sepultando a possibilidade do Brasil desenvolver a chamada "Bomba Atômica", um projeto "secreto" das FFAA em andamento desde o final dos anos 70. Obviamente um país que detém a tecnologia do armamento nuclear, independente de seu regime político, é visto pelas potências imperialistas como um obstáculo a sua hegemonia belicista mundial. Othon era "persona non grata" pelos EUA que o considerava "pai" do embrionário programa atômico militar nacional. Indicado por Lula para chefiar a Eletronuclear em 2005 foi sob a gestão de Othon que as obras da usina de Angra 3 foram retomadas, após duas décadas do início da construção. Em abril deste ano Othon se licenciou do comando da Eletronuclear em função da acusação da "Lava Jato" de recebimento de "comissões" por parte de um consórcio de empreiteiras responsáveis por parte das obras de Angra 3. As "investigações " de Moro apontaram que a empresa particular de consultoria de Othon teria recebido "propina" de cerca de 5 milhões de Reais, sempre seguindo o relato (única prova) dos "voluntários delatores". Não podemos afirmar se o Almirante teria ou não recebido as "comissões" das empreiteiras, o certo mesmo é que não existe neste país um só único contrato comercial celebrado entre qualquer instância estatal e a iniciativa privada que não envolva o pagamento de algum tipo de "propina" a gestores públicos. O fato "curioso" na Lava Jato é só são investigados e punidos previamente aqueles que têm algum tipo de relação com o governo da Frente Popular (PT). Porém mais grave ainda é o foco exclusivo da Lava Jato, centrado na inviabilização de projetos da soberania nacional. Primeiro o ataque as refinarias nacionais, sem as quais qualquer país fica completamente vulnerável diante das transnacionais imperialistas de energia por mais que produza petróleo, afinal não se pode abastecer uma frota nacional civil e militar  aérea, naval ou terrestre) com óleo cru. É bom lembrar a esquerda governista que pensa que o "Pré-sal" significa a redenção nacional, que o país é grande importador de derivados industriais do petróleo, enquanto o barril da commoditie não para de oscilar para baixo, o nafta refinado mantém sua estabilidade comercial. Dilma seguiu as "ordens" de Moro suspendendo a construção das novas refinarias e reduzindo a capacidade de extração do óleo cru (plataformas, navios sondas etc), além de anunciar um plano de privatização da Petrobras. Para legitimar a destruição do complexo energético do Brasil, a Lava Jato promove prisões espetaculares de grandes empresários nacionais e dirigentes estatais. Com a cobertura da mídia corporativa Moro aparece como "herói " que veio combater a corrupção endêmica da nação... sua fama chegou até Washington onde seu "trabalho" foi elogiado pelo Departamento de Estado dos EUA...O processo de fragmentação da tênue soberania do país avança na mesma proporção em que a crise capitalista subtrai conquistas históricas da classe trabalhadora, tudo isso "regado" com a intensificação do recrudescimento das garantias democráticas ameaçadas diretamente desde o julgamento do chamado "Mensalão" e sua atualização o "Petrolão". Somente os muito ingênuos ou os oportunistas de plantão podem acreditar nos "nobres" motivos que fazem da Lava Jato uma "república paralela" no país.

terça-feira, 28 de julho de 2015


OFENSIVA REACIONÁRIA DO GOVERNO ERDOGAN: SOB PRETEXTO DE ATACAR O EI, TURQUIA BOMBARDEIA A SÍRIA, PERSEGUE MILÍCIAS CURDAS E PRENDE MILITANTES DO PC E PKK. PELA UNIDADE REVOLUCIONÁRIA DOS TRABALHADORES TURCOS, SÍRIOS, IRAQUIANOS E CURDOS PARA DERROTAR O IMPERIALISMO! FRENTE ÚNICA COM ASSAD CONTRA O EI E A OTAN! EM DEFESA DO POVO CURDO E DE SEU DIREITO À INDEPENDÊNCIA NACIONAL!

Nesta semana o odiado governo Erdogan desferiu uma ofensiva política e militar tanto no campo interno como no terreno internacional, inclusive bombardeando a Síria. Utilizando o pretexto de combater o Estado Islâmico (EI), aviões turcos atingiram milícias curdas ligadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) nas montanhas de Qandil, no norte do Iraque e em território sírio. A OTAN e os EUA apoiaram os ataques turcos contra os “grupos terroristas” colocando no mesmo saco, o PKK, a YPG, o EI e inclusive o próprio PC turco. Organizações de esquerda que atuam na Turquia tiveram cerca de 1600 militantes presos nos últimos dias em Ancara após encabeçarem manifestações contra o governo. Este apoio do imperialismo foi dado em troca do uso da base aérea de Incirlik, na Turquia, contra o EI: “Estamos todos unidos em solidariedade com a Turquia”, disse o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg. Por seu turno, “Os Estados Unidos, é claro, reconhecem o PKK como uma organização terrorista. E, então, a Turquia tem o direito de tomar medidas relacionadas com os objetivos terroristas”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Ben Rhodes. A ofensiva foi detonada depois que Erdogan perdeu a maioria absoluta do parlamento nas eleições do mês passado e está voltada a recompor o controle do legislativo em novas disputas nas urnas que ocorrerão no final do ano. Ao mesmo tempo em que lançou seus aviões para bombardear posições do EI, o governo de Erdogan desferiu uma ampla operação policial em todo o país, dirigida em primeiro lugar contra ativistas curdos, na qual foram detidas mais ou menos 300 pessoas por pressuposta vinculação com grupos terroristas. Milícias curdas na Síria também acusaram a Turquia de bombardear suas posições. De acordo com essas milícias, vários tanques turcos dispararam contra duas aldeias na zona fronteiriça de Zur Maghar, na província de Aleppo (norte da Síria): "Em vez de atacar posições dos terroristas do EI, as forças turcas atacam nossas posições de defesa", denunciaram em um comunicado as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG). "Pedimos ao exército turco que pare de atirar contra nossos combatentes e as suas posições", acrescentaram. Em paralelo a sua ofensiva contra o EI, Ancara tem realizado bombardeios contra bases do PKK no norte do Iraque. Vários aviões F-16 decolaram da base de Diyarbakir, no sudeste da Turquia, em direção às montanhas Kandil, onde estão as bases de retaguarda do movimento de resistência. Como Marxistas Revolucionários denunciamos os bombardeios ordenados pelo governo Erdogan contra o território sírio a pretexto de combater o EI, uma ofensiva militar apoiada pela OTAN e os EUA que tem como objetivo estratégico derrubar o governo nacionalista burguês de Bashar Al Assad. Ao mesmo tempo, rechaçamos os ataques as milícias curdas no Iraque e na Síria assim como a perseguição a militantes de esquerda no interior da Turquia. Defendemos a unidade revolucionária dos trabalhadores turcos com a minoria curda para derrotar Erdogan e o estabelecimento de uma frente única com Assad contra a agressão do imperialismo e da Turquia. Por fim não assinamos nenhum “cheque em branco” para Obama, Erdogan ou a OTAN atacarem o EI, a tarefa de derrotar os grupos terroristas armados pelo imperialismo e que saíram de seu controle está nas mãos da classe operária pela via de sua unidade revolucionária e internacionalista!

