sábado, 31 de janeiro de 2015


Dilma e "Lava Jato" sabotam um tímido projeto de soberania nacional: Cancelamento das refinarias "Premium" e drástica redução nas obras da COMPERJ e Abreu Lima

Agora é oficial, a diretoria da PETROBRAS apenas confirmou o que já era aguardado por todos os que analisam seriamente os objetivos reais da chamada operação "Lava Jato", a construção das duas refinarias do Nordeste (Premium) estão definitivamente canceladas e a conclusão das plantas de Abreu Lima (Pernambuco) e Comperj (Campos, RJ) seriamente ameaçada. Alertamos que não se trata de um decisão meramente técnica ou mesmo financeira/comercial por parte do governo Dilma, a criminosa deliberação da PETROBRAS envolve uma questão estratégica de soberania nacional. Sem as cinco novas refinarias (o complexo do COMPERJ estabelecia a construção de duas unidades de refino) que inicialmente seriam concluídas em 2016, o país ficará completamente dependente da importação de combustíveis fósseis, em sua grande maioria refinados por transnacionais imperialistas. Este quadro é ainda mais grave quando constatamos que o surpreendente déficit apresentado pela balança comercial brasileira em 2014 deve-se fundamentalmente a chamada "conta petróleo". Para tomar a desastrosa decisão o governo da Frente Popular não levou sequer em consideração os enormes prejuízos do cancelamento total das refinarias Premium (que seriam instaladas no Ceará e Maranhão), só nos projetos destas plantas a PETROBRAS já havia investido cerca de 3 bilhões de Reais, e os dois governos estaduais algo em torno de 800 milhões de Reais. Mas parece mesmo que a única preocupação da atual gerência petista é agradar a mídia corporativa que continua ofensiva com seu "carnaval" sobre os escândalos de "corrupção na PETROBRAS", para a oligarquia "murdochiana" as comissões obtidas pelos ex-diretores da estatal são bem mais significativas do que acumular um rombo de quase cinco bilhões com o aborto das novas refinarias. Por sinal a própria diretoria da PETROBRAS parece estar bem "sensível" aos apelos da Globo, disposta a inserir no balanço da empresa vultuosos valores negativos como "fruto da corrupção generalizada". Lógico que os interesses da famiglia Marinho passam bem longe de qualquer escrúpulo ético, pretendem no mercado desvalorizar ao máximo o patrimônio da maior estatal brasileira para iniciar posteriormente a campanha pela "privatização já!". A desaceleração das obras da COMPERJ e Abreu Lima, incluindo a redução de sua capacidade industrial, colocam o Brasil na condição de exportar 100% da extração do "Pré-Sal", já que as poucas refinarias em funcionamento no país não possuem a capacidade de processar óleo pesado. Isto significa que toda a produção das plataformas marítimas da PETROBRAS (com altíssimo custo de operação) estarão voltadas exclusivamente para a venda internacional como uma commoditie mineral que no momento atinge uma cotação muito baixa. Esta "lógica" de submissão adotada pelo governo Dilma, ou seja vender óleo cru a "preço de banana" para depois comprar "na alta" o diesel e a nafta processada dos trustes anglo/ianques, levará inexoravelmente a futura quebra da PETROBRAS! As "propinas" e comissões contraídas pelos gestores da PETROBRAS e supostamente investigadas com muito "rigor" pela operação "Lava Jato", são apenas a cortina de fumaça de uma manobra do imperialismo para liquidar a estatal e sepultar de vez um tímido projeto de soberania energética, elaborado por Lula em 2005. O pano de fundo da privatização da PETROBRAS está armado com a vertiginosa queda mundial no preço do barril de petróleo, os EUA querem subordinar os BRICS (também países do entorno como Venezuela e Irã) ao seu domínio econômico e militar, desgraçadamente o governo Dilma parece estar disposto a ceder diante da ofensiva política da Casa Branca.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015


Formada a chapa de Oposição dos Professores/CE: “A LBI integra a chapa Democracia e Luta pela base - Oposição Alternativa para derrotar os pelegos da CUT na APEOC, cúmplices dos ataques 
da Oligarquia Ferreira Gomes
aos professores”

Entrevistamos os companheiros Antônio Sombra, Simone Freitas e Cida Albuquerque, membros da chapa “Democracia e Luta pela base - Oposição Alternativa” que disputa a diretoria do Sindicato dos Professores do Ceará (APEOC) e militantes do núcleo dos trabalhadores em Educação da TRS. A LBI impulsiona a chapa de oposição para derrotar a máfia da CUT encastelada há vários anos na entidade, que não passa de um poderoso aparato burocrático servil a oligarquia dos Ferreira Gomes e agora de seu homem de confiança, o governador Camilo Santana (PT), contra a luta dos professores

Jornal Luta Operária (JLO) – Depois de vários anos elegendo-se em chapa única agora a Articulação Sindical (CUT) vai enfrentar a oposição nestas eleições da APEOC. Como foi o processo de formação da chapa “Democracia e Luta pela base”?

Antônio Sombra (AS) – Não foi nada fácil porque o estatuto da APEOC impõe uma série de normas e obstáculos draconianos para se formar a chapa. Além dos membros da diretoria e do conselho fiscal, a burocracia cutista mudou as regras eleitorais no final do ano passado para vincular a escolha da diretoria a eleições de conselheiros municipais, impondo uma composição que inclui representantes de todos as cidades do estado, 204 nomes, um verdadeiro absurdo para impedir a sua derrota na base dos professores. Para conseguirmos formar a chapa depois de 25 anos de monolitismo estabelecemos o critério de frente única entre todas a correntes políticas que se reclamam contrárias a diretoria do sindicato e ao governo da frente popular no estado. Nesse sentido integram a oposição além da LBI, o PSOL, PSTU, PCB, TPOR, Consulta Popular e militantes anarquistas. A corrente “O Trabalho” apesar de se proclamar “oposição cutista” não compõe a chapa porque é servil ao governo Camilo, inclusive com seus membros participando de fóruns para elaboração de seu plano de gestão burguesa. Os militantes da LBI intervieram em vários plenárias para discutir o programa da chapa e sua composição, nas quais nos pronunciamos como críticos da linha majoritária adotada porém comprometidos em derrotar a camarilha vendida da Articulação. Pontuamos as diferenças programáticas que nossa corrente tem particularmente com o PSTU-PSOL no terreno nacional e internacional. O desafio para os setores classistas que atuam na oposição é justamente impulsionar uma plataforma de luta para expressar o ódio de classe dos trabalhadores contra o governo estadual, apontando uma perspectiva revolucionária para este combate além do economicismo próprio do sindicalismo vulgar! A serviço desta tarefa a LBI coloca sua militância na luta por construir esta frente única para derrotar os pelegos da CUT, cúmplices dos ataques da Oligarquia Ferreira Gomes contra os trabalhadores!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015


Um primeiro balanço político do dia 28: 
Nem greves, nem paralisações... 
Atos esvaziados com o objetivo de preservar Dilma!

