sábado, 29 de junho de 2013

 
STJ tenta novamente entregar Battisti a Itália, “Movimento de Esquerda nas Ruas” deve levantar sua defesa!

A decisão do ex-presidente Lula, tomada no último minuto do seu segundo governo, de conceder um indulto ao ex-ativista italiano e preso político (no Brasil) Cesare Battisti, não foi digerida pelas forças mais reacionárias do país e em particular pelo PIG “vanguarda” na campanha pela sua extradição para a Itália. Agora a reação volta a carga contra Battisti fazendo com que o STJ decida condená-lo por falsificação de documentos do serviço de imigração brasileira. Trata-se de uma verdadeira chicana jurídica, totalmente à revelia da jurisprudência democrática e dos direitos civis. A decisão da permanência definitiva de Battisti coube a Lula depois de uma longa batalha judicial, na qual o governo imperialista italiano mobilizou todos os recursos possíveis no Brasil para a deportação do ex-dirigente comunista acusado injustamente de cometer “crimes de sangue” em seu país de origem. Primeiro Battisti teve cassada pelo STF sua condição de refugiado político, concedida inicialmente pelo CONARE com o voto contrário do então ministro da justiça Tarso Genro. Depois o próprio STF, então presidido pelo facínora Gilmar Mendes, deliberou por pequena maioria acatar o pedido de extradição de Battisti, feito pelo governo Berlusconi. A decisão final da entrega de Battisti a Itália coube ao presidente da República, que resolveu seguir o parecer da AGU indicando que o preso poderia sofrer perseguição da justiça italiana em função do seu passado comunista. Apoiando- se no artifício legal que Battisti não possui mais a condição permanente de refugiado político no Brasil e sim de indultado pela gestão anterior da presidência, o STJ finalizou um outro processo de extradição (agora por falsificação de documentos públicos) que deverá desembocar novamente no STF.

sexta-feira, 28 de junho de 2013


“Frente Única pró-Fascista”? Revisionistas defendem PEC-300 após PM comandar massacre na Maré

Ocorreu nesta quinta-feira, 27, no Rio de Janeiro, mais uma manifestação de protesto na sequência das que estão sacudindo o país. A diferença desta marcha frente às anteriores é que ela se realizou durante o chamado “dia nacional de luta” convocado pela CSP-Conlutas e logo depois do massacre perpetrado pela PM no complexo de favelas da Maré. O protesto foi organizado em uma gigantesca plenária no IFCS-UFRJ ocorrida na terça-feira, 25/06, que deliberou formalmente pela participação dos partidos de “esquerda”, atacados na manifestação do dia 20. Mais de 10 mil pessoas estiveram presentes na marcha. O que se viu nesta atividade foi a defesa pelos revisionistas do trotskismo, particularmente a CST e o PSTU, das reivindicações “salariais” da PM, como a PEC-300, que aumenta o soldo dos militares em nível nacional e a imposição de um pacifismo pequeno-burguês em torno do chamado a “não violência”. Esta conduta levou o PSTU a se retirar da manifestação antes dela chegar a ALERJ para evitar um possível enfrentamento com o Batalhão de Choque, deixando a passeata nas mãos do PSOL que se limitou a pedir “CPI para o transporte”, a fim de Marcelo Freixo capitalizar eleitoralmente o desgaste do governo Cabral. Este é mais um exemplo da “Primavera Verde-Amarela” defendida pelas correntes pseudotrostskistas que na Líbia e na Síria se aliaram aos “rebeldes” da OTAN e aqui no Brasil flertam com as bandeira dos setores de classe média reacionária que a todo tempo na manifestação entoavam “Fora PT” quando viam as bandeiras vermelhas dos partidos de “esquerda”.

quinta-feira, 27 de junho de 2013


PM do governador Sérgio “Caveirão” promove chacina em favela do Complexo da Maré

A polícia do governo Sérgio “Caveirão” invadiu a favela Nova Holanda na noite do dia 24 de junho, do Complexo da Maré, se utilizando de 500 homens cujo operativo incluía o batalhão do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), batalhão do Choque e de cães e seus odiados “caveirões”, além da Força de Segurança Nacional. A ação visava perseguir supostos bandidos que efetuavam arrastões durante uma passeata de protestos na Avenida Brasil, quando em troca de tiros um sargento da PM supostamente fora baleado e morto, possivelmente em operação de “queima arquivo” entre os próprios policiais. Não tardou para que o BOPE tomasse a favela com uma truculência e selvageria extrema a pretexto de prender o responsável pela morte do soldado. Esta operação de guerra se converteu em uma chacina que teve como saldo, nove mortos, vários feridos e presos, tudo após agredir violentamente moradores, chutar portas de residências e soltar cães aleatória e indiscriminadamente contra transeuntes e trabalhadores, ameaçar com retaliações, jogar bombas de gás, atirar granadas nas redes de energia elétricas deixando o local às escuras. Dos nove mortos, pelo menos quatro não tinham qualquer antecedente criminal, mas foram executados à queima-roupa com tiros na nuca, o que revela a orientação do alto comando de atirar para matar e “produzir provas” que atestem os mortos serem bandidos, tal como colocar armas e drogas nas mãos das vítimas. Assim testemunhou um parente de um dos assassinados que era adolescente: “Depois de morto botaram uma arma na mão dele para incriminar. Nem antecedentes criminais esse menino tinha” (O Dia, 26/6). Ou então, relata a cunhada de outra vítima “que era garçom, morreu no bar onde trabalhava com um tiro na cabeça, no Parque União. Estávamos dormindo e escutamos barulho de tiros, só tivemos conhecimento da morte do Eraldo quase meia hora depois” (idem). Nos “autos de resistência” consta que “eram todos bandidos”. Os assassinos fardados tomaram de assalto a favela para aparentemente vingar a morte do sargento, o que também é verdade, mas cumprem objetivamente a função política de espalhar o terror sobre a população pobre do Rio de Janeiro, onde o Estado capitalista exerce o monopólio da violência contra os explorados.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Marco Queiroz, dirigente da LBI, intervém defendendo a mobilização
do movimento operário em defesa de suas reivindicações

Plenária da “esquerda unida chancela golpe contra uma verdadeira mobilização operária independente
 