domingo, 26 de julho de 2015


VITO GIANNOTTI: UMA VIDA INTEGRALMENTE DEDICADA À CAUSA DA EMANCIPAÇÃO DO PROLETARIADO

O Blog da LBI recebeu com muito pesar a notícia do falecimento do companheiro Vito Giannotti, ocorrida na madrugada do último dia 24/07. Vito era um genuíno representante de uma geração de militantes socialistas que dedicou toda sua vida a causa da emancipação do proletariado, desde os primeiros combates na juventude até o seu último dia de vida, aos 72 anos de idade. Vito poderia tranquilamente ter se dedicado em sua última fase da vida a "fazer negócios" seguindo a trilha de uma camada de antigos dirigentes da esquerda que após a queda da URSS e na sequência da ascensão do governo petista a gerência estatal no Brasil abandonaram completamente os princípios da independência da classe operária. Nascido na Itália Vito chegou ao Brasil nos anos 60 com pouco mais de vinte anos de idade e logo abraçou a luta socialista em uma etapa de profunda ebulição política. Mas foi em meados da década de 70 que Vito desempenhou um papel fundamental na organização da resistência operária ao regime militar. Um dos fundadores do oposição metalúrgica de São Paulo, Vito soube organizar dentro das fábricas núcleos políticos sindicais para lutar contra o arrocho salarial da ditadura e ao mesmo tempo avançar na consciência da necessidade de resgatar os sindicatos das mãos dos pelegos que faziam o " jogo" dos patrões, como o lendário traidor Joaquinzão. O MOMSP (movimento de oposição dos metalúrgicos de São Paulo), integrado por Giannotti, fez história ao lançar a primeira chapa de esquerda, após a intensificação da repressão durante o governo Médici em 1972, no maior sindicato operário da América Latina. O corajoso exemplo do MOMSP, que sobreviveu até as eleições sindicais de 87 quando foi " fraturado" pela corrente Articulação (PT), estimulou o processo de criação da CUT em 83, da qual Vito participou ativamente. Na luta política no interior da CUT, o MOMSP logo se tornou uma referência da esquerda classista impulsionando a tendência "CUT pela Base", tendo a figura de Giannotti com um dos seus principais formuladores. Finalizada a experiência do MOMSP na década de 90, com a hegemonia da CUT no movimento sindical brasileiro, Vito se dedica mais a elaboração teórica sobre a comunicação operária, fundando com sua companheira Claudia Santiago o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), focado na formação política de novas lideranças sindicais. O NPC se estabelece na cidade do Rio de Janeiro e logo ganha o respeito de todas as correntes da esquerda socialista pela seriedade e empenho de Giannotti, seus cursos de formações recebiam audiência de várias regiões do país. Vito agora travava uma dura batalha contra os oligopólios da mídia corporativa, ressaltando a importância da existência de uma imprensa operária independente. No centro do Rio, Vito organizou um espaço aberto exclusivamente para publicações da esquerda, era a livraria Antônio Gramsci (AG). Nesta livraria, a editora publicações LBI teve a honra de lançar em meio da campanha eleitoral de 2014 seu livro sobre o embuste de Marina Silva e a operação política que levou à morte o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. A editora da LBI estava planejando em conjunto com Vito e a livraria AG o lançamento de seu novo livro sobre a "Ofensiva imperial para destruir a PETROBRAS" quando foi surpreendida com a dolorida notícia do falecimento de Giannotti. Somos conscientes do tamanho da perda para o movimento social com a partida de Vito, um quadro orgânico que não se vendeu ao capital, lúcido da etapa de ofensiva reacionária do imperialismo contra as conquistas operárias. Vito apesar da crença no futuro socialista da humanidade sabia muito bem dos enormes retrocessos e dificuldades apresentados na atual etapa histórica da luta de classes. Em sua última postagem em uma rede social afirmou o seguinte: " Daqui trezentos anos mudaremos esta situação ". Companheiro Vito Giannotti não sabemos ao certo o tempo exato que levará para o triunfo revolucionário de nossos ideais de liberdade e igualdade social plena, sabemos sim que levaremos um longo tempo para que a ideologia marxista conflua para a reconstrução do partido leninista e que este possa ganhar a influência das amplas massas proletárias no caminho da demolição do capitalismo mundializado. Porém sua valorosa contribuição e exemplo de vida servirão como bússola para uma nova geração de operários socialistas, que como você saiu do "chão da fábrica para os livros" sem nunca perder a referência da luta de classes e do horizonte socialista.


Fachada da Livraria Antonio Gramsci,
em destaque na vitrine o livro lançado pela LBI no Rio de Janeiro

sexta-feira, 24 de julho de 2015


ACORDO NUCLEAR: “RECUO” ATUAL DO IMPERIALISMO IANQUE TENTA GANHAR TEMPO PARA DESARMAR O IRÃ

Durante audiência no Senado norte-americano nesta semana, o secretário de Estado ianque John Kerry defendeu com veemência o acordo sobre o programa nuclear iraniano ante o Congresso dizendo que "A verdade é que o plano de Viena oferecerá meios mais fortes, mais duradouros e mais amplos para limitar o programa nuclear do Irã do que qualquer outra alternativa de que se tenha falado". Obama aspira que um acordo com o Irã e a abertura de novos negócios para as empresas norte-americanas, deixe mais difícil para a oposição interna dos republicanos revertê-lo. Por sua vez, com este acordo, os EUA admitem que não tem neste momento correlação de forças para destruir o programa nuclear do Irã, o que implicaria abrir outra frente militar em um país com 80 milhões de pessoas e com forte aparato militar no Oriente Médio. O objetivo realista da Casa Branca é mantê-lo controlado para que a atividade de enriquecimento de urânio do Irã esteja por baixo do limiar para a fabricação de armas nucleares. Na terça-feira, o chefe da diplomacia iraniana, Mohamad Javad Zarif, também defendeu ante o parlamento do país o acordo nuclear acertado com as grandes potências capitalistas, classificando o texto de "equilibrado": "Não deveríamos esquecer que todo acordo é uma negociação e que cada uma das partes abre mão de algumas de suas exigências para obter as que considera mais importantes, até que o acordo fique equilibrado". A intervenção de ambos ocorreu após o apoio do Conselho de Segurança (CS) da ONU ao pacto concluído há uma semana em Viena entre o Irã e os cinco membros permanentes do CS. De fato há resistência de ambos os lados porque os Republicanos desejam atacar militarmente o Irã o mais rápido possível, tendo Israel como aliado nesta empreitada belicista. A oposição republicana inteira apontou a artilharia para Obama. O pré-candidato republicano à presidência, Jeb Bush, afirmou que o acordo vai causar uma instabilidade enorme no Oriente Médio por “fortalecer o Irã”. No lado democrata, a pré-candidata Hillary Clinton, não se mostrou muito entusiasmada. Em um comunicado genérico, ela afirmou que ainda está estudando os detalhes, mas que apoia a decisão. Obama reagiu às críticas dos republicanos e de Netanyahu: "Nenhum deles apresentou a mim ou ao povo americano uma alternativa melhor". Não por acaso, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, visitou nesta semana Israel porque o chacal Binyamin Netanyahu fez duras críticas ao acordo feito com o Irã. Carter participou de uma reunião a portas fechadas com o ministro israelense da Defesa, Moshe Yaalon. Já setores da burguesia iraniana, agrupados na Guarda Republicana e no Conselho Supremo formado pelos Aiatolás temem que o pacto debilite a capacidade de defesa da nação persa frente ao enclave sionista e ao próprio EUA. Tanto que segundo a agência iraniana Tasnim, para o alto-comando da Guarda Republicana o texto da resolução é inaceitável: "Algumas partes claramente cruzaram o limite estabelecido pela República Islâmica, especialmente sobre as nossas capacidades militares. Nunca vamos aceitá-lo" em uma clara tentativa de impor limites ao governo Hassan Rohani (um moderado apoiado por reformistas), expressando uma intensa disputa política entre as diversas alas que compõem o Regime dos Aiatolás. O acordo tem por objetivo frear o desenvolvimento nuclear do Irã em troca do alívio de sanções que causaram prejuízos de bilhões de dólares à economia persa. As instalações nucleares e militares da República Islâmica serão verificadas pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Assim que o primeiro relatório da AIEA mostrar o cumprimento do pacto por parte de Teerã, em 90 dias, as potências capitalistas deverão iniciar os preparativos para levantar os embargos contra Teerã. O Irã aceitou limitar, por 15 anos, sua capacidade de fabricar armas nucleares. O restabelecimento de relações entre EUA e Irã, suspensas desde 1979, sofre forte resistência da Arábia Saudita, Israel e Turquia, produzindo um emaranhado no sistema de alianças no convulsionado Oriente Médio. O acordo celebrado entre o Irã e o chamado G5+1 (EUA, Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia) segue a política da Casa Branca para Cuba, que podemos resumir como um “abraço de urso”. Obama acena com o distensionamento das sanções econômicas, fato que gera simpatia popular, enquanto exige concessões políticas, econômicas e militares gigantescas. Este é o “modelo” das negociações com Havana e Teerã. Enquanto isto, o imperialismo ianque recrudesce a ofensiva terrorista contra a Venezuela, o que gera a pergunta para qualquer ativista de esquerda: Qual a “lógica” da política externa dos EUA? Na arena diplomática os gestos de “boa vontade” do governo Obama servem para emplacar Hillary na Casa Branca. Hoje a “mão estendida” de Obama-Kerry para o Regime dos Aiatolás tem por objetivo liberar as forças até então represadas diante dos conflitos com a Síria (aliada da Rússia e do Irã) e da pressão de Israel contra qualquer aproximação com o Teerã. Com o “acordo” com o Irã, que retardará por vários anos o programa nuclear persa, os EUA podem ganhar tempo para conseguir se fortalecer para um saída militar futura, já que os Clinton apoiam integralmente a “jogada” de aproximação com Cuba, o que não pode ser dito da política para o Oriente Médio onde Hillary defende uma imediata e agressiva ação militar contra Assad. Todas estas contradições estão no tabuleiro político colocados no acordo. O certo é que as bases das negociações colocam o Irã como alvo das inspeções dos observadores imperialistas por 10 a 15 anos. Não negamos o direito do Irã de negociar com o imperialismo o fim das sanções econômicas contra o país para se preservar como potência regional contra as investidas de Israel e manter o nível de vida de seu povo, justo objetivo almejado, porém alertamos que as bases do acordo atual também fornecem tempo para o imperialismo organizar uma ofensiva militar futura contra o país, como deseja a víbora Hillary Clinton que deve ganhar as eleições ianques em 2016.

quinta-feira, 23 de julho de 2015


MRT/LER RENDE-SE AO PSOL NO MESMO MOMENTO QUE SUA "ALMA GÊMEA" GREGA, O SYRIZA, CAPITULA VERGONHOSAMENTE AO IMPERIALISMO: OS MARXISTAS DEVEM "CURTIR NO FACE" MAIS ESTA GUINADA OPORTUNISTA DO REVISIONISMO?