Convocado como um dia nacional de greves e paralisações pela CUT e as demais centrais sindicais, este 28 de janeiro foi marcado apenas por atos esvaziados nas principais capitais do país. As mais importantes categorias organizadas como metalúrgicos, bancários, correios e petroleiros trabalharam normalmente, sequer assembleias foram convocadas para mobilizar as bases. O movimento popular e camponês, como o MST, MTST e os ativistas contra o aumento das tarifas nos transportes públicos não compareceram. Ficou evidente que as direções sindicais não convocaram o protesto com o objetivo de iniciar a luta para barrar os ataques da “gerentona” petista aos benefícios do INSS, a restrição ao seguro-desemprego e mesmo contra as demissões em curso. Na verdade, a burocracia sindical “chapa branca” fingiu mobilizar os trabalhadores utilizando manifestantes contratados nos protestos para descomprimir a “puteza” das bases contra a investida anti-operária do Palácio do Planalto, mas de fato promoveu atos esvaziados para preservar o governo Dilma!  Pelo Brasil afora as atividades reuniram no máximo duas mil pessoas, como na concentração do MASP em São Paulo. No ABC houve apenas uma passeata de metalúrgicos que não paralisaram integralmente suas atividades. Pequenas concentrações ocorreram em Maceió e Salvador. O Paraná foi o único estado da federação onde os metalúrgicos ligados à Força Sindical cruzaram os braços nas plantas da Renault, Volkswagen e Volvo. Em resumo, as poucas mobilizações que houveram estiveram direcionadas a pressionar o parlamento burguês para que faça “remendos” nas Medidas Provisórias 664 e 665, colocando por terra a farsa que o “dia nacional de luta” reivindicava a revogação das MP´s. Tanto que o protesto foi apresentado como preparativo da “Marcha da Classe Trabalhadora” que sai dia 26 de fevereiro de São Paulo rumo a Brasília, como ficou claro na fala do Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre “A presidenta conhece bem a CUT e sabe da nossa luta e compromisso. Se a Dilma não voltar atrás nas Medidas Provisórias, certamente ela estará propondo um conflito que nós não queremos. Essas medidas tem que ser retiradas. Se quer fazer alterações, que dialogue com as centrais sindicais. Nós temos propostas, como combater a rotatividade e garantir emprego”. Cabe ressaltar que as centrais sindicais de esquerda como a Conlutas e a Intersindical jogaram pouco peso na atividade enquanto a LER-QI que anunciou “marchar no dia 28 contra os ajustes de Dilma” sequer apareceu no MASP e muito menos na passeata! O PCO que se diz “contra o golpismo” não deu o ar da graça quando se trata de organizar a resistência aos ataques promovidos por Dilma em conluio com a direita tucana. A militância da LBI compareceu no ato da Av. Paulista e publicitou na concentração da marcha o manifesto em defesa da Greve Geral contra a perda dos nossos direitos. O companheiro Roberto Bergoci, dirigente da TRS e da Oposição dos Aeroviários de São Paulo, tentou intervir no carro de som da manifestação mas foi impedido pela burocracia cutista e seus bate-paus fardados. Como ficou evidente, para barrar os ataques da gerência petista e dos patrões é necessário superar a política de colaboração de classes das direções sindicais e a demagogia “lutadora” dos revisionistas do trotskismo, organizando desde os locais de trabalho, moradia e estudo a resistência ao ajuste neoliberal em curso! 
Burocracia da CUT impede a Oposição dos 
Aeroviários-SP de intervir no ato do MASP

terça-feira, 27 de janeiro de 2015


Vitória do Syriza: Mais uma gerência socialdemocrata de “esquerda” à serviço da Troika! Convocar o KKE, principal referência da esquerda classista, a encabeçar uma Oposição Operária e de massas ao governo Tsipras!

O esperado aconteceu com o Syriza vencendo com “folga” as eleições legislativas na Grécia deste último domingo, 25.01. O partido de Alexis Tsipras, agora primeiro-ministro, conquistou 149 cadeiras das 300 do parlamento. Logo fechou um acordo com o partido “Gregos Independentes”, legenda da direita nacionalista (uma cisão reacionária do Nova Democracia) que garantiu 13 cadeiras (4,75%), para ter a maioria parlamentar absoluta. O imperialismo já esperava a vitória do Syriza tanto que as principais bolsas de valores pelo mundo e inclusive na Europa se mantiveram em alta nesta segunda-feira. Nos últimos meses Tsipras garantiu que cumpriria os acordos celebrados com a Troika pelo governo conservador controlado pela Nova Democracia, derrotada nas urnas. Ele assegurou antes das eleições que reconheceria as “obrigações frente às instituições europeias e os tratados europeus. Estes tratados preveem objetivos fiscais que devem respeitar-se, mas não as medidas para consegui-los. A austeridade não faz parte dos tratados europeus”. Em resumo, estamos diante de mais uma gerência socialdemocrata de “esquerda” que critica a “austeridade” mas pretende manter o país e os trabalhadores submetidos aos planos de ajuste ditados pela UE, BCE e FMI, inclusive mantendo a Grécia na “Zona do Euro” e na OTAN. Não há dúvidas que os trabalhadores escolheram o Syriza como principal expressão eleitoral de seu repúdio aos ataques a seus direitos perpetrados desde a crise de 2008, derrotando tanto a Nova Democracia como a velha socialdemocracia do Pasok, responsáveis diretos pela catástrofe social impostas nos últimos anos. Mas cabe ressaltar que também cresceu a extrema-direita, o Aurora Dourada, que ficou em quarto lugar conquistando cerca de 6,3% dos votos, à espera do desgaste futuro do Syriza que não romperá com a UE, para patrocinar com mais força a xenofobia e o fascismo. Por outro lado, o Partido Comunista da Grécia (KKE) saiu reforçado das eleições conquistando 15 cadeiras no parlamento (5,7%) e o mais importante, recusando qualquer aliança com o Syriza e a compor o novo governo. Antes das eleições, Secretário Geral do CC do KKE, Dimitris Koutsoumpas, corretamente declarou “Não apoiaremos o Syriza. Estamos contra a UE, a OTAN e as cadeias do capitalismo” e denunciou “Pela responsabilidade ante o povo, depois de ter examinado bem o que diz o Syriza, não podemos participar de um Governo burguês capitalista, que continuará esta barbaridade. Há uma semana, o Syriza nos interpelou para dar o voto de investidura, porém não o fez sinceramente. Eles sabem nossas posições de todos esses anos e que estaremos em oposição a este Governo, porque o mesmo estará nas mãos da oligarquia enquanto estiver na UE. Não podemos manchar nossas mãos, não podemos dar um salto ao vazio enquanto o povo está do outro lado. Além disso, fazem parte de sua fileira o mais podre do Pasok, com deputados que votaram memorandos e que boicotaram o movimento operário e sindical”. A justa posição do KKE é um ponto de apoio para a vanguarda classista grega fazer oposição operária ao governo Tsipras desde agora, sem conciliação de classes com o novo gerente de “esquerda” e sim pelo seu combate revolucionário nas ruas, fabricas e escolas para operar a ruptura radical com o capital financeiro e não simplesmente com a “Zona do Euro”. Desde a LBI apoiamos a posição classista do KKE e denunciamos os revisionistas do trotskismo, um amplo arco político que vai do PSTU do Brasil até a FIT argentina (PTS, PO, IS), passando pelo MES de Luciana Genro, que cinicamente criticam a suposta “política sectária do KKE” por não apoiar o governo do Syriza. Os arautos do revisionismo “pilantrosko” esgrimam o caráter histórico stalinista do KKE para desqualificar suas posições atuais de combate ao engodo que representa o Syriza. Esse canalhas não passam de frente populistas que desejam estabilizar o regime político burguês pela via de um “governo de esquerda” que está até a medula comprometido com o imperialismo europeu, já que manterá o país na OTAN! Está colocado derrotar a União Europeia imperialista, sob a qual a vida das massas converte-se em uma bárbara escravidão, para edificar em seu lugar uma Federação das Repúblicas Socialistas da Europa, apontando a única saída verdadeiramente progressista para o velho continente. A tarefa dos Marxistas-Leninistas neste momento crucial da luta de classe na Grécia é combater as ilusões dos explorados na nova gerência socialdemocrata e organizar desde as bases operárias e populares a luta direta contra a política de colaboração de classes do Syriza e não o contrário, como desgraçadamente fazem o integrantes da família revisionista pelo mundo, semeando falsas expectativas no governo burguês sob o comando de Alexis Tsipras.

domingo, 25 de janeiro de 2015


28.01 - Dia Nacional de Lutas por Emprego e Direitos: Derrotar os covardes ataques da gerência neoliberal do PT através da ação direta dos trabalhadores! Nenhuma ilusão na política de “remendar” o ajuste fiscal no parlamento burguês! Preparar a greve geral contra a perda dos nossos direitos!