Para dar continuidade ao ato político da “esquerda unida”, realizado no final da semana passada (21/06), ocorreu na noite desta terça-feira, 24 de junho, no Sindicato dos Trabalhadores Químicos de São Paulo uma massiva plenária para discutir uma orientação “unitária” da “esquerda” em meio aos protestos populares que sacodem o país. Mais de 300 ativistas participaram da atividade coordenada pelo MST e a UNE. A LBI interveio na plenária conclamando a necessidade de mobilizar o movimento operário em defesa de suas reivindicações imediatas e históricas para barrar o avanço da tendência política à direita que vem crescendo nos protestos, na medida em que são pautados pela Rede Globo e grupos como o “Anonymous”, ambos defendendo o antipartidarismo (que se traveste na hostilização aos partidos de “esquerda”) e um eixo político de pretensa moralização do regime político burguês (prisão para os mensaleiros, abaixo a corrupção) voltado claramente a desgastar o governo Dilma para as eleições de 2014 e favorecer a tucanalha. Frente a ofensiva da reação burguesa comandada por setores de classe média fascistizantes, o conjunto dos militantes de “esquerda” presente na reunião, em sua maioria ligados a CUT-PT passando pela CTB-PCdoB e chegando mesmo a Conlutas-PTSTU, em uníssono chancelaram a decisão das cúpulas da centrais sindicais em chamar apenas um “Dia Nacional de Luta” para 11 de Julho, mais uma mobilização aos moldes das marchas ordeiras e pacíficas convocadas pelas centrais “chapa branca”, com o agravante de ser somente daqui a duas semanas!!! Além da distância da data, voltada a arrefecer as passeatas multitudinais que não estão sob o controle das burocracias sindicais (esquerda e direita) e desgastam o governo federal, a pauta apresentada foi extremamente rebaixada, dando grande ênfase a defender o plebiscito pela reforma política proposto por Dilma, uma medida distracionista voltada justamente para não atender nenhuma legítima reivindicação popular que, alias passou ao largo da pauta consensuada pela CUT, CTB, Conlutas.

terça-feira, 25 de junho de 2013


Centrais pelegas “chapa branca”, com apoio da CONLUTAS, marcam dia nacional de “luta” como arremedo de Greve Geral

O conluio das cúpulas da burocracia sindical (esquerda e direita) reuniu-se hoje (25/06) em São Paulo para decidir como “esfriar” as mobilizações em curso e na sequência manter afastada a real possibilidade da realização de uma verdadeira greve geral no país. CUT, CTB, Força Sindical, UGT, CGTB, NCST (a nata do sindicalismo “amarelo”) somados a CONLUTAS deliberaram organizar: “atos conjuntos – do movimento sindical e social - no próximo dia 11 de julho em todo o País” (Site da CUT). Logo após o anúncio das centrais, chamava atenção a data e o caráter da “mobilização” convocada para mais de quinze dias depois da reunião, enquanto o país atravessa um “pico” de protestos que explodem a cada dia sem a necessidade de “grandes” preparativos. Enquanto havia uma expectativa da convocação de uma greve geral de verdade, para colocar a classe trabalhadora no centro da conjuntura nacional, a pelegada resolveu diluir a ação do proletariado a um “dia de manifestações” com o claro objetivo de consumar um lobby sobre o governo neoliberal do PT. Por sinal, a grande preocupação dos dirigentes sindicais presentes no encontro era exatamente a reunião agendada com a presidente Dilma para a próxima quarta-feira (26/06), onde apresentarão a limitada pauta consensuada entre a burocracia, que sequer exige uma imediata reposição salarial diante das perdas e se omite da reivindicação da elevação do atual salário mínimo que leva a miséria para a maioria dos trabalhadores menos “qualificados” do mercado. A mídia “murdochiana” não tardou para anunciar a suposta “greve geral”, com o objetivo de desmoralizá-la no momento certo, além do esforço dos reformistas em desviar a radicalidade do momento em pequenas “paralisações” localizadas que não terão a capacidade de galvanizar o conjunto do proletariado.

segunda-feira, 24 de junho de 2013


EDITORIAL

Para o Brasil não girar à direita, o movimento operário deve ser o protagonista do cenário nacional

A esquerda ainda procura entender o se passa no Brasil após a avalanche de protestos que cruzou as principais cidades do país. As passeatas da juventude contra o aumento das tarifas no transporte público, que tiveram origem em São Paulo e no Rio, receberam um “carinhoso” tratamento por parte da oligarquia política dominante (PT, PCdoB, PSDB ,PMDB etc...), sendo inicialmente desqualificados como “Vândalos e Baderneiros”. Até mesmo a esquerda revisionista que apoiava inicialmente a convocatória do MPL para os protestos, como o PSTU e PSOL, deu um passo de lado afirmando que não avalizava os “atos de vandalismo” ocorridos na Av. Paulista, na mesma linha do sindicato dos Metroviários/SP (CONLUTAS) que afirmou não ter nenhum comprometimento político com as mobilizações que estavam ocorrendo. Lamentável papel ocupou a prefeita “comunista” em exercício, Nádia Campeão (PCdoB), sintetizando uma posição comum da esquerda declarou à Rede Globo no dia 12/06: “Acho que, depois dos acontecimentos nessas três manifestações, a vontade dos manifestantes não é dialogar. Os métodos utilizados afastam o diálogo, não aproximam. Não podemos aceitar que o objetivo seja criar transtorno. O diálogo nessas condições não é possível”. Para trazer a “solidariedade” da esquerda petista (DS, OT, EM), não aos manifestantes e sim ao fascista Alckmin, entrou em cena o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, oferecendo os “préstimos” da PF para monitorar o movimento. Mesmo isolados os corajosos “vândalos” do MPL seguiram com o movimento, que também chegou com muita força no Rio, organizando passeatas ainda maiores, catalisando desta forma o sentimento de “puteza” do conjunto da juventude oprimida por este regime da “Democracia dos Ricos”. Mas os quadros estrategistas da mídia “murdochiana” percebendo o potencial explosivo das mobilizações resolveram “abraçar” o movimento, e com a ajuda do reacionário grupo internacional “Anonymous” conseguiram “pautar” o movimento com bandeiras “cívicas e patrióticas”. Este foi o sinal verde para que milícias neofascistas e hordas da classe média direitista ocupassem as marchas para impor o “terror” indiscriminadamente contra todas as organizações da esquerda, contando inclusive com apoio de grupos anarquistas, muito influentes neste período de completa despolitização de setores mais atrasados da juventude plebeia. Ganhando um caráter multitudinário nacional, o movimento das ruas não é homogêneo e tampouco conseguiu assumir centralizadamente o eixo tão sonhado pelo “PIG”, do “Fora Dilma”. “Comendo pelas beiradas” a reação midiática tenta pelo menos unificar politicamente os protestos na “luta” contra a PEC 37, já contando com o apoio do PSOL,PSTU e PCB. Trata-se de uma manobra antidemocrática da burguesia que pretende transformar a corja reacionária do ministério público (Roberto Gurgel e Cia.) em um superpoder neste país. A única certeza mesmo que temos é que se o movimento operário organizado não se fizer presente e atuante politicamente nestas mobilizações, com seu próprio programa classista, a dinâmica do movimento nacional penderá inexoravelmente para a direita, colocando o país na sinistra trilha da reação imperialista mundial.