Os tempos atuais do retrocesso ideológico da vanguarda operária "socialista" deixam marcas cada vez maiores do nefasto processo que levou a destruição do Estado Operário Soviético, possibilitando mundialmente o surgimento de uma nova social democracia de "esquerda", dotada de uma vocalização política mais "radical" quase sempre focada no "antiestalinismo" em defesa da democracia burguesa como um valor universal. Fenômenos partidários como o Syriza, PSOL, Podemos, Bloco de Esquerda etc... "pipocaram" em todos os continentes seguindo o ciclo de esgotamento histórico da velha Social Democracia e do Estalinismo. Na Grécia após um período onde a tradicional social democracia (Pasok) foi liquidada pela sua incapacidade de reação estatal frente a espoliação imperialista ao país, o Syriza assume o governo com "ares" de soberania e resgate da dignidade nacional perdida. Não demorou muito para demonstrar que sua essência programática não era muito diferente do Pasok, conduzindo a Grécia a mesma humilhação social imposta pela Troika. No Brasil existe uma versão tupiniquim do Syriza, o PSOL, com a única diferença que está bem longe de assumir a gerência estatal da crise capitalista. Em termos gerais o PSOL segue a trajetória de ainda se manter como a "muleta esquerda" do PT o qual rompeu há mais de uma década. Até aí nenhuma grande novidade, a não ser a recente atração que o PSOL passou a exercer sobre organizações que formalmente se mantinham no campo da "ortodoxia" trotskista. A razão é óbvia, embora o PSOL esteja distante da disputa pelo "poder" central , optando por deixar um ampla vereda aberta para a direita tucana diante do iminente debacle do PT, a possibilidade parlamentar após a contrarreforma eleitoral se concentrou no partido de Luciana, Ivan e Freixo. Para os grupos revisionistas que tem o mesmo horizonte programático do PSOL, ou seja, a institucionalidade burguesa, não restou outro caminho a não ser reivindicar o ingresso na "cara metade" do Syriza brasileiro. Esta parece ser a tendência hegemônica que vem "contaminando" correntes revisionistas como a "Esquerda Marxista", LER/MRT e ao que tudo indica até mesmo o PSTU, que devem se somar aos seus "parentes políticos" como a CST, LSR que ingressaram no PSOL na etapa anterior. O MRT até então vinha criticando a conduta do PSOL em legitimar a governabilidade do PT em nome da política "mal menor", porém mudou bruscamente sua posição passando a reconhecer a "importância estratégica" do PSOL diante do agravamento da crise nacional. O mais "curioso" é que para os "modernos" jovens do MRT sua guinada oportunista foi aprovada pelo número de "curtições " recebidas em seu perfil no Facebook, signos de um período histórico de reação ideológica em toda linha! Porém a direção do PSOL mesmo diante da sincera manifestação de rendição programática do MRT, não se mostrou disposta a aceitar o pedido de ingresso da jovem e moderna "tendência interna". Raposas políticas como Ivan Valente, o ex- prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues e Marcelo Freixo aceitam é claro ceder a legenda do partido ao MRT e a todo e qualquer grupo que esteja disposto a engrossar seus coeficientes eleitorais, ainda mais agora com a ameaça da impossibilidade da coligação proporcional. A LER/MRT é mais um agrupamento a ceder as fortes pressões do chamado "caudal democrático", seguindo a mesma trilha do PTS argentino fascinado com a eleição de deputados nacionais e provinciais no bojo da Frente de Esquerda (FIT), apesar do discurso da ação direta das massas e da "proximidade da revolução" o que realmente vislumbram é a possibilidade de ocupar postos parlamentares em coligações políticas com partidos da ordem capitalista. Nós comunistas compreendemos que a tática eleitoral não pode comprometer a estratégia revolucionária, rejeitamos a via da cobertura política das alternativas da nova social democracia (PSOL, Syriza, Podemos etc..) , ainda mais danosas para avançar na consciência de classe do proletariado.

terça-feira, 21 de julho de 2015


EUA E CUBA REABREM SUAS EMBAIXADAS: ENFRENTAR O "ABRAÇO DE URSO" RESTAURACIONISTA QUE OBAMA DESEJA IMPOR AO ESTADO OPERÁRIO COM A REDOBRADA DEFESA DA REVOLUÇÃO E DAS CONQUISTAS SOCIAIS FRENTE A "NOVA" TÁTICA DO IMPERIALISMO IANQUE

Nesta semana houve o hasteamento da bandeira de Cuba na capital norte-americana simbolizando a retomada das relações diplomáticas entre a Ilha e os EUA. A partir de agora, as duas embaixadas, a cubana em Washington e a dos Estados Unidos em Havana, estão abertas oficialmente. O secretário de Estado ianque, John Kerry, irá a Havana no dia 14 de agosto. Ele e o ministro cubano de Relações Exteriores, Bruno Rodriguez, deram uma entrevista coletiva no Departamento de Estado, em que o dirigente cubano afirmou está negociando o fim do embargo comercial contra a ilha e reivindicando a devolução de Guantánamo, a baía na costa cubana que os Estados Unidos transformaram em uma base naval. A retomada das relações diplomáticas entre Cuba e os EUA colocou o debate sobre a restauração capitalista na Ilha operária no centro da pauta política da esquerda mundial. De imediato podemos afirmar como defensistas incondicionais do Estado Operário Cubano que a iniciativa da Casa Branca está inserida neste momento no contexto da própria crise que atravessa a ofensiva imperialista contra os povos, em particular no impasse militar no "Mundo Árabe" após o êxito inicial contra o regime kadafista na Líbia. O empatanamento da invasão contra a Síria e as dificuldades de iniciar a estratégica operação contra o Irã agora revertida parcialmente pela via do acordo militar recém celebrado, sem falar na impossibilidade de "dobrar" a influência militar da Rússia na região, obrigaram o Império a voltar o "foco" do Departamento de Estado para Cuba. Hoje a "mão estendida" de Obama para o regime castrista tem por objetivo liberar as forças até então represadas de uma restauração capitalista no mesmo modelo da chamada "via chinesa". Como declarou Obama no discurso que anunciou sua decisão "Vamos discutir as diferenças diretamente - como vamos continuar a fazer sobre as questões relacionadas com a democracia e os direitos humanos em Cuba. Mas eu acredito que podemos fazer mais para apoiar o povo cubano e promover os nossos valores por meio do engajamento. Afinal de contas, estes 50 anos têm demonstrado que o isolamento não tem funcionado. É hora de uma nova abordagem. Eu acredito que as empresas americanas não devem ser colocadas em desvantagem, e que o aumento do comércio é bom para os americanos e para os cubanos. Então, vamos facilitar as transações autorizadas entre os Estados Unidos e Cuba. Instituições financeiras dos EUA serão autorizados a abrir contas em instituições financeiras cubanas. E vai ser mais fácil para os exportadores dos EUA para vender bens em Cuba". O porto de Mariel em Cuba, construído pela empreiteira Odebrecht e financiado pelo governo Dilma via empréstimo de 800 milhões do BNDES, tem um papel importante na abertura da Ilha para produtos do EUA. A principal agenda do governo brasileiro em Cuba é aprofundar as relações econômicas tendo por base o processo de restauração capitalista em curso promovido pela burocracia castrista, principalmente após o último congresso do PCC, em que copia parcialmente a chamada “via chinesa”. Trata-se da entrega de setores da economia para o controle de grupos capitalistas, estreitando cada vez mais os vínculos da casta dirigente com grandes empresas estrangeiras que investem no país, ao mesmo em tempo que se fragiliza e ataca conquistas históricas da revolução. Na atual conjuntura internacional o principal ponto de "travamento" da ofensiva imperial encontra-se no receio de um enfrentamento direto com o poderio militar russo, herdado do antigo Exército Vermelho. Putin pretendia estender a influência militar russa para Cuba, com a instalação de uma moderna base naval no Caribe, seria um duro golpe para o Pentágono e a OTAN que hoje sequer conseguem impor um recuo de seus adversários no leste europeu. Com uma possível "cooptação" de Cuba os EUA de uma só tacada podem conseguir neutralizar a Venezuela e impedir a entrada da Rússia na geopolítica latino-americana. No mesmo compasso, com a popularidade em alta via o acordo com Cuba e o Irã Obama tentará eleger a víbora Hillary nas eleições presidenciais de 2016 buscando derrotar o republicano Jeb Bush, já que os Clinton apoiam integralmente a "jogada" de aproximação com Cuba. Como Trotsquistas não podemos rejeitar possíveis manobras diplomáticas de um Estado Operário no contexto de um mundo hegemonizado pelo capital financeiro, reconhecemos o direito de Cuba exigir o fim do criminoso bloqueio comercial, porém não somos "ingênuos" ao ponto de desconsiderar os objetivos estratégicos do imperialismo ianque. Como nos ensinou Lenin que pessoalmente em sua época celebrou vários acordos comerciais com o imperialismo europeu, é necessário aproveitar as fissuras da crise imperialista sem "baixar a guarda" de uma política que convoque permanentemente a mobilização do proletariado mundial contra a atual ofensiva neoliberal contra os povos. Nesta perspectiva revolucionária não podemos confiar plenamente na burocracia Castrista, que busca conservar o atual regime estatal cada vez mais sob as bases de concessões econômicas e políticas. Frente a esta disjuntiva histórica, está colocado a construção do genuíno Partido Operário Revolucionário na Ilha com o objetivo de avançar nas conquistas sociais e do chamado a expropriação da burguesia mundial, se opondo a política de colaboração de classes das direções reformistas, rompendo desta forma o isolamento de Cuba por meio da vitória da revolução proletária em outros recantos do planeta! O imperialismo tenta cooptar Cuba com a "promessa" de massivos investimentos comerciais e financeiros na economia do Estado Operário, uma armadilha da qual a classe operária cubana não pode cair, sob o risco de reproduzir a desastrosa "via chinesa". O proletariado cubano deve marchar no sentido oposto ao da restauração capitalista, se preparando para enfrentar novos desafios como a nefasta influência ideológica, cultural, política e econômica que os EUA na condição de principal potência capitalista desejam impor a Ilha agora na cínica condição de novo "parceiro".