Neste dia 28 de janeiro ocorrem em diversas capitais do país o chamado “Dia Nacional de Lutas por Emprego e Direitos” convocado pela CUT e outras centrais sindicais. Essa mobilização foi decidida após o governo Dilma editar as Medidas Provisórias 664 e 665, um pacote de ataques aos benefícios do INSS e de restrição ao seguro-desemprego. Em um primeiro momento, o Planalto se reuniu com a CUT para acertar seu apoio as medidas draconianas porém o nível da investida sobre os direitos dos trabalhadores foi tamanho pelas mãos de Joaquim Levy que forçou a direção das centrais a convocar a atividade a fim de exigir “ajustes” na MP e descomprimir a “puteza” de suas bases. Desde a LBI alertamos que o verdadeiro objetivo das manifestações deste 28 não é de fato o sepultamento das MP´s por meio da ação direta dos trabalhadores com greves e paralisações mas sim conseguir algumas mudanças cosméticas pela via de alterações a serem feitas no Congresso Nacional, que as analisará no começo de fevereiro. Tanto é que na “Nota unificada das Centrais Sindicais: Em defesa dos direitos e do emprego” (14.01) elas proclamam “De forma unânime as Centrais Sindicais reivindicam a revogação/retirada dessas MPs, de modo a que se abra uma verdadeira discussão sobre a correção de distorções e eventuais fraudes, discussão para a qual as Centrais sempre estiveram abertas”. Apesar do caráter evidentemente limitado do protesto, os setores classistas devem intervir ativamente nesta mobilização que se proclama formalmente contra a atual ofensiva do governo Dilma a fim de impulsionar a ação direta das massas e nunca para pressionar o parlamento burguês para “atenuar” o ajuste fiscal e monetário em pleno curso, como defende a CUT. Os sindicatos combativos e os ativistas da vanguarda classista devem aproveitar o dia 28 para desencadear a resistência operária e popular contra as demissões em curso e aos ataques aos direitos e conquistas pelo governo Dilma, apontando a necessidade urgente de assembleias de base em todas as categorias para organizar uma verdadeira paralisação nacional que busque neste início de ano dar uma resposta da classe operária e do conjunto dos explorados as investidas que estão sendo desferidos pela burguesia e seu governo contra os trabalhadores da cidade e do campo! Só desta forma poderemos romper com a paralisia que as direções “chapa branca”, em seu pacto social implícito com o governo da Frente Popular e os capitalistas, submetem a luta dos trabalhadores em nosso país! Neste sentido, também nos opomos ao programa da “Frente pelas Reformas Populares” deliberado na reunião do último 19.01 entre o MTST, CUT, MST, UJS, Intersindical e PSOL na medida que propõe “Lutar pelas Reformas Populares e Enfrentar as pautas da direita na sociedade, no Congresso, no Judiciário e nos Governos” sem apontar que hoje é o governo Dilma que aplica esta política, visando assim preservar a “gerentona” petista, que foi apoiada no segundo turno das eleições presidenciais pelo grosso destas entidades. A proposta de organizar uma Frente de Esquerda para intervir nas lutas é importante, desde que seja para combater nas ruas a ofensiva imperialista e suas gerências tupiniquins, que no Brasil tem o PT como principal representante no governo federal. Como Marxistas Revolucionários chamamos particularmente o MTST, MST e centrais sindicais da esquerda para em unidade de ação utilizar esse dia 28 com o objetivo de preparar uma verdadeira jornada nacional de luta direta contra as “reformas” neoliberais do governo Dilma sem depositar nenhum ilusão na pressão sobre o parlamento e as instituições corruptas desta República dos barões capitalistas! A ofensiva imperialista gerenciada por Dilma não dá sinal de nenhuma “trégua”, seu “homem dos rentistas”, o ministro Levy, afirmou para seus colegas banqueiros em Davos que pretende acabar com o seguro desemprego. Somente uma resposta política enérgica do movimento de massas poderá derrotar os planos de ajuste do capital financeiro, é necessário começar a debater e organizar uma verdadeira greve geral contra a perda dos nossos direitos! 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015


José Dirceu "ameaça" com a formação de uma nova tendência mais à esquerda no PT e logo foi "enquadrado" pela "Lava Jato"

O ex-presidente nacional do PT, José Dirceu, talvez a figura política mais influente do primeiro governo Lula onde ocupou a chefia da Casa Civil até ser "abatido" pela reacionária operação institucional batizada de "Mensalão", esteve em destaque nas manchetes da mídia corporativa duas vezes somente nesta última semana. A primeira "aparição" midiática foi por conta de um artigo recente publicado pela equipe do seu blog (Dirceu cumpre atualmente pena de prisão domiciliar em Brasília e em função da draconiana legislação penal em vigor no país está impedido de assinar matérias em sua página na internet) onde critica os rumos atuais da política econômica do governo Dilma. O "Blog do Zé" afirmou que: "O aumento de impostos e dos juros são apenas consequências, desdobramentos da busca de um superávit de 1,2% do PIB este ano. A elevação dos juros visa derrubar a demanda e vem casada com o aumento do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras para os empréstimos às pessoas físicas. Aí, também refreando o consumo. Caminhamos assim – conscientemente, espero, por parte do governo – para uma recessão com todas as suas implicações sociais e políticas". O ataque aberto ao governo Dilma foi imediatamente compreendido pela imprensa e também pela anturragem dilmista como um primeiro passo do ex-ministro para a formação de uma nova tendência política mais a "esquerda" no interior do PT. Dirceu foi um dos fundadores e dirigente histórico da tendência hegemônica do PT, a "temida" e burocrática Articulação, hoje denominada de "CNB" (Construindo um Novo Brasil), porém desde que foi escolhido pela burguesia nacional como o "símbolo da antiga esquerda guerrilheira" e cassado no Congresso Nacional foi perdendo gradativamente sua influência no PT. No curso do processo farsa do "Mensalão" os seus companheiros da Articulação, incluindo neste bojo o próprio Lula, foram se afastando e migrando para a "sombra" mais confortável do governo Dilma, Dirceu isolado e condenado pelos "togados" do STF não recebeu a solidariedade política que esperava permanecendo calado. Agora passada a reeleição e com o agressivo curso neoliberal do governo petista, Dirceu resolveu iniciar uma nova "articulação" petista (apesar das severas restrições da lei) com dirigentes e parlamentares do partido descontentes com a política econômica. Vale ressaltar que quando esteve à frente do governo Lula, Dirceu compartilhou com Antônio Pallocci (então Ministro da Fazenda) uma plataforma monetarista muito semelhante a que implementa o atual ministro Levy. Mas os tempos eram de "fartura" nas contas da Balança Comercial do Brasil, lastreando a equipe econômica de Lula para impulsionar o "modelo da bolha de crédito". Neste sentido Dirceu e Dilma não possuem divergências programáticas de fundo, o que não significa que defendemos a "caça a bruxa" ao ex-guerrilheiro da corajosa ALN. Só foi Dirceu "ameaçar" criar algum tipo de "problema" ao governo que logo Dilma ordenou aos novos "parlapatões" da operação policial "Lava jato" que incluíssem o nome do ex-presidente do PT como "beneficiário das empreiteiras". Para o Ministério Público Federal, há indícios de que a empresa de consultoria de Dirceu (JD Assessoria LTDA) tenha recebido recursos de empreiteiras ligadas ao esquema de "comissões" na Petrobras. Na decisão judicial consta que a consultoria recebeu, entre 2009 e 2013, R$ 3.761.000 das construtoras Galvão Engenharia, OAS e UTC Engenharia. Em seu blog, Dirceu afirma que sua empresa prestou consultoria às empreiteiras "para atuação em mercados externos, sobretudo na América Latina e Europa". Ora se a operação "Lava Jatos" decidir indiciar todos os políticos do regime burguês por terem recebido recursos financeiros de grandes empreiteiras, terão que incluir todos os congressistas, todos os governadores desde 1982 e também todos os presidentes da república a partir de 1989! Está absolutamente claro que se trata de um "aviso" do governo (que manipula o MPF ao seu gosto) a todos os petistas que decidam fazer "oposição" a Dilma. Dirceu e seu círculo político não são "puros", do ângulo de uma política da classe operária, foram cooptados já a algum tempo pelo "establishment capitalista".

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Stédile debate com os blogueiros da esquerda: LBI exige ruptura do MST com a política neoliberal do governo Dilma!


A principal liderança nacional do MST, João Pedro Stédile, debateu com os blogueiros da esquerda na noite desta quinta-feira, 21 de janeiro, por ocasião do lançamento do novo sítio da entidade camponesa na internet. A atividade foi promovida pelo "Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé", dirigido pelo jornalista Altamiro Borges, ex-Secretário de Comunicação do Comitê Central do PCdoB. Em um auditório completamente lotado no centro de São Paulo Stédile expôs a política "oficialista" do MST frente a nova conjuntura aberta com a reeleição do governo Dilma, afirmando que o movimento assume a posição de “autonomia saudável”, segundo suas palavras, atacando o "aquilo que não é bom e apoiando o que está correto". Para Stédile a atual ministra da Agricultura (Katia Abreu) deveria "ter vergonha de integrar um governo do PT" e que a presidente Dilma estaria atuando de forma mais "conservadora em função da crise econômica mundial". O coordenador do MST admitiu em tom de autocrítica um refluxo do movimento de massas, em particular das ocupações de terra, a partir do segundo mandato de Lula, lançando a proposta da necessidade da organização de uma Frente de Esquerda dos movimentos sociais para "defender nesta atual etapa direitos ameaçados". Candido Alvarez, editor-chefe do Blog da LBI, interveio neste importante debate para os rumos da esquerda, destacando que a "vergonha" era o governo do PT convidar latifundiários, oligarquias e banqueiros para o ministério e não o inverso! Alvarez estabeleceu uma rigorosa delimitação com a estratégia de atrelamento estatal do MST, disfarçada de "autonomia saudável". Em relação a constatação política dos rumos mais "conservadores" do segundo mandato de Dilma, justificada por Stédile em razão da crise econômica mundial, o dirigente da LBI afirmou que a opção do PT em assumir uma plataforma neoliberal mais "agressiva", dando adeus a retórica vazia do "neodesenvolvimentismo" não significa apenas uma contingência forçada pela conjuntura mundial. A via neomonetarista adotada pelos governos do PT representa uma opção de classe, no caso segmentos do capital financeiro que controlam de fato o Estado burguês do qual Dilma apenas gerencia. Porém a direção do MST, assim como a do MTST, declara que é necessário adotar uma política "defensista" diante da ofensiva neoliberal em curso, embora não pretendam romper com o governo do PT. Para colocar efetivamente em marcha esta orientação é necessário sim organizar uma frente social de esquerda para lutar, na senda da ação direta, superando as ilusões no governo da Frente Popular e neste Congresso de parlamentares corruptos, como disse Stédile no debate: "É necessário pôr o povo na rua", mas também é preciso apontar o norte estratégico desta caminhada popular! Com o atrelamento das entidades de massas ao governo nossa luta será derrotada desde a gênese. A proposta de organizar uma Frente de Esquerda é importante, desde que seja para combater a ofensiva imperialista e suas "gestoras" tupiniquins. Nós da LBI, apesar das enormes divergências políticas, convocamos "humildemente" o MTST, MST e centrais sindicais da esquerda para em unidade de ação preparar uma verdadeira jornada nacional de luta direta contra as "reformas" neoliberais do governo Dilma, construindo assim um verdadeiro poder popular!

