sábado, 31 de maio de 2014


Em lembrança ao 5º aniversário de morte do dirigente trotsquista boliviano Guillermo Lora, o Blog da LBI republica um artigo elaborado em março de 2011 sobre as vergonhosas posições assumidas pela TPOR durante o covarde ataque da coalizão imperialista contra a Líbia. Com a morte de Lora seus seguidores revisionistas no Brasil parecem ter "esquecido" uma das principais lições de seu legado político: a Frente Única Anti-imperialista. A TPOR não teve o menor escrúpulo ao se juntar a grande "família"  revisionista (PSTU, PCO, LER etc.) para objetivamente apoiar o bombardeio da OTAN sobre a nação oprimida, em nome de uma suposta "luta de massas" em oposição ao "ditador" Kadaffi. Negando visceralmente a teoria leninista acerca da centralidade do combate anti-imperialista, a TPOR coloca na lata do lixo da História este princípio programático que deve reger a intervenção dos genuínos trotsquistas na luta de classes em nível mundial. Por este gravíssimo erro os revisionistas da TPOR hoje "repetem a dose" da traição de classe quando se negam a estabelecer a Frente Única Anti-imperialista na Síria, ameaçada pelas provocações bélicas do imperialismo ianque.


Com a morte de Guillermo Lora, o POR (Brasil) perde de vez o fio e o prumo do programa revolucionário

Nos últimos dias os prognósticos para a crise na Líbia por nós levantados vêm tragicamente se confirmando. As pressões políticas e militares do imperialismo sobre o governo líbio com a criação de uma “zona de exclusão aérea” e o deslocamento de navios anfíbios de guerra com centenas de fuzileiros à bordo através do Canal de Suez rumo ao Mediterrâneo para atracar no litoral de Trípoli são típicas ameaças de uma guerra de ocupação. Mas o fato que mais revelou o embuste da tal “revolução Líbia” pelo seu conteúdo político reacionário foi o pedido feito pelos “rebeldes” de ajuda à ONU para que esta autorize uma operação militar da OTAN para bombardear as tropas leais a Kadaffi. Os “gloriosos” insurgentes pró-democracia especificaram ainda que não era o momento de uma invasão por terra e que agradeciam a restrição aérea monitorada pela OTAN. Aqui se dissolvem como sorvete ao sol as delirantes teses da esquerda revisionista, a qual o POR brasileiro integrou-se sem pudores, segundo as quais o imperialismo ianque teria adotado a estratégia de “ajudar” Kadaffi a derrotar a “revolução democrática”.

sexta-feira, 30 de maio de 2014


Com o aval das FARC, “esquerda” colombiana apoia o genocida Santos
no 2º turno da disputa presidencial!
No Brasil, PCB e PCdoB saúdam esta política vergonhosa em nome dos “acordos de paz”!

“Vou votar pela paz e quem a representa agora é Santos” declarou a ex-senadora Piedad Córdoba, dirigente do movimento “Colombianos y Colombianas por la Paz” e integrante da Marcha Patriotica. Ela foi mais longe: “Creio no processo de paz e espero que nos próximos dias o ELN também se integre a ele. Vou votar pela paz e quem a representa neste momento é o presidente Santos”. No mesmo sentido pronunciou-se a dirigente da União Patriotica (UP), Aida Avella, que foi candidata à vice-presidente em aliança com o Polo Democratico Alternativo (PDA): “Pensamos que o melhor neste momento é apoiar o candidato que abriu os diálogos e que vai pelo caminho da solução política e negociada. Nosso dever é impedir que a guerra volte a este país. Nós não somos amigos da guerra, somos amigos da paz. Acompanharemos Santos apenas no que concerne a paz” (O Estado de S.Paulo, 30/05). Em resumo, as forças políticas de “esquerda” mais próximas às FARC declararam apoio ao chacal Santos, em uma evidente decisão compartilhada com a direção da guerrilha, que preferiu pronunciar-se pela “continuidade do processo de paz” sem explicitar seu apoio a Santos para não assustar os eleitores mais conservadores do atual presidente, já que no dia 15 de junho ocorrerá o segundo turno das eleições presidenciais colombianas. A disputa ocorre entre o candidato apoiado por Uribe, Óscar Iván Zuluaga, que conquistou 300 mil votos a mais que Santos, seu ex-Ministro da Defesa. Os “atritos” entre Santos e seu mentor Uribe, na verdade, se concentram no grau de ataque as FARC, já que Uribe e Zuluaga desejam capitalizar eleitoralmente o desgaste de Santos junto aos setores mais reacionários da burguesia e do exército. Apesar disto ser evidente, nenhum dos partidos da esquerda ou da centro-esquerda burguesa chamou a organizar a campanha pelo voto nulo ou branco, ao contrário, a Marcha Patriótica declarou: “Convocamos a mobilização popular e a utilização do voto na conjuntura eleitoral de 15 de junho como uma forma de luta da esquerda em defesa da paz, da vida e em repudio ao genocídio”. Esse giro à direita ocorre desgraçadamente porque a direção da guerrilha vem cada vez mais apostando em uma ilusória solução negociada para o enfrentamento que já dura 50 anos. Tanto que as FARC anunciaram que pretende formar um partido político depois que for firmado o acordo de paz em negociação com o governo colombiano comandado por Santos e avaliza as posições que apoiam eleitoralmente o atual presidente, alegando o perigo do candidato de Uribe por um fim nas negociações. Na verdade, Santos apresenta a eliminação das FARC obtida pela via das “negociações de paz” como credencial ao imperialismo para garantir sua reeleição na Colômbia! Para os marxistas revolucionários não resta dúvida de que Santos e Uribe são dois lados da mesma moeda na política de eliminação física e política da FARC patrocinada pelo imperialismo ianque, sendo o atual presidente partidário de uma orientação que está sendo mais bem sucedida que a do chacal Uribe, já que vem neutralizando tanto a guerrilha como a própria “esquerda” colombiana!

quinta-feira, 29 de maio de 2014


JB sai da presidência do STF e se aposenta precocemente: É a hora de “realizar os lucros” dos negócios celebrados