No Brasil “família” revisionista prova de seu próprio “veneno” internacional

A “Primavera Árabe” chegou ao Brasil! Era para ser desta forma exitista que a “família” revisionista integrada por PSTU, CST, PCO, LER e seus papagaios liliputianos deveria saudar os protestos populares que sacodem o país, afinal de contas, “o povo está nas ruas contra os governos e o regime político!”. A realidade, porém, não obedeceu ao script ufanista destes filisteus que embriagadamente saudaram os “rebeldes” na Líbia que empunhavam a bandeira da monarquia do rei Idris contra Kadaffi apresentando-os como “revolucionários” e agora pedem armas da OTAN para os mercenários na Síria derrubarem Assad, estabelecendo uma “frente única com todos que querem lutar contra as ditaduras sanguinárias”. Definitivamente não é este entusiasmo que vemos nos sites e jornais das correntes políticas citadas acima, ao contrário, os irmãos gêmeos dos “rebeldes” líbios e sírios, que aqui no Brasil empunham bandeiras verde-amarelas e entoam o Hino Nacional nas marchas são acusados em uníssono pela “família” revisionista de fascistas e neonazistas!!! Se lá no Oriente Médio e no Magreb africano o arco pseudotrotskista aliou-se a grupos tribais reacionários, seitas islâmicas anticomunistas e a yuppies pró-imperialistas para derrubar governos de corte nacionalista adversários da Casa Branca, da mesma forma como fez unidade com as forças da reação mais encarniçada na Argentina e na Venezuela, aqui no Brasil não está sendo possível formar tal “frente única” porque seus pretensos “aliados” estão os enxotando das ruas e manifestações. Longe de apenas festejar a “rebelião popular”, em tom preocupado, o partido-mãe da LIT anuncia que em plena marcha de protesto no Rio de Janeiro o “PSTU sofreu agressões fascistas”. Já o PCO, assustado, declara “Fascistas: Eles passarão... se nós deixarmos”. Tais acontecimentos se proliferaram pelo Brasil afora! Como é possível que em meio às marchas multitudinárias que tomam conta do país os pseudotrotskistas que proclamam a todo o momento que uma “onda revolucionária” sacode o planeta venham amedrontados denunciar que suas bandeiras vermelhas são queimadas e seus militantes agredidos? A resposta é simples para os marxistas revolucionários que sempre alertamos do completo delírio apregoado por estas verdadeiras seitas. Diferente do que nos vendem os revisionistas adeptos da “revolução na esquina”, tragicamente no Brasil ocorre o mesmo fenômeno que vemos na Argentina e na Venezuela, assim como também no chamado Mundo Árabe: presenciamos os efeitos políticos de uma profunda reação ideológica mundial que recrudesceu desde a queda da URSS e do Muro de Berlim, onde milhões são manipulados pelos meios de alienação de massa e direções reacionárias porque carecem de qualquer referência socialista, de uma direção classista e de um programa anticapitalista, abrindo caminho para o fortalecimento de uma tendência política cada vez mais à direita e fascistizante. Como a “grande família” encobriu o quanto pôde esta dura realidade, agora prova de seu próprio veneno “internacional” em solo nativo!

domingo, 23 de junho de 2013


Os Marxistas revolucionários devem apoiar a campanha pelo “Fora Dilma” no curso dos atuais protestos nacionais?

Os protestos nacionais que vem ocorrendo nos principais centros urbanos do país aos poucos vem assumindo, sob a pressão da cobertura midiática do PIG (braço político avançado da mídia capitalista) e em meio a uma profunda despolitização dos manifestantes, uma pauta cada vez mais direitista e de corte conservador. O amplo retrocesso da consciência das massas imposta pelos dez anos do governo do PT, que cooptou as direções sindicais e estudantis para impor violentos ataques aos trabalhadores e a juventude, em parte é responsável por esta situação dramática, possibilitando que o descontentamento com o conjunto do regime político burguês seja capitalizado por forças a serviço da reação. Tanto que em meio a este curso direitista dos protestos, no lastro nas reivindicações contra a aprovação da PEC 37 e “Contra a Corrupção” que ganharam grande espaço nos últimos dias tanto na mídia como nas passeatas, surgiu uma campanha na internet em defesa do “Impeachment de Dilma”, através de uma ONG “virtual” com abrangência mundial chamada Avaaz que coleta assinaturas, fundada e financiada por ninguém menos do que o megaespeculador George Soros, o mesmo que financiou os grupos “rebeldes” na Líbia. A partir desta iniciativa, páginas de Facebooks com perfis claramente fascistas começaram a espalhar esta campanha em toda a rede, obtendo até agora a marca de 400 mil assinaturas num “abaixo assinado” virtual pelo Impeachment. No mundo real, as manifestações ocorridas nesta semana, gigantescas e sem um horizonte classista, marcaram nitidamente uma tendência avessa ao movimento operário, suas demandas e organizações políticas, com a clara hostilização aos partidos de “esquerda” que inclusive não apoiam o governo Dilma, mas portam bandeiras vermelhas e o símbolo da foice e do martelo. Neste quadro político, com o aprofundamento da crise política, as próprias manifestações podem vir a adotar o “Fora Dilma”, ou seja, o impeachment da gerentona petista. A primeiro momento, grupos como o “Acorda Brasil” e “o Gigante Despertou” colocaram em pauta já nas marchas atuais a “prisão imediata dos mensaleiros do PT” e uma “faxina geral no Congresso” etc., reivindicações claramente orientadas pela tucanalha voltada a desgastar o governo Dilma para as eleições presidenciais do próximo ano, bandeiras que por seu conteúdo reacionário acabaram adquirindo contornos semifascistizantes, onde partidos e organizações de esquerda foram escorraçados das passeatas em nome de um “protesto cívico”, “pacífico” e “patriótico”. Frente ao curso reacionário dos atuais protestos nacionais queremos abrir o debate programático na esquerda que se reivindica anticapitalista e proletária se os revolucionários devem apoiar a campanha pelo “Fora Dilma”, orquestrada até o momento apenas de forma incipiente pelos grupos nazifascistas e o PIG?

sábado, 22 de junho de 2013


Na calada dos protestos Brasil sofre ataque especulativo e perde dez bilhões de Dólares de suas reservas cambiais

Foram cinco dias que “abalaram as ruas” do país, com protestos multitudinários da juventude na maioria das grandes cidades, também foram cinco dias seguidos de disparada da moeda norte-americana, obrigando o Banco Central (BC) do Brasil a “torrar” cerca de dez bilhões de Dólares para “acalmar” o mercado. O primeiro fato narrado teve ampla repercussão na mídia “murdochiana”, ocupando integralmente a grade da programação da poderosa Rede Globo, o segundo fato mereceu algumas “notinhas” de fundo de página da imprensa burguesa e absolutamente nenhuma atenção da esquerda em suas raras publicações físicas ou virtuais na internet. A verdade é que rentistas internacionais tem se aproveitado da crise política por que passa o governo Dilma, forçando uma sobrealta do Dólar no Brasil, atingindo o mesmo patamar alcançado na crise mundial de 2009, em pleno crash financeiro mundial. O Real está sofrendo uma maxidesvalorização na calada dos protestos sem que aconteça a menor resistência por parte da equipe econômica palaciana. Ao contrário, a resposta dos tecnocratas do BC tem sido alimentar com Dólares (de nossas reservas cambiais) cada vez mais a sede dos agiotas, o que corresponde a apagar um “incêndio com gasolina”. A cotação da moeda ianque fechou a semana (21/06) na marca de 2,25 por Real, mesmo após o BC realizar consecutivos leilões de Swap cambial, desfalcando em mais de dez bilhões de dólares as reservas cambiais do Tesouro nacional. Vale ressaltar que a “gordura” de mais de trezentos bilhões de Dólares em reservas do Tesouro é uma das principais ancoras da estabilidade econômica brasileira, o maior símbolo financeiro dos governos da Frente Popular, que permitiu a enorme expansão de crédito no país. Atacar esta “fortaleza” do Brasil significa uma aposta dos rentistas internacionais na instabilidade política e crise econômica, gerando uma pressão inflacionária artificial às vésperas das eleições gerais de 2014 e no meio de uma conjuntura altamente explosiva.