sexta-feira, 17 de julho de 2015


FORA CUNHA, RENAN E O PARLAMENTO BURGUÊS CORRUPTO QUE APROVOU O AJUSTE NEOLIBERAL E A CONTRARREFORMA POLÍTICA! CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA REVOLUCIONÁRIA DE PODER DOS TRABALHADORES!

As denúncias que vieram à tona de que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu 5 milhões de dólares de empreiteiras não são nenhuma novidade. É de conhecimento público que o fascista presidente da Câmara dos Deputados é financiado pelos planos de saúde, empreiteiras, a Rede Globo e grandes empresas, assim como o são o grosso dos deputados e senadores. Renan Calheiros segue o mesmo script, assim como os parlamentares da base de apoio do governo Dilma e da oposição conservadora, tendo o PSDB na cabeça. São estes os responsáveis por aprovar o ajuste neoliberal de Dilma-Levy, os ataques aos direitos dos trabalhadores, a terceirização, a redução da maioridade penal e a contrarreforma política que representa em um verdadeiro golpe contra as liberdades democráticas e o direito de organização política dos explorados. Nesse sentido, a vanguarda classista deve lutar através de sua ação direta não só pelo Fora Cunha, Renan... mas denunciar o conjunto do corrupto parlamento burguês serviçal dos grandes grupos econômicos capitalistas. Acuado, Cunha rompeu com o governo Dilma: “Eu, formalmente, estou rompido com o governo. Politicamente estou rompido. Vou tentar que o meu partido vá para a oposição”. Mas esta “ruptura” representa apenas uma tentativa desesperada de chantagem contra Dilma, sem que represente nenhum recuo na ofensiva contra os explorados, pelo contrário, o “Zumbi” Cunha sai atirando para que a direita se fortaleça ainda mais em sua sanha reacionária contra o frágil governo da frente popular, uma gerência burguesa totalmente refém do PMDB e dos demais partidos patronais que controlam todos os cargos chaves da República em uma sangria incessante dos recursos estatais. O PMDB, como já declarou sua direção nacional, segue com Dilma rapinando o botim estatal e apoiando o ajuste neoliberal, personificado na figura do Michel Temer como articulador político do governo. O momento agora é, como dizia Lenin, aproveitar a crise “dos de cima” para forjar uma alternativa política independente e de classe através de mobilizações diretas dos trabalhadores da cidade e do campo em conjunto com a juventude plebeia. Agitar somente o “Fora Cunha” como fazem os revisionistas e reformistas de plantão (PSOL e PSTU) não basta, é preciso denunciar o parlamento corrupto e o conjunto do regime político burguês em que se assenta a democracia dos ricos, apontando a necessidade de se construir uma alternativa revolucionária ao PT, sem nunca abrir espaço para a direita demo-tucana e a reação fascista como em geral faz a mal chamada “oposição de esquerda” que deseja capitalizar eleitoralmente a crise petista. O PSOL, por exemplo, defende a saída de Cunha como uma forma de preservar o parlamento burguês, como afirma a nota de sua bancada parlamentar de 17.07 “Não havendo expectativas no gesto de grandeza que seria ele próprio licenciar-se temporariamente da presidência, nós do PSOL vamos buscar construir uma posição conjunta de partidos para que essa cobrança seja feita, em defesa da Câmara dos Deputados”. Desgraçadamente, o movimento operário acompanha a crise política dos partidos burgueses e os ataques neoliberais perpetrados pelo governo Dilma sem uma reação à altura. Já passa da hora de aproveitar esse momento de disputa fratricida entre as diversas alas da burguesia para colocar em cena o movimento de massas empunhando suas reivindicações políticas e econômicas, para forjar uma conjuntura que possibilite aos explorados de forma organizada sair da defensiva a fim de avançar na resistência para derrotar os ataques deferidos pelo conjunto dos bandidos burgueses que estão alojados em todos os partidos da ordem, no parlamento e no Palácio do Planalto! 

quarta-feira, 15 de julho de 2015


PARLAMENTO GREGO SE ALINHA À TRAIÇÃO DE TSIPRAS, PLATAFORMA DE ESQUERDA DO SYRIZA JÁ SE COLOCA COMO NOVA ALTERNATIVA ELEITORAL PARA GERIR A CRISE CAPITALISTA

O parlamento grego aprovou na noite desta quarta-feira o novo memorando de extorsão imposto pela Troika ao país. Segundo a televisão estatal da Grécia, 229 deputados votaram a favor do acordo, seis abstiveram-se e 64 manifestaram-se contra. Dos 64 votos contrários, 32 foram de membros do Syriza, enquanto 6 desse mesmo partido se abstiveram e um esteve ausente. Outra parte dos votos favoráveis veio do PASOK, Nova Democracia e Potami. O novo pacote de "ajuste" obtido pela via de um acordo entre Tsipras e a UE, além de não conter qualquer tipo de anulação de dívidas, impõe duras condições a Atenas, que incluem o compromisso de levantar um fundo com ativos gregos equivalente a R$ 170 bilhões, além de medidas de austeridade (redução de aposentadorias e aumento de impostos) e privatizações nas áreas de portos e aeroportos que não apenas o governo do Syriza tinha se comprometido não adotar, mas que também foram recusadas por mais de 61% do povo grego na farsa do referendum realizado há duas semanas. A presidente do Parlamento da Grécia, Zoe Constantopoulou falando em sua condição de parlamentar do Syriza pediu nesta quarta-feira que a Casa de 300 assentos não aprovasse o pacote de medidas neoliberais exigido pelos parasitas do país: "Este Parlamento não pode aceitar a chantagem dos credores. Com total conhecimento de como as circunstâncias são cruciais... Acho que é dever do Parlamento não deixar que essa chantagem se materialize." A voz de Zoe não está isolada no interior do partido, o atual ministro da energia Panagiotis e o ex-chefe da pasta da economia, Yanis Varoufakis, também voltaram suas baterias políticas contra a postura de capitulação de Tsipras. No gabinete de governo estima-se que cerca de 30% de altos funcionários seguem a posição de Varoufakis. No marco partidário do Syriza o próprio Comitê Central, por pequena maioria, já declarou sua total oposição ao memorando ao que classificou como um "golpe de estado" de Bruxelas. Estes segmentos do Syriza, agora agrupados majoritariamente na tendência Plataforma de Esquerda, preparam uma iminente ruptura tanto no gabinete de Tsipras como no próprio partido. Para tanto formularam um programa social democrata alternativo a linha oficial que o governo resolveu seguir, baseado fundamentalmente na saída do Euro e o restabelecimento do Dracma: "O restabelecimento da soberania monetária, que significa automaticamente uma capacidade recuperada de injetar liquidez na economia. Não há nenhum outro meio da Grécia quebrar suas correntes com o BCE." O núcleo dirigente que baliza Tsipras está consciente da provável ruptura no Syriza e já trabalha com possibilidade de convocar novas eleições até o final do ano para compor um governo mais "amplo" com setores do PASOK. Em meio a uma situação de turbulência social, onde os sindicatos e o KKE já protagonizam mobilizações de rua contra o "regaste" financeiro da UE ao governo vendido de Tsipras, a burguesia grega articula uma nova versão do Syriza para ocupar o vazio de poder surgido de uma profunda que se anuncia próxima. Esta nova alternativa burguesa deverá seguir os passos do "Syriza das origens" com um programa de contenção das lutas no marco utópico de um "capitalismo com rosto humano e nacional". A "tragédia grega" revelou lições importantes a vanguarda proletária mundial, a principal delas é que não há saída autônoma no quadro da submissão ao imperialismo, seja dentro ou fora da zona do Euro. A ruptura com a Troika e sua espoliação financeira a Grécia só poderia ser realmente efetiva na via da revolução socialista, porém as vertentes da social democracia de "esquerda" se recusam a apontar nesta direção. Desgraçadamente estamos assistindo o surgimento de mais uma vã tentativa de "resgatar" o moribundo capitalismo, a Plataforma de Esquerda. Todas as correntes revisionistas que semearam ilusões na última cartada política do Syriza, o referendum, agora começam a migrar para a Plataforma de Esquerda, convocando este agrupamento a encabeçar as lutas contra o ajuste de Tsipras. Por outro lado o KKE apesar de suas limitações programáticas se manteve "limpo" de todas as manobras da social democracia, reunindo a autoridade política necessária para liderar os levantes populares pela conquista do poder operário, para além das arapucas eleitorais que se avizinham.

