sexta-feira, 14 de março de 2014


Na luta pela efetivação do Piso dos professores, LBI intervém nas assembleias gerais denunciando a greve nacional de “mentirinha” organizada pela burocracia sindical cutista. Preparar uma verdadeira greve geral da educação!

Ocorreu nesta quinta-feira (13/03) a assembleia geral dos trabalhadores em educação convocada pela arquipelega direção da APEOC, a primeira a ser realizada desde o final da greve de 2011. Apesar de não contar com a participação massiva da categoria, fruto do rescaldo das últimas derrotas, os cerca de 500 professores (as) presente demonstraram muita disposição de luta e revolta contra a política de traição da burocracia sindical governista da APEOC. Logo no início da assembleia, a direção da APEOC lançou mão do seu arsenal de manobras burocráticas, colocando em votação, sem qualquer discussão, a posição de referendar a midiática e lobista “greve nacional da educação” de apenas três dias convocada pela direção “chapa branca” da CNTE/CUT. A conduta de acabar com o menor resquício de democracia operária na assembleia, refletindo o desespero da burocracia governista temerosa de ser atropelada pela base, acirrou ainda mais a justa “puteza” da categoria, gerando um princípio de conflito com “bate-bocas e empurra-empurra” entre os ativistas da oposição e os “bate-paus” contratados pela direção da APEOC.

Apesar do cerco burocrático, a Oposição de Luta (TRS/LBI) conseguiu intervir na assembleia através da distribuição de centenas de boletins e da falação do companheiro Antonio Sombra (ver vídeo) denunciando politicamente o caráter farsesco da “greve nacional da educação“ promovida pela governista CNTE, como apenas mais uma medida de lobby parlamentar com a finalidade de aprovação do famigerado PNE, que a rigor, não passa de um mecanismo de transferência de recursos públicos para os tubarões do ensino privado criado pelo governo da frente popular da “gerentona” Dilma Rousseff. Alertamos ainda, que o pseudo e midiático movimento de greve nacional da educação dos dias (17, 18 e 19/03), típicos dos dias de Luta sem Luta, convocados pelas centrais paraestatais CUT e CTB, é na verdade, ao contrário do que vendem estes “charlatães governistas” uma forma de conter e desviar a insatisfação dos trabalhadores para o campo da institucionalidade burguesa e da colaboração de classes. Defendemos, também, a necessidade da construção de uma verdadeira greve nacional da educação por tempo indeterminado, tendo como eixo ao contrario da aprovação do PNE privatista, um aumento emergencial de 50% das verbas para educação a serem aplicadas exclusivamente no ensino público, assim como a implantação de um piso salarial nacional dos professores de R$ 5mil para uma jornada de 20 horas semanais.

Para realizar essa tarefa, o conjunto da categoria nos estados e municípios de norte a sul não tem outro caminho a não ser seguir o exemplo da combativa greve dos garis do Rio de Janeiro que passaram por cima da direção sindical “pelega” e traidora realizando pela base uma mobilização vitoriosa, arrancando dos patrões e do governo municipal praticamente todas as suas reivindicações. Nesse sentido, num ano estratégico de eleições e copa do mundo, está na ordem dia superar a paralisia e a camisa de força impostas pelas direções das centrais e entidades sindicais governistas como a CUT, CTB, CNTE e APEOC para possibilitar a construção de greve nacional da educação como parte da greve geral do conjunto de todos os trabalhadores de todo o país e impor a vitória de nossas reivindicações no enfrentamento direto contra o governo da frente popular e dos demais representantes da burguesia no estado como a oligarquia dos Ferreira Gomes.