Candido Alvarez (LBI) delimita com a política "oficialista" do MST 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Militância da LBI presente no terceiro ato do MPL em São Paulo
Terceiro grande ato: Refluxo do movimento pelo Passe Livre (SP) reflete a ausência de uma estratégia classista e revolucionária para a luta contra o aumento das passagens

O terceiro ato contra o aumento das passagens no transporte coletivo em São Paulo, ocorrido nesta terça-feira, 20 de janeiro, no Tatuapé, foi o mais esvaziado das três manifestações ocorridas depois que Alckmin e Haddad anunciaram o reajuste nos trens, metrô e ônibus. Menos de mil ativistas compareceram ao protesto, dentro eles militantes da LBI, PSOL, PSTU, LER, MNN, PCR, TPOR e até do PT. Esse refluxo é produto direto da ausência de uma estratégia classista e revolucionária para a luta contra os ataques as condições de vida dos trabalhadores e da juventude explorada, já que a direção do MPL vem buscando de todas as formas fechar um acordo com a prefeitura do PT, que determina o preço das passagens de ônibus, a fim de não desgastar a gestão municipal de Haddad. Tanto que a cada manifestação as concentrações são mais longe do centro da cidade justamente para não provocar problemas no trânsito, como solicitou a prefeitura. Ao final do protesto houve um confronto localizado na estação do Belém, com a PM prendendo ativistas ligados a tática do Black Blocs completamente isolados pelo MPL que explicitamente defendeu um “ato pacífico”, leia-se sem radicalização! A atuação da MPL, que conta com a influência do PT e do PSOL em sua direção, revela que os limites impostos até agora ao movimento podem acabar gerando seu completo esvaziamento, não sendo o estopim de novas “jornadas” como as de 2013, como até então acreditava a LER-QI e outros grupos revisionistas. Estes fazem verdadeiro fetiche oportunista das manifestações ocorridas neste período como expressão de um suposto “ascenso revolucionário” quando na verdade a sua marca foram reivindicações dispersas que não questionaram o conjunto do regime político. A militância da LBI vem intervindo nas mobilizações pelo passe livre (ver fotos) alertando que a ausência de um programa anticapitalista e de uma estratégia classista que unifique as lutas populares contra a falta de água em São Paulo, o aumento das tarifas e os ataques aos direitos trabalhistas desgraçadamente provocará o esvaziamento destas atividades. Neste sentido, ainda “apostando” na vitória do movimento, o quarto ato contra o aumento das passagens deve romper com a estratégia de colaboração de classe imposta pelo MPL e apontar a necessidade da unidade com os trabalhadores para superar o impasse em função desta política desastrosa.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015


Morte do Procurador Nisman: Argentina tem o seu “Charlie Hebdo”! Comoção nacional favorece a direita que acusa os “terroristas do Irã” e o governo Cristina de terem ordenado seu “silêncio sepulcral” 
  
A abrupta morte do Promotor de Justiça Alberto Nisman (na madrugada da última segunda feira, 19/01) encarregado das investigações sobre o atentado terrorista a AMIA em 1994 onde morreram 85 pessoas ligadas à comunidade israelense em Buenos Aires, ainda sob o governo Menem, provocou uma gravíssima crise política na Argentina. A exemplo do que ocorreu em Paris na semana passada, a mídia corporativa logo tratou de gerar uma grande "comoção nacional", um "Charlie Hebdo" portenho, responsabilizando diretamente a presidente Cristina Fernandes Kirchner (CFK) e o próprio governo do Irã pelo assassinato do promotor. Oligopólios da comunicação como o jornal "Clarín" acusaram os "terroristas do Irã" e CFK de forjarem um falso suicídio do promotor, que apresentaria nestes dias no Congresso argentino uma denúncia de "encobrimento" criminal dos responsáveis pelo atentado de 1994. Alberto Nisman levantava a "tese" de que o governo argentino protegia os "terroristas islâmicos" no país em função de interesses comerciais da Argentina na compra de petróleo e venda de trigo para países árabes. O promotor não escondia suas ligações políticas com a embaixada de Israel na cruzada contra o que denominava de "antissemitismo histórico" das correntes peronistas. A verdade é que Nisman não contava mais com o apoio dos EUA em sua acusação contra o "Regime dos Aiatolás", em função da nova orientação do governo Obama em tentar uma reaproximação com o Irã. Aliado fiel da oposição de direita ao governo CFK, o promotor seguiria com sua denúncia "novelesca" em pleno ano eleitoral, quando foi encontrado com um tiro na cabeça em seu luxuoso apartamento no requintado bairro portenho de "Puerto Madero". Na noite de ontem uma raivosa multidão tentou invadir a "Casa Rosada" com cartazes que diziam "Yo soy Nisman". A simetria do que está ocorrendo na Argentina com a dinâmica da ofensiva mundial imperialista contra os povos árabes é completa, desta vez os alvos são um governo da "centro esquerda" burguesa (nacionalista) e um país muçulmano acusado de financiar o Hezbolah no Líbano. É óbvio que os últimos interessados na morte do promotor seriam CFK e o Irã, em razão das acusações de Alberto já terem se tornado públicas bem antes de seu "suicídio". Somente estúpidos totais poderiam eliminar um "notório inimigo" às vésperas de uma eleição presidencial, e apesar das profundas divergências que nos separam não podemos considerar os Kirchner como "dementes políticos". As investigações acerca da morte de Nisman apontam até agora para um suicídio, o promotor solicitou a arma do crime a poucos dias, alegando "ameaças" recebidas, embora tenhamos que admitir que o promotor estava inserido em uma rede de "serviços de inteligência" internacional que vão de Teerã a Washington, passando é claro por Tel Aviv. O certo é que a morte de Alberto foi um "presente" eleitoral para a esfacelada oposição ao governo CFK, que agora já sonha em reverter a desvantagem que aprestava nas últimas pesquisas de opinião. Para a Casa Branca o "desaparecimento" forçado de Nisman poderá trazer algum ganho diplomático em sua relação com o Irã, enquanto estabelece temporalmente uma "parceria" militar com os Aiatolás no Iraque contra o EI. Para Israel nada se altera já que mantém o sinal verde do Pentágono para atacar o governo Assad na Síria e seus aliados na região (o que inclui o Irã). No plano Latino Americano recrudesce a campanha contra o nacionalismo o islamismo e a resistência palestina, agora acusados pelo "PIG" argentino da morte do famoso promotor, que mesmo moribundo pode até ganhar as eleições presidenciais de novembro em um país estratégico para a geopolítica mundial.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015


91 anos da morte de V. I. Lenin: Nossa reverência militante ao chefe exemplar do Partido Bolchevique!

