segunda-feira, 30 de setembro de 2013


PCdoB abre as portas do partido para a oligarquia Gomes, “novos tempos” onde até os “coronéis” da política burguesa podem virar “comunistas”

A direção nacional do PCdoB decidiu entrar no leilão (às avessas) pela disputa política do ingresso no partido da ultrarreacionária oligarquia Ferreira Gomes, recém-rompida com o PSB, comandado pelo neto do falecido Miguel Arraes. Os Ferreira Gomes tem origem política na velha Arena, onde controlavam a prefeitura da cidade de Sobral, interior do Ceará. O patriarca do clã, Euclides, orientou desde cedo o filho mais velho (Ciro Gomes) a ingressar na juventude da Arena, partido da ditadura militar, chegando a disputar a presidência da UNE em 1980 na chapa da extrema-direita. Depois da morte do pai, o então deputado estadual Ciro deixa os quadros do PDS na campanha das diretas já e filia-se ao PMDB, em conjunto com o grupo liderado pelo empresário Tasso Jereissati. O grupo dos chamados “novos coronéis” (em referencia aos três coronéis que dominaram o estado por mais de 20 anos: Virgílio, César e Adauto) logo domina a política estadual elegendo o governador e prefeito da capital cearense. Saindo do PMDB em 1989 Ciro se converte em um dos fundadores do PSDB, conquistando o posto de ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, é exatamente neste momento que começam suas ambições nacionais. Em 1998 o ex-ministro deixa o PSDB e ingressa no PPS para disputar as eleições presidenciais daquele ano. Com a eleição de Lula em 2002 os Ferreira Gomes decidem se aproximar da Frente Popular, por razões obvias, buscando um abrigo confortável no PSB de Eduardo Campos (Ciro volta a ser ministro desta vez da Integração Nacional). Com a família inteira em postos estatais, os três irmãos Gomes (Ciro, Cid e Ivo) representam hoje o que existe de mais retrógrado e fisiológico na política burguesa nacional, rompem com o PSB justamente para ampliar sua fatia de apropriação do botim estatal, sob a desculpa de “apoiar a reeleição da presidenta Dilma”, a mesma que há pouco qualificavam de “ex-terrorista incompetente”. Os Ferreira Gomes agora buscam comprar por inteiro uma nova legenda nacional vazia, para acomodar os parlamentares e o governador Cid (provavelmente o recém-fundado PROS), receosos de que o PSB exija a restituição dos cargos eletivos, ao mesmo tempo que acenam com a filiação de Ciro e o irmão mais novo Ivo (ambos sem mandato parlamentar) a um partido com algum perfil ideológico. Não para nossa surpresa, os ex-stalinistas do PCdoB resolveram oferecer o partido para o ingresso da corrupta oligarquia Gomes, ou pelo menos para alguns de seus membros, revelando desta forma que o falso “Marxismo-Leninismo” defendido formalmente pelos herdeiros de João Amazonas não passa de um programa social democrata, totalmente adaptado ao regime da democracia dos ricos.

domingo, 29 de setembro de 2013

 
PM reprime professores que ocupavam Câmara Municipal do Rio de Janeiro: Todo apoio a greve dos trabalhadores em Educação! Fora Cabral e Paes! Liberdade imediata para os presos políticos!
No final da noite deste sábado, 28 de setembro, por volta das 21h, o Batalhão de Choque da PM invadiu a Câmara Municipal do Rio de Janeiro e desalojou a força cerca de 200 professores em greve que ocupavam o plenário como forma de protesto contra os ataques promovidos pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). Três professores foram presos e cinco ficaram feridos. A PM do odiado Sérgio “Caveirão” arrombou uma porta lateral da Câmara Municipal e recorrendo a extrema violência expulsou os manifestantes. Foram usadas armas de choque. Do lado de fora da Câmara, trabalhadores que apoiavam os professores e funcionários da ocupação (a maioria formada por mulheres), foram atingidos por bombas de efeito moral, bombas de gás, gás de pimenta e cassetetes. Para marcar o repúdio contra os ataques dos governos Paes, Cabral e contra a violência da PM assassina, os professores da rede municipal de educação promoverão neste domingo, 29, um protesto na porta da Câmara de Vereadores. O ato está previsto para ter início às 10h, bem em frente à entrada lateral do prédio, onde parte da categoria se encontra acampada desde quinta-feira.


Merkel no seu terceiro mandato: Ditadura do neoliberalismo ou paraíso da democracia?

No último domingo, 22 de setembro, a chanceler conservadora alemã Angela Merkel foi reeleita para seu terceiro mandato consecutivo através da coalizão “União” formada pela União Democrata-cristã (UDC), a Democracia Cristã (CDU) e a União Social-cristã (CSU). A “União” obteve 41,5%, contra 25,7% da PSD (Social Democracia), o que lhe conferiu 311 assentos no Bundestag (Parlamento) do total de 630. Em que pese a vitória, a coalizão de Merkel não atingiu a maioria, sendo obrigada a “negociar” com a oposição. Os Verdes receberam 8,3% dos votos, a esquerda “Die Linke” 8,6%. Como não poderia deixar de ser, a mídia “murdochiana” e o “mercado” internacional logo aplaudiram efusivamente a reeleição da Sra. Merkel, a qual na verdade foi cimentada na dura política de austeridade e a custa do enorme sacrifício do proletariado alemão que vem pagando a conta da crise financeira que abala o Velho Continente. Os severos anos de “ajuste” visando dar estabilidade ao Euro através do férreo controle do Banco Central Europeu (BCE) favoreceram de forma significativa os ganhos de uma classe média extremamente conservadora e o incremento dos lucros das grandes empresas e banqueiros como há muito não acontecia, setores dos quais vieram o grosso dos votos. A Alemanha, diferentemente dos outros países europeus que entraram em ebulição social devido à crise econômica, passou praticamente incólume ao mesmo processo. Espanha, Portugal, Grécia, Itália, Irlanda foram obrigados a recorrer aos fundos do Euro controlados pela Alemanha, possibilitando que em plena crise econômica europeia conseguisse alçar voos maiores em cima da “desgraça de seus parceiros” no Continente. Em comum Merkel e os governos europeus tem a drástica espoliação de seus proletariados que em função da política neoliberal foram com o passar dos anos sendo subtraídos de direitos e conquistas, cristalizando governos cada vez mais ditatoriais como o atual que tende a aprofundar os ataques à classe trabalhadora alemã e europeia com a ajuda dos socialdemocratas no período que se avizinha.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013


Há cinco anos da quebra do Lehman Brothers o FED continua socorrendo a burguesia ianque... e também a brasileira!