O anúncio da aposentadoria precoce do ministro Joaquim Barbosa, retirando-se não só da presidência do STF, mas definitivamente também da própria Corte, pela via de uma aposentadoria aos 59 anos de idade, surpreendeu a alguns incautos e muitos “crédulos” (incluindo neste saco a esquerda revisionista) da mídia “murdochiana”. Mas não para nós da LBI que há muito tempo vínhamos delimitando com a farsa do julgamento chamado de “Mensalão”, realizado o trabalho “sujo” era hora de sair de “campo” e retirar os holofotes do novo “herói nacional”, que agora espera “colher” os lucros de todos os negócios realizados. JB renúncia à presidência do Supremo cinco meses antes do término de sua gestão e, não por coincidência, evita assim enfrentar o resultado das eleições presidenciais, que deverão dar ao PT o quarto mandato consecutivo. O PIG produziu o espetáculo do julgamento do “Mensalão” para desmoralizar o conjunto da esquerda, porém ao mesmo tempo “fabricou” um aprendiz de feiticeiro que ousou ocupar o papel político da oposição burguesa conservadora. Acalentado pela poderosa máfia das organizações Globo, JB pretendia assumir a vaga de Aécio ou Campos na disputa para derrotar Dilma, mas nem o Tucano e tampouco o ex-governador pernambucano estavam dispostos a abdicar do “privilegiado” posto do anti-PT. As classes dominantes não estão mais dispostas a entregar a gerência do seu estado a um aventureiro da política, como fizeram com Collor em 89. Sem espaço no papel de protagonista central nas próximas eleições e sem aceitar a vaga de coadjuvante previamente derrotado, restou a JB organizar a “retirada” do Supremo para junho, com vencimentos integrais, passando por cima inclusive de todo o discurso ético da “moralidade pública”.

quarta-feira, 28 de maio de 2014


Frente de Esquerda: O porquê da “generosidade” de Luciana “Gerdau”
com o PSTU

Em uma nota da Direção Nacional do PSTU, publicada na última segunda-feira (26/05), o staff Morenista agradece os esforços envidados por Luciana Genro para tentar viabilizar a formalização da Frente de Esquerda ainda para as eleições de outubro deste ano. Luciana se dispõe inclusive a abrir mão de sua indicação à vice-presidência na chapa do senador Randolfe Rodrigues para dar seu lugar a um nome do PSTU, no que parece ser a derradeira tentativa do PSOL para atrair os Morenistas para a composição da aliança eleitoral reformista. Por sua vez, o PSTU agradeceu profundamente a iniciativa da ex-deputada do PSOL, acometendo-se de uma súbita amnésia política em relação à própria trajetória de Luciana, afirmando que: “Não podemos deixar de reconhecer o gesto de generosidade política da ex-deputada no que toca ao debate interno em seu partido”(Nota do PSTU). O PSTU em um verdadeiro libelo da diplomacia burguesa declara que: “Não é parte de nosso cotidiano opinar sobre debates internos de outros partidos” (idem), imaginem se Lenin e Trotsky afirmassem que não “opinam” sobre o “cotidiano” da Social Democracia ou do Estalinismo. Diante do “gesto de generosidade” do que o PSTU lamenta de ser apenas de uma parcela minoritária do PSOL e não de sua ala majoritária (Ivan Valente e seu bando de vigaristas políticos), os Morenistas confessam não acreditar mais na possibilidade da formação da Frente em nível nacional, mas demonstram grande interesse na viabilização de um acordo político com o PSOL em alguns estados que consideram de grande potencial eleitoral, como o Rio. O curioso mesmo é que o PSTU ao declinar da proposta de Luciana, para tentar ocupar seu lugar ao lado de Randolfe, relaciona alguns motivos políticos que o levaria a não ter muita motivação para “brigar” pela vice da Frente de Esquerda, um destes seria o financiamento de grandes empresas para as campanhas do PSOL, “esquecendo” que foi a própria Luciana uma das “pioneiras” da Frente a receber grana de vários grupos econômicos para sua campanha a prefeitura de Porto Alegre, em uma chapa com o PV. Nesta época a corrente que Luciana integra, o MES, defendeu abertamente o acerto político de terem sido financiados pela holding Gerdau, o maior grupo capitalista do Rio Grande do Sul. Porém, ainda mais grave do que a “amnésia” dos Morenistas neste episódio de “surto de generosidade” de Luciana, foi o fato de terem omitido que acabaram de aceitar o ingresso do MES (a corrente que faz a apologia da parceria financeira com empresários) em sua central sindical a CONLUTAS. Como se pode aferir, as supostas “divergências” que o PSTU afirma ter com o PSOL acerca da “independência” frente aos patrões, não passa de uma barganha para justificar seus esforços de entrar a qualquer custo na Frente de esquerda, nem que seja pela porta das alianças estaduais. Se os Morenistas realmente rejeitassem por princípio programático o “apoio financeiro” de empresas capitalistas, jamais aceitariam a entrada do MES em suas fileiras sindicais.

Ascenso grevista “agita” o país: Passar por cima dos aparatos sindicais (CUT, CONLUTAS) para derrotar a ofensiva patronal, sem ter nenhuma ilusão no
circo eleitoral!


Uma série de greves “agita” o país às vésperas da Copa da FIFA em sintonia com os crescentes protestos populares contra o mundial de futebol que se inicia no dia 12 de junho. Rodoviários, operários da construção civil, servidores públicos federais das universidades, professores estaduais e municipais paralisaram suas atividades e saíram às ruas por aumento salarial e contra os ataques às suas conquistas. Ainda que estas lutas tenham um caráter eminentemente economicista ocorrem no marco das manifestações que contestam os gastos bilionários com a Copa e o sucateamento dos chamados “serviços públicos”, ou seja, questionam as condições de vida impostas ao povo trabalhador pelo regime capitalista. Muitas greves inclusive eclodiram contra a vontade de suas direções tradicionais e das máfias sindicais governistas. O governo Dilma, pelo controle que tem das direções sindicais (CUT, CTB e as demais centrais “chapa branca”), vem conseguindo que esta revolta crescente se limite a questões corporativas, entretanto, seus reflexos acabaram “respingando” no campo eleitoral, com as pesquisas inicialmente indicando uma queda na popularidade da “gerentona” petista. Não resta a menor dúvida de que a burguesia tem plena consciência de classe que somente o governo da frente popular é capaz de atravessar essa conjuntura turbulenta e ainda assim manter a estabilidade política do país no lastro de uma economia ainda com gordura para queimar e crédito para distribuir. A certa reeleição de Dilma (em segundo turno com uma disputa artificialmente apertada com a dupla Aécio-Campos) demonstra que o grosso da classe dominante mais uma vez “elegeu” o PT para seguir na gerência da administração central preparando as condições para o endurecimento do regime no curso do próximo mandado petista, quando em 2018 deve exigir que suba a rampa do Palácio do Planalto um governo de corte mais conservador, possivelmente guiado por Alckmin ou uma saída de alinhamento com o imperialismo ianque capitaneado por Marina Silva. Neste momento, sob estas “fissuras” da burguesia, vem avançando o movimento de massas, que de forma alguma pode cair na armadilha eleitoral da frente popular, da oposição conservadora ou mesmo da esquerda revisionista, sob pena de perder sua radicalidade transformando-se em mais um elemento de barganha política do circo eleitoral da democracia dos ricos.

segunda-feira, 26 de maio de 2014


Com o profundo retrocesso na consciência das massas, eleição europeia expressa crescimento da extrema-direita e do fascismo no lastro da ofensiva imperialista reacionária na Ucrânia!