No próximo 21 de janeiro completa-se 91 anos da morte de nosso grande chefe Bolchevique, Vladimir Lenin, o dirigente marxista que lançou as bases do Partido Revolucionário centralizado como um exército do proletariado para demolir violentamente as instituições do Estado capitalista. Lenin é sobejamente a liderança da esquerda, em toda a história da humanidade, mais odiada (e com toda justiça!) pelas classes dominantes e o imperialismo. Se vivo estivesse seria considerado hoje o "terrorista" mais perigoso para os interesses da Casa Branca. O aniversário de morte de Lenin celebra-se poucos dias após o atentado em Paris à revista Charlie Hebdo, acontecimento que abre uma correlação de forças bem mais defensiva na conjuntura mundial, fundamentalmente contra a esquerda revolucionária que combate vigorosamente a sanha imperial contra os povos travestida na defesa da "liberdade de expressão" e da democracia. Esta realidade exige dos Leninistas a mesma firmeza que nosso mestre teve para enfrentar tempos de reação na Rússia e na Europa durante o século XX quando afirmou "Os capitalistas chamam ‘liberdade’ a dos ricos de enriquecer e a dos operários para morrer de fome. Os capitalistas chamam liberdade de imprensa a compra dela pelos ricos, servindo-se da riqueza para fabricar e falsificar a opinião pública”. Não temos a menor dúvida que nas atuais circunstâncias Lenin seria o primeiro a denunciar a "União Sagrada" que se forma desde Paris contra os povos oprimidos utilizando-se do pretexto o combate ao terrorismo, desmascarando-a vigorosamente. Como parte do combate político e ideológico pela construção do Partido Revolucionário, Lenin delimitou-se com os oportunistas sociais-democratas e também com aqueles que acreditavam que o terrorismo individual poderia colocar abaixo as estruturas do regime tzarista, como seu próprio irmão Alexandre Ulianov. Em 1887 Alexandre foi preso e condenado à morte por enforcamento após o fracasso de um atentado contra o czar Alexandre III. O irmão de Lenin pertencia à Narodnaia Volia (Vontade do Povo), organização secreta populista, que congregava elementos da "intelligentsia" russa e que, sob o regime de opressão encarava o terror como a única forma de ação imediata contra a autocracia czarista. A morte do irmão levaria o jovem Lenin a desenvolver uma reflexão crítica sobre o terrorismo como método impotente de luta proletária contra a opressão política e buscar na organização e mobilização das massas exploradas o caminho para a derrubada do regime czarista. Esta compreensão correta jamais serviu como pretexto para que Lenin se perfilasse em uma frente burguesa “contra o terrorismo” como fazem hoje setores da esquerda, incluindo os que se reclamam trotskistas e leninistas diante do atentado à revista Charlie Hebdo. Como afirmou Trotsky, discípulo de Lenin, quando soube da morte do grande chefe: Perdemos Lenin, mas sem o Leninismo não somos absolutamente nada! Desde a LBI estamos certos dessa lição fundamental e os recentes acontecimentos de Paris provam sua plena vigência!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015



Vitória ou derrota adiada? Sindicato dos Metalúrgicos “troca” 800 demissões por PDV de 2500 operários na Volks! CUT comemora fim da greve via acordo idêntico ao celebrado pela Conlutas com a GM!
Mais uma derrota "vendida" como “grande vitória” pela direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a CUT. Após 11 dias de greve que poderia ter imposto uma verdadeira derrota aos patrões, a Volks fechou um acordo com a direção sindical onde condiciona o retorno dos 800 operários a aplicação imediata de um PDV para demitir 2500 trabalhadores, proposta que tinha sido rejeitada no final do ano! Frente a pressão da multinacional e do sindicato, os operários foram forçados a aceitaram a proposta como um “mal menor”. Como afirma o comunicado da montadora alemã: “Ambas as partes chegaram a uma proposta balanceada que possibilitará a adequação da estrutura de custos e efetivo da unidade. O resultado contempla a continuidade dos mecanismos de adequação de efetivo por meio de Programas Voluntários, com incentivo financeiro” (G1, 16.01). Por seu turno, o presidente do sindicato e membro da Articulação (PT), Rafael Marques, repetiu a mesma cantilena: “Nós garantimos que R$16.576 sejam pagos aos trabalhadores a título de PLR e abono ainda no mês de janeiro, que os 800 trabalhadores fossem reintegrados e também a abertura de um Programa de Demissão Voluntária. O PDV será aberto a um grupo de cerca de 2500 trabalhadores” (Idem). Ocorre que o acordo negociado e anunciado como uma “vitória” tem como base a proposta que foi recusada na assembleia no final de dezembro. Prevê reajuste zero dos salários neste ano (nem a inflação) e inflação mais 1% no ano que vem. A diferença na proposta atual é que os trabalhadores receberão em 2015, na forma de abono, o correspondente ao reajuste da inflação (ou seja, recebem em dinheiro o correspondente ao aumento da inflação, mas sem incorporar ao salário). Por fim abre um PDV para reduzir o número de trabalhadores da fábrica de SBC que não tem nada de voluntário pois a empresa já estipulou o número que deseja pôr no olho da rua. Em resumo, venceu a política de demissões não, PDV sim... rejeitada anteriormente pela base. Fica a lição que conquistas reais poderiam ter sido arrancadas se tivesse ocorrido a ocupação da fábrica e a paralisação em todas as plantas da Volks, medidas que a direção sindical e a CUT se recusaram a tomar para não polarizar a situação política e colocar o governo Dilma e os patrões como responsáveis pelo desemprego. Esta política foi a mesma aplicada pela GM de São José dos Campos em 2013 e aceita pelo Sindicato dos Metalúrgicos controlado pela Conlutas e o PSTU. Por esta razão, José Maria de Almeida classificou o acordo fechado hoje na Volks desta forma “Termina em vitória a greve da VW - Os 800 demitidos são reintegrados”. Em resumo, uma mão lava a outra, com a burocracia de “esquerda” da Conlutas lavando a cara da burocracia sindical chapa branca da CUT!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015


Governo Dilma/Temer anuncia novo processo de privatização com abertura de capital da Caixa Econômica Federal

A presidente Dilma anunciou que seu governo realizará a abertura de capital da Caixa Econômica Federal (CEF) em torno de 20% a 25%, para gerar um aporte financeiro ao Tesouro Nacional na ordem de R$ 15 a R$ 20 bilhões. Embora sem data definida para o início do processo de abertura do capital da Caixa, o simples anúncio desse projeto já abriu um debate no movimento de massas acerca do caráter privatizante da medida e do próprio governo Dilma. Ela prometeu demagogicamente, durante a campanha eleitoral, fortalecer os bancos públicos, atribuindo qualquer iniciativa de privatização do setor ao seu oponente, o PSDB. No entanto, os ataques aos trabalhadores continuam pelas mãos do governo do PT. Passadas as eleições e a demagogia eleitoral da burocracia sindical chapa branca da CUT-CTB que, em nome do perigo do retorno da direita, chantageou os trabalhadores pressionando-os a votar no PT, deparamo-nos com amargas medidas de ajustes fiscais (inflação crescente, demissões, ataque aos direitos e conquistas sociais contidas nas pensões e nas aposentadorias, a exemplo da minirreforma da previdência que mexeu no acesso ao seguro-desemprego e outros benefícios do INSS), colocando sobre nossos ombros o peso da crise capitalista. Agora, vão atacar ainda mais as estatais, iniciando o processo de privatização da CEF, a exemplo do que fizeram com o Banco do Brasil e a Petrobras, reduzindo o controle acionário do Estado em benefício das empresas privadas.
Leia a Edição Especial do Jornal Luta Operária nº 290 – Janeiro/2015


EDITORIAL
UM “GRAN FINALE” PARA A FARSA: Campanha “JE SUIS CHARLIE” tem o hediondo carniceiro BIBI como mártir e representante da “liberdade de expressão”!

FRENTE ESTATAL TERRORISTA PARA COMBATER O “EXTREMISMO ISLÂMICO”?
O proletariado europeu não pode cair nesse engodo político!

DIREITA E EXTREMA DIREITA DISPUTAM A HEGEMONIA DA “COMOÇÃO NACIONAL” FRANCESA 
Repudiamos o ataque terrorista e não somos “Charlie”!

QUEIMA DE ARQUIVO
Forças de (in)segurança da França eliminam os supostos terroristas do atentado sob medida para a extrema direita!