segunda-feira, 13 de julho de 2015


CÚPULA EUROPEIA APROVA RENDIÇÃO DA GRÉCIA COM AVAL DO GOVERNO DE "ESQUERDA": ENQUANTO O TROTSQUISMO REVISIONISTA CAMINHAVA A REBOQUE DO "OXI" DE TSIPRAS, LBI DENUNCIAVA A INTENÇÃO DO SYRIZA DE FRAUDAR O DESEJO POPULAR PARA ROMPER COM A EXTORSÃO DO EUROIMPERIALISMO

O governo do primeiro ministro Alexis Tsipras, formado pelos partidos socialdemocrata Syriza e o nacionalista de direita ANEL, finalmente completou o ciclo da fraude política ao povo trabalhador grego com a aprovação dos amos imperialistas europeus a sua proposta de submeter o país a longos anos arrocho e austeridade. Sem dúvida foi um trabalho "bem elaborado" por parte do Syriza que despertou ilusões políticas de todos os lados na versão de um "corajoso" Tsipras convocando um referendum para enfrentar as exigências dos parasitas financeiros europeus. Como já tínhamos denunciado logo na convocação do plebiscito, o "OXI" defendido por Tsipras significava os mesmos planos de ajuste e austeridade impostos pela Troika nos últimos anos ao povo grego. As diferenças entre o "Sim e Não" eram apenas superficiais do ponto de vista econômico, refletindo na verdade uma operação de fraude política para dar ao Syriza uma sobrevida no sentido de aplicar as exigências da Troika sob o manto da "democracia e soberania" nacional. Quando da contundente vitória do "OXI", após o povo ter sido submetido a várias chantagens como o fechamento dos bancos, Tsipras trocou seu ministro das finanças para mostrar "boa intenção" e foi logo correndo ao Eurogrupo (conselho de ministros europeus) levando uma nova proposta de renegociação da dívida bem pior da que seu antigo ministro (Yanis Varoufakis) tinha rejeitado aceitar. Mas o cenário da humilhação da Grécia tendia a se aprofundar ainda mais. Tsipras conduz ao parlamento grego sua plataforma de austeridade contendo mais exigências da Troika para a liberação dos créditos para a rolagem da dívida, seu partido consegue a aprovação em acordo com os tradicionais partidos neoliberais, tendo a correta oposição do KKE. A nova proposta do Syriza prevê a elevação dos impostos; fim dos benefícios tarifários para as ilhas até o final de 2016; fim de alguns benefícios previdenciários até o fim de 2019; alta de impostos para empresas e trabalhadores de transportes marítimos. Além disso, o texto do ajuste prevê, ainda o corte de € 300 milhões nos gastos militares até o final do próximo ano, deixando a Grécia à mercê da proteção da OTAN. As datas para privatização dos portos gregos deverão ser anunciadas em conjunto com a privatização de aeroportos. Porém a UE não ficou totalmente satisfeita com a votação do parlamento, apesar de ter sido plenamente contemplada, era necessário mostrar ao mundo que Tsipras não passa de um neomonetarista disfarçado de social democrata. A chantagem prosseguiu na reunião de cúpula dos chefes de Estado europeus que obrigou o Syriza a submeter o pacotaço novamente ao parlamento grego, em contrapartida à humilhação ofereceram a Tsipras um volume de crédito ainda maior do que o reivindicado por seu novo ministro das finanças, Euclid Tsakalotos. É óbvio que estamos diante de uma das maiores operação de farsa política dos últimos tempos, a expectativa de que o governo do Syriza enfrentaria o saque imperialista da Troika contra a Grécia caiu por terra, junto com os apologistas do referendum que não se cansaram de atacar a justa colocação do KKE, acusando os stalinistas gregos de sectários. Ao contrário dos revisionistas do trotskismo, a LBI denunciou desde a primeira hora a intenção do Syriza em fraudar o desejo popular através da armadilha do referendum. Agora a tarefa dos revolucionários é sair dos estritos limites da oposição institucional a Tsipras e deflagrar uma greve geral de massas contra a rendição que o Syriza submeteu o país. Mais do que nunca deve se apontar a questão da tomada do poder estatal na perspectiva da revolução socialista, única alternativa para se livrar cabalmente do parasítico financeiro imperialista.

sábado, 11 de julho de 2015


HÁ UM ANO DA PROVOCAÇÃO IMPERIALISTA QUE DERRUBOU O BOEING CIVIL NA UCRÂNIA

Há cerca de um ano da derrubada do Boeing da Malaysia Airlines na Ucrânia (17 de julho de 2014), o BLOG da LBI reproduz a matéria histórica na qual fomos a primeira corrente política a denunciar que a ação se tratava de uma provocação imperialista para deflagrar uma ofensiva contra os povos das Repúblicas Populares do leste ucraniano que encabeçavam a resistência ao governo golpista de Kiev, apoiado pela Casa Branca e a União Europeia. Até hoje, a grande mídia acoberta os verdadeiros responsáveis pela tragédia cuja autoria creditamos a CIA e ao exército ucraniano, que tentaram atingir o avião da comitiva presidencial de Putin que retornava do Brasil vindo da reunião dos BRICS em julho de 2014 e acabaram matando centenas de civis, passageiros do 777. O "estranho" silêncio em torno da derrubada do Beogin desde o ocorrido é uma tentativa do imperialismo encobrir seus crimes, mas ao completar um ano da tragédia tratamos de relembrá-la para denunciar o cerco que se mantém as cidades de Donetsk e Lugansk, bastiões da luta dos rebeldes contra os bandos neofascistas apoiados por Obama. Os rebeldes cinicamente foram acusados a época de serem os autores do ataque ao avião, estúpida tese que a LBI vigorosamente combateu mas que foi “comprada” por uma série de correntes revisionistas como podemos verificar no artigo abaixo que deixa importantes lições programáticas.

A ESTÚPIDA TESE DO IMPERIALISMO QUE A DERRUBADA DO BOEING NA UCRÂNIA SERVIRIA AOS INTERESSES DOS REBELDES PRÓ-RUSSOS

Um dia após a derrubada do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia, Obama cinicamente afirmou que o Boeing 777 foi abatido por “um míssil terra-ar lançado a partir de uma área controlada por rebeldes pró-Moscou”. Desde a Casa Branca, o falcão negro acusou que ataques desse tipo não são possíveis sem treinamento e equipe especializada, insinuando que foi com a ajuda da Rússia que a resistência separatista derrubou a aeronave. No mesmo tom, a embaixadora ianque na ONU, Samantha Power, declarou que “Devido à complexidade técnica, é improvável que os separatistas pudessem operá-lo (sem assistência técnica). Não podemos descartar a assistência técnica dos russos”. Por fim, a víbora Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, defendeu medidas enérgicas caso se comprove uma ligação da Rússia com a derrubada do avião. Durante uma entrevista, “madame” Clinton afirmou: “Parece haver uma consciência crescente de que insurgentes russos estavam por trás da derrubada de um avião Malaysia Airlines na Ucrânia. Se houver evidências que apontem nessa direção, o equipamento veio da Rússia. Há uma grande preocupação não só com um avião civil derrubado, mas o que isso significa sobre a continuação do conflito no Leste da Ucrânia e do papel da Rússia”. Como se observa, o imperialismo, seus porta-vozes e a mídia venal já estão em plena “campanha” para acusar os rebeldes e a própria Rússia como responsáveis pela derrubada do Boeing, quando na verdade o ataque se tratou de uma operação desastrosa montada pela CIA em conjunto com as FFAA da Ucrânia para abater o avião presidencial de Putin que voava no mesmo horário e região, errando o alvo e matando centenas de civis. A tese patrocinada por Obama é absolutamente ridícula, tanto do ponto de vista político como militar. De forma alguma interessava aos separatistas das “repúblicas populares” de Donetsk e Lugansk abaterem um avião civil matando quase 300 pessoas, tendo em vista que tal ação desencadearia uma feroz ofensiva política, diplomática e militar internacional contra a resistência pró-russa, como já está ocorrendo através da farsa orquestrada por Obama e toda a corja capitalista. Além disso, do ponto de vista estritamente militar, os rebeldes não possuem esse tipo de míssil terra-ar, inclusive seus dirigentes já haviam denunciado há várias semanas que o próprio Putin não estava fornecendo armas e munições para o combate da resistência aos bandos fascistas e ao governo fantoche de Kiev, que estavam avançando rapidamente sobre as “repúblicas populares”. Na verdade, está em curso uma verdadeira operação política e midiática mundial montada pelo imperialismo, com o apoio dos investigadores da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) que estão no local da queda do avião, para culpar os rebeldes visando tanto seu completo esmagamento militar como aumentar a pressão e as sanções sobre a Rússia, que já não vinha prestando apoio aos rebeldes, porém os defendia no campo diplomático e na ONU. No mais, o fato dos restos do avião terem caído nas proximidades da cidade de Donetsk, forçando que os rebeldes permitam o acesso de “investigadores-espiões” imperialistas na delicada zona de conflito que controlam reforça o quão patética é a tese vendida pelo imperialismo e seus lacaios. O mais grave é que esta cantilena estúpida, que serve à ofensiva da OTAN na Ucrânia, será “comprada” pelo revisionismo trotskista que desde o início da crise da Ucrânia tem se postado no campo político e militar dos golpistas de Kiev, dos bandos fascistas e do imperialismo!