sexta-feira, 21 de junho de 2013


Falsa simetria entre “Diretas Já”, o “Fora Collor” e as atuais mobilizações pode levar a esquerda a cometer gravíssimos equívocos

Por ignorância ou mesmo por concepções políticas muito equivocadas, assistimos hoje a um “consenso” generalizado entre a esquerda (para não falar da própria mídia “murdochiana”) ao comparar na mesma escala política as atuais mobilizações nacionais com a campanha das “Diretas Já” e o “Fora Collor”. Este grave erro político levou a esquerda revisionista a abonar acriticamente a dinâmica assumida pelos protestos do “Passe Livre”, logo após estes terem assumido um caráter multitudinário nacional, com o “patrocínio” da imprensa burguesa (PIG). Em primeiro lugar, é preciso desmistificar a “identidade” política entre as “Diretas Já” e o “Fora Collor” que em comum mesmo só tiveram a massiva participação da juventude nas praças e atos públicos, mas com objetivos políticos totalmente díspares. A campanha das “Diretas Já” foi o desaguadouro concentrado de vinte anos da encarniçada luta democrática-popular contra o regime militar, representou as maiores manifestações populares (com forte presença proletária) que o país vivenciou desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Mais além da traição cometida pelo PT em 84, que aceitou desarmar o movimento de massas quando a emenda Dante Oliveira foi rejeitada no Congresso (abrindo assim o caminho para a transição pactuada do regime militar), a campanha das “Diretas” tinha um norte político inicial bem definido, ou seja, a realização de uma tarefa democrático-burguesa pendente que permitia aos comunistas revolucionários o estabelecimento de uma unidade de ação tática com setores das classes dominantes. Como Lenin assim definiu muito bem: “Marchar separados e golpear juntos”, era o móvel que permitia a convocação em frente única de gigantescos atos políticos contra o regime, onde a classe operária e a juventude mantiveram suas próprias bandeiras como: “Abaixo a ditadura militar” e “Por um governo dos trabalhadores”. Embora o desfecho das mobilizações pelas “Diretas” não tenha desembocado em nenhuma “revolução democrática” (sequer alcançaram a eleição direta para presidente), permitiu que o conjunto das organizações de esquerda no país, até então vivendo na semiclandestinidade, fossem livremente às ruas com suas bandeiras e colunas militantes. Pela primeira vez em vinte anos de ditadura a “foice e o martelo” ganhava as praças diante de milhões de brasileiros e só não concluiu o curso revolucionário das massas em função da operação política de desmobilização, batizada na época de “Transição/Transada” protagonizada pelo PT em aliança com os partidos da oposição burguesa (PMDB e PDT). As mobilizações democráticas dos anos 80, apesar do nascimento da conservadora “Nova República”, deixaram um “saldo” progressista que permitiu a legalização dos partidos comunistas (desgraçadamente os revisionistas preferiram permanecer debaixo das asas do PT e os Maoístas do MR8 ficaram na sombra do PMDB), assim como a convocação de um arremedo democratizante do que seria uma verdadeira assembleia nacional constituinte.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

 
Após recuo de Haddad e Cia., “Anonymous” dita a pauta do movimento

O prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciou na noite de ontem a revogação do aumento das passagens de ônibus. O recuo do petista foi uma ação coordenada com o governador Alckmin (PSDB) na qual ambos comunicaram o retorno do preço do bilhete de Metrô, trens e ônibus para R$ 3,00. No Rio de Janeiro e em outras capitais do Brasil ocorreu o mesmo, o que demonstra que a revogação do reajuste foi uma decisão de conjunto do regime político burguês, que vai transferir esse ônus para os cofres das administrações municipais, já que os empresários dos transportes coletivos serão subsidiados, em um negócio que beneficia diretamente os tubarões capitalistas. Atendida a reivindicação solicitada pelo MPL, que foi o estopim inicial das manifestações e sem dúvida uma vitória parcial dos lutadores que defendem as demandas populares, seguem hoje em todo o país marchas multitudinárias em várias capitais. O que se vê dentro deste movimento multiforme e difuso é a existência de três vertentes políticas que coabitam no seu interior, com o grupo “Anonymous” ditando a pauta dos protestos neste momento. Estas vertentes precisam ser analisadas minuciosamente para que os revolucionários e os ativistas classistas possam adotar uma posição correta na intervenção política no interior das marchas e para compreender a própria dinâmica da luta de classes para que não sejam massa de manobra da reação, já que apesar de todas as limitações e da confusão ideológica presente nos protestos estes vem sendo o catalisador do descontentamento geral contra o conjunto do regime político burguês.

quarta-feira, 19 de junho de 2013


Marchas nacionais de protesto no Brasil: Que rumo seguir?

Hoje, dia 19 de junho, novas marchas de protesto tomaram conta do Brasil. Em Fortaleza, onde ocorre o jogo da seleção brasileira na Copa das Confederações, cerca de 30 mil pessoas se concentraram nas proximidades da Arena Castelão, sendo reprimidas pela PM na barreira formada a mando da FIFA para impedir o tráfego de pedestres próximo ao Estádio, deixando vários feridos. Em São Paulo, o MTST convocou um bloqueio na via Anchieta que liga o ABC à capital e protestou em vários pontos da cidade, sob o lema “A periferia vai ocupar São Paulo”. Em Belo Horizonte, manifestantes hoje chegaram a empunhar faixas “Não precisamos de partidos políticos” e “Democracia direta”, claramente influenciados pelos “Indignados” espanhóis. Já ontem, também em São Paulo, “estranhos” manifestantes enfrentaram a Guarda Municipal e só não ocuparam a prefeitura porque foram impedidos por setores do próprio movimento que marcharam para a Av. Paulista, em uma clara divisão do protesto. O que se viu neste verdadeiro mar de manifestações populares é que elas carecem de um programa de luta e de uma direção classista, já que há muito a questão da redução da tarifa foi superada. Em meio a este “vazio”, por uma clara influência da mídia “murdochiana” e em particular de sua ala mais belicosa, o PIG, que agora apoia abertamente o movimento “pacífico”, criticando apenas os “radicais” ou “vândalos”, ganhou corpo demandas próprias da direita, como a “prisão dos mensaleiros do PT”, “contra a PEC 37” e até mesmo o “Fora Dilma”, com o evidente objetivo de fortalecer a candidatura do PSDB em 2014. A LBI sempre denunciou que a frente popular com sua política de ataque e desmoralização do movimento de massas estava abrindo caminho para as forças fascistizantes em nosso país, fomos a primeira corrente política a alertar sobre o risco das manifestações serem manipuladas pelo PIG para objetivos reacionários. A despolitização que campeia os protestos, formada eminentemente por setores de uma juventude sem referência socialista, uma direção combativa e carente de um programa classista, acaba levando a atos de hostilização dos partidos de “esquerda” como vimos ontem na Praça da Sé. Ao contrário, os manifestantes passaram a enaltecer os símbolos nacionais, como o Hino e a bandeira brasileira, o que vem agradando em muitos os grupos neofacistas. Frente a estas contradições flagrantes, é necessário intervir ativamente nos protestos que tem capitalizado o ódio popular, combatendo abertamente o curso direitista que elas vêm tomando e levantando uma plataforma comunista. Por isto, a questão colocada é: que rumo vão seguir as manifestações de tomam conta do país?