SERÁ MESMO VERDADE?
Duas criaturas do Império (Al Qaeda e EI) se apresentam como patrocinadoras do atentado em Paris

ASSASSINATO DE CHARGISTAS NO JORNAL CHARLIE HEBDO 
Um atentado organizado pela CIA e MOSSAD sob encomenda da extrema direita francesa

JE SUIS GEORGES ABDALLAH!
Liberdade para os presos políticos da “V República”!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015


JE SUIS GEORGES ABDALLAH!Liberdade para os presos políticos da “V República”

Enquanto François Hollande (PS) e Nicolas Sarkozy (UMP) marcharam no último dia 11 ao lado do chacal nazisionista Benjamin Netanyahu cinicamente em nome da suposta “liberdade de expressão”, o regime da “V República” mantém na França presos políticos encarcerados, cujo mais antigo, há mais de 30 anos, é Georges Ibrahim Abdallah! Além dele existem cerca de 140 presos políticos nos cárceres franceses sabidamente 133 bascos, curdos, turcos, 2 catalões, 1 militante de Ação Direta Anarquista, sindicalistas e antifascistas que em 2013 protagonizaram em protesto uma greve de fome exigindo sua liberdade! Detido em 24 de outubro de 1984 em Lyon, Abdallah é militante comunista libanês, antiimperialista e combatente da causa palestina ligado a FPLP. Ele foi condenado à prisão perpétua em 1987 nos cárceres franceses, sendo considerado o prisioneiro político mais antigo da Europa, sobrevive atualmente no centro penitenciário de Lannemezan, nos Altos Pirineus. A história de Georges Abdallah é indissociável da história da causa palestina no Líbano desde 1978, e mais especificamente, no combate a invasão israelense de Beirute, em 1982, apoiada pela França e os EUA. Naquele ano, em função da ameaça da perda do controle no Líbano para a resistência palestina tendo o Al Fatah de Arafat a cabeça, o imperialismo francês acionou seu enclave na região, que sob o comando nazi-sionista Menahem Beguin desencadeia em junho de 82 uma operação militar chamada cinicamente de “paz na Galiléia”. Agindo em conjunto com os milicianos falangistas, o exército sionista massacra mais de dois mil civis nos acampamentos palestinos de Sabra e Chatila. Entre os combatentes do sionismo e dos falangistas encontra-se Abdallah!

UM "GRAN FINALE" PARA A FARSA: Campanha "JE SUIS CHARLIE" tem o hediondo carniceiro BIBI como mártir e representante da "liberdade de expressão"!

Não poderia ser muito diferente, a grotesca farsa montada acerca do atentado a redação do periódico "Charlie Hebdo", teve um final merecido: O primeiro ministro do Gendarme terrorista de Israel, o facínora Benjamin Netanyahu (BIBI) foi a figura internacional de proa dos eventos oficiais que homenagearam as vítimas dos ataques. Como os sionistas se especializaram em posar de eternas "vítimas da humanidade", logo os serviços de inteligência da França e C&A providenciaram um novo "terrorista" muçulmano, além dos dois encapuzados do ataque ao Charlie, para que um alvo genuinamente judeu fosse atingido. O mercado "Kosher" foi o palco escolhido onde quatro franceses de origem semita foram assassinadas por um "bárbaro islâmico". Os quatro franceses, que sequer tinham nacionalidade israelense, serão enterrados em Jerusalém no lendário cemitério "Monte das Oliveiras" destinado a personalidades e milionários sionistas. Já o "jihadista" Ahmedy Coulibaly, é claro será jogado em uma vala comum de um dos subúrbios de Paris. Desta forma BIBI, o presidente Hollande e seu antecessor Sarkozy apareceram como a "legítima representação" das vítimas dos "treinados terroristas da Al Qaeda e do ISIS", que atentaram ao mesmo tempo (quanta coincidência!) em oposição fatal ao "sagrado direito da livre expressão" e contra as vidas do "povo escolhido". O carniceiro BIBI ainda limpava suas imundas patas do sangue de 14 jornalistas mortos só no último cerco militar a Faixa de Gaza, quando foi ovacionado em Paris como "bravo", ouvindo dos admiradores o cântico dos hinos de Israel e da França. A fraudulenta campanha mundial pela "liberdade de expressão" (Je Suis Charlie) ameaçada por "fascistas islâmicos", segundo assim definiram alguns "intelectuais" da esquerda revisionista, conseguia obter seus objetivos políticos iniciais: Conceder um novo salvo conduto (o "11 de Setembro" já teve sua validade expirada) para o recrudescimento da ofensiva imperialista contra a luta os povos árabes e palestino. Neste sentido pode-se entender melhor o "papel" dado a BIBI nesta opera bufa de Paris, Israel é o centro militar da OTAN no Oriente Médio e se prepara para atacar o Irã antes que o regime dos Aiatolás conclua seu projeto de armamento nuclear. Porém a "tragédia de Paris" também serve para a França realinhar militarmente seu governo com o Pentágono, já que politicamente Hollande se mostrou um cão muito fiel a Casa Branca. Sarkozy ou Marine Le Pen, esta é a última escolha a ser feita pela "democracia" imperialista francesa. Enquanto o patriarca Le Pen se recusava a aderir ao cínico mote "Je Suis Charlie", Marine se mostrou mais flexível acenando a Washington uma "flexibilização" política da neofascista Frente Nacional fundada por seu pai. Obama resolveu não ir a marcha de Paris (sequer enviou o Secretário de Estado John Kerry), obviamente para não ofuscar a presença do colega sionista, mas nem por isso deixou de agir, o FBI até arranjou uma "invasão de hackers" ao YouTube do Pentágono (parece até piada!) acusando a Al Qaeda pela empreitada "terrorista" que impediu por algumas horas que os soldados ianques assistissem as comédias de Hollywood pela internet, quanto perigo a segurança nacional...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015


Frente estatal terrorista para combater o “extremismo islâmico”? O proletariado europeu não pode cair nesse engodo político!

Uma “Comissão de Frente” sinistra formada por chefes de estados terroristas esteve a cabeça da marcha deste domingo que reuniu 1,5 milhões de pessoas em Paris. Usando como pretexto o atentado a revista Charlie Hebdo (cada vez mais se revela produto de uma ação militar coordenada pelo Mossad para favorecer a direita e o neofascismo francês) o presidente da França, François Hollande, responsável por ordenar a invasão militar ao Mali e avalizar as provocações da OTAN contra a Síria, estava de braços dados como o chacal nazisionista Benjamin Netanyahu, homem que comandou diretamente o assassinato de milhares de palestinos, incluindo centenas de crianças como verificou-se na última ofensiva militar de Israel sobre a Faixa de Gaza. Ao lado deles, Angela Merkel, David Cameron e Mariano Rajoy, representado Alemanha, Inglaterra e Espanha, três países-membros da OTAN responsáveis pela ocupação da Líbia após uma guerra covarde que impôs um banho de sangue no país, quando antes já haviam feito o mesmo no Afeganistão e Iraque. A esta lista macabra presente em solo francês soma-se o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, seu governo é sustentado por grupos fascistas cujas hordas saem as ruas matando comunistas e imigrantes negros, além do premiê turco, Ahmed Davutoglu, que arma os “rebeldes” terroristas contra o governo de Assad na Síria e extermina a população kurda, do ministro de Relações Exteriores do Egito, Sameh Choukryou, cuja bárbara ditadura militar impôs vários massacres aos membros da Irmandade Muçulmana! Essa “sagrada” frente política estatal que uniu o imperialismo ianque e europeu além de seus governos serviçais pelo planeta foi conformada para supostamente combater o “extremismo islâmico” quando na verdade seus governos são os mandantes dos maiores crimes contra a humanidade, acobertados pela mídia que manipula o sentimento popular em favor dos interesses das classes dominantes! Como Marxistas Revolucionários desde já alertamos que a “folha corrida” destes criminosos oficiais travestidos de defensores da “civilização contra a barbárie” é a maior evidência que o proletariado europeu e mundial não pode cair neste engodo político a serviço de recrudescer em todo o planeta a tendência fascistizante que vem ganhando força e cujo alvo inicial são os “radicais islâmicos” e a resistência palestina usados neste caso claramente como bode expiatório, mas que logo se voltará contra o conjunto dos trabalhadores dos países imperializados e de suas mais elementares liberdades democráticas! Em oposição a este frente burguesa reacionária defendemos a mobilização revolucionária do proletariado mundial contra estes terroristas estatais como tarefa urgente para barrar a sanha contrarrevolucionária que vem ganhado corpo na Europa e no resto do mundo! A nova etapa histórica aberta com o fim da ex-URSS e do 11 de setembro, “elegeu” a resistência nacional dos povos muçulmanos e asiáticos como o “inimigo nº 1” do império!

sábado, 10 de janeiro de 2015



Direita e extrema direita disputam a hegemonia da "comoção nacional" francesa: Repudiamos o ataque terrorista e não somos "Charlie"!