quarta-feira, 8 de julho de 2015


SENADO ADIA A VOTAÇÃO DO PROJETO SERRA PARA ENTREGAR O PRÉ-SAL: DILMA E TUCANOS UMA DUPLA PESADA PARA ENFRAQUECER E PRIVATIZAR A PETROBRAS

O plenário do Senado adiou por 45 dias a proposta do tucano José Serra, que seria votada na noite desta quarta (08/07), onde estabelecia a desobrigação da Petrobras em participar do modelo de partilha de produção de petróleo, que vigora na exploração da camada Pré-Sal. Pela legislação hoje vigente a Petrobras tem à exigência de participação mínima de 30% nos grupos de exploração e produção do Pré-Sal, além de ser a única operadora dos campos. O projeto Serra foi encomendado diretamente pelas grandes corporações transnacionais de energia que pretendem se apossar do monopólio na exploração dos novos campos de petróleo. O atual modelo de exploração do Pré-Sal foi aprovado no Congresso por iniciativa do governo Lula, que tentou "remendar" parcialmente a quebra  do monopólio total na prospecção do petróleo nacional implementado na trágica "era da privataria" tucana. Como não teve coragem política suficiente (por razões de comprometimento com o imperialismo) para reverter o fim do monopólio estatal, o então presidente Lula impulsionou a aprovação do "monopólio 1/3" para a Petrobras apenas para os novos campos de exploração de petróleo em águas profundas, o chamado Pré-Sal. O regime de partilha do Pré-Sal já foi executado pelo governo Dilma em 2013 no campo de Libra, onde a Petrobras liderou um consórcio em parceria com trustes internacionais. É evidente que o atual modelo institucional da exploração do Pré-Sal passa bem longe de um regime nacionalista de proteção das reservas brasileiras, porém os trustes imperialistas são sedentos pelo lucro máximo e não se conformaram com a obrigação legal de terem que se associar com a Petrobras na exploração do Pré-Sal. A investida privatista da tucanalha contra a Petrobras aponta na mesma direção do "Plano de Desinvestimento" (PD) levado à frente por Dilma e Aldemir Bendini, presidente da ameaçada estatal. O tal PD anunciado como uma tentativa de adequar a Petrobras as "exigências do mercado", ocorre no mesmo momento em que a malfadada Operação Lava Jato paralisa obras em refinarias e a construção de navios, sondas e plataformas necessárias ao transporte e exploração do óleo e gás em alto mar. Tudo é claro está sendo feito em nome de combater a "corrupção generalizada" no interior da Petrobras, como se a estatal fosse o foco de todo o mal do país. Enquanto a cruzada do juiz Moro prossegue espetacularizando a prisão de grandes empreiteiros e dirigentes do PT, as corporações capitalistas estrangeiras se "oferecem" para prestar os serviços paralisados em função da Lava Jato, isto sem falar no desemprego no setor que ameaça crescer ainda mais com o PD de Dilma e Bendini. Só para se ter uma dimensão do nível de retração dos investimentos da estatal sob a égide do PD, entre 2015 e 2019 o montante poderá superar mais de 76 bilhões de dólares, além de um corte de 13 bilhões de dólares em despesas com funcionários e terceirizados. Além da drástica redução nos investimentos e pessoal, o PD pretende vender ativos no Brasil e exterior, como os valiosos campos de extração de petróleo em terra. Como se tudo isso não bastasse para debilitar ainda mais a Petrobras e toda sua cadeia de produção nacional (construtoras, estaleiros etc...) Bendine acaba de anunciar a intenção de vender uma parcela considerável da BR distribuidora, um dos filões mais rentáveis da estatal. Esta política de "esvaziamento" da Petrobras, impulsionada por Dilma e Bendine, é plenamente compatível com o desejo privatista dos tucanos como denunciou o engenheiro Ronaldo Tedesco Vilardo, conselheiro fiscal da Petros (fundo de pensão dos petroleiros) e diretor licenciado da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet): "Dilma e Bendine sucumbem às pressões capitalistas que estão fortemente interessadas nas riquezas que a Petrobrás é incumbida constitucionalmente de produzir. A venda de ativos – outro apelido para a privatização, que já foi chamada de concessão e de partilha – será a consolidação de perdas que poderiam ser perfeitamente evitadas." (home page da Aepet). As ameaças a existência do caráter estatal da Petrobras partem não só dos interesses dos trustes em abocanhar o Pré-Sal, mas também de limitar a empresa a única função de prospecção do óleo em mar aberto, excluindo o seu desenvolvimento em grande indústria de transformação, por isso mesmo a construção das novas refinarias e polos petroquímicos foram suspensos, com o argumento da corrupção das empreiteiras. O curioso é que estas mesmas empreiteiras não são alvo de nenhuma investigações quando se trata das obras em curso nas gigantescas hidroelétricas, não  por coincidência estes investimentos em energia elétrica produzida em grandes represas na região norte (Belo monte, Jirau, Santo Antônio etc..) interessam em muito as empresas imperialistas que querem se instalar no Brasil. Desgraçadamente a esquerda "chapa branca" que corretamente soube denunciar o venal entreguismo contido no PL do senador Serra, silencia diante do também criminoso PD de Dilma e Bendine. É possível traçar o mesmo paralelo com a esquerda revisionista quando se trata de combater o que está por trás da Operação Lava Jato, para não ficar mal com a "opinião pública" manipulada pela Globo, PSOL e PSTU omitem completamente o caráter reacionário do "paladino" Moro. As organizações independentes da classe operária, em especial os sindicatos petroleiros em sua vanguarda política, tem o desafio histórico de combater em defesa do petróleo nacional e sua estatal, gravemente ameaçada pela sanha voraz imperialista e seus lacaios tupiniquins.

terça-feira, 7 de julho de 2015


AO COMPLETAR 4 ANOS, BLOG DA LBI ALCANÇA CERCA DE 450 MIL ACESSOS: VIDA LONGA A ESTA TRINCHEIRA MILITANTE DE COMBATE PELA CONSTRUÇÃO DO PARTIDO REVOLUCIONÁRIO QUE FORJA DIARIAMENTE O PROGRAMA MARXISTA-LENINISTA!

No dia 05 de julho de 2011 era lançado o BLOG da LBI. De lá para cá passaram-se 04 anos e hoje esse valioso instrumento de luta política e ideológica está consolidado como principal porta-voz da plataforma do trotskismo ortodoxo. Tanto que ao celebrarmos seu quarto ano de vida militante ativa alcançamos a marca de mais de 430 mil acessos, um patamar importante para um órgão de divulgação do programa revolucionário leninista da Net, um portal atualizado diariamente acompanhando os principais fatos da conjuntura nacional e internacional sempre com posições e polêmicas que expressam a intervenção viva da LBI na luta de classes. Não é tarefa fácil manter nosso “pequeno” Blog, tendo em vista que esse não é obviamente um reprodutor das notícias da mídia e, muito menos, uma cópia do que escreve a “esquerda” revisionista em geral adaptada ao regime político da democracia dos ricos. Ao contrário, ele vai de encontro justamente ao que advoga tanto os monopólios dos meios de alienação de massa, combatendo com vigor a direita, o PIG e o imperialismo sem cair nos falsos “consensos” do reformismo e sua rede de blogueiros “chapa branca”, muitas vezes a soldo do governo do PT e da socialdemocracia mundial. Nessa época em que a blogosfera serve de espaço para denunciar a ofensiva reacionária as liberdades democráticas, como a Contrarreforma Política e a redução da Maioridade Penal pelas mãos do fascista Eduardo Cunha, nosso Blog não abre mão da tarefa de combater também o ajuste neoliberal perpetrado por Dilma e Levy, apontando esse caminho como o verdadeiro golpe das classes dominantes contra os trabalhadores. Ao não cair no conto do “golpe iminente” para justificar o apoio ao governo do PT, combatemos os setores que de boca denunciam a “grande mídia” mas se negam a dizer que o governo Dilma patrocina os grandes meios de alienação de massa que dão suporte para ataques cada vez maiores aos direitos do trabalhadores, como a redução das aposentadorias, pensões e benefícios do INSS. Nesse sentido, o BLOG da LBI sabe combater a reação fascista sem embarcar na política de colaboração de classes da frente popular. Esta é a marca principista e revolucionária da própria LBI que completou no mês de junho seus 20 anos de fundação!