Neste domingo, 25 de maio, ocorreram as eleições europeias para escolher os 751 parlamentares que representam 28 países do chamado “Velho Mundo”. Houve uma abstenção recorde de 57% dos eleitores, expressando o amplo descontentamento popular com o sistema de democracia representativa burguesa que gerencia o continente. Os partidos nacionalistas e de extrema-direita se confirmaram como grandes vitoriosos das eleições para o Parlamento Europeu (PE) ao conquistar mais de cem dos 751 assentos da casa, uma ascensão histórica frente aos 53 da legislatura anterior. Reforçando esse bloco, vem o conservador Partido Popular Europeu (PPE) que manteve seu domínio na Eurocâmara com 212 assentos. A centro-esquerda burguesa saiu derrotada pagando o preço por aplicar os planos de ajuste ditados pela Troika. O único partido de “esquerda” que cresceu foi o Syriza na Grécia, que conquistou 26,7% dos votos, justamente por encarnar o sentimento anti-UE, apesar de seu programa reformista não apontar neste sentido. Ao lado do pleito houve também a escolha do “novo presidente” da Ucrânia em um processo eleitoral voltado a legitimar a continuidade do governo golpista imposto em Kiev em fevereiro. Como podemos observar, continua ascendente a tendência política de deslocamento à direita na Europa e em todo o planeta, com o avanço do fascismo que questiona pela direita a representatividade da democracia burguesa. Este processo reacionário está baseado em um profundo retrocesso na consciência do proletariado (apesar do revisionismo do trotskismo caracterizar que “revoluções” estão pipocando em todo o planeta) e somente pode ser barrado com a resistência operária e popular aos planos do imperialismo, como vimos no leste ucraniano, apontando a Ditadura do Proletariado como alternativa revolucionária à crise do capital e seu regime político senil.

sexta-feira, 23 de maio de 2014


Há 143 anos o primeiro governo operário da História era esmagado pela violenta reação burguesa: A Comuna de Paris e suas lições político-programáticas para a luta dos comunistas pela Ditadura do Proletariado

Em meio à guerra contra a Prússia em 1871, os operários de Paris se levantam contra a fome, a miséria e a covardia dos dirigentes burgueses que comandavam o Estado francês perante o conflito bélico que massacrava o povo. Isto porque o exército prussiano marchava sobre Paris aniquilando impiedosamente as tropas regulares francesas, sem que a burguesia respondesse à altura. Ao contrário, o covarde governo francês foge das áreas de conflito e articula a rendição sem luta, atitude que se batia frontalmente com o espírito combativo da Guarda Nacional dos trabalhadores armados, ainda com um caráter sumamente moderado, composta por operários, republicanos, milicianos, além de uma pequena burguesia em decadência econômica. Porém, quando Napoleão III e o exército francês quiseram tomar os armamentos do povo para assinar a humilhante rendição, o processo revolucionário começou a avançar em passos largos, acendendo o estopim da revolta contra o Estado burguês e dando início à Comuna de Paris (18 de março/1871). Os explorados, o proletariado independentemente do regime burguês passou a se organizar por bairros, criaram comitês de autodefesa para se proteger não só do exército prussiano nas cercanias de Paris como também da repressão das próprias tropas francesas. Houve várias tentativas do gabinete francês em derrotar o governo revolucionário, mas foram todas fracassadas devido à forte resistência e paixão popular em defender seus interesses históricos. Nascia a partir de então, o primeiro governo operário da História, o qual apesar de sua brevidade nos deixou como importante legado as lições programáticas desta luta titânica, além de mostrar-nos o caminho a ser seguido pelo movimento operário para derrotar o Estado burguês e seus acólitos: a Revolução e a Ditadura Proletária! Como analisou Marx, o proletariado finalmente encontrou a “forma de exercer sua ditadura de classe”, ou “um poder novo, verdadeiramente democrático”. O poder antes da Comuna encontrava-se nas mãos dos latifundiários, da nobreza, do clero e capitalistas. A Revolução, doravante pôs os destinos não só de Paris como da Humanidade nas mãos do proletariado (Guarda Nacional)! Em um curto período de existência (18 de março de 1871 a 28 de maio de 1871) promoveu profundas mudanças sociais e econômicas: substituiu o exército permanente pelo armamento do povo pobre, proclamou a separação entre a Igreja e Estado, declarou a educação pública, laica e gratuita, instituiu a igualdade dos sexos, a habitação como um direito de todos, abolição da polícia etc., tudo decidido em assembleias populares através da democracia direta. Claro, os erros também foram muitos, como por exemplo, não confiscar a propriedade dos meios de produção que seus “donos” abandonaram, desarticulação entre campo e cidade e dentro da própria Comuna (que tinha a maioria de blanquistas), enfim, tratou-se de uma etapa de aprendizado revolucionário da classe operária...

quarta-feira, 21 de maio de 2014


Guarulhos também tem que parar! Oposição de Luta Classista prepara a greve dos motoristas e cobradores de ônibus!

São Paulo parou! Esta foi a sensação vivida na capital paulista e nas cidades em seu entorno, como Guarulhos, com a paralisação de grande parte dos motoristas e cobradores de ônibus neste dia 20 de maio. O movimento começou às 9h50 com motoristas da Viação Santa Brígida e Sambaiba, no Centro. Ao longo do dia, mais companheiros aderiram à greve que contesta acordo salarial fechado na calada da noite desta segunda-feira entre a mafiosa diretoria do Sindicato dos Condutores de SP (filado à UGT) comandado pelo pelego Valdevan “Noventa” e os patrões em uma assembleia esvaziada totalmente controlada pelos pelegos que impôs o miserável aumento de 10%. No final da tarde mais de 16 terminais estavam parados e os ônibus em fila impediam a circulação de uns poucos “fura greves”. A greve puxada desde a base da categoria foi mantida neste dia 21 com várias passeatas ocorrendo neste momento na cidade, apesar da forte pressão da prefeitura do PT e da sabotagem da quadrilha que controla o sindicato, já que a reivindicação de 13% e uma série de benefícios foi negada pelos donos das empresas, verdadeiros tubarões que sugam o dinheiro do povo através do alto preço da tarifa, que todos pagam por um serviço de péssima qualidade, ônibus que demoram e chegam superlotados, enquanto atacam as condições de vida e trabalho dos motoristas e cobradores. Desde a Oposição de Luta Classista dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Guarulhos (impulsionada por militantes da LBI que intervém na categoria), apoiamos o movimento e lutamos pela sua extensão para todas as cidades do entorno de São Paulo, defendendo a manutenção da greve até a vitória contra a política de arrocho dos patrões, da prefeitura do PT em São Paulo e Guarulhos imposto em conluio com o Sindicato dos Condutores de São Paulo e também de Guarulhos, controlado pela CUT! Diante da extensão do movimento que chegou a Osasco, Jundiaí e as cidades da grande São Paulo, a Oposição de Guarulhos está organizando a greve nas garagens, apesar da diretoria pelega do SINCOVERG ter chamado uma assembleia extraordinária às pressas nesta terça-feira, dia 20, para impor um reajuste miserável de 7%, contando com a presença de bate-paus contratados para intimidar a base da categoria!