O ataque terrorista ao jornal Charlie Hebdo, cuja real autoria política já parece bem evidente, gerou mais do que as duas dezenas de cadáveres até o momento. Conseguiu acelerar em muito uma dinâmica política na conjuntura francesa que já estava em marcha com o prévio colapso do governo "socialista" do neoliberal Hollande. A mobilização espontânea da população de Paris naturalmente chocada com a "tragédia" que se abateu sobre chargistas renomados da "sátira política" francesa, sintetizou no bordão "Je suis Charlie" uma palavra de ordem que abre muito espaço para uma escalada de xenofobia, mais precisamente para a islamofobia em toda Europa. A abstração lógica da situação política criada com o assassinato dos chargistas é imediata: "Nós os franceses concordamos com todas as provocações e humilhações que o Charlie Hebdo promovia sistematicamente contra a população muçulmana". Neste compasso (misto de emoção, consciência e ódio de classe) caminha acelerado o aval político de grande parte da população para que se avance na ofensiva imperialista (local e mundial) contra as nacionalidades palestina, árabes e crenças muçulmanas. Fica evidente que esta nova etapa reacionária também exige um novo poder estatal, muito mais alinhado com o "sentimento nacional" aberto após a "tragédia de Paris". Neste ponto começa a disputa pela "paternidade dos cadáveres" do Charlie, onde a extrema direita melhor representada eleitoralmente pela Frente Nacional saiu na dianteira, embora existam outros grupos menores de "colorido" ainda mais neofascista. Porém a "direita tradicional", que conta com a simpatia política de Washington para voltar ao "Palais de l'Élysée", não jogou a toalha. A "marcha pelos valores da República" convocada pelo governo Hollande em nome da "união nacional", que contará com a presença de vários chefes de estado da Europa é a expressão de preparar a transição pactuada entre o PSF e a UMP de Sarkozy. Entre estes dois centros políticos burgueses de direita se polariza atualmente a sociedade francesa, onde a esquerda social democrata ou reformista parece ter simplesmente desaparecido como expressão de massas. Não se deve ignorar que não há um "consenso absoluto" na França contra os imigrantes suas religiões e culturas, a realidade da periferia de Paris não é exatamente a mesma do "Quartier Latin", porém não existe uma clara representação institucional deste enorme segmento social, que geralmente se expressa pela via da ação direta. Os setores de vanguarda do proletariado francês devem rejeitar categoricamente os "valores" da chamada "unidade patriótica nacional", seja por sua ala conservadora ou neofascista, ambas simbolizam a opressão imperialista francesa contra os povos e nações. "Repudiamos o ataque terrorista e não somos Charlie" deve ser a plataforma que  galvaniza a esquerda revolucionária e todos os setores sociais que combatem a xenofobia e a direita. Qualquer concessão programática a demagogia patrioteira ou ao populismo reacionário que tomou conta das ruas de Paris pode custar muito caro aos trabalhadores, a experiência histórica do nazismo já demonstrou a que classe serviu. Não por coincidência fenômenos políticos de extrema direita sempre são potencializados a partir de "grandes tragédias", geralmente fraudadas e "sob encomenda" (incêndio do Reichstag). A tarefa central que se delineia no horizonte para os Marxistas Revolucionários é romper a "união sagrada"  que favorece as classes dominantes, dialogando politicamente com as camadas mais oprimidas e exploradas da França imperialista.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015


Queima de Arquivo: Forças de (in)segurança da França eliminam os supostos terroristas do atentado sob medida para a extrema direita!

Em uma evidente “queima de arquivo”, a forças de (in)segurança da França acabam de eliminar os 3 pretensos suspeitos de terem praticado o atentado a revista Charlie Hebdo, já que não podemos saber se foram de fato eles os operadores da ação militar ou tudo se trata apenas de mais um capítulo da farsa montada pela CIA e o Mossad para incriminar os radicais islâmicos. De forma absolutamente sincronizada, a polícia calou os irmãos Said e Chérif Kouachi, matando-os em uma fábrica onde estavam escondidos, assim como o negro Amedy Coulibaly, que havia feito reféns em um mercado e também era acusado de colaborar com o atentado a revista satírica. Para a LBI, este “desfecho” já era plenamente previsível porque para manter com total segurança a farsa montada de que os três eram supostos terroristas ligados a Al Qaeda ou ao EI, a CIA e o Mossad precisariam contar com seu seguro silêncio, certeza possível apenas com sua morte. Desta forma, fechar-se a cadeia, com a mídia murdochiana e os órgão de Inteligência tendo a completa liberdade de encontrar “provas” e divulgar informações que liguem os três aos grupos fudamentalistas islâmicos, enquanto os reais mentores do atentado ficam livres e a extrema-direita francesa capitaliza a ira popular contra os muçulmanos e imigrantes! Tudo se encaixa na cantilena repetida a fim de incrementar a xenofobia e abrir caminho para aprofundar as investidas militares contra a Síria, o Iraque e o Irã, principal inimigo do enclave sionista na região. Aos que tinham alguma dúvida que o atentado a revista Charlie Hebdo foi um obra do imperialismo, Israel e seus serviços inteligência, agora com a eliminação dos pretensos terroristas fica claro que o objetivo das forças de segurança francesa não era prender os acusados para investigar a fundo suas supostas ligações com o EI e a Al Qaeda, assim como desbaratar a pretensa rede de seus apoiadores no país, mas dar por encerrada prematuramente a perseguição em uma caçada típica dos filmes de Hollywood em que a CIA deseja por fim o mais rápido possível a seus “colaboradores” indesejáveis, que já foram úteis a seus objetivos macabros e agora se tornaram absolutamente indispensáveis. Para fechar com um grand finale o scritp montado em nome da “união nacional” que vai abrir caminho para o recrudescimento do regime contra os imigrantes, muçulmanos e o conjunto dos trabalhadores franceses, o presidente Hollande convocou todos os franceses a participarem de um ato em homenagem às vítimas marcadas para domingo, 11, manifestação que a esquerda revolucionária francesa deve boicotar e denunciar como parte de um armadilha para sustentar o governo e começar a transição para a extrema-direita que deve ganhar as próximas eleições municipais no lastro da onda reacionária que cresceu depois do atentado!

Duas criaturas do Império (Al Qaeda e EI) se apresentam como patrocinadoras do atentado em Paris, será mesmo verdade?

Durante o regime nazista na Alemanha a polícia política de Hitler não tinha muita "dificuldade" em sempre apontar os mesmos culpados para cada crime que ocorria em Berlim: comunistas e judeus sempre eram os responsáveis! Mesmo no atentado que quase tirou a vida do Fuhrer, organizado por comandantes dissidentes da própria Gestapo, os comunistas que em sua esmagadora maioria estavam presos ou mortos acabaram "assumindo" a autoria. Na atual "era do combate ao Terror" parece ocorrer algo parecido, ou seja, os responsáveis por ataques terroristas são sempre os mesmos, segundo a CIA pelo menos. O fim da Guerra Fria fez com que o imperialismo ianque produzisse outra geração de "inimigos viscerais" da "democracia americana", agora não são mais os comunistas os "vilões" que ameaçam o "American Way of Life", mas os bárbaros muçulmanos e suas organizações terroristas. O Tio Sam só "esqueceu" de dizer que os tais grupos terroristas foram criados por ele próprio para combater militarmente a antiga União Soviética. Os "jihadistas santos" do Afeganistão deram origem a atual Al Qaeda, foram treinados, armados e financiados pela CIA para derrubar um governo nacionalista e laico que mostrava simpatias pelo regime soviético. Combateram o Exército Vermelho, forçado a ocupar Kabul diante da barbárie fundamentalista, com munição enviada diretamente pela OTAN. Até então para o governo Reagan, Osama Bin Laden era um herói e aliado fiel dos EUA enviado ao Afeganistão pelos amigos da dinastia Saud que governa a Arábia. Avançando no tempo chegamos ao 11 de Setembro de 2001, quando os antigos "guerreiros mujahideen" foram declarados inimigos mortais do Império e considerados como "terroristas". Presumia-se que Washington cortaria totalmente suas relações com uma organização extremista acusada pela morte de cerca de mil cidadãos norte-americanos, certo? Errado! Não demorou muito para a OTAN "contratar" novamente os serviços militares da Al Qaeda, desta vez na Líbia em 2011, para depor o regime nacionalista burguês do coronel Kadafi. Contentes com os resultados na Líbia, onde os mercenários fundamentalistas destruíram o país para traficar o petróleo para os EUA, o governo Obama repetiu a dose e foi buscar um subproduto decomposto da Al Qaeda (o EI) para atacar o regime de Assad na Síria, só que desta vez se deram mal! Com o fiasco da Síria o EI (Exército Islâmico) acabou por se "desgovernar", acusando a Casa Branca e seus aliados políticos na região de "alta traição". Agora a CIA afirma ter provas da responsabilidade da Al Qaeda nos atentados terroristas contra o periódico Charlie Hebdo, também noticiaram que o EI teria saudado os irmãos Said e Chérif Kouachi pelo "heroísmo da ação". Segundo a "inteligência" ianque um dos irmãos Kouachi teria recebido treinamento militar no Iêmen, não por coincidência no mesmo local que a CIA formou os "combatentes" contra Kadafi e Assad. As forças de segurança da França estão mobilizando mais de 50mil efetivos na caçada aos supostos "irmãos terroristas", o estranho é que a poucos metros do palácio presidencial a ameaçada sede do Charlie Hebdo não contasse com a proteção de mais de dois policiais, ao que tudo indica sem nenhum preparo para enfrentar um ataque terrorista. O certo mesmo é que não existem elementos suficientes para apontar a Al Qaeda ou afins como patrocinadoras do covarde ataque, ainda mais quando sabemos que estas "criaturas" dos EUA são infiltradas até a medula de agentes da CIA. Por sua vez a extrema direita da França já declarou "guerra ao islamismo", indicando que as vítimas do Charlie Hebdo servirão muito bem aos seus propósitos neonazistas. O cenário político europeu vai caminhando para uma xenofobia que muito interessa aos planos do imperialismo ianque, principalmente para tentar concluir suas "tarefas" pendentes na Síria e Iraque e iniciar uma ofensiva contra o Irã, principal inimigo militar do Estado Sionista no Oriente Médio. Os atentados de Paris não são uma ameaça a suposta "liberdade de expressão", que no modo de produção capitalista só pode existir plenamente para a imprensa corporativa e seus milionários meios eletrônicos, são na verdade um grande ataque a luta das nacionalidades oprimidas (incluindo suas culturas e religiões). A partir do massacre no Charlie Hebdo, seja quem for o autor (ou os autores em parceria) a CIA ou a Al Qaeda, uma correlação de forças bem mais defensiva surgirá na conjuntura mundial, fundamentalmente para a esquerda revolucionária que combate vigorosamente a ofensiva imperial contra os povos.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015