No dia 15 de setembro de 2008 era anunciada como uma “bomba” a quebra financeira do quarto maior banco de investimentos norte-americano, o Lehman Brothers. Era o “alarme” do chash financeiro anunciando que a crise dos títulos “Sub-prime” que afetara o mercado bursátil de Wall Street contaminava também o poderoso setor financeiro ianque. Em poucos dias, naquele “setembro negro”, tomou conta no mundo inteiro um clima de “catástrofe” econômica que levaria pânico a todos os mercados, desde as semicolônias até os centros imperialistas. Logo os boatos davam como certa a falência de grandes complexos industriais, como a General Motors por exemplo, de imediato ocorreu uma interrupção do fluxo financeiro internacional levando a uma abrupta retração do crédito, instalando-se uma recessão global generalizada. Somente dois “ícones” do capitalismo financeiro pareciam passar incólumes pela crise de 2008, o Dólar que apresentou robustos índices de alta e os próprios títulos do Tesouro norte-americano que continuaram atrair as reservas monetárias das principais economias do planeta. Para os marxistas revolucionários era um claro sinal de que a economia imperialista dos EUA estava bem distante de “colapsar” e que o “armagedon final” tanto difundido pelos rentistas e barões da indústria era uma manobra midiática para amealhar centenas de bilhões de dólares do botim estatal ianque. A esquerda revisionista logo “comprou” a versão do iminente “apocalipse” do regime capitalista, chegando a anunciar que o imperialismo não conseguiria sobreviver (política e economicamente) até o final de 2009. Quem pode esquecer os inúmeros artigos da imprensa da LIT, UIT ou mesmo da FT (PTS argentino) anunciando que: “muito em breve nossas seções nacionais terão milhares de militantes e deverão estar preparadas para tomar o poder” (PO, 10/2008). A LBI foi a única organização marxista a caracterizar cientificamente o fenômeno do crash financeiro de 2008, como o momento final de uma onda larga de expansão capitalista, iniciada logo após a crise dos mercados (“tigres”) asiáticos na década de 90. Alertamos que o modo de produção capitalista ainda detinha uma série de recursos para a recomposição parcial de suas taxas de lucro, mesmo seguindo sua tendência histórica irreversível de estancamento das forças produtivas. Passados cinco anos do ápice da crise econômica, o imperialismo master mostrou que não naufragou no abismo abissal vaticinado pela esquerda revisionista, as enormes reservas financeiras do Estado capitalista funcionaram como “salvaguardas” para os trustes ianques se recomporem e até alavancarem seus negócios. Aos que ficaram “surpresos” com o papel jogado pelas instituições estatais na recuperação dos oligopólios privados, o “velho” Marx já respondia a esta questão afirmando que o “estado não passa de um comitê central dos negócios da burguesia”.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013


Síria na mira do imperialismo: Obama tenta montar armadilha via “acordo das armas químicas” costurado na ONU

Após o recuo temporário de Obama em sua sanha neocolonialista contra a Síria devido a debilidade dos seus “rebeldes” mercenários em terra, há uma forte pressão, via potências capitalistas que controlam o Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas, para que Assad aceite um acordo pelo fim do seu arsenal de armas químicas. Esta medida pode representar uma armadilha para possibilitar uma futura intervenção imperialista com a chancela da ONU, dando assim suporte internacional, militar e político ao imperialismo ianque, que se encontra isolado em sua aventura belicista. Por esta razão, a Casa Branca busca que a Rússia aceite os termos de uma resolução da ONU para possibilitar a agressão militar sem ser necessária uma nova decisão do CS, caso a Síria descumprisse o acordo. Uma proposta de resolução poderá ser apresentada nos próximos dias ao plenário do Conselho, formado por 15 países. Além disso, os cinco membros permanentes do CS vão se reunir na sexta-feira, 27 de setembro, para discutir uma proposta de conferência de paz. O governo Putin, entretanto, negou que haja um consenso sobre os pontos principais e resiste em aceitar a resolução apresentada pelos EUA que evoque o artigo 7º da Carta da ONU, dando poderes de um ataque militar sem a necessidade de uma nova resolução aprovada pelo CS. Frente a armadilha que está sendo montada pelos EUA, o presidente da Síria, Bashar al-Assad, não descartou uma intervenção dos Estados Unidos contra seu país, apesar das negociações para que Damasco destrua seu arsenal de armas químicas: “A possibilidade de um ataque dos Estados Unidos à Síria sempre estará presente. Em um momento sob o pretexto de armas químicas, em outros momentos por pretextos diferentes” afirmou em entrevista ao canal Telesur nesta quarta-feira. Como já alertamos, o recuo dos EUA visam criar as condições para uma agressão militar com maior apoio internacional, tendo em vista a crise que enfrentam os “rebeldes” derrotados em solo pelo exército nacional sírio.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013


Obstinação presidencial de Campos pode fraturar gravemente o PSB

A executiva nacional do PSB deliberou no final da semana passada por entregar os cargos que o partido detinha no primeiro escalão do governo Dilma, quais sejam o Ministério da Integração Nacional e a Secretaria dos Portos (que detém status de ministério). A inesperada decisão dos “socialistas” partiu da obstinação pessoal do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em lançar a todo custo sua candidatura ao Planalto em 2014. Mesmo contrariando a maioria do PSB, que prefere seguir com o apoio a uma tranquila reeleição da presidenta Dilma, Campos impôs sua vontade ao partido baseando-se no controle que tem da maioria dos diretórios estaduais e da executiva nacional. Mas a “jogada” de mídia do governador pernambucano, que sem dúvida alguma “iluminou” temporariamente sua obscura postulação, sequer será efetivada plenamente, pois o PSB continuará ocupando cargos estratégicos no segundo escalão do governo como as presidências da CHESF e CODEVASF. Também o Secretário dos Portos, Leônidas Cristino provavelmente não deixará o governo, seguindo o caminho dos “padrinhos” da oligarquia Ferreira Gomes que deverão deixar o PSB. Já o ministro Fernando Bezerra só aceitou pedir demissão da pasta da Integração Nacional mediante a promessa de Campos de que ele seria o candidato do PSB ao governo de Pernambuco, decisão que está levando a um “racha” na cúpula do partido no estado. Por outro lado os governadores “socialistas” do Piauí e Espírito Santo declararam que terão muita dificuldade em “trabalhar” o nome de Campos em oposição à candidata do PT à presidência da república. Campos já interveio no diretório regional do Rio, destituindo o prefeito de Duque de Caxias (favorável a Dilma), também está consciente que não contará com o apoio do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda comprometido até a medula com o Tucano Aécio Neves. Como já alertou o secretário geral do PSB, Roberto Amaral, a vaidade política do neto de Miguel Arraes pode levar a destruição do PSB histórico ou mesmo sua vinculação com a direita mais recalcitrante do país, mas isto parece não preocupar o “jovem” Campos. Pelo contrário o atual rumo político do PSB é de distanciamento da Frente Popular, que integrou desde a gênese em 1989 ao lado do PCdoB, a prova “material” deste fenômeno de direitização dos “socialistas” foi a recente filiação da asquerosa oligarquia Bornhausen ao partido.

terça-feira, 24 de setembro de 2013


Dilma na ONU: enquanto critica espionagem ianque, negocia entrega do país aos trustes econômicos norte-americanos!

Jogo de Cena. Assim pode ser analisado o discurso da presidente Dilma Rousseff na Assembleia Geral da ONU que ocorreu nesta terça-feira, 24 de setembro. Sua fala dedicou-se à denúncia da espionagem promovida pela Casa Branca via suas agências de inteligência CIA/NSA. No máximo, propôs que a ONU fiscalizasse o monitoramento de informações pelos EUA, ou seja, nada de concreto. Abordou a espionagem que atingiu a comunicação oficial da presidente e também a Petrobras, entretanto não propôs romper relações comerciais ou mesmo suspender leilões petrolíferos de áreas espionadas, como o do Campo de Libra marcado para 21 de outubro. Tão logo saiu da sede da ONU Dilma e seu staff foram encontrar-se com representantes do governo Obama e empresários ianques para “fechar negócios”... ou melhor, negociatas. Nesta quarta-feira Dilma dedicará sua agenda para “assegurar a investidores norte-americanos que o comércio bilateral não será afetado pelo mal-estar entre os dois países”. A gerentona petista discursará em um seminário sobre oportunidades de investimentos no Brasil, promovido pelo banco norte-americano Goldman Sachs (que representa os especuladores piratas ianques que saqueiam a economia nacional) e falará sobre oportunidades de negócios na área de infraestrutura às vésperas da Copa do Mundo e das Olimpíadas... ou seja, a semicolônia continua de braços abertos para a rapina do “Tio Sam”. Ao mesmo tempo em que joga para a mídia (de olho nas eleições de 2014), criticando o “ataque a soberania brasileira”, Dilma deixou claro que a relação amistosa com o imperialismo ianque não deve ser afetada substancialmente, mesmo sabendo que é Marina Silva a mais nova aposta da Casa Branca para o Brasil, patrocinada pelos “verdes” dólares da oligarquia financeira.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013


PCB “colhe o que plantou” e “descobre” que seu único parlamentar estava trabalhando para o Rede de Marina Silva!