Milícia anticomunista agride e expulsa militante do PCR do ato na Sé. A resposta do movimento deve ser a adoção de um programa socialista diante do esgotamento do regime burguês!

Nesta tarde de 18/06 em mais um ato na Praça da Sé no centro de São Paulo contra o aumento das tarifas de transporte público, um militante do Partido Comunista Revolucionário (PCR) foi agredido e expulso da manifestação por estar erguendo a bandeira vermelha do seu partido. A ação de caráter anticomunista partiu de milicianos neofascistas que agora passaram a integrar, em conjunto com policiais infiltrados e provocadores de direita, os protestos nas principais cidades do país. Portando bandeiras do Brasil e cartazes contra a presença de organizações de esquerda nas mobilizações, estes milicianos anticomunistas contam com o apoio político do “PIG” que os considera como a ala “pacífica e patriótica” do movimento nacional dos manifestantes. A mídia “murdochiana” especialista em fraudar a realidade, não para de tecer elogios ao que já considera a maioria “democrática” das mobilizações, ou seja os neofascistas da classe média que destilam seu ódio de classe a tudo que lhes pareça de esquerda. Não por coincidência, o novo garoto propaganda da Globo, o ex-LIBELU Demétrio Magnoli, vociferou nesta mesma noite contra o que considera de “filhotes Chavistas” encastelados nas estruturas de “poder” do Estado brasileiro e em apoio ao antipartidarismo das manifestações que tomaram conta do país.

terça-feira, 18 de junho de 2013

 
Protestos nacionais da juventude sem um eixo programático e uma direção classista podem ser canalizados pelo “PIG” para um viés reacionário

Como um rastilho de pólvora os protestos da juventude contra o aumento das tarifas dos transportes em São Paulo tomaram conta do país e agora extrapolam em muito a reivindicação da revogação dos "vinte centavos". Nesta segunda-feira (17/06) assistimos mobilizações multitudinárias nas principais capitais do Brasil, ainda que sem a mesma "uniformidade" política das "Diretas Já" ou do "Fora Collor", mas sem dúvida foram um canal social onde se desrepresou a camisa de força imposta ao movimento de massas pelas direções burocráticas. Como uma reação uníssona as primeiras mobilizações "horizontais" e semi-espontâneas do Movimento Passe-Livre (MPL), formou-se uma ampla frente única, que integrava desde o governo Tucano de Alckmin, passando pelo prefeito Haddad e o PT nacional até chegar ao "PIG" (Partido da Imprensa Golpista) como o "padrinho" deste esdrúxulo bloco, que "batizou" o movimento juvenil das ruas contra o aumento das tarifas como sendo uma expressão de "vândalos e baderneiros". Afinal, o aumento das tarifas de transporte em SP foi decretado em comum acordo entre os governos Petista e Tucano, nada mais "natural" que estivessem "solidários" na repressão violenta aos "baderneiros" apresentados pelo "PIG" como uma "ameaça ao patrimônio público". No rastro da frente única reacionária contra o MPL também se perfilaram inicialmente o PCdoB (a prefeitura de SP estava sob o comando de Nádia Campeão no segundo grande ato, em função da viagem de Haddad a Europa) e a chamada "esquerda" petista na figura do ministro da "justiça" Eduardo Cardoso, que ofereceu a ajuda da Polícia Federal para a repressão mais "fina" do movimento. Mas a potencialidade dos massivos protestos de rua, que assumiram um caráter nacional, produziram no "PIG" o mesmo "fenômeno" ocorrido na campanha pelas diretas em 1984, ou seja "repentinamente" passaram a apoiar os "ex-vândalos", considerados agora como uma "corajosa" juventude que "vai às ruas lutar por seus direitos". De uma forma muito similar ao que aconteceu em 84, de repente os atores "globais" passaram a realizar campanhas publicitárias para denunciar a violência da PM, e não mais "desqualificar" os jovens como "baderneiros", a Rede Globo obrigou até mesmo o asqueroso Jabor a fazer "autocrítica" e elogiar os jovens que antes não "valiam nem 0,20 centavos". Estava desta maneira rompida, por iniciativa do PIG, a frente única contra os protestos, e o que se viu a partir do dia 17/06 foi um verdadeiro "tsumami" de "rasgados" elogios às mobilizações, desde o governo Dilma (incluindo todo o PT e PCdoB), e até mesmo o fascista Alckmin e seu sinistro secretário de segurança passaram a defender a garantia da "integridade" dos manifestantes. No bojo das mobilizações, desde o Facebook (manipulado pela CIA), rapidamente surgiu o movimento "Acorda Brasil", que na "carona" da rebeldia juvenil passou a incluir na "pauta" das reivindicações a "prisão dos mensaleiros e a oposição a PEC 37", bandeiras empunhadas pelos procuradores liderados por Roberto Gurgel. Ontem em Brasília a tônica das manifestações esteve focada no Congresso, com muitas bandeiras "verde e amarelas" exigindo uma "faxina geral", o que animou em muito ao "PIG" em declarar que se tratava de um grande movimento "contra a corrupção do governo Dilma", já decretando uma vitória antecipada da oposição Demo-Tucana nas eleições de 2014.

segunda-feira, 17 de junho de 2013


Regime dos Aiatolás elege o “reformista” Hassan Rohani na tentativa de celebrar um acordo vergonhoso com o imperialismo ianque

As eleições no Irã, ocorridas no último dia 14 de junho, deram a “inesperada” vitória em primeiro turno ao “reformista” Hassan Rohani. O presidente eleito alcançou 50,7% dos votos em uma clara escolha orquestrada pelo regime dos Aiatolás do candidato mais simpático às potências capitalistas no espectro político-eleitoral delimitado previamente pelo Conselho dos Guardiões, órgão comandado pelo líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, que em maio vetou vários candidatos “liberais” e “conservadores”. Rohani obteve 18,6 milhões de votos (50,68%) ficando à frente do prefeito de Teerã, Mohammad Bagher Ghalibaf, que recebeu 6,07 milhões e do chefe dos negociadores na questão nuclear, Said Jalili, com 3,17 milhões, ambos mais próximos das posições da chamada “linha dura”. A vitória “surpresa” já em primeiro turno de um clérigo moderado no espectro xiita foi montada justamente para evitar a polarização interna no país persa. Não por acaso, logo nesta segunda-feira, 17/06, ocorreu a convocação de Mahmud Ahmadinejad, ainda presidente do país, pela Justiça Penal por acusações de corrupção. Tais fatos demonstram claramente que a burguesia iraniana deseja criar as condições para negociar um acordo com o imperialismo ianque que impeça a agressão militar ao país persa em troca de amplas concessões no terreno de sua soberania nacional, isolando os setores mais resistentes a tal giro servil. A base para alcançar este novo objetivo é o recuo no programa nuclear iraniano, uma exigência da Casa Branca para começar as negociações. Rohani, logo após a divulgação do resultado, se encontrou com Khamenei, que lhe desejou sucesso, chancelando oficialmente o nome já previamente “eleito” pela cúpula do regime islâmico. Na reunião, Khamenei indicou publicamente a Rohani “as diretrizes necessárias para seu futuro trabalho”, orientação que ficou mais que evidente no primeiro pronunciamento do presidente eleito, declarando ser a favor de “mais transparência” no programa nuclear do seu país, o que em outras palavras significa ceder à chantagem do Pentágono, via Agência Internacional de Energia Atômica, para “monitorar” o Irã, impedindo de fato o seu desenvolvimento nacional tanto no campo militar, científico e econômico.
Leia a mais recente edição do Jornal Luta Operária - Nº 259 - 1ª Quinzena de Junho/2013