terça-feira, 20 de maio de 2014


Lula passa por cima do PT e até do governo Dilma para empenhar seu apoio aos candidatos do PMDB
Em reunião ocorrida ontem (19/05) na cidade de São Paulo, entre Lula e a cúpula mafiosa máxima do PMDB, o ex-presidente assegurou seu apoio político (pessoal) para alguns candidatos a governador do PMDB, que não contam com o aval dos diretórios estaduais do PT e também com a simpatia do governo Dilma. Pelo PMDB estiveram no encontro com Lula nada menos que os senadores Valdir Raupp, Renan Calheiros, José Sarney, Vital do Rego e Eunício Oliveira, diante dos “capos” o presidente de honra do PT confirmou que apoiará o candidato do PMDB ao governo do estado do Ceará, embora Dilma e o PT regional já tenham declinado sua preferência em favor da reeleição da oligarquia dos Ferreira Gomes, que ainda não se decidiram por um nome do “clã”. O anúncio de Lula gerou surpresa e até mesmo um certo “mau estar” nas fileiras do PT nacional, que já tinha se comprometido com os Ferreira em função do apoio destes a reeleição de Dilma, provocando inclusive o primeiro “racha” nas hostes do PSB de Eduardo Campos. Na semana passada o PT fechou o acordo com o PMDB do Amazonas, aumentando a pressão política para que Lula anunciasse seu apoio aos candidatos do Rio e Ceará, o que parece que está se encaminhando... O fator determinante para esta “virada” Lulista foi mesmo os desdobramentos da CPI da PETROBRAS, sabotada e controlada plenamente pelos senadores do PMDB, ao que tudo indica Lula temia mais a investigação da estatal no Congresso Nacional do que mesmo a presidenta Dilma. Agora resta ao PT decidir se segue a nova orientação eleitoral do seu “líder máximo” ou se mantém fiel às conveniências políticas do Palácio do Planalto.

segunda-feira, 19 de maio de 2014


Do golpe militar à farsa eleitoral:
Os passos da contrarrevolução no Egito operada pelo imperialismo e as FFAA
com o apoio dos revisionistas do trotskismo

Dentro de exatamente uma semana, nos dias 26 e 27 de maio, o regime parido do golpe militar desferido em julho de 2013 levará a frente uma grotesca farsa eleitoral para “legitimar” o genocida marechal Abdel Fattah Al-Sisi como presidente do Egito. O modus operandi dos golpistas egípcios segue os mesmos passos que o imperialismo ianque e a burguesia nativa associada a Washington impuseram com sucesso em Honduras e depois no Paraguay. Após depor pela via das armas o presidente eleito, gestou as condições para montar novas eleições presidenciais totalmente controladas, valendo-se de um “governo transitório” tutelado pelas FFAA e o empresariado que mantém uma dura repressão contra o povo e setores da própria oposição burguesa durante sua vigência. O “agravante” no Egito é que o “novo” presidente eleito (já que obviamente Al Sisi irá ganhar com folga) será diretamente o homem que operou o golpe militar, sequer sendo necessário assumir um “gerente” civil para manter as aparências “democráticas” como ocorreu nos países latino-americanos. Uma prova disso é que a Irmandade Muçulmana (IM), partido do presidente deposto, não poderá sequer apresentar candidato já que foi posta na ilegalidade. Seus dirigentes estão presos, milhares de militantes foram mortos e outras centenas estão condenadas à morte nesta estranha “revolução democrática” saudada pelos revisionistas do trotskismo!

domingo, 18 de maio de 2014


15M revelou forte disposição de luta,
mas também nova tentativa de “infiltração” política do PIG

O Dia Mundial contra a Copa do Mundo ocorrido neste último 15 de Maio expressou um crescente de lutas no país contra as péssimas condições de vida do nosso povo. O grito de “Não vai ter Copa” ecoou pelo país e sintetizou o repúdio popular contra os gastos milionários do governo Dilma e das oligarquias regionais que controlam os governos estaduais com o mundial da FIFA, enquanto os chamados “serviços públicos” como saúde, educação e transporte estão completamente sucateados. Desde cedo, bloqueios de estradas, avenidas e ruas marcavam principalmente em São Paulo as mobilizações de sem-teto reivindicando mais moradias e o fim da especulação imobiliária incrementada pela Copa do Mundo. À tarde, atos e passeatas ocorreram em várias capitais os quais foram duramente reprimidos pela PM, cujas forças especiais vêm sendo inclusive treinadas nos EUA. As manifestações demonstraram a forte disposição de luta dos trabalhadores e da juventude plebeia, conseguindo ser um ponto de apoio para as lutas em curso, como professores estaduais e municipais, servidores federais, operários da construção civil e rodoviários. A ampla cobertura dos meios de alienação de massa sob o comando da Rede Globo (com várias horas da programação dedicadas aos protestos em um tom simpático) demonstrou, porém, uma nova tentativa de “infiltração” do PIG, como ocorreu durante as “Jornadas de Junho”. A mídia “murdochiana” claramente atuou no sentido de insuflar novas manifestações que tenham como alvo principal o governo do PT com o objetivo de polarizar ainda mais a disputa eleitoral de 2014. Este quadro reforça a responsabilidade dos marxistas revolucionários intervirem ativamente nos protestos contra a Copa por meio de um programa classista, proletário e comunista, centrando suas forças militantes não somente na denúncia do governo da frente popular, mas também da oposição conservadora (PSDB-DEM-PSB-REDE-PPS), ambos sustentáculos do regime da democracia dos ricos que visam disputar entre si o botim estatal no circo eleitoral que ocorrerá após o mundial futebolístico da FIFA.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Leia a mais recente edição do Jornal Luta Operária, nº 279, 2ª Quinzena de Maio/2014



EDITORIAL
15M revelou forte disposição de luta, mas também nova tentativa de “infiltração” política do PIG

LUTA PROLETÁRIA
O “abraço de urso” da CONLUTAS/PSTU à greve dos rodoviários do Rio

PLATAFORMA PARA O 15M
Imprimir ao Dia Mundial contra a Copa uma perspectiva socialista em apoio às lutas dos trabalhadores contra o regime da democracia dos ricos!