A direção nacional do PCB acaba de anunciar o “desligamento” do vereador de Macapá (único parlamentar do partido em capital), Nelson Souza, que também era membro do Comitê Central. Segundo uma nota pública do PCB “várias informações e publicações que chegaram ao nosso conhecimento, dando conta de que o vereador eleito pelo PCB, em Macapá (AP), Nelson Souza, é um dos principais organizadores de um partido denominado Rede Sustentabilidade nesse Estado e após várias advertências infrutíferas que lhe fizemos a respeito, da parte do Secretariado Nacional do Partido, a Comissão Política do Comitê Central do PCB adota as seguintes decisões: abrir um processo de natureza disciplinar em relação a Nelson Souza, com indicativo de expulsão” (sítio PCB, 20/09). A “surpresa” alegada pela direção do PCB não se justifica, afinal de contas nas eleições para a capital do Estado do Amapá que elegeu Nelson Souza vereador, o PCB integrou a coligação denominada emblematicamente de “Unidade Popular” que além do PSOL e o PPS (!) contou ainda com outras legendas de aluguel da burguesia como PRTB, PMN, PTC e PV. Como alertamos na época, todo discurso acerca do “novo” PCB não passava de uma fraude política, chegando ao ponto do ex-“partidão” se coligar com o arquidireitista PPS, um apêndice venal dos demo-tucanos, antes acusado por Ivan Pinheiro como mais um reles partido da burguesia. Agora o seu vereador, “animado” com a ampliação dos arcos de alianças direitistas estabelecido pela direção nacional do PCB, acabou se bandeando diretamente para o Rede de Marina Silva!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013


Bancários: Fortalecer a greve e construir uma chapa de luta para a APCEF/CE!

Nós, economiários do Movimento de Oposição Bancária (MOB), chamamos os lutadores da categoria a fortalecer a greve pelas nossas justas reivindicações e a construir uma chapa de oposição para disputar a eleição da diretoria da APCEF/CE, prevista para ocorrer até dezembro/2013. Iremos lançar uma chapa para enfrentar a burocracia “chapa branca”, lutaremos para romper a apatia da categoria e vamos tentar expressar a insatisfação na base contra os ataques do governo Dilma às nossas condições de trabalho e para se opor ao arrocho salarial. A eleição será no final do ano, estamos agora nos piquetes e reuniões de esclarecimentos nas agências sobre a paralisação nacional colhendo os nomes dos ativistas da CEF para montar a chapa de luta classista. Portando, é preciso construir uma oposição combativa, de luta e pela base para derrotar a burocracia sindical da CUT-CTB, capachos do governo Dilma que emperra nossa luta e acabam favorecendo os patrões! Sabemos que atravessamos uma conjuntura extremamente difícil para os bancários na medida em que as “jornadas de junho” findaram-se sem abalar o regime político burguês, o que acabou por não fortalecer as campanhas salariais que se iniciaram no mês de setembro. Ao contrário, as três categorias em luta neste segundo semestre (bancários, correios, metalúrgicos) estão com suas campanhas salariais fragilizadas e, na verdade, aquém das que ocorreram no ano passado, ou seja, tudo diferente do que previa PSTU-PSOL. A correlação de forças entre as classes sociais continua exatamente a mesma, ou seja, o proletariado em completa defensiva diante da ofensiva capitalista neoliberal como antes de junho. Do ponto de vista do regime político vigente não ocorreu o menor abalo em nenhuma das instituições burguesas, o governo petista já recuperou a popularidade temporariamente perdida e a oposição burguesa conservadora em nada avançou em seus planos reacionários de recuperar a presidência nas eleições de 2014, como vimos no fiasco das manifestações do 7 de setembro. Na verdade, a ausência de uma direção classista nas “jornadas de junho” abriu espaço até mesmo para a direita reacionária tentar “pautar” as mobilizações, o que levou o movimento para um impasse político e arrefecimento da luta de massas, como vemos hoje em nossa campanha salarial, cuja marca é a apatia e o descrédito.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013


Para que novos Sabra e Shatila não se repitam: defender a Síria da agressão imperialista e de seus “rebeldes”, aliados de Israel e inimigos do povo palestino!

Durante três dias, entre 16 a 19 de setembro de 1982, foi desferido o mais sangrento genocídio contra o povo palestino da história. Ainda está presente na memória dos palestinos e dos revolucionários que apoiam sua causa a ação covarde das Falanges maronitas (aliadas de Israel) contra os campos de refugiados de Sabra e Shatila no oeste de Beirute, Líbano, em meio à guerra civil deflagrada após o assassinato de um líder da extrema-direita cristã. Neste contexto de guerra, Israel invade o Líbano em junho de 1982. Poucos meses depois iria consumar um ato nitidamente inspirado nos métodos nazistas de extermínio, um ataque surpresa a uma população completamente desarmada, sem qualquer poder de se defender ou de reação. Os campos de refugiados palestinos foram invadidos pelas falanges da extrema-direita cristã explicitamente estimuladas pelo exército israelense que “garantia a salvaguarda” dos palestinos. Guardadas as diferenças, as falanges cristãs do passado podem ser comparadas aos “rebeldes” mercenários islâmicos de hoje que atuam na Síria. À época, sob o comando do facínora genocida Ariel Sharon, os sionistas forneceram armamentos pesados, sinalizadores para iluminar os caminhos da invasão, tanques etc... o mesmo que as potências imperialistas fazem hoje com os “rebeldes”. Tanques Merkeva, que partiram de Israel, cercavam os dois campos de (concentração) refugiados palestinos, impediam que crianças, mulheres grávidas, idosos e outros civis escapassem do massacre. Foram mais de 62 horas de um terror extremo, sem precedentes na história contra uma população indefesa, cujo resultado foi o assassinato de aproximadamente 3.500 civis que já viviam em uma situação de miséria e abandono. Uma típica política de extermínio étnico, uma vez que se trataram de execuções sumárias com requintes de crueldade: estupros, facadas (degola), tiros na nuca, esquartejamentos... O pretexto para um crime desta magnitude foi o assassinato do líder falangista Bachir Gemayel poucos dias antes supostamente – nunca comprovado – por um palestino. O genocídio não poder ser encarado como um fato isolado: envolveu um enorme operativo de guerra, um jogo “diplomático” articulado desde a Casa Branca e o enclave militar de Israel. Para que não ocorram novos massacres como o Sabra e Shatila, nossa tarefa é defender a Síria da agressão imperialista e de seus “rebeldes”, aliados de Israel e inimigos do povo palestino, já que o ELS recebe armas e munições do enclave sionista e informações do Mossad!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Leia o Editorial do Jornal Luta Operária nº 265, 1ª Quinzena de Setembro/2013

Virada apertada no STF em favor de José Dirceu é produto da permanência da “gerentona” no Planalto até 2018

Após liquidar o futuro político dos dirigentes históricos do PT, como Dirceu, Genuíno e Delúbio, o STF agora parece que irá recuar do propósito inicial de encarcerar os chamados “mensaleiros” no presídio da Papuda em Brasília. Na próxima quarta-feira (18/09) o decano da Corte Maior, ministro Celso de Mello, desempatará uma votação apertada de 5 votos a favor dos embargos infringentes contra 5 votos contrários. Como juiz mais antigo do Supremo indicado ainda por Sarney, Celso de Mello que na primeira fase do julgamento do “Mensalão” atuou como porta voz do PIG na vanguarda das acusações mais absurdas contra os dirigentes do PT, agora emitiu claros sinais de que admitirá os recursos que possibilitarão a redução de pena dos acusados da Ação Penal 470, livrando os réus do regime penitenciário fechado. A “virada” do STF em favor de Dirceu, ainda que com um placar muito apertado, é produto direto da consolidação do projeto político que conduzirá a reeleição da presidenta Dilma, somado à conquista da hegemonia interna no próprio PT. A desmoralização política dos dirigentes da Articulação foi patrocinada por uma aliança de interesses, que uniu desde a anturragem Dilmista, passando pelos magistrados reacionários do STF até os grandes barões da mídia “murdochiana”. Com a “tarefa” cumprida, após o dantesco espetáculo do julgamento da farsa do “Mensalão”, o conluio formado resolveu “suavizar” a condenação dos dirigentes petistas na certeza de que estes estarão fora das decisões do próximo governo da Frente Popular. Neste cenário a anturragem Dilmista fica ainda mais à vontade para aprofundar o curso ultraneoliberal da próxima “gerência” estatal petista.