Assassinato de chargistas no jornal Charlie Hebdo: Um atentado organizado pela CIA e MOSSAD sob encomenda da extrema direita francesa

A ação terrorista ocorrida hoje em Paris, levando a morte 12 pessoas em sua maioria colaboradores do jornal satírico Charlie Hebdo e de um policial, vem sendo “debitada” na conta de grupos “radicais” islâmicos em função das constantes provocações realizadas pelo periódico contra a cultura árabe e muçulmana. No primeiro momento parece tudo se “encaixar”, já que o jornal vinha sendo alvo de constantes ameaças promovidas por uma ampla gama de organizações fundamentalistas. Porém sob uma análise mais criteriosa dos trágicos fatos ocorridos na “operação militar” de fuzilamento das vítimas podemos aferir que a “metodologia” empregada se assemelha muito mais a forma de atuar de grupos treinados pelo Mossad israelense do que propriamente a de células islâmicas “infiltradas” na Europa ou nos EUA. Isto sem falar no “oportuno” momento político para desencadear uma frenética campanha islamofóbica, em meio à maior crise vivida pelo governo social- democrata (neoliberal até a medula) de François Hollande. A população de Paris saiu às ruas para manifestar a solidariedade aos jornalistas ameaçados e aos familiares dos mortos, mas no curso desta justa reação popular já se desencadeia uma verdadeira “caça às bruxas” contra a esquerda revolucionária que vem corajosamente defendendo os parcos direitos civis ameaçados dos imigrantes árabes, além de criticar duramente a postura política provocadora do jornal Charlie Hebdo. Neste momento o reacionário presidente francês chama a “União Nacional contra o terror” e a Frente Nacional convoca “mão dura” da repressão estatal contra tudo que possa se assemelhar com o “Mundo Árabe”. Como Marxistas Revolucionários condenamos qualquer ação militar de grupos extremistas muçulmanos que não estejam diretamente focadas em alvos imperialistas, este sim o maior centro terrorista que a humanidade já conheceu. Ao mesmo tempo que alertamos que as evidências apontam para a responsabilidade direta do gendarme sionista nesta operação contra a sede do jornal Charlie Hebdo. É necessário mobilizar a classe operária na busca dos verdadeiros responsáveis pela chacina de Paris, tendo como norte a solidariedade política integral com todos os movimentos palestinos e árabes que combatem o imperialismo e seu aliados sionistas em todo o mundo. A “comoção nacional” criada na França após o atentado será muito bem usada pela extrema-direita nativa em clara ascensão eleitoral, servindo também para que a CIA e OTAN intensifiquem suas investidas guerreiristas contra a Síria e o Líbano (Hezbolah), que possivelmente serão acusadas levianamente pela mídia “murdochiana” de co-responsabilidade no atentado de Paris. O movimento de massas na França deve recusar o patético chamado governista a “Unidade Nacional”, assim como manter muito acesa a luta contra o neofascismo, construído a aliança classista entre a juventude oprimida, os imigrantes e seus familiares perseguidos pelo estado racista e o combativo proletariado que já foi capaz até historicamente de derrotar a poderosa máquina de guerra nazista durante a ocupação alemã na Guerra Mundial. É hora de reconstruir os Partisans, como uma alternativa de poder operário contra a barbárie fascista que novamente se aproxima!

Todo apoio à greve dos operários da Volks. Não as demissões! Derrotar a política de conciliação de classes da direção do Sindicado dos Metalúrgicos do ABC e da CUT!

Mais de 800 operários da planta da Volks de São Bernardo do Campo foram demitidos neste dia 06 após retornarem das férias coletivas. Trata-se de um ataque fulminante ao emprego e as condições de vida dos trabalhadores que se negaram no final de 2014 a aceitar o acordo de redução de salário em nome da suposta manutenção do emprego, como defenderam a empresa e a da direção do Sindicado dos Metalúrgicos do ABC! A Volks rompeu até mesmo o acordo celebrado no final de 2012 que previa a ocorrência de demissões somente através do PDV ou de trabalhadores que se aposentassem, valido até 2016. Porém já no fim do ano passado a multinacional anunciou que iria implantar um PDV de 2100 trabalhadores e o congelamento dos salários até 2016. Como os trabalhadores não aceitarem a chantagem patronal veio as demissões! A resposta dos operários foi a greve! Esse golpe contra os metalúrgicos se insere nos ataques que o governo Dilma disferiu no final do ano contra os direitos e conquistas dos trabalhadores do setor privado segurados pelo INSS, com o fim da pensão integral vitalícia e obstáculos para o seguro-desemprego. O momento agora é de cobrir da mais ampla solidariedade a greve na Volks e estendê-la para outras fábricas da região e demais montadoras para demonstrar a força do proletariado. Para que esta luta possa vencer é necessário superar a política de colaboração de classes da direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, controlado pela CUT e berço da Articulação Sindical (PT), que foi obrigado a convocar a paralisão diante da resistência dos trabalhadores de base de aceitarem a política de acordos rebaixados com a direção na montadora alemã. Ao mesmo tempo que defendemos o fortalecimento da greve, com uma campanha nacional em solidariedade a luta dos operários de São Bernardo do Campo, devemos apresentar um pauta classista para a paralisação que além de impor o cancelamento das demissões dos 800 trabalhadores, contemple a redução dos ritmos de produção e da jornada de trabalho sem redução de salário;  Escala móvel de salários, onde os contratos coletivos de trabalho devam assegurar aumento automático dos salários, de acordo com a elevação dos preços dos carros e a escala móvel por horas de trabalho, para absorver a mão de obra metalúrgica desempregada. Com essa medida o trabalho disponível deve ser repartido entre todos os operários existentes e esta repartição deve determinar a duração da semana de trabalho, com o salário médio de cada operário sendo o mesmo da antiga semana de trabalho. Não ao banco de horas! Fim dos empréstimos do BNDES às transnacionais que só engorda os bolsos dos patrões e financia as demissões! Frente à ameaça de novas demissões da fábrica da Volks da unidade de SBC, é preciso defender a estatização da empresa sob controle dos trabalhadores e sem nenhuma indenização. Para isso é preciso organizar nacionalmente uma campanha contra as demissões sem nenhuma ilusão nos inócuos apelos a Dilma sob o eixo da ocupação das empresas que demitirem, assembleias intersindicais unificadas, paralisações de verdade e a construção da greve geral da categoria. É fundamental para enfrentar a ofensiva dos patrões a retomada dos métodos de luta e ação direta, com assembleias massivas democráticas e greves unificadas para arrancar verdadeiros aumentos salariais e fazer avançar a consciência política da classe, a fim de aumentar o potencial de combate contra os seus inimigos de classe que têm imputado derrotas econômicas, sociais e políticas aos trabalhadores. Está colocado para os setores mais avançados da classe operária romper com a camisa-de-força imposta pela CUT, UNE e MST, aproveitando este momento para responder à ofensiva capitalista com mobilizações que não se limitem apenas à luta econômica, buscando superar no curso desse combate as direções que conciliam com a burguesia em nome da estabilidade do regime político.