PROPOSTA DO PSTU PARA “ENGOLIR” RANDOLFE E QUALQUER VICE INDICADO PELO PSOL
Abrir a coligação eleitoral no Rio de Janeiro

BALANÇO DO PRIMEIRO DE MAIO
LBI delimitou-se com os dois atos revisionistas convocando a construção de uma alternativa revolucionária

ASSEMBLEIA DO STAP - GUARULHOS
Pela greve geral dos servidores municipais contra o arrocho salarial imposto pela Prefeitura do PT!

HÁ 19 ANOS DA RUPTURA REVOLUCIONÁRIA COM O REVISIONISMO DE CAUSA OPERÁRIA ERA FUNDADA A LBI
Uma “necessidade histórica” para o reagrupamento da vanguarda comunista no Brasil

SOB AS BENÇÃOS DO PAPA
A trajetória venal de Gustavo Vera ou quanto custou ao Vaticano comprar um “quadro” revisionista

13 DE MAIO – “ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA”
Da Lei Áurea à campanha “Banana para o racismo”, duas expressões da hipocrisia da classe dominante frente à opressão ao povo negro

69 ANOS DO FIM DA II GUERRA MUNDIAL
Resgatar o legado da vitória da resistência soviética sobre o nazismo para combater a atual ofensiva imperialista

GUERRA CIVIL NA UCRÂNIA
Imperialismo ianque fomenta “novo Afeganistão” na fronteira com a Rússia através da ofensiva militar do governo golpista de Kiev contra as “repúblicas populares” do Leste

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NA COLÔMBIA
Santos apresenta a eliminação das FARC obtida pela via das “negociações de paz” como credencial ao imperialismo para garantir sua reeleição na Colômbia

COMBATES NA SÍRIA
Pentágono ordena que “rebeldes” retomem a ofensiva contra Assad para reforçar uma “segunda frente” no conflito político-militar com a Rússia


LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA


quarta-feira, 14 de maio de 2014


O “abraço de urso” da CONLUTAS/PSTU
à greve dos rodoviários do Rio

Setores importantes do movimento de massas tem saído a luta por fora dos aparatos “oficiais” pelegos que as representam, principalmente categorias de trabalhadores com pouca “tradição” sindical e grevista. Este foi o emblemático caso dos garis do Rio, que sem um “histórico” de greves ou forte representação sindical irromperam o cenário nacional em pleno carnaval, para com uma corajosa greve arrancar um reajuste salarial bem acima da “média” imposta às outras categorias mais “organizadas”. Agora é a vez dos rodoviários cariocas que “atropelaram” a direção corrompida do sindicato e deflagraram uma combativa paralisação na capital fluminense. Acontece que sem uma estrutura “oficial” de suporte a ação direta, as oposições sindicais via de regra acabam “batendo na porta” de aparatos tão burocráticos quanto o dos velhos pelegos “cartoriais”, como a CUT e CONLUTAS. A combativa greve dos rodoviários, comandada por uma comissão de base da categoria, recebeu o apoio imediato da CONLUTAS do Rio, que logo tratou de “domesticar” o movimento, limitando a paralisação a 48 horas, sob a pressão da justiça patronal. A massiva greve que questiona o rebaixado acordo salarial que a pelegada do SINTRATUB firmou com os patrões, tinha tudo para arrancar uma vitória do tamanho da conquistada pelos garis no carnaval, mas desgraçadamente a linha política imposta pelos burocratas da CONLUTAS está totalmente voltada para “ganhar” o aparato sindical e catapultar os candidatos do PSTU nas próximas eleições. Nesta “senda traidora” a greve foi suspensa quando estava em seu melhor momento político, forçando o governo e a FETRANSPOR a sair desesperados a buscar um “acordo” para por fim à paralisação. O movimento ainda não foi derrotado com a suspensão da greve, mas se continuar subordinando-se às pressões da justiça e do governo deverá ser controlado pela política de “vitórias de Pirro” da CONLUTAS. A principal liderança de base da greve, Hélio Afonso, em entrevista ao site da Globo de hoje (14/05), já reflete a dinâmica conciliadora que os revisionistas do PSTU querem imprimir aos novos ativistas: “Queremos conversar com o sindicato, mas até agora eles não vieram conversar conosco para negociar nada”. A tarefa é justamente oposta, passar por cima dos aparatos sindicais oficiais, para construir um amplo movimento independente em todo país, pela via da ação direta!

terça-feira, 13 de maio de 2014


13 de Maio: Da Lei Áurea à campanha “Banana para o racismo”, duas expressões da hipocrisia da classe dominante frente à opressão ao povo negro

A campanha “somos todos macacos” desencadeada por celebridades globais a partir da banana lançada ao jogador Daniel Alves em uma partida de futebol do campeonato espanhol é uma expressão “atualizada” da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888, que formalmente aboliu a escravidão no Brasil. Assim como a “banana para o racismo” amplamente divulgada via fotos da elite dominante não passa de hipocrisia da burguesia que sustenta o modo de produção capitalista sobre sangue e suor dos explorados (particularmente dos trabalhadores negros), a decisão de “libertar os escravos” há 126 anos não passou de uma formalidade baseada em uma necessidade econômica capitalista, que manteve a terra nas mãos dos grandes proprietários que conseguiram mão de obra assalariada barata face à inexistência para o escravo de uma opção que não fosse vender sua força de trabalho aos antigos senhores. O fato do jogador do Barcelona e da Seleção Brasileira afirmar que o combate ao racismo ter que ser feito de forma “irreverente e sem ódios, sempre pela positiva”, na verdade visa tirar o conteúdo de classe da denúncia do racismo patrocinado pela classe dominante, que tem como alvo o proletariado negro. Não por acaso, a mesma acumulação originária do capitalismo que aprisionou o negro na África e o escravizou no Brasil, joga-o nas favelas e cortiços das cidades, explorando-o nas indústrias, utilizando-o como exército de reserva para pagar menores salários. Hoje, como ontem, os trabalhadores negros continuam lutando ao lado de seus irmãos de classe pela verdadeira abolição da escravidão, que só pode vir pela liquidação do modo de produção capitalista e não pela via de sórdidas campanhas hipócritas patrocinadas pela classe dominante e suas abjetas celebridades.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O pilantra Gustavo ao lado de seu novo chefe

A trajetória venal de Gustavo Vera ou quanto custou ao Vaticano comprar um “quadro” revisionista