Parceiros de Janira, morenistas do PSTU/CST são “generosos” com a deputada do PSOL ao mesmo tempo que exigem “mão dura” do STF contra Dirceu

Dias depois das denúncias contra a deputada estadual Janira Rocha (PSOL-RJ) terem “ganho” ampla cobertura na mídia, com direito a “reportagens” de cunho policialesco no Jornal Nacional, PSTU e CST se pronunciaram sobre o caso. Apesar de reconhecer que existem “problemas” no mandato de Janira, o PSTU saiu em sua defesa afirmando “frente às informações disponibilizadas até este momento e amplamente divulgadas pela mídia, não podemos deixar de manifestar nossa opinião frontalmente contrária à verdadeira campanha desencadeada contra a deputada por alguns de seus pares na ALERJ e por setores da mídia. Trata-se da uma campanha a serviço da defesa da cassação do seu mandato em função de informações de que ela teria usado recursos de um sindicato – o SINDSPREV/RJ - em sua campanha eleitoral. Este motivo não justificaria a medida proposta... Deputados corruptos a serviço de um governo de estado corrupto não têm a mínima moral para discutir sobre esses temas” (Sobre as acusações contra a Deputada Janira Rocha do Rio de Janeiro, 12/09, sítio PSTU). Em resumo, a ALERJ não seria o fórum “apropriado” para discutir os desvios de verbas do SINDSPREV para o PSOL, via o mandato de Janira Rocha. Ainda segundo o PSTU, “os problemas do sindicato devem ser resolvidos nas instâncias da entidade, pelos trabalhadores da categoria que ele representa. Apenas eles têm legitimidade para decidir o que deve ser feito na entidade e para adotar medidas em relação a seus dirigentes”. A CST foi mais incisiva “Não aceitamos que a burguesia, a Globo, a Veja, os Governistas, a ALERJ ou qualquer instituição burguesa - que utilizam esquemas mafiosos para governar para os ricos - julguem Janira e o PSOL” (Nota da CST sobre a deputada Janira e o PSOL-RJ, 12/09). Como observamos, para PSTU e CST, a ALERJ e a justiça burguesa não podem julgar Janira, mas quando se trata do PT e do chamado julgamento do “mensalão”... esses ortodoxos principistas viram paladinos da “ética na política”, tanto que defendem que a arquicorrupta Câmara dos Deputados agiu corretamente ao cassar o mandato do então deputado petista José Dirceu, assim como saudaram entusiasticamente o STF por condenar o dirigente da Articulação junto com Genoíno, João Paulo Cunha e Delúbio Saores, envolvidos no que a Globo e a Veja martelam até hoje como o “esquema do mensalão”! Em resumo: para o PT a aplicação exemplar da “lei” da justiça capitalista... para Janira Rocha e o PSOL nenhuma “instituição burguesa” tem legitimidade de julgá-los!!! Como vemos, PSTU e CST têm dois pesos e duas medidas, para estas correntes políticas Janira e o PSOL seriam alvos de uma sórdida campanha difamatória da direita e da burguesia devendo ser defendidos, já o PT, na mira reacionária do PIG e do STF, devem pagar por seus “crimes de corrupção” e seus dirigentes mofar no presídio da Papuda! Trata-se de uma flagrante contradição política dos canalhas revisionistas que, em nome de tirar dividendos eleitorais com o desgaste da frente popular, se somaram à campanha fascistizante da Globo e da Veja contra o PT, enquanto defendem o PSOL da sanha burguesa que tem exatamente o mesmo móvel político direitista: desmoralizar a esquerda, esteja ela dentro ou fora do governo, para recrudescer sua ofensiva reacionária contra o conjunto do movimento de massas no Brasil, como vimos nas recentes prisões dos Black Blocs!

terça-feira, 17 de setembro de 2013


Morre Gushiken: Um militante trotsquista que passou a ser “capo” formulador da política reformista da Articulação

A história política de Luiz Gushiken em muito se assemelha aos “melhores” quadros da antiga OSI, que acabaram abandonando a organização e o próprio Trotsquismo para ingressarem em outros “projetos” que poderiam render bem mais dividendos políticos e materiais. Falecido na última sexta-feira, 13 de setembro, aos 63 anos o ex-ministro da SECOM do governo Lula, em decorrência de um câncer generalizado, doença que vinha lhe consumindo desde 2002. Sua trajetória foi marcada pela militância política de esquerda que se iniciou já no final da década de 70. O “China”, como era conhecido no movimento estudantil, aderiu ao Trotsquismo durante sua militância na USP, sendo um dos dirigentes da tendência “Libelu” (Liberdade e Luta), corrente juvenil impulsionada pela Organização Socialista Internacionalista (OSI), ligada a Pierre Lambert (OCI francesa). A “Libelu” chegou a obter uma significativa influência no final dos anos 70, já que foi a primeira tendência política no movimento de massas a defender a palavra de ordem “Abaixo a Ditadura!” de forma pública e aberta. Como bancário do extinto Banespa participou ativamente das greves contra a ditadura militar, sendo inclusive preso por defender que os trabalhadores deveriam participar dos sindicatos “oficiais” e não desprezá-los como simples “escola do peleguismo”. Por conta da defesa desta orientação, Gushiken rompeu com a OSI (atual corrente “O Trabalho”) que postulava a política sectária e antitrotsquista de “sindicatos livres”, conquistando posteriormente o Sindicato dos Bancários de São Paulo. Logo após sua saída da OSI Gushiken e sua irmã mais nova tiveram um rápido flerte com a Causa Operária (atual PCO), mas rapidamente abandonaram o grupo por considerá-lo pequeno e vazio de quadros, pensamento próprio dos burocratas sindicais. Gushiken chegou a ser um dos fundadores da CUT na condição de presidente do sindicato dos bancários, aproximando-se pessoalmente de Lula (junto com toda uma leva de quadros oriundos de OT), na formação da “Articulação dos 113”, que agrupava o chamado “novo sindicalismo”. Em paralelo, Gushiken se dedicou à fundação do PT e foi eleito deputado federal por três mandatos consecutivos. Na condição de exímio estrategista e brilhante quadro político, foi o coordenador das campanhas eleitorais de Lula em 1989 e 1998. Como ministro de Lula e “conselheiro” da frente popular no Planalto foi até pouco antes de morrer um “capo” formulador da política reformista da Articulação e escapou da acusação de ser um dos petistas que integravam o esquema do “mensalão” na farsa jurídica montada pelo STF.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013


Resposta ao Professor Mário Maestri: A Frente Popular chilena e a posição dos revolucionários

Publicamos a correspondência que nos foi enviada pelo Professor de História Mário Maestri e logo abaixo a resposta da LBI sobre a caracterização do governo da UP presidido por Salvador Allende, assim como nossa avaliação programática acerca do papel do MIR diante do golpe pinochetista

"Prezados companheiros: acompanho com satisfação o blog da LBI, importante referência de discussão na esquerda revolucionária. Reconheço a dificuldade para um grupo pequeno de realizar um acompanhamento da política internacional e nacional, sem incorrer em lapsos não raro nascidos da desinformação. Em verdade, ao menos pessoalmente, vejo com desconfiança o pronunciamento sobre todos e sobre tudo, mesmo a partir das melhores intenções, que em geral praticamos, no passado ou no presente.  Acabo de ler a postagem sobre os 40 anos da ofensiva contra-revolucionária no Chile. Duas questões, uma política, a outra objetiva.