 
EDITORIAL
Da Suécia, passando pela Turquia, até chegar ao Brasil, a rebeldia latente da juventude explode nas ruas contra o regime de opressão da burguesia

 
FARRA DAS COPAS
Chuva de vaias deixa Dilma com “cara de bunda” na abertura da Copa das Confederações

 
2014 JÁ COMEÇOU
Dilma intervém e o STF barra a liminar que favorecia o “troca-troca” parlamentar

 
DOIS LADOS DA MESMA MOEDA
Governo Dilma pretende mesmo conter a alta do Dólar ou beneficiar rentistas e os exportadores do agronegócio?

 
SOB PRESSÃO DOS RENTISTAS
Novamente começam as apostas do “Mercado” para reduzir as projeções de crescimento do PIB

 
DIREITA MONTA CENÁRIO PARA 2014
PIG tenta ressuscitar candidatura natimorta de Eduardo Campos

 
LUTA PELO PASSE LIVRE - I
Todo apoio aos “vândalos e baderneiros” do MPL!

 
LUTA PELO PASSE LIVRE - II
Selvagem repressão policial a serviço dos governos Haddad/Alckmin. Liberdade imediata para os presos políticos da luta contra o aumento das passagens!

 
ATAQUE AOS POVOS ORIGINÁRIOS
Dilma, PF e latifúndio montam operação de guerra para expulsar índios de suas terras nativas após assassinar jovem terena!

 
LEGALIZAR UM PARTIDO DE “ESQUERDA” NO BRASIL
Um bom negócio comercial para legitimar o regime democrático

 
MORRE JACOB GORENDER
Dos “Zig-Zags” estalinistas ao academicismo pequeno-burguês

 
TURQUIA EM CHAMAS
Odiado governo Erdogan, aliado incondicional da “revolução Síria”, é alvo de autênticas manifestações populares

 
A CAMINHO DA FACISTIZAÇÃO
“Vazamento” sobre espionagem doméstica desmoraliza Obama e pavimenta caminho do Tea Party rumo à Casa Branca

 
COLÔMBIA NA OTAN
Estratégia imperialista para eliminar as FARC e provocar uma guerra contra a Venezuela

 
SÍRIA SOB ATAQUE
Obama emite “sinal verde” aos preparativos da agressão militar imperialista em socorro aos “rebeldes” mercenários pró-OTAN na Síria

 
LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA
http://www.lbiqi.org


sábado, 15 de junho de 2013



Chuva de vaias deixa Dilma com “cara de bunda” na abertura da Copa das Confederações

Assistimos hoje mais um capítulo da profunda inabilidade política da anturragem Dilmista, o fato ocorreu em Brasília em plena abertura da Copa das Confederações. Na semana em que as mais importantes cidades do país foram sacudidas por combativas mobilizações quase que espontâneas contra as péssimas condições dos transportes públicos e pelos protestos contra as obras faraônicas e excludentes da Copa das Confederações, a presidenta Dilma resolve abrir o evento ao lado do “cartola-mor” da FIFA, o odiado Joseph Blatter. O resultado não poderia ser outro, a não ser um sonoro e desconcertante coro de vaias para o corrupto Blatter e “de quebra” para uma atordoada Dilma, vindo de todas as partes do lotado estádio Mané Garrincha. Mas o pior ainda estava por vir, após os apupos dirigidos a Blatter este pediu “respeito e fair play” a irada torcida, para depois passar o microfone a Dilma que desconcertada declarou (em pouco segundos) aberta a Copa das Confederações. A justa reação de ódio da população, diante de um evento “esportivo” que já consumiu  mais de 10 bilhões de Reais em construções inadequadas para um país que sequer possui um sistema minimamente decente de saúde pública (isto sem falar em educação, transporte e habitação), não pôde nem mesmo ser sufocado pelo espírito “patrioteiro” disseminado estupidamente entre o povo pela mídia “murdochiana”. A defesa da “pátria de chuteiras”, histeria nacional induzida em épocas de Copas do Mundo, serve como uma luva aos interesses comerciais da grande burguesia, além de tentar desviar a população trabalhadora da rota do enfrentamento dos graves problemas estruturais que o país atravessa.

sexta-feira, 14 de junho de 2013


Dilma intervém e o STF barra a liminar que favorecia o “troca-troca” parlamentar

A mídia “murdochiana” foi ao delírio completo após a maioria dos ministros do STF terem derrubado ontem (13/06) a liminar, que interferia no processo legislativo, impetrada pelo senador Rodrigo Rolemberg (PSB/DF) e deferida pelo ministro Gilmar Mendes. A liminar do “magistrado” Gilmar foi batizada descaradamente pelo PIG como sendo favorável à criação de novos partidos, no sentido de barrar o projeto aprovado por ampla maioria na Câmara dos Deputados apresentado como a expressão “antidemocrática da proibição da fundação de novos partidos”. Com a votação no Supremo (ainda não concluída) a mídia passou a adulterar o conteúdo real do debate fazendo coro com as oposições (direita e esquerda) e acusando a Corte de prejudicar os planos eleitorais da eco-capitalista Marina Silva. Como já tínhamos alertado em artigos anteriores, o projeto de lei do deputado Edinho Araújo (PMDB/SP) não impede a formação de novos partidos, na verdade, não versa sobre esta questão, trata-se apenas da proibição de que parlamentares que mudam de partido na mesma legislatura sejam impedidos de transferir para o novo partido sua cota no fundo partidário e tempo gratuito de propaganda eleitoral. Em resumo, na prática o projeto de lei desencoraja o chamado “troca-troca” no Congresso Nacional, mantendo as mesmas regras draconianas vigentes há mais de uma década para a organização de novos partidos. Mas, para os cínicos barões da mídia dificultar o “inchaço” parlamentar do novo “REDE Marineiro”, corresponde ao mais grave “atentado à liberdade partidária”, só comparado na história do país ao AI-5 do regime militar.