Gustavo Vera, que também atendia pelo seu codinome político de Sérgio Romero como era mais conhecido quando dirigia o “Partido Bolchevique” argentino na década de 90, foi eleito vereador na capital Buenos Aires na última eleição parlamentar (2013) graças ao decidido apoio (material e político) do Papa Francisco. Não seria nenhuma surpresa que o novo Papa argentino procurasse construir em seu próprio país uma corrente partidária que lhe servisse de apoio político para suas demagógicas iniciativas “eclesiais”, afinal o cardeal portenho Bergoglio teve uma longa “ficha” de suporte à ditadura militar. A grande “surpresa” foi se utilizar justamente de um “quadro” revisionista do Trotsquismo para esta tarefa nada “angelical”. Gustavo Vera dissolveu seu agrupamento revisionista no início da década passada e desde de então vem oferecendo seus “serviços” de militante a várias frações políticas da burguesia, iniciando pelo Kirchnerismo até chegar na oposição conservadora onde acabou se abrigando na arquidiocese portenha. Para tanto, Gustavo, como todo pilantra de “esquerda”, fundou uma ONG (fundação Alameda) que supostamente tem suas atividades focadas no combate ao tráfico de pessoas e ao trabalho escravo. A LBI fez parte de uma mesma tendência internacional com o “PB” argentino por cerca de três anos, quando resolvemos romper publicamente as relações políticas em 1998, em razão do profundo oportunismo programático de Gustavo (então Sérgio Romero) travestido de um “obreirismo ortodoxo”. Naquele período já delimitávamos com este falso “esquerdismo” que advogava um giro proletário absoluto do partido em detrimento da formação de quadros dirigentes (incluindo os de origem social pequeno burguesa), formados no criterioso estudo da teoria do Marxismo Leninismo.

Pentágono ordena que “rebeldes” retomem a ofensiva contra Assad na Síria para reforçar uma “segunda frente” no conflito político-militar com a Rússia

Os combates na Síria voltaram a ganhar os noticiários da TV e as manchetes dos jornais. Na semana passada houve uma explosão “cinematográfica” de um hotel em Aleppo pelos “rebeldes” que deixou mais de 20 soldados das FFAA mortos e também foi amplamente noticiado fortes combates nas Colinas de Golã, onde os mercenários tem o apoio do enclave sionista de Israel para combater o exército nacional sírio. Esse “repique” da guerra civil às vésperas da eleição presidencial na Síria (marcada para 03 de junho) está diretamente relacionado aos acontecimentos na Ucrânia. O imperialismo ianque deseja retomar a frente de guerra na Síria justamente no momento em que a Rússia (aliada do governo Assad) está ocupada política, militar e diplomaticamente na questão dos enfrentamentos no Leste da Ucrânia. Na verdade, o plano estratégico do Pentágono visa reforçar o cerco à Rússia através do incremento das forças da OTAN na Eurásia, instalando novas bases militares na Lituânia e debilitar o poder bélico russo na Síria, que tem uma base estrategicamente localizada no Mar Mediterrâneo. O atual “ponto de equilíbrio” no cenário mundial deve ser rompido na próxima gestão republicana na Casa Branca, quando os falcões ianques partirão com tudo contra a Síria, Irã e mais estrategicamente contra a Rússia e a China. Os recentes acontecimentos na Ucrânia, com o recuo de Putin no apoio aos referendos das “repúblicas populares” de Donetsk e Lugansk (que ocorreram contra a vontade oficial de Moscou decidindo massivamente pela independência) demonstra as limitações dos governos burgueses nacionalistas como Assad e Putin, reafirmando mais uma vez que somente os trabalhadores podem apontar uma saída revolucionária para o “impasse” a que se chegou na Ucrânia e na Síria.

sábado, 10 de maio de 2014


15M: Imprimir ao Dia Mundial contra a Copa uma perspectiva socialista em apoio às lutas dos trabalhadores contra o regime da democracia dos ricos!

Neste 15 de maio está marcado o Dia Mundial de luta contra a Copa do Mundo. O 15M ocorrerá simultaneamente em várias cidades do país e tende a polarizar a conjuntura na medida em que uma série de greves de importantes categorias (rodoviários, servidores das universidades públicas, professores) e mobilizações populares, particularmente contra a repressão da PM tomaram conta do país nas últimas semanas. O sentimento de repúdio popular contra a farra milionária montada pelo governo Dilma e as oligarquias regionais que controlam os governos nos estados vem ganhando força entre os trabalhadores às vésperas do mundial da FIFA, apesar do futebol ser incontestavelmente uma paixão nacional. O sucateamento dos chamados “serviços públicos” (notadamente saúde e educação) abriu um enorme fosso no “país do futebol” entre o gosto popular por este esporte e as péssimas condições de vida do nosso povo. Neste cenário, a ampla divulgação e propaganda de um programa revolucionário é uma obrigação dos marxistas revolucionários, ainda mais em um momento em que a candidatura do PT à reeleição cai nas pesquisas e a direita se “assanha” diante da certa realização do segundo turno na disputa presidencial. De agora até a abertura da Copa (em 12 de junho) mais protestos populares vão sacudir o país, cabendo os lutadores intervirem nestas lutas para construir uma alternativa revolucionária que denuncie o conjunto do regime da democracia dos ricos, rechaçando inclusive a tentativa do PIG, da direita demo-tucana de tentar usar o sentimento popular que vai ganhando corpo contra a Copa para se catapultar na disputa eleitoral. Desde a LBI militamos para que a luta contra a mafiosa FIFA e seu mundial feito sob medida para as elites dominantes engordarem ainda mais seus bolsos à custa do suor e sangue dos trabalhadores seja um ponto de apoio para a ação direta dos trabalhadores contra os ataques dos patrões a seus direitos. Por isso é fundamental a tarefa da delimitação política com a direita burguesa que mesmo “faturando” bilhões com a Copa pretende sabotar o evento para capitalizar eleitoralmente o desgaste do governo Dilma. Para os Marxistas trata-se exatamente do inverso, ou seja, de denunciar ativamente o conjunto do modo de produção capitalista, que para acumular capital em época de crise financeira “fabrica” os megaeventos bancados pelo caixa do Estado burguês.

sexta-feira, 9 de maio de 2014


Resgatar o legado da vitória da resistência soviética sobre o nazismo para combater a atual ofensiva imperialista