1) A apresentação da conformação da Unidade Popular praticamente como um ato consciente para preparar a contra-revolução não tem nenhuma pertinência. “A proposta da Esta foi a função política que veio a ter o governo da UP: organizar a derrota pacífica dos trabalhadores e, portanto, pavimentar o caminho para o seu esmagamento sangrento.” É quase propor que Salvador Allende se elegeu para se encerrar em La Moneda e se suicidar, quase três anos mais tarde! Argumento já invalidade pelo próprio fato de que a vitória da Unidad Popular ensejou uma enorme radicalização das classes trabalhadoras que superou fortemente seu programa de colaboração de classe, que não podia levar a outro resultado.

2) Não há qualquer base objetiva na proposta de que o MIR tivesse dezesseis mil homens armados!  “Esta medida estava dirigida às fábricas ocupadas e aos partidos de esquerda, em especial o MIR (Movimento de Esquerda Revolucionário) que possuía um contingente de mais de 16 mil homens armados, que compunham a própria UP.”  Se tivéssemos tido quinhentos, prezados companheiros, a história teria sido diversa.  Não tínhamos muito mais do que alguns fuzis modernos, revólveres velhos [alguns valiosas peças de museus], e granadas artesanais de trotil [de pavio!], que chamávamos fifty-fifty, pois nos melhores do casos, explodia uma sobre duas! Os poucos fuzis, a direção guardou consigo; quem quis pelear, o fez com o que tinha, que não era quase nada!  No frigir dos ovos, o guevarismo-fidelismo mostrou que sequer servia para defrontar uma tentativa de golpe, nas suas primeiras duas ou três horas.  Em verdade, às 14:00 do dia 11, a direção do MIR mandou sua militância recuar, para se preservar para a “guerra dura y prolongada”!

Saudações fraternais
Mário Maestri"
11 de setembro de 2013
                                                                                                               

Estimado Camarada Mário Maestri,

Desde já agradecemos por considerar o Blog da LBI uma referência de discussão na esquerda revolucionária. Por conta das dificuldades que você mesmo pontuou – e que são reais para uma liga de militantes leninistas – não pudemos lhe responder antes. Apesar de respeitar vossa opinião, mantemos as caracterizações expostas no artigo sobre os 40 anos do golpe pinochetista. De qualquer forma, estamos sempre abertos ao debate programático para fortalecer as posições do marxismo revolucionário e ajustar nossa política com vista à construção do partido leninista. Por esta razão, expomos aqui rapidamente nossa compreensão sobre a tragédia chilena. Em primeiro lugar, o fato da vitória da UP gerar amplas expectativas no movimento de massas e inclusive a radicalização da luta de classes no Chile de forma nenhuma significa que a ascensão de Allende à presidência significou por parte das direções do PS e do PC a ruptura com a política de colaboração de classes de ambos, ao contrário, a chegada da UP ao Palácio de La Moneda aprofundou sua orientação de contenção do ascenso operário e popular. O suicídio de Allende se insere justamente neste quadro de impotência política, já que o “presidente-companheiro” entrou para a história como mártir enquanto o PC e PS não chamaram a resistência ao golpe contrarrevolucionário. Neste sentido, a frente popular pavimentou conscientemente a reação fascista comandada por Pinochet, ou seja, como você mesmo é forçado a reconhecer, a política da UP “não poderia levar a outro resultado”!

domingo, 15 de setembro de 2013

Leia a mais recente edição do Jornal Luta Operária, nº 265, 1ª Quinzena de Setembro/2013



EDITORIAL
Virada apertada no STF em favor de José Dirceu é produto da permanência da “gerentona” no Planalto até 2018


ATO POLÍTICO EM SÃO PAULO NA DEFESA DA SÍRIA
Repudio à intervenção militar imperialista e aos “rebeldes” pró-OTAN


APESAR DO ESFORÇO DO PIG E SEU “ANONYMOUS”...
7 de Setembro: Acaba em fiasco “o maior protesto da história”, enquanto recrudesce a repressão dos governos a esquerda anticapitalista!


GRITO DOS EXCLUÍDOS
Apesar do esvaziamento, um marco de resistência à entrega da soberania nacional


OFENSIVA FASCISTIZANTE NO RIO DE JANEIRO
Abaixo a perseguição policial aos “Black Blocs”! Liberdade imediata para os presos políticos do governo Sérgio “Caveirão”!


JULGAMENTO DO “MENSALÃO”
Farsa jurídica desatou onda nacional de perseguição aos movimentos sociais e suas lideranças políticas


MARINA ABRE O JOGO
Programa do REDE para 2014 foi elaborado pelo banco ITAÚ


FAMIGLIA MARINHO
Autocrítica do apoio à quartelada militar ou prenúncio de um novo golpe de estado por outras vias?


CÉU DE BRIGADEIRO PARA FRENTE POPULAR?
Popularidade do governo Dilma e PIB novamente em alta


SERVIL AO IMPERIALISMO
Alvo da espionagem ianque, Dilma sequer cogita suspender relações diplomáticas com os EUA!


JANIRA ROCHA FAZ “RACHADINHA” E DESVIA RECURSOS DO SINDSPREV-RJ
Apenas a ponta do iceberg no mar de corrupção que está mergulhado o MTL, PSOL e o parceiro PSTU


GREVE DOS BANCÁRIOS
CUT/CTB defendem gorjeta de reajuste (11,9%) e os banqueiros oferecem esmola de 6,1%!


40 ANOS DO GOLPE NO CHILE
Abstrair as lições da trágica experiência da “via pacífica ao socialismo”. Revisionistas de hoje ainda insistem na senda parlamentar como eixo central de intervenção da “esquerda”


ATAQUE À SÍRIA EM “STAND BY”
Obama recua temporariamente da agressão militar diante da fragilidade dos “rebeldes” em terra!


LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA


sexta-feira, 13 de setembro de 2013


Obama recua temporariamente da agressão militar diante da fragilidade dos “rebeldes” em terra! É hora de organizar mobilizações anti-imperialistas em defesa da Síria!