TUCANOS VOLTAM A AGITAR O FIM DO GOVERNO, APOIADOS POR MORO E O TCU, DILMA REÚNE OS ABUTRES DE SUA BASE PARA PEDIR SUPORTE E DENUNCIAR OS "GOLPISTAS". OS TRABALHADORES DEVEM DEFENDER ESTE GOVERNO QUE LEVA MILHARES A MORTE POR FALTA DE REMÉDIOS NO SUS ENQUANTO SUBSIDIA AS MONTADORAS COM O PPE?

A tucanalha desfere nova ofensiva institucional contra o governo petista, lastreada na determinação da maioria dos conselheiros do TCU (ligados a oposição reacionária) em criar sérios problemas na aprovação das contas da presidente Dilma. Trata-se das famosas "pedaladas fiscais", recurso contábil utilizado pelo governo para fechar as contas de 2014. As tais "pedaladas" consistiram em uma manobra do governo para passar as contas devidas a pagar no exercício fiscal de 2014 ao ano seguinte, desta forma tapou-se o "rombo financeiro" do ano eleitoral que poderia configurar um descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Com o apoio do presidente do TCU Aroldo Cedraz (ex-deputado pelo PFL/DEM) e do "ministro" Augusto Nardes (ex-deputado do PDS/PP) os tucanos prometem levar a diante a acusação contra Dilma, o que obrigaria o Congresso Nacional a tomar uma decisão sobre a legalidade ou não das "pedaladas". Temerosa diante da ofensiva tucana, que pode crescer com um possível apoio do TCU, na mesma corrente midiática que catapultou o juiz Moro em sua nova fase da "Lava Jato", Dilma partiu para o que pensa ser uma contra ofensiva política, convocou uma reunião de emergência com os abutres da base aliada e declarou em entrevista à Folha que "não tem medo dos golpistas". Os achacadores de plantão no Planalto, com Temer a frente, juraram fidelidade ao governo emitindo uma declaração onde pedem que se respeite o "resultado das urnas" e apelam para que a oposição aguarde as eleições de 2018. Os tucanos logo rebateram dizendo que agem sobre as regras da constituição de 1988, e que em 1992 eles e PT atuaram da mesma forma contra um "governo corrupto" levando Collor ao impeachment. Paralelamente as ameaças do TCU, a famigerada operação "Lava Jato" se prepara para encarcerar novas lideranças do PT (possivelmente o alvo agora seja José Dirceu), após o espetáculo midiático de prender o maior empreiteiro do país. Hoje as "investigações" de Moro se debruçam prioritariamente no superfaturamento das novas refinarias em construção do Rio e Pernambuco. As obras no complexo de Campos e Abreu Lima sofreram uma drástica redução em seus ritmos, cumprindo assim o interesse das corporações internacionais petroquímicas que não querem abrir mão de ter o monopólio do refino do petróleo em países imperialistas. Como os volumes financeiros que envolvem a edificação destas plantas industriais são gigantescos, não param de surgir novas denúncias de superfaturamento das obras por parte das empreiteiras e "propinas" (comissões) recebidas por empresas e pessoas ligadas ao PT, este parece ser o caso em Dirceu está envolvido. A "reação" de Dilma diante dos tucanos (a presidente vinha sendo criticada pela inércia) causou empolgação na esquerda "chapa branca" (PCdoB, PCO e afins) que levantam a tese reformista da "frente única" com o PT contra os golpistas, como se toda disputa política interburguesa pudesse ser caracterizada como um golpe de estado. Porém é fato que Dilma está atuando... Em favor das montadoras com o PPE, reduzindo salários já comprimidos dos metalúrgicos e assaltando os recursos do FAT para que as multinacionais não desembolsem recursos durante o período da redução da jornada de trabalho. Também o ajuste comandado por Levy já chegou tragicamente a "ponta final" na área da saúde pública, com o corte orçamentário faltam nos hospitais do SUS em todo país os remédios mais caros para tratamento de doenças mais sérias, são milhares de pacientes que foram condenados previamente a morte por conta de "honrar os compromissos" com os rentistas. Esta é face mais letal e covarde do "ajuste" que os reformistas da base aliada fazem questão de ignorar. Fica então a seguinte questão, o movimento de massas de lutar em defesa de um governo neoliberal que está levando os trabalhadores ao desemprego, arrocho e até a morte por conta das ameaças institucionais de uma disputa interburguesa? Existe na realidade alguma ameaça de um iminente golpe de estado, ou as investidas tucanas são parte de uma estratégia de "sangrar o governo"? A verdade é que este governo central é quem impulsiona o pior "golpe" contra os direitos do proletariado e da população pobre, a oposição conservadora é coadjuvante na ofensiva neoliberal e também não merece nenhum apoio ou confiança política em suas empreitadas demagógicas. São duas alas da burguesia que se alternam na direção do ataque às conquistas sociais, como se presenciou nas votações da redução da maioridade penal e no corte das pensões e aposentadorias. O movimento operário deve seguir uma trilha absolutamente independente das duas principais facções das classes dominantes, ambas servis ao imperialismo ianque. Se de fato houver no país a organização de um golpe militar, favor não confundir com movimentação parlamentar dos partidos burgueses na disputa pelo botim estatal, os comunistas devem estabelecer um amplo chamado de unidade em defesa das liberdades democráticas o que jamais pode ser compreendido como apoio político a este regime da democracia dos ricos e seu governo de turno!

segunda-feira, 6 de julho de 2015

CARTA DO MOB AOS BANCÁRIOS DO CEARÁ: NEM A BUROCRACIA GOVERNISTA E TRAIDORA DA CHAPA 1 (PT/PCdoB), NEM A OPOSIÇÃO DOMESTICADA E DIVISIONISTA DA CHAPA 2 (PSOL/PSTU)
VOTO NULO PELA CONSTRUÇÃO DE UMA OPOSIÇÃO CLASSISTA E REVOLUCIONÁRIA PARA DERROTAR OS ATAQUES DOS BANQUEIROS E DO GOVERNO DILMA!

As eleições para renovação da diretoria do Sindicato dos Bancários/CE ocorrerão entre os dias 7 a 9 de julho. Elas acontecem em um momento de profundo ataque do governo Dilma às conquistas dos trabalhadores, sem que haja qualquer reação e mobilização de classe dos explorados contra tais medidas concentradas no chamado “ajuste fiscal” neoliberal. Essa política defensiva e oportunista da burocracia sindical de conjunto se reflete no caráter político das duas chapas que concorrem para dirigir o sindicato. A Chapa 1 (O Sindicato é dos Bancários) representa a continuidade da burocracia sindical governista da CUT-PT/CTB-PCdoB que é guardiã dos interesses patronais porque foi cooptada política e materialmente pelo Estado capitalista. Um exemplo da política de colaboração de classes dessas direções governistas foram as iniciativas demagógicas de chamar meros dias nacionais “sem luta” para combater a política de ajuste fiscal do governo Dilma, a exemplo da PL 4330 (terceirizações), descolados completamente de um plano de lutas que apontasse para uma verdadeira Greve Geral em defesa de nossos direitos. No tocante às nossas campanhas salariais, também já conhecemos sua política de conluio com o governo Dilma e os banqueiros: aprovação de pautas rebaixadas em fóruns completamente viciados da Contraf, embelezamento das esmolas da Fenaban, quebra da unidade da categoria, fragmentando a mobilização e dividindo os bancários em assembleias específicas por banco, substituição da luta pela reposição e aumento real dos salários por abonos e PLR’s miseráveis, etc. Diante da enorme e crescente insatisfação da base da categoria e numa clara manobra preventiva para perpetuar-se na direção do sindicato, a camarilha governista teve a cara de pau de, em março/2014, realizar mudanças estatutárias burocráticas para, por exemplo, alterar de 3 pra 4 anos o mandato da diretoria e dificultar a inscrição de chapas de oposição, aumentando o número mínimo de cargos para se inscrever uma chapa que passou de 41 para 95 membros!!! A Chapa 2 de Oposição (Resgatar o Sindicato para os Bancários) é impulsionada pelo PSTU/MNOB e PSOL/MaisBancários. Conta com a participação de ativistas independentes dos bancos públicos e apenas três bancários de bancos privados, setor que representa em torno de 30% do eleitorado, que é completamente desprezado. Não é novidade que o PSTU e PSOL adotam uma política oportunista de uma ampla  aliança com setores governistas ou semigovernistas para compor a chapa de oposição, ao mesmo tempo em que, historicamente, hostilizam qualquer debate programático e promovem a divisão e o veto/exclusão político-partidário contra companheiros do Movimento de Oposição Bancária (MOB), particularmente a camarada Hyrlanda Moreira, funcionária do Bradesco e militante da LBI que possui um histórico trabalho de oposição nos privados. Foi assim, com uma política irresponsável de divisão sem princípios e com métodos burocráticos que nas eleições de 2009 e 2012, o PSTU e  o PSOL dividiram o movimento  e romperam, às vésperas das eleições, todos os organismos de frente única como o MOB em 2009 e a Frente Bancária de Oposição (FBO), em 2012, construídos entre as correntes e ativistas independentes para debater e amadurecer posições divergentes em torno de um programa que culminasse na formação democrática de uma chapa de oposição e, não em um conchavo entre as correntes.