Obama emite “sinal verde” aos preparativos da agressão militar imperialista em socorro aos “rebeldes” mercenários pró-OTAN na Síria

O avanço das tropas do Exército Nacional Sírio sob o comando do presidente Bashar Al Assad contra os mercenários pró-OTAN e a crise interna que atravessa o governo Obama fez com que a Casa Branca decidisse anunciar publicamente o envio de armas aos “rebeldes”. Para tentar legitimar sua decisão, Obama declarou que o governo sírio usou armas químicas. Trata-se de mais uma farsa montada pelo imperialismo ianque e europeu para ajudar seu agentes internos em território sírio, apresentados como “revolucionários” pela escória revisionista. Eles vinham sofrendo derrotas acachapantes nos últimos dias, principalmente depois do Hezbollah ter deslocado parte de seus militantes para o país em apoio à ação do exército nacional. Allepo, a segunda cidade síria, está prestes a ser retomada e, por esta razão, o Pentágono defende a intervenção militar e a imposição de uma zona de exclusão aérea, como ocorreu na Líbia. Como se observa, o pedido dos revisionistas na LIT, de que os EUA forneçam armas pesadas aos “rebeldes”, está sendo atendido porque corresponde a estratégia da Casa Branca em um momento em que Obama enfrenta uma séria instabilidade interna depois dos “vazamentos” sobre a espionagem via empresas de telefone e internet a seus próprios cidadãos.

quinta-feira, 13 de junho de 2013


Morre Jacob Gorender: dos “Zig-Zags” estalinistas ao academicismo pequeno-burguês
 
Faleceu nesta terça-feira (11/06), aos 90 anos, o ex-dirigente do PCB e historiador, Jacob Gorender. Sua militância começou bastante cedo, aos 18 anos numa época em que o nazifascismo tomava de assalto a Europa e pretendia dominar a URSS. Na faculdade de direito em Salvador, sua terra natal (1941), Gorender começou a participar do movimento estudantil onde conheceu Mário Alves, quem um ano depois o recrutou para o PCB, dando vazão a sua inquietude de uma infância e juventude permeadas por imensas dificuldades econômicas por que passava sua família de pessoas simples. Após combater com a FEB na Segunda Guerra Mundial em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro onde se estabeleceu por seis anos, quando teve a oportunidade de conhecer Luiz Carlos Prestes e, depois, por volta de 1953 deslocou-se para São Paulo, onde o dirigente do partido era Carlos Marighella. Passou os anos 1955-7 na União Soviética junto a outros 50 jovens sob a coordenação de Mauricio Grabois. Contudo, nos estertores da década de 50 um fato iria marcar a sua militância política: junto com vários outros dirigentes de peso do “Partidão” (Giocondo Dias, Mário Alves, Armênio Guedes, Prestes e Marighella) foi um dos redatores da chamada “Declaração de Março de 1958”, a qual marcaria uma guinada do partido rumo ao “nacional-desenvolvimentismo” e na crença da necessidade da conquista de um “governo nacionalista” e “democrático”, a fim de que este rompa as barreiras dos “resquícios feudais” imperantes ainda no país. Trata-se da revolução por etapas (primeiro uma revolução democrática dirigida pela burguesia “progressista” e somente depois seria possível a revolução socialista), o que culminou posteriormente no apoio do PCB à candidatura nacionalista do General Teixeira Lott em 1960 e na integração política ao governo Jango. Após o golpe contrarrevolucionário de 1964, foi expulso do PCB em 1967 por defender a luta armada contra o regime militar e fundou ao lado de Mário Alves e Apolônio de Carvalho o PCBR, sendo preso e torturado em 1970. Posteriormente, a obra de Gorender vai se concentrar na crítica à visão “feudalista” e aos métodos partidários, aspectos nos quais a imprensa “murdochiana” faz questão de salientar ao lado de sua produção acadêmica. Nisto a obra seminal é “O escravismo colonial” (publicado em 1978) e o autocrítico “Combate nas trevas” (1987), no qual teceu ácidas críticas ao “messianismo” de Prestes e à atuação das esquerdas no pré e pós-golpe militar, obra que marcou a ruptura com sua militância partidária mergulhando de vez no academicismo pequeno-burguês, cuja marca é a negação da construção do partido revolucionário.

quarta-feira, 12 de junho de 2013


Todo apoio aos “vândalos e baderneiros” do MPL! Solidariedade aos presos políticos dos governos Alckmin/Haddad!

Nos últimos dias a capital paulista está sendo palco de massivos protestos populares contra o aumento da passagem de ônibus. À frente das marchas estão em sua maioria estudantes e ativistas ligados ao Movimento pelo Passe Livre (MPL). A PM do governador Alckmin e a Guarda Municipal do prefeito Haddad estão reprimindo duramente as manifestações, que já contabilizam mais de vinte presos políticos. A justiça burguesa impôs uma fiança de 20 mil reais para uma parte dos companheiros detidos por se manifestar contra mais este ataque às condições de vida dos trabalhadores e do povo pobre, outros dez companheiros sequer tem este “direito”! Em uníssono, a burguesia, seus meios de alienação de massa tendo como ponta de lança a Rede Globo e os governos burgueses do PT e PSDB, vem acusando os manifestantes de “vândalos e baderneiros” porque para se defenderem dos ataques do aparato de repressão (que disparam centenas de bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha, além de dar bordoadas com cassetetes) fazem barricadas com lixo, fecham ruas e reagem como podem à repressão policial! Desde a LBI e da Juventude Bolchevique publicamente prestamos todo nosso apoio incondicional aos “vândalos e baderneiros” do MPL e afirmamos claramente que a luta contra o aumento das passagens no transporte coletivo deve se radicalizar ainda mais e se unificar nacionalmente com os companheiros do Rio de Janeiro, Goiânia e Natal para vencer os empresários e seus governos de “direita” e “esquerda”. Neste momento, o conjunto do movimento popular, sindical e estudantil que não está cooptado pelas verbas estatais deve se unificar em solidariedade aos presos políticos dos governos Alckmin/Haddad acusados de danos ao patrimônio e formação de quadrilha, organizando um ato nacional em defesa dos companheiros encarcerados e pelo passe livre já!

Governo Dilma pretende mesmo conter a alta do Dólar ou beneficiar rentistas e os exportadores do agronegócio?

Uma certa “tensão” ronda os chamados “mercados emergentes”, como o Brasil, trata-se da possibilidade do FED (Banco Central) norte-americano alterar sua política de expansão monetária para combater a recessão interna e no bojo voltar a elevar as taxas de juros dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro, congeladas desde o crash financeiro de 2008. Caso o FED decida tornar mais “atraente” a taxa de juro ianque espera-se uma corrida de investidores, que voltariam para o “lar” no sentido de especular com os “papéis” mais garantidos do planeta. A economia norte-americana apresenta leves sinais de recuperação após quatro anos de estagnação, o sistema bancário foi parcialmente “saneado” (não há ameaças de falência) e até mesmo os valores imobiliários voltaram a subir. Vale destacar que o custo social da “recuperação” econômica ianque é bastante elevado, os índices de desemprego ainda são praticamente os mesmos de 2009, acompanhado das perdas de conquistas operárias históricas com o fim do “Welfare State”. O Brasil foi diretamente beneficiado com a crise mundial de 2009, logo após o “susto” que implicou em uma interrupção momentânea do fluxo de crédito ao país, assistimos uma verdadeira “enxurrada” de investimentos financeiros “globais” a procura do binômio de juros altos e estabilidade política e social vigente no “reino” petista do pacto social. Mas agora a “onda” financeira promete virar da “periferia para o centro” e o desprestigiado Dólar ameaça tomar seu lugar de volta, esboçando uma valorização mundial, que no Brasil já chegou a casa de 6% em apenas 30 dias.