O imperialismo ianque recuou temporariamente da agressão militar a Síria. A fragilidade dos “rebeldes” pró-OTAN em terra, que vem sofrendo derrotas acachapantes nos últimos meses, acabou por aprofundar a divisão interna dos grupos mercenários, cenário pantanoso que forçou a Casa Branca a suspender o ataque e sentar a mesa para discutir a proposta apresentada pela Rússia de que Assad entregue seu arsenal de armas químicas para a ONU. Por outro lado, a oposição popular a ação militar dentro do próprio EUA e na Europa deixou a Casa Branca receosa de seguir em sua aventura bélica, como se viu no veto do parlamento inglês para o governo Cameron apoiar a intervenção militar ianque. Por conta destes revezes, nesta sexta-feira, 13/08, o secretário ianque Jonh Kerry e ministro das relações exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, se reuniram junto com o mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, para analisar a proposta de Putin de que o governo Bashar Al-Assad entregue o controle do arsenal químico sírio para a “comunidade internacional”. Muitas correntes políticas que apoiam a Síria, particularmente ligadas ao stalinismo e ao nacionalismo burguês, se mostraram simpáticos à proposta russa, já que ela conseguiu adiar temporariamente a agressão militar imperialista prevista para ocorrer nesta semana. Este espectro político chegou a declarar que Putin havia aplicado um “xeque-mate” em Obama. Ainda que consideremos que a iniciativa russa não passe de uma manobra para ganhar tempo ou mesmo que ao final das negociações Assad não venha a entregar todo seu arsenal de armas químicas, os trotskistas revolucionários que defendem a nação oprimida síria frente a iminente agressão imperialista compreendem que esta avaliação exitista não corresponde à realidade dos acontecimentos. Não nos opomos que o governo sírio e seus aliados burgueses lancem mão de medidas políticas e diplomáticas para impedir o ataque dos EUA e de seus parceiros da OTAN. Entretanto, compreendemos que a entrega integral das armas químicas sírias para a ONU de forma alguma é o melhor caminho para barrar a ação militar ianque, ao contrário, esta concessão político-militar pode permitir que o enclave sionista de Israel, que poderia ser alvo de um ataque de armas químicas da Síria, sinta-se ainda mais fortalecido para incrementar as provações contra o próprio território sírio e o povo palestino, impondo uma derrota ainda mais profunda aos seus adversários na região. Para se opor ao isolamento provocado pela odiosa e mentirosa campanha da mídia “murdochiana”, repetida pelos papagaios revisionistas do trotskismo, de que foi o governo Assad o responsável por lançar um ataque químico na periferia de Damasco, defendemos que o caminho justo para a luta em defesa da soberania nacional síria é justamente a ampla denúncia da farsa montada pelo imperialismo e seus “rebeldes”, chamando a solidariedade internacional dos trabalhadores e das nações oprimidas, assim como unidade militar em torno da defesa da Síria. Efetivamente há no planeta um amplo sentimento de rechaço a possível agressão dos EUA a Síria, entretanto faz-se necessário estimular esta tendência política não para o pacifismo pequeno-burguês como temos vista em várias manifestações “pela paz” ou em favor de uma “transição política” (que de fato signifique a rendição da Síria), mas para impulsionar a luta internacionalista do proletariado mundial no sentido da defesa da nação oprimida contra os “rebeldes”, o imperialismo ianque, Israel e as petromonarquias árabes! No caminho oposto ao apresentado por Putin, os marxistas revolucionários defendemos incondicionalmente o direito da Síria a utilizar todos seus recursos militares (convencionais ou não) em resposta a agressão imperialista à soberania de seu território, inclusive as armas químicas contra o enclave sionista de Israel!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013


Greve dos Bancários: Burocracia da CUT/CTB defende uma gorjeta de reajuste (11,9%) e os banqueiros oferecem uma esmola de 6,1%! Vamos unificar pela base as categorias em luta por uma política de independência de classe!

O índice miserável de reajuste de 11,9% é o carro-chefe da pauta da campanha salarial dos bancários e reflete a “benevolência” das direções sindicais com o governo Dilma e os banqueiros que obtiveram no primeiro semestre de 2013 um lucro recorde de quase R$ 30 bilhões, fruto da exploração selvagem dos bancários (arrocho salarial, jornada de trabalho extenuante, imposição de horas extras, péssimas condições de trabalho, metas abusivas, assédio moral, ameaças, chantagens, demissões) e da população (filas, tarifas juros exorbitantes etc.). A fórmula para" embromar" a categoria é a mesma de anos anteriores: fóruns viciados, pauta rebaixada, negociações de faz de conta, mesa “única” da Fenaban para engessar a luta dos bancos públicos que tem maior capacidade de organização e mobilização, assembleias separadas e votações por banco, mesas específicas por banco cujo papel é distrair os bancários com “penduricalhos” e difundir toda uma ladainha de que os trabalhadores conseguiram uma “importante vitória” após as escandalosas traições da burocracia governista a serviço dos banqueiros e da frente popular.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013


40 anos do golpe no Chile: Abstrair as lições da trágica experiência da “via pacífica ao socialismo”. Revisionistas de hoje ainda insistem na senda parlamentar como eixo central de intervenção da “esquerda”

Há exatamente 40 anos, em 11 de Setembro de 1973, no mesmo Chile que deve eleger em novembro próximo Michelle Bachelet (PS) novamente Presidente da República (ela governou o país de 2006 a 2010), era desferido um golpe fascista patrocinado diretamente pelo imperialismo ianque contra Salvador Allende, também do PS. A ofensiva da contrarrevolução ganhou terreno e desferiu sua investida fatal nesta data trágica como produto direto da política de colaboração de classes do governo da Unidade Popular encabeçado por Salvador Allende. A UP correspondeu às características clássicas de uma frente popular, onde a burguesia em crise extrema e sob a pressão do ascenso popular faz concessões e entrega o governo a partidos reformistas de massas (PS e PC) para que estes controlem o movimento operário nos marcos do regime político burguês, orientação conhecida como “via pacífica ao socialismo”. Como herdeiro político desta orientação, para as atuais eleições presidenciais, o PC anunciou que apoiaria a atual candidatura burguesa do PS, integrando a “Concertación”, uma coalizão de centro-esquerda que englobava até então o PS, a Democracia Cristã e o Partido pela Democracia contra a candidatura da direita Evelyn Matthei, a atual Ministra do Trabalho do governo de Sebastian Piñera. Isto demonstra que os stalinistas chilenos não conseguiram abstrair as trágicas lições da grande derrota de 73. Já os revisionistas do trotskismo, que dizem criticar a chamada “via pacífica ao socialismo”, ainda hoje insistem na via parlamentar como eixo de intervenção da “esquerda”, demonstrando que também são reféns da estratégia reformista de alterar o caráter de classe das apodrecidas instituições do regime político bastardo democratizante, patrocinando trágicas ilusões entre os trabalhadores, senda contrarrevolucionária que leva nos nossos dias, assim como ocorreu no passado, a derrotas sangrentas para o proletariado latino-americano.

terça-feira, 10 de setembro de 2013


Marina abre o jogo: Programa do REDE para 2014 foi elaborado pelo banco ITAÚ

Agora caiu por completo a “máscara” da eco-imperialista Marina Silva, em tempos que a reacionária justiça burguesa exige que os Black Blocs “descubram” seus rostos o REDE partiu na frente e resolveu anunciar a que veio. Tradicionalmente Marina prefere “versar” sobre questões ambientais, apresentando-se como defensora da natureza e de um mítico “desenvolvimento sustentável”, mostrando-se simpática às demandas da classe média urbana e completamente omissa diante das reivindicações do movimento camponês e do próprio MST. Há pouco tempo o REDE montou sua “equipe econômica” com próceres do governo FHC, como Pérsio Árida (considerado um dos “pais” do plano Real) entre outros. Marina até então mantinha certas reservas de comentar na mídia assuntos da área econômica, na tentativa de ocultar do grande público seu vínculo com o setor financeiro, e mais especificamente com o mantenedor de sua campanha presidencial: A família Setúbal. Mas diante da recuperação da popularidade da presidenta Dilma, Marina resolveu atacar, somando-se ao bloco dos “catástrofistas” afirmou que a continuidade do PT no governo central poderá por em risco os “pilares econômicos” da estabilidade neoliberal. Em uma entrevista concedida à TV FOLHA (10/09) Marina abre o jogo e revela que o programa econômico do REDE é o mesmo defendido pelos rentistas do mercado financeiro: “Por exemplo, no aspecto do controle da inflação: temos o risco de retorno da inflação. Temos um problema que sinaliza uma série de dificuldades que comprometem alguns dos instrumentos mais importantes para o equilíbrio, que são o tripé meta de inflação, câmbio flutuante e superávit primário”. O chamado “tripé” do “equilíbrio” não é nada mais nada menos que o “banquete estatal” oferecido aos banqueiros: Recessão, Dólar nas alturas e elevadíssimas taxa de juros! A marionete do banco ITAÚ quer demonstrar aos rentistas internacionais que poderá ser ainda mais eficiente ao mercado de capitais especulativos do que a gerência neoliberal do PT, ou seja em 2014 estaremos diante de uma disputa ao botim do Planalto entre os monetaristas da “esquerda” e os ultraneoliberais do REDE.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013


Apesar do esforço do PIG e seu “ANONYMOUS” acaba em fiasco “o maior protesto da história”, enquanto recrudesce a repressão dos governos a esquerda anticapitalista!