domingo, 5 de julho de 2015


VITÓRIA DO "OXI" SIGNIFICA A VONTADE DO POVO GREGO EM ROMPER COM A ESPOLIAÇÃO IMPERIALISTA, MAS PARA TSIPRAS O MOMENTO É DE VOLTAR A NEGOCIAR UMA RENDIÇÃO "JUSTA" COM A TROIKA

O referendum convocado para este domingo pelo governo do Syriza para decidir entre sua proposta de acordo com a UE e a exigida pela Troika (BCE, FMI e Comissão Europeia) expressou um amplo sentimento da população grega de romper definitivamente com a política de arrocho e austeridade que os rentistas e governos da União Europeia vem impondo ao país. Quase 65 % dos votos cravaram o "OXI" (NÃO) contra cerca de 32% do "NAI" (SIM), apesar da imensa chantagem exercida pela mídia local que verberou os interesses financeiros dos rentistas e governos imperialistas da Europa. Ao ser acuado por uma proposta humilhante da Troika, após ter cedido em várias exigências inaceitáveis para a população mais sofrida com o "ajuste", Tsipras não teve outra alternativa a não ser convocar um referendum popular para legitimar sua posição de um acordo menos humilhante para seu governo de "esquerda". No início da convocatória membros do gabinete do Syriza, como o ministro das finanças Yanis Varoufakis, chegaram a não se posicionar diante do referendum (com a demagogia de que o "povo decidirá"), ainda esperando um último acordo de "emergência" com o governo alemão. Tsipras chegou mesmo a declarar que suspenderia o referendum caso a Troika aceitasse uma "proposta intermediária", o que obviamente incluiria redução em novos pedidos de aposentadoria e aumento gradual do IVA (o ICMS de lá). Porém a gerente geral dos rentistas, Merkel, não pretendia somente obter mais rendimentos financeiros, tinha por objetivo desmoralizar politicamente o Syriza em face das próximas eleições em vários países da UE onde agrupamentos de "esquerda" ameaçam triunfar. A alternativa de Tsipras diante das "portas fechadas" da UE foi decretar feriado bancário até o domingo do referendum em virtude do pânico disseminado pela mídia e postergar o pagamento de 1,5 bilhões de Euros ao Banco Central Europeu. Registre-se o fato que o tal "calote" ao FMI de fato nunca ocorreu, posto que o pagamento desta parcela da "dívida grega" seria quitado com um novo empréstimo da própria Troika de cerca de 7 Bilhões que não foi disponibilizado ao país, ou seja o "calote" foi na realidade dado na Grécia pelos abutres imperialistas. Frente a radicalização dos setores mais proletarizados da população que entenderam o plebiscito como um instrumento de dar um basta à dependência financeira do país a uma dívida fictícia, Tsipras passou a defender o "Não" de forma mais enfática, anunciando que seu gabinete renunciaria de conjunto caso o "SIM" ganhasse o referendum. Em mais uma tentativa de fraudar a vontade popular, o "IBOPE" de lá afirmava que existia um empate técnico entre as duas opções, os partidos da "velha ordem" convocaram comícios pelo "SIM", inflados é claro pela mídia venal, porém as autênticas mobilizações populares ganharam o país não deixando dúvida de qual seria o resultado deste domingo. Para o Syriza e Tsipras o contundente recado das urnas significa um sinal para continuar negociando com a Troika a rendição do país em condições um pouco melhores, sua declaração após o resultado não deixa a menor dúvida: "Quero agradecer cada um e todos vocês. Independentemente de como tenham votado, hoje nós somos um. O mandato que vocês me deram não pede uma ruptura com a Europa, mas me dá mais força para negociar (...) Os gregos fizeram uma escolha corajosa. Sua resposta vai alterar o diálogo existente com a Europa". (G1/ 05/07). O cheiro da traição, à vontade do povo em estabelecer uma ruptura cabal com a zona do Euro, exala no ar! As mobilizações populares devem continuar e exigir deste governo o rompimento com o mecanismo global de uma dívida que só aumenta as custas do sacrifício dos trabalhadores. De nada adiantará receber a nova parcela de 7 bilhões e daqui a alguns meses ter que apresentar mais cortes no orçamento para pagar outra parcela.... É uma bola de neve que só cessará com a afirmação da soberania do país em romper definitivamente com o ciclo parasitário dos rentistas. Mas o Syriza está programaticamente muito distante de encabeçar uma ruptura socialista com o imperialismo europeu, somente a construção de organismos independentes de poder proletário podem levar esta tarefa histórica até a vitória. O norte político das massas gregas já foi dado, ainda que de forma limitada por este referendum, vejamos os próximos passos cambaleantes da esquerda social democrata para avançarmos na construção do partido revolucionário.

sábado, 4 de julho de 2015

LEIA A MAIS MAIS RECENTE EDIÇÃO JORNAL DO LUTA OPERÁRIA, Nº 297, EDIÇÃO ESPECIAL – JUNHO/2015


EDITORIAL
20 anos da LBI: Duas décadas de combate programático e ideológico pela construção do Partido Revolucionário

APROVADA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
Câmara do "BBB" é dócil instrumento nas mãos do fascista Cunha

BRASIL TEM 600 MIL PRESOS
Burguesia quer mais pobres e negros atrás das grades com a redução da maioridade

SERVIÇAL DO TIO SAM
Dilma realinha economia nacional para novos "investimentos" dos EUA no programa de privatizações e lambe as botas do facínora Kissinger

DILMA ENTREGA INFRA-ESTRUTURA AOS GRANDES CONSÓRCIOS CAPITALISTAS
Nenhum “PIL” do PT e de seus acólitos da esquerda “chapa branca” contra o pacote neoliberal de privatizações

LOGO APÓS APOIAR O PACOTAÇO DE PRIVATIZAÇÕES DO GOVERNO DILMA...
PT volta atrás e afirma que aceitará (com muita gratidão!) financiamento das grandes corporações capitalistas

V CONGRESSO DO PT PARIU UM RATO
Apoio ao ajuste e manutenção da aliança com PMDB foram as "mudanças" aprovadas

ENQUANTO LIVRA A CARA DE RICHA NO PARANÁ, PF ENDURECE O CERCO CONTRA PIMENTEL...
Afinal quem é que controla a PF no Brasil, tucanos ou o governo Dilma?

LAVA JATO NÃO É UMA OPERAÇÃO ANTICAPITALISTA E NEM PRETENDE FAZER JUSTIÇA CONTRA BURGUESES
Objetivo é favorecer oligopólios imperialistas criminalizando o PT

10 ANOS DO “MENSALÃO”, A OPERAÇÃO LAVA JATO E A PERSEGUIÇÃO A DIRCEU E DIRIGENTES HISTÓRICOS DO PT
Covardia política de Lula abriu caminho para ofensiva reacionária contra a esquerda e o movimento operário

REFORMA POLÍTICA I
Somente o primeiro sinal da inflexão reacionária do regime político vigente

REFORMA POLÍTICA II
Principal bandeira das míticas “Jornadas de Junho” vira uma arma reacionária do recrudescimento do regime

ATENDENDO AO "MERCADO" DILMA VETA O FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO
Gerentona mantem pior da proposta (85/95) e introduzindo a progressão até o 100 ou mais!

BALANÇO DO 29M
Fraco dia nacional de luta não serviu como ponto de apoio para a construção da Greve Geral

SINDICALISMO REVOLUCIONÁRIO
Oposições da TRS participaram ativamente do 29 de maio apesar da sabotagem da CUT e da Conlutas

GALINHAS VERDES AÉCIO E C&A SÃO ENXOTADOS PELO POVO VENEZUELANO
Itamaraty presta solidariedade (material e política) a comitiva terceirizada pela Casa Branca

CHANTAGEADO PELO FBI, BLATTER RENUNCIA
Presidência da FIFA será entregue a um aliado dos EUA para inviabilizar Copa do Mundo na Rússia

FBI ASSUME PAPEL DE “XERIFE” NO BANG-BANG ENTRE AS MÁFIAS CORRUPTAS DA FIFA
Quem o imperialismo ianque prenderá amanhã sob o pretexto de “combater a corrupção”?

ATAQUES NA TUNÍSIA E KUWAIT
EI ponta de lança reacionária da ofensiva sionista contra os povos muçulmanos            

KOBANI E SÍRIA
Por uma posição justa e revolucionária para combater a ofensiva imperialista e sua criatura, o EI

CST E MORENISTAS CONVOCAM ENCONTRO INTERNACIONAL EM APOIO A CONTRARREVOLUÇÃO DA OTAN NA SÍRIA
Os trotskistas estão ao lado do regime Assad contra o imperialismo e seus grupos terroristas!

POR QUE TSIPRAS SE CURVA DIANTE DE MERKEL?
Permanecer na zona do Euro representa maiores sofrimentos para o proletariado grego!

ARMADILHA DO REFERENDUM 
Troika e Tsipras querem chantagear o povo grego para "escolher" entre o ruim e o pior!