No dia 8 de maio de 1945, se aproximava o fim a Segunda Guerra Mundial com a rendição incondicional da Alemanha nazista, no quartel do general soviético Vasili Ivanonovich Chuikov, em Berlim. Em quase seis anos de conflito, mais de 50 milhões de vidas foram exterminadas como consequência direta das sangrentas batalhas, dos bárbaros assassinatos nos campos de concentração nazistas e dos hediondos massacres contra a população civil, como as bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasaki. As comemorações dos 69 anos da derrota do nazismo hoje são crivadas pela iminente guerra na Ucrânia e pelo retorno do fascismo na região, patrocinado atualmente pelo imperialismo ianque. Um exemplo de como agem estas hordas reacionárias foi o incêndio à União dos Sindicatos na cidade de Odessa, quando o Setor Direito matou mais de 40 militantes ligados ao PC da Ucrânia e a outros grupos de esquerda. Apesar dos “historiadores” a soldo do capital buscarem falsificar a história, a derrota do nazismo foi efetivamente uma vitória militar do Exército Vermelho. A campanha militar de Hitler não havia sofrido um só revés até dezembro de 1941, quando fracassou a tentativa de conquistar Moscou. Porém, a batalha decisiva da Segunda Guerra só ocorreu no ano seguinte, Stalingrado. Em agosto os alemães fizeram a primeira investida contra a cidade com pesados bombardeios. Mas os combates que determinaram a derrota nazista ocorreram a partir de novembro. Em 30 de janeiro de 1943, no décimo aniversário de sua ascensão ao poder, Hitler, fazendo um solene pronunciamento pelo rádio, declarou: “Daqui a mil anos os alemães falarão sobre a Batalha de Stalingrado com reverência e respeito, e se lembrarão que a despeito de tudo, a vitória da Alemanha foi ali decidida”. Três dias depois (02/01) o marechal Von Paulus assinava a rendição do 6º Exército alemão diante do General Chuikov, comandante das tropas do Exército Vermelho em Stalingrado. Nos dias atuais, é fundamental resgatar o legado da vitória da resistência soviética sobre o nazismo para combater a atual ofensiva imperialista, postando-se no campo político e militar das “repúblicas populares” do Leste da Ucrânia para derrotar o governo nazifascista imposta em Kiev (como fizeram os trabalhadores do país na Segunda Guerra Mundial) a fim de avançar para a construção de Repúblicas Soviéticas através da expropriação da burguesia restauracionista.

quarta-feira, 7 de maio de 2014


Há dezenove anos da ruptura revolucionária com o revisionismo
de Causa Operária era fundada a LBI:
Uma “necessidade histórica” para o reagrupamento da vanguarda comunista no Brasil


Vladimir I. Lenin nos ensinou que uma ruptura política e orgânica somente poderá ser justificada historicamente, no interior de um partido revolucionário, quando este ultrapassa inteiramente a fronteira de classe (proletária) passando a assumir posições políticas diretamente vinculadas a uma das frações da burguesia ou mesmo do imperialismo. Foi assim que, mesmo rompido organizativamente (não confundir com organicamente, no que diz respeito ao programa) com o menchevismo desde 1903, Lenin e sua fração bolchevique do POSDR só vieram proclamar o nascimento de uma nova organização política, o Partido Bolchevique, somente em 1912, em razão da capitulação dos mencheviques, que assumiram abertamente o apoio à burguesia russa às vésperas da eclosão da I Guerra Mundial. Esta posição menchevique significou uma traição de classe, muito mais além do que um erro tático conjuntural, representava a necessidade da completa ruptura entre as frações menchevique e bolchevique. Lenin não vacilou nenhum momento nesta tarefa e proclamou a formação do novo partido revolucionário. O apoio político integral dado por Causa Operária (hoje PCO), seguindo a mesma linha do seu “progenitor” programático, o Partido Obrero (PO) da Argentina, à reunificação capitalista da Alemanha (anexação imperialista do Estado operário burocratizado da RDA), assim como posteriormente a frente única que estabeleceram com o bando de Yeltsin no contragolpe que destruiu a União Soviética em 1991, significaram a passagem definitiva do PCO para o outro lado do rubicão de classe, neste caso concreto, para o campo do imperialismo, que festejou a destruição dos Estados operários deformados, como o “fim da história”, desencadeando a maior ofensiva militar, econômica, política e ideológica contra os povos do planeta, no limiar da barbárie capitalista. Como polícia suprema do planeta, sob o esteio do fim do Pacto de Varsóvia, o imperialismo ianque teve as “mãos livres” para invadir, bombardear e saquear países, recolonizar economicamente continentes inteiros, impondo seus planos de “ajuste” neoliberal, que tanto produziram precarização, desemprego e miséria em nossa América Latina, África e Ásia, além de usurpar conquistas operárias históricas, inclusive no seio de países imperialistas, como na Europa. A destruição contrarrevolucionária dos Estados operários, e mais particularmente da URSS, não significou apenas a perda de conquistas sociais para o proletariado destes países, adquiridas a partir da revolução socialista de 1917 na Rússia, como o pleno emprego; saúde, educação e habitação gratuitas (garantidas constitucionalmente), monopólio do comércio exterior etc., mas também para o proletariado mundial representou o aumento brutal dos ritmos de produção, privatizações, aumento do desemprego etc. Foi a consequência direta da hegemonia absoluta assumida pelo imperialismo no cenário mundial a partir do início dos anos 90.

terça-feira, 6 de maio de 2014


Santos apresenta a eliminação das FARC obtida pela via das “negociações de paz” como credencial ao imperialismo para garantir sua reeleição na Colômbia

“Votar pela Paz!”. Este é o principal slogan da candidatura à reeleição do genocida Juan Manuel Santos a presidente da Colômbia. Como pode se observar, ele usa as “negociações” com as FARC para garantir sua manutenção no governo, já que enfrenta em 25 de maio um candidato apoiado pelo ex-presidente Uribe, Óscar Iván Zuluaga. Santos lidera as pesquisas eleitorais com 28,3% das intenções de voto, seguido pelo candidato de Uribe com 16% e Enrique Peñalosa 15,7%, da Aliança Verde. Por último nas pesquisas está a candidatura do Polo Democrático Alternativo que se coligou com a União Patriótica (UP), Clara López, também apoiada pela ex-senadora Piedade Córdoba. A disputa deve ir para o segundo turno, polarizando o país pela direita, já que enquanto finge negociar com a guerrilha, o exército de Santos já assassinou quase 150 militantes das FARC e estabelece relações militares estreitas com a OTAN. Mas até o teatro em torno das “negociações de paz” é questionado por Uribe, eleito senador nas eleições parlamentares de março, quando o “novo” partido que criou - o Centro Democrático - alcançou uma expressiva votação, sendo a maior força isolada no Senado e a segunda na Câmara dos Deputados. Não resta dúvida que Santos e Uribe são dois lados da mesma moeda na política de eliminação física e política da FARC patrocinada pelo imperialismo ianque, sendo o atual presidente partidário de uma orientação que está sendo bem mais sucedida que a do chacal Uribe, de quem foi ministro da defesa, já que vem neutralizando tanto a guerrilha como a própria “esquerda” colombiana. Prova disso é que o Polo Democrático e a UP, apesar de na provável disputa em segundo turno declararem que não apoiarão oficialmente Manuel Santos, tendem a “liberar” seu eleitoral em um sinal explícito de simpatia pela política de “negociações de paz” levada a cabo pelo atual presidente, posição que tem o aval da própria FARC. Nesse sentido, a direção da guerrilha vem cada vez mais apostando em uma ilusória solução negociada para o enfrentamento que já dura várias décadas. Tanto que as FARC anunciaram que pretendem formar um partido político depois que for firmado o acordo de paz em negociação com o governo colombiano comandado por Santos. A história está prestes a se repetir na Colômbia, desta vez como uma segunda tragédia, posto que as FARC parece ter esquecido o desastre do passado quando se “converteu” em partido institucional, em nome da “paz” e teve a maioria de seus quadros dirigentes assassinados pelo regime burguês.