Acabou em fiasco a tentativa golpista da famiglia Marinho e seu “ANONYOMOUS”, que esperavam levar milhões de pessoas às ruas neste último 7 de Setembro para desmoralizar o governo Dilma. Com uma pauta reacionária, a convocatória cuidadosamente preparada nas redes sociais pretendia falsamente dar continuidade às “jornadas de junho”, ou pelo menos em sua etapa mais direitista hegemonizada pelas hordas fascistas. Era muito grande a expectativa do PIG em promover o que chamaram de “O maior protesto da história do país”. Nas páginas da mídia “Murdochiana” contabilizaram minuciosamente as cidades que já teriam confirmado a enorme adesão a panaceia patrioteira, focada centralmente na defesa da prisão aos “mensaleiros” petistas e exigindo a renúncia da presidenta Dilma. Às vésperas do “dia da pátria” circularam manifestos assinados por uma centena de altos comandantes das Forças Armadas conclamando a uma intervenção militar contra a “corrupção no governo”, nesta linha foram confeccionadas milhares de faixas a serem levadas para os desfiles militares com este mesmo eixo, mas o que se presenciou foram meia dúzia de cartazes pedindo a volta dos milicos. Durante toda a programação do sábado (07/09) a Rede Globo em flashes ao vivo tentava “animar” os ouvintes com relatos de conflitos entre manifestantes e a PM, em particular na Capital Federal onde se frustraram com a inexistência de tentativas de invasão do Palácio do Planalto ou mesmo do Congresso Nacional. Restou a Globo dar o máximo de cobertura aos confrontos no entorno do estádio Mané Garrincha onde acontecia o jogo da seleção brasileira. Em São Paulo a direita agrupada no vão do MASP era nitidamente minoria em relação à concentração dos Black Blocs, reunidos no outro lado da Av. Paulista. Como não contava com nenhuma multidão fascista para “orientar”, a grande mídia passou a dar destaque aos movimentos anticapitalistas, que mesmo reduzidos cruzaram todo pais. Intencionalmente o PIG passou a colocar no mesmo “balaio” os Black Blocs e o “ANONYMOUS”, como se ambos tivessem os mesmos objetivos políticos. Desgraçadamente a esquerda reformista também ajudou o PIG a disseminar esta “confusão”, enquanto os revisionistas do PSTU mostravam simpatia pelo movimento mais à direita, na Av. Paulista chegaram a seguir a rota do “ANONYMOUS” após a separação com os Black Blocs.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013


Ato político em São Paulo repudia intervenção militar imperialista contra Síria e convoca a esmagar os “rebeldes” pró-OTAN

Ocorreu no final da tarde desta sexta-feira, 06 de setembro, nas escadarias do Teatro Municipal em São Paulo um importante ato político conta a intervenção militar imperialista a Síria. Cerca de 500 ativistas representando várias organizações políticas e sindicatos se fizeram presentes. A LBI interveio na atividade internacionalista com uma faixa empunhada por nossos companheiros e por meio da fala de seu dirigente nacional, o camarada Marco Queiroz. PCdoB, PPL, Consulta Popular, Bandeira Vermelha e PCO também se fizeram presentes no ato além de representantes do MST, CTB, UNE, UJS. Notadamente os canalhas revisionistas do trotskismo que defendem os “rebeldes” da OTAN como o PSTU e a CST, coerentes com sua vergonhosa política de apoio aos mercenários que serão de fato a força de ataque do imperialismo por terra não enviaram nenhum representante a atividade assim como a LER e o POR (apêndices do Morenismo), que fingem serem críticos ao bando “rebelde”, porém no fundo compartilham da mesma caracterização de apresentar a ofensiva imperialista como parte da fantasiosa “Revolução Árabe”.

Julgamento farsa do “Mensalão” desatou uma onda nacional de perseguição aos movimentos sociais e suas lideranças políticas

Não foram poucas as vozes no interior da “oposição de esquerda” que aplaudiram o julgamento pelo STF do chamado esquema do “Mensalão”. Afirmavam, estes falsos vestais da esquerda revisionista, que se tratava de fazer “justiça” contra a degeneração moral e material em que se encontra a direção histórica do PT. Afinal o julgamento do Supremo serviria como uma espécie de “acerto de contas” contra os que promoveram a reforma neoliberal da previdência para beneficiar o capital financeiro. Também serviria, segundo a mesma lógica “moralista”, para punir a corrupção pessoal dos dirigentes petistas que elevaram em muito seu padrão de vida, ostentando publicamente carros de luxo e residências faraônicas. Na esteira da mídia “murdochiana”, a “oposição de esquerda” passou a acalentar a figura do “carrasco” dos mensaleiros, o falastrão reacionário Joaquim Barbosa. Sob um cálculo eleitoreiro o PSOL e PSTU (seguidos pelas seitas revisionistas) silenciaram o caráter de classe do STF, omitindo simplesmente que se tratava de uma corte maior da burguesa, a serviço dos grandes grupos capitalistas nacionais e até estrangeiros. Outros setores minoritários da esquerda revisionista, um pouco menos integrados à institucionalidade parlamentar, caracterizaram “puritanamente” o espetáculo fraudulento da Ação Penal 470 como uma mera disputa interburguesa, e portanto ficariam “neutros” diante do seu desfecho. Desde a LBI denunciamos “na primeira hora” o embuste midiático montado pela burguesia, a partir do controle que mantém do STF, para criminalizar o conjunto da esquerda e suas lideranças políticas (reformistas, revisionistas ou revolucionárias), tendo como ponto de partida o chamado “julgamento do século”. Se é inteiramente verdade que a “antiga” direção do PT estava submersa no mar de lama da cooptação estatal burguesa, traficando “generosas” comissões para o favorecimento de empresas capitalistas que mantém “negócios” com o governo central, não seria a instituição mais venal desta “república de novos barões”, o STF, que teria a envergadura histórica de “punir” os “mensaleiros”. Como marxistas não podemos esquecer que esta mesma corte de “ilibados” magistrados avalizou o maior saque já realizado a este país, a “Privataria Tucana”. Mas enquanto o “circo” do julgamento do “Mensalão” ainda se arrasta na mídia, desde as eleições passadas e quem sabe até as próximas, se desencadeia uma onda nacional de repressão jurídica aos movimentos sociais acusados de “subversão da ordem”! Como havíamos corretamente prognosticado a burguesia, contando com a anuência do governo Dilma, utilizaria o engodo do julgamento do “Mensalão” como legitimação social para desencadear uma feroz ofensiva contra o movimento de massas. Enquanto “fecha os olhos” para todos os esquemas pesados de corrupção da oposição conservadora (Mensalão mineiro, Propinoduto paulista etc...) o STF convoca uma cruzada “cívica”, encabeçada pelo novo herói do PIG, para encarcerar os “esquerdistas” de “ontem e de hoje”!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