terça-feira, 11 de junho de 2013


“Vazamento” sobre espionagem doméstica desmoraliza Obama e pavimenta caminho do Tea Party rumo à Casa Branca

Com a restauração capitalista da URSS e o fim da chamada “Guerra Fria”, a partir da queda do Muro de Berlim, ou seja, o desaparecimento do Pacto de Varsóvia que fazia um contraponto político e militar ao imperialismo ianque, ganhou força uma campanha ideológica movida por intelectuais a soldo das potências ocidentais e da grande mídia burguesa, afirmando que o mundo de forma homogênea caminhava para a “democracia” - entenda-se um regime de aparente liberdade civil tendo por base a economia de mercado. A pequena-burguesia acomodada foi vanguarda em “incorporar” esses valores em nome da sua “liberdade individual”, enquanto o proletariado, carente de referência programática e ideológica comunista, foi arrastado para tal armadilha ao mesmo tempo em que era atacado em suas mais elementares conquistas sociais. Passados quase 25 anos do fim da chamada “cortina de ferro”, uma referência aos Estados operários do Leste Europeu, vemos que o imperialismo ianque incrementou seu controle político, militar e ideológico sobre o planeta. Neste marco, não causou qualquer surpresa os recentes “escândalos” sobre o monitoramento em massa da vida dos cidadãos estadunidenses pelos órgãos de vigilância internos. Veio à tona o que já se sabia: o Estado burguês nos EUA, que assume o papel de polícia planetária, é uma verdadeira máquina de guerra para manter sua dominação sobre os povos e nações oprimidas, enquanto vigia seus próprios cidadãos para que nada “saia do controle” em casa. A classe média, fã do Facebook, uma ferramenta de monitoramento controlada pela CIA, crente na falsa “liberdade de expressão” na internet e na comunicação via celular, é que se “chocou” com as informações que vieram a público com as denúncias de Edward Snowden, antigo membro da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos e atual funcionário de uma empresa subcontratada pela Agência de Segurança Nacional ianque (NSA). Tais “vazamentos”, que deixam o governo Obama fragilizado frente a sua base social “progressista” no interior dos EUA enquanto o desmoralizam diante da direita que o acusa de incompetente em zelar pela “segurança nacional”, pavimentam o caminho para a transição da atual gestão democrata fragilizada para um futuro mandato republicano de corte fascistizante a ser comandado pelo Tea Party.

segunda-feira, 10 de junho de 2013


Novamente começam as apostas do “Mercado” para reduzir as projeções de crescimento do PIB

O ano “pré-eleitoral” vai chegando a sua metade e novamente a “mão invisível do deus Mercado” vai iniciando suas projeções sobre os indicadores econômicos anunciados pelo governo no início da temporada. O alvo principal do “Mercado”, como de costume, é o PIB projetado pela equipe econômica palaciana para ter um crescimento algo em torno de 3,5% no ano de 2013. A expectativa do governo era superar o pífio desempenho da economia em 2012, que, apesar de revelar uma pujança de consumo e superávit em contas públicas, aferiu uma evolução do PIB inferior a 1%. Mas, os pesados interesses comerciais da burguesia, em sua relação com o botim estatal, a fazem acionar todos os mecanismos para sempre projetar o pior cenário econômico possível e a partir deste marco obter generosas vantagens a título de “incentivo fiscal e monetário”, por parte da “gerência capitalista de turno”. Não por mera coincidência, as novas pesquisas eleitorais (encomendadas) apontam que queda da popularidade de Dilma em sete pontos foi resultado das previsões negativas para economia neste último semestre. Para legitimar a expectativa de uma “estagnação econômica iminente” nada melhor do que entrar em cena uma “respeitável” e internacional “Agência de Classificação de Risco”, como a Standard & Poor’s e rebaixar a “nota” dada ao Brasil. Para completar o “mau agouro econômico” o próprio Banco Central, na verdade uma agência de rentistas dentro do Estado, acaba de divulgar uma pesquisa do “Mercado” (relatório Focus) onde diminui a projeção de crescimento do PIB em 2013 para 2,53%. Até o final do ano outros “capítulos” (projeções) desta “novela” anunciada virão, até que enfim a “ficção” se transforme em plena realidade...

domingo, 9 de junho de 2013


PIG tenta ressuscitar candidatura natimorta de Eduardo Campos

Como já tínhamos prognosticado há algumas semanas, a permanência de José Serra no “ninho” Tucano do PSDB teria o efeito imediato de “desmontar” a candidatura presidencial do governador pernambucano Eduardo Campos. Não podia ser diferente pelo simples fato do “socialista”, neto do lendário Miguel Arraes, não contar com uma mínima base política de apoio para além do próprio estado nordestino que governa. Uma ruptura de Serra dos quadros do PSDB, migrando para o MD (antigo PPS), era a condição elementar para que o PSB pudesse contar com um partido coligado com relativo peso eleitoral no sudeste do país. Mas, o MD sem o ingresso do ex-governador de São Paulo não passa de uma sublegenda dos Tucanos e sem a menor densidade política, sob o comando do de um arrivista da pior espécie, o deputado (eleito por SP) Roberto Freire. Como um bom funcionário de Serra, Freire anunciou na convenção nacional do PSDB sua desistência em apoiar o conterrâneo Campos e jurou sua fidelidade ao Tucano “debutante” Aécio Neves. Mas quem pensa que as dificuldades em decolar a candidatura de Campos param por aí muito se enganam...

sexta-feira, 7 de junho de 2013


Selvagem repressão policial a serviço dos governos Haddad e Alckmin. Liberdade imediata para os presos políticos da luta contra o aumento das passagens!

Nesta quinta-feira, 6 de junho, cerca de cinco mil estudantes que se concentravam em frente ao Teatro Municipal de São Paulo para protestar contra o abusivo aumento das passagens do transporte público (a tarifa de metrô, trem e ônibus subiu de R$ 3,00 para R$ 3,20) decidiram no início da noite sair em passeata rumo a Avenida Paulista. Em uma das maiores passeatas dos últimos anos, seguiram pelas ruas do centro da capital paulistana que, mesmo de forma ordeira foram constantemente provocados e alvos de bombas de gás pela Polícia Militar, a fim de justificar uma ação repressiva de maior envergadura. No entanto, ao chegar à Avenida Paulista, quando o ato estava programado para ser encerrado, a polícia sob as ordens do fascista governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), cercou os manifestantes que já estavam se dispersando. O tucanalha não deixou por menos: “É preciso deixar claro que não é aceitável o que foi feito, é um absurdo sob todos os pontos de vista. Uma atitude totalmente absurda e a polícia tem que agir, a polícia não pode se omitir” (O Estado de S.Paulo, 7/6). Por isso ordenou que a PM atacasse com extrema violência e covardia com bombas de gás, balas de borracha, montando uma verdadeira arapuca para os manifestantes. Para se protegerem e enfrentar a selvageria policial, muitos se abrigaram em shoppings centeres e bloquearam as ruas com entulhos. Após esta covardia e truculência a polícia prendeu cerca de 15 pessoas sem qualquer justificativa, mais de 30 ativistas resultaram feridos com estilhaços de bombas e balas de