segunda-feira, 5 de maio de 2014


Proposta do PSTU para “engolir” Randolfe e qualquer vice indicado pelo PSOL: Abrir a coligação eleitoral no Rio

A Frente de Esquerda, originalmente montada em 2006 sem o menor critério de classe para apoiar a candidatura da ex-senadora Heloísa Helena ao Planalto, vive hoje momentos “difíceis” com a recusa do PSOL em abrir a coligação no Rio para seus outros parceiros, PSTU e PCB. Considerado o “pote de ouro” eleitoral para o PSOL o estado do Rio pode “fornecer” ao partido pelo menos três parlamentares federais, uma “oportunidade” única que não pode ser em hipótese alguma compartilhada com as outras organizações da Frente de Esquerda, segundo a ótica de Ivan Valente e seu agrupamento. Até este ponto da “equação eleitoral” nenhuma surpresa, “novidade” mesmo foi a deslavada proposta do PSTU para “engolir” a candidatura burguesa do senador Randolfe e abrir mão da indicação de um vice Morenista na chapa presidencial: “Reivindicamos a abertura da coligação no Rio”. A oportunista proposta do PSTU acabou “vazando” pelas informações dadas por Ivan Pinheiro da direção do PCB e pelo próprio presidente nacional do PSOL, Luiz Araújo, que obviamente rejeitou o “pedido” de formar uma coligação de “esquerda” no estado fluminense. Segundo Ivan Pinheiro, o PCB não “rastejará” por uma vaga em uma possível coligação com o PSOL, já que seu partido está empenhado em impulsionar uma frente política anticapitalista, baseada na ação direta e não nas próximas eleições. Está bastante claro para qualquer ativista classista que uma frente política encabeçada por uma figura degenerada como Randolfe (amigo “íntimo” dos Demos-Tucanos no Congresso) e com um programa neoliberal como o do PSOL não poderá se conformar nunca uma Frente realmente de esquerda e anticapitalista. Porém, para o PSTU, para além da demagogia que faz para a “sua plateia”, a questão central não é o programa ou a composição política e social de uma possível aliança eleitoral, mas sim o cálculo oportunista que lhe permita eleger um parlamentar. Neste afã de cretinismo parlamentar, os Morenistas já trabalham com o “plano B” colocado na mesa pelo PSOL, permitir pelo menos a coligação entre os dois partidos revisionistas no Rio Grande do Norte abrindo chances para a eleição da vereadora Amanda Gurgel para a Câmara dos Deputados. Neste cenário o PSTU se comprometeria a não atacar Randolfe e tampouco sua plataforma burguesa em troca da “janela” aberta “generosamente” pelo PSOL...

domingo, 4 de maio de 2014


Assembleia do STAP: Pela greve geral dos servidores municipais de Guarulhos contra o arrocho salarial imposto pela Prefeitura do PT!

Ano após ano, os servidores municipais de Guarulhos vem sendo lesados pela política de reajuste salarial miserável aplicada pela gerência petista contra os trabalhadores desde os tempos de Elói Pieta, que já vinha dando sequência às administrações neoliberais de seus predecessores como o bandido Jovino Candido do PV e a “famiglia” Thomeu na cidade. Os trabalhadores não esperavam tamanha traição de Sebastião Almeida, atual prefeito do PT, uma vez que este havia sido sindicalista e presidido inclusive o próprio STAP (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos). Mas como o PT há muito se tornou um partido da ordem burguesa, não representa e muito menos defende os interesses de nossa classe, não poderíamos esperar outra coisa senão mais ataques aos trabalhadores para beneficiar os magnatas do capital. Por outro lado, os trabalhadores estão sendo traídos pela direção pelega do STAP/Força Sindical, que há anos encastelados no sindicato da categoria, são os auxiliares na precarização das condições de trabalho e vida dos servidores, mostrando a verdadeira face da burocracia sindical, que atua no sentido de frear os trabalhadores enquanto os governos burgueses e a patronal os massacram. A tarefa central neste momento é reorganizar a oposição dos servidores municipais para derrotar a burocracia sindical, com esta orientação os militantes da Tendência Revolucionária Sindical (LBI) estarão na linha de frente desde combate.

quinta-feira, 1 de maio de 2014


Primeiro de Maio: LBI delimitou-se
com os dois atos revisionistas convocando a construção de uma alternativa revolucionária

A cidade de São Paulo foi palco das principais manifestações que marcaram este Dia Internacional dos Trabalhadores no Brasil. O grosso da burocracia sindical dividiu-se entre apoiadores do governo Dilma e dos candidatos da oposição burguesa (Aécio-Eduardo Campos). Através de seus showmícios milionários bancados pelos grupos capitalistas a CUT fez campanha pela reeleição da “gerentona” petista e a Força Sindical (FS) engrossou o coro do tucanato. Os revisionistas também trataram de fazer atos políticos separados competindo em seu programa de reformas do capitalismo a fim de democratizar o regime político burguês. PSTU, PSOL e seus satélites (LER, POR) realizaram uma manifestação esvaziada na Praça da Sé junto com as Pastorais Sociais da reacionária Igreja Católica. O PCO reuniu-se na Quadra do Sindicato dos Bancários-SP (controlado pela máfia da Articulação) em uma panaceia despolitizada e amorfa formada por uma pequena plateia de “delegações”, com direito a ônibus fretados e diárias pagas, sem qualquer relação real com o movimento de massas e sua vanguarda mais combativa. Além de denunciar a farsa pró-patronal montada pela CUT e a FS, a LBI delimitou-se com os dois atos revisionistas que ocorreram na capital paulista. A pequena, porém, aguerrida militância de nossa corrente política distribuiu nestas duas atividades o manifesto “Nem levantar o ‘fantasma’ da ameaça do golpe, Nem apoiar o eleitoralismo de ‘esquerda’! Por um Primeiro de Maio internacionalista de luta contra a ofensiva imperialista sobre os povos!”, abrindo um importante debate com vários ativistas que representam os setores mais conscientes dos trabalhadores. Como nos ensinou Trotsky um debate político se ganha com a “justeza das ideias e não com o número de pessoas que um aparato possa juntar”, neste sentido a LBI pode-se considerar “vitoriosa” neste Primeiro de Maio apontando o único caminho estratégico correto para a classe operária derrotar a brutal ofensiva imperialista em curso na conjuntura mundial.

Candido Alvarez, Secretário Geral da LBI, na banca do JLO
na Praça da Sé junto à militância da regional de São Paulo