TODO MILITANTE ANTI-IMPERIALISTA TEM UM COMPROMISSO MARCADO NESTA SEXTA (06/07) ÀS 17H NA PRAÇA RAMOS DE AZEVEDO (CENTRO DE SÃO PAULO): DEFENDER A NAÇÃO SÍRIA DO COVARDE ATAQUE MILITAR QUE O IMPERIALISMO IANQUE ESTÁ PREPARANDO! NÃO VAMOS NOS ABSTER DE MANIFESTAR NOSSO INCONDICIONAL APOIO A TRINCHEIRA DA LUTA CONTRA MAIS ESTA AGRESSÃO IMPERIAL À SOBERANIA NACIONAL DE UM PAÍS! DESDE O MESMO CAMPO MILITAR DO REGIME ASSAD, DEVEMOS DENUNCIAR A CONTRA-REVOLUÇÃO DOS “REBELDES” FINANCIADOS PELA OTAN COMO RESPONSÁVEL PELO VIL ATAQUE TERRORISTA A POPULAÇÃO CIVIL EM DAMASCO! PELA VITÓRIA DA SÍRIA CONTRA OS ABUTRES IMPERIALISTAS! PREPARAR NOVOS VIETNÃS COMO CEMITÉRIOS DA OFENSIVA DO CAPITAL CONTRA OS POVOS! CONSTRUIR UM FUTURO SOCIALISTA PARA A HUMANIDADE!


quarta-feira, 4 de setembro de 2013


Famiglia Marinho: Autocrítica do apoio à quartelada militar ou prenúncio de um novo golpe de estado por outras vias?

Em um editorial recente o pastelão O Globo anunciou uma “autocrítica” pelo “apoio editorial” ao golpe militar desferido contra o povo brasileiro em 1964. A primeira leitura deste tardio “perdão” poderia apontar para uma singela readequação da mafiosa famiglia aos novos tempos de “democracia”. Afinal de contas este regime vigente da “democracia dos ricos” caiu como uma luva aos interesses comerciais do poderoso grupo de comunicações, que manteve praticamente inalterada sua hegemonia no setor. Não se pode esquecer que o apoio (na verdade uma conspiração) a todo processo que culminou na derrubada do governo nacionalista de Goulart, teve como primazia os interesses comerciais do empreendimento dos Marinho. Com a sedimentação da ditadura militar o jornal O Globo transformou-se rapidamente em uma rede nacional de TV, desbancando o império das comunicações nacional, construído por Assis Chateaubriand. Em plena sintonia com o imperialismo Ianque, que financiou inicialmente todo o megaprojeto dos Marinho em parceria com o grupo Time Life, a TV Globo converteu-se na principal base de apoio de “massas” do regime militar (o monopólio da cobertura da copa do mundo em 70 foi o ponto determinante da inflexão), sendo muito bem gratificada pelos serviços prestados. Mas se no caso dos milicos a “ideologia” reacionária dos Marinho casava muito bem com seus interesses empresariais, não se pode dizer o mesmo da última década dos governos petistas, onde mesmo sendo beneficiada com generosas verbas estatais (faturadas diretamente por anúncios públicos ou via empréstimos do BNDES) a rede Globo não consegue digerir uma longa sequência histórica de “poder” da Frente Popular. Por suas viscerais ligações com o grande “Amo do Norte”, os Marinho se oferecem mais uma vez para serem parceiros da ofensiva imperialista contra os governos da “centro-esquerda” na América Latina, só que desta vez “jurando amor” pela democracia!

Abaixo a perseguição policial aos “Black Blocs”! Liberdade imediata para os presos políticos do governo Sérgio “Caveirão”!

Está em curso uma escalada repressiva no Rio de Janeiro contra as manifestações populares. O alvo inicial da sanha fascistizante desatada pelo governador Sérgio “Caveirão”, sua polícia assassina, a mídia “murdochiana” tendo a frente a Rede Globo e a justiça burguesa são os “Black Blocs”. As recentes prisões de manifestantes mascarados, o monitoramento das páginas do “grupo” na internet e a acusação de formação de quadrilha, inclusive imputando-lhes o uso de armas e patrocínio de pedofilia mostram bem os objetivos macabros que estão em curso por trás das ações do aparato repressivo fluminense: passar a ofensiva contra o conjunto dos movimentos sociais, criminalizando suas lideranças políticas e isolando os setores mais radicalizados que são vanguarda da luta direta contra o governo e a prefeitura. No curso deste operativo, policiais civis realizaram uma verdadeira operação de perseguição política em todo o estado fluminense nesta quarta-feira, 04 de agosto, para localizar pessoas acusadas pela PM e a justiça de cometerem “atos de vandalismo durante protestos no Rio”. Segundo a imprensa burguesa, três “administradores” da página Black Bloc foram presos e dois menores, apreendidos. Eles serão indiciados por formação de quadrilha armada e incitação da violência, que são crimes inafiançáveis sendo enviados para o complexo de presídios de segurança máxima de Bangu. Desde a LBI nos solidarizamos com os companheiros detidos e exigimos sua imediata liberdade, são presos políticos do governo Cabral! A perseguição aos “Black Blocs” abre um grave precedente contra o conjunto das organizações políticas de esquerda e, mais particularmente, para as correntes revolucionárias que se enfrentam com o Estado capitalista e não se subordinam às regras do regime político “democratizante” vigente, que exige manifestações pacíficas e ordeiras que não questionem a sacrossanta propriedade privada, o poder político da burguesia e de seus gerentes de plantão, Cabral e Paes, aliados do governo Dilma e da frente popular, tanto que suas administrações têm vários secretários indicados pelo PT e PCdoB!

terça-feira, 3 de setembro de 2013


Popularidade e PIB novamente em alta, céu de brigadeiro para o governo Dilma?

Parece mesmo que a “catástrofe” faltou ao encontro marcado, previsto pelos revisionistas e Tucanos, depois das “Jornadas de Junho”. O governo Dilma retomou os níveis de popularidade nos patamares anteriores à “crise política”, se é que realmente os perdeu, e o mais importante: alavancou a economia brasileira no último trimestre com o mesmo ritmo do crescimento chinês! O PIB teve expansão de 1,5% no segundo trimestre na comparação com o período anterior. A alta foi a maior nessa base de comparação desde o primeiro trimestre de 2010, quando teve elevação de 2%. Em termos nominais, o PIB do segundo trimestre somou R$ 1,2 trilhão, um resultado para “tapar a boca” dos catástrofistas de plantão que pensam que só é possível fazer política revolucionária enganando a militância de base e anunciando como profetas oportunistas o “armagedon”. Mas se o governo da Frente Popular saiu das “cordas” e partiu para a ofensiva política depois de junho, também contou com a “generosa” contribuição dos próprios revisionistas que optaram pelo credenciamento das verbas estatais para suas “centrais” sindicais ao avalizarem a fraude da “greve geral” chapa branca do dia 11 de julho (para não falar do fiasco de agosto). Com a economia nacional reagindo razoavelmente bem à retração do mercado capitalista mundial, o PT espera um embate eleitoral mais tranquilo em 2014, onde enfrentará a candidatura ungida diretamente pela Casa Branca, Marina Silva. Mas alertamos para os ufanistas do Planalto que o país está bem longe de conseguir manter o “ritmo chinês” ao longo deste ano e do próximo. O medíocre crescimento econômico em torno de 3% ao ano, comemorado como a “conquista da copa do mundo”, só retarda um pouco a estagnação de um desenvolvimento estrutural, produto da ausência de projetos estratégicos de longo prazo, por parte dos governos neoliberais do PT. Portanto se a Frente Popular praticamente assegurou mais uma gestão estatal perfazendo quatro gerências capitalistas consecutivas, incorporando uma enorme massa de crédito internacional e voltando as exportações para os BRICs, deixará o país com níveis de atraso e dependência ainda maiores do que quando assumiu o governo em 2003.