quinta-feira, 17 de julho de 2014


Governo pró-imperialista de Kiev e a CIA tentaram atingir avião de Putin e acabaram matando civis

A derrubada do Boeing da Malaysia Airlines, atingido por um míssil quando cruzava o espaço aéreo da Ucrânia fez parte de uma operação militar da CIA que pretendia assassinar o presidente russo Vladimir Putin. A comitiva estatal russa retornava de uma viagem ao Brasil, onde consolidou politicamente o bloco dos BRICS com a criação de um banco de fomento gerando a ira do FMI, quando atravessou o céu da Ucrânia uma hora depois do avião civil que partiu da Holanda para a Malásia. O serviço secreto russo não divulgou previamente a rota do moderno avião de Putin, que está equipado com baterias antimíssil, mas há suspeitas de infiltração da CIA na delegação russa, o que não é propriamente uma “novidade”. A frota aérea da comitiva estatal de Putin dispõe de dois aviões idênticos e nunca é divulgado em que aeronave o presidente embarcará, esta prática de segurança é a mesma utilizada pelo governo ianque há várias décadas, como o espaço de tempo entre os dois jatos é de cerca de meia hora especula-se que o Boeing da Malaysia se “meteu” na mira dos terroristas da CIA exatamente neste interregno. Uma reportagem da agência de notícias “Russia Today” traz a declaração de uma fonte da Aviação da Rússia que pediu para não ser identificada: “Posso dizer que o avião presidencial e o Boeing de Malaysia Airlines cruzaram o mesmo ponto e o mesmo corredor. Isto ocorreu perto de Varsóvia a uma altitude de 10.100 metros. O avião presidencial estava no local às 16h21 (hora local) e o avião da Malaysia Airlines às 15h44 (hora local)”, declarou o funcionário do departamento de defesa russo. A tragédia causou a morte de 295 pessoas de várias nacionalidades que estavam a bordo do Boeing , e para se livrar de sua responsabilidade no covarde atentado o governo fascista de Kiev, cúmplice da CIA, quer colocar nas costas dos rebeldes pró-russos o ônus do desastre. Não por coincidência, no dia anterior Obama, baseado em um relatório da CIA que acusava o governo de Moscou de ampliar a ajuda militar aos separatistas ucranianos, anunciava várias sanções econômicas contra Putin e empresas russas. Na verdade, o maior temor neste momento da Casa Branca é que Putin interfira na crise do Oriente Médio, sinalizando ao Irã que apoiará uma ação dos Aiatolás contra o genocídio sionista em curso contra o povo palestino. O Irã já declarou que precisaria do respaldo russo para atacar Israel ou mesmo fornecer armamento pesado para que o Hamas possa fazer frente à ofensiva sionista. Putin neste momento é a peça chave no explosivo cenário do Oriente Médio, que poderá inclusive deflagrar um conflito atômico entre as forças militares de Israel e o Irã. Depois do vergonhoso recuo na guerra civil da Ucrânia, o governo russo estava sendo pressionado por setores "ortodoxos" do antigo Exército Vermelho, a intervir junto aos países árabes (Irã, Síria e Líbano) contra a sangrenta investida do nazi Netanyahu, mas a CIA não poderia nem admitir esta possibilidade. Com o pragmatismo dos falcões do Pentágono “dando as cartas” em Washington o mais próximo da realidade, mais além das ficções conspirativas, é que a CIA tenha planejado o atentado contra Putin há algum tempo, encontrando no retorno da comitiva russa do Brasil o melhor momento.

É evidente que diante da “imprecisão” terrorista da CIA a “carga” midiática das consequências da trágica derrubada do Boeing recairá sobre os ombros do bloco russo, seja na forma dos rebeldes anti-Kiev ou do próprio Kremlin. Ainda não há uma posição oficial do governo ucraniano acerca dos motivos da queda do avião, existem duas possibilidades: A primeira é de que atribua a uma sabotagem interna realizada no interior da própria aeronave e a segunda é de que o desastre teria sido provocado por foguetes lançados desde o solo. Nas duas variantes a “inocência” da CIA sempre será preservada pelos guardiães da mídia “Murdochiana” internacional.

A grande “comoção” mundial gerada pela tragédia, levando a morte de centenas de civis, acuará ainda mais o vacilante governo Putin a abandonar completamente o combate contra os fascistas de “Maidan”. Porém, o objetivo central da Casa Branca neste momento é atar as mãos de Moscou diante da invasão terrestre do gendarme de Israel sobre a faixa de Gaza. Sem o suporte militar e político da Rússia dificilmente os governos islâmicos teriam condições de enfrentar o poderio bélico sionista e a cobertura diplomática de Obama em apoio aos crimes hediondos de Tel Aviv.

Não será a primeira vez que a CIA e o Pentágono utilizam a derrubada de aviões civis para provocar conflitos militares. A hipótese da derrubada da aeronave interessar aos separatistas é tão ridícula que nem merece ser comentada. Em 1983 os EUA “orientaram” uma aeronave civil coreana a sobrevoar um espaço aéreo fechado da antiga URSS, levando a sua queda e morte de centenas de inocentes. Provocações de menor escala são frequentes no roteiro sinistro da CIA, sempre criminalizando forças políticas que se opõe a hegemonia ianque sobre o planeta. Longe de qualquer manobra distracionista do imperialismo que visa com este “acidente” criar uma cortina mundial de fumaça diante do genocídio do povo palestino, a tarefa central dos revolucionários nesta conjuntura é convocar todas as correntes e governos antissionistas a prestar apoio efetivo, tanto no campo político e militar, à luta das massas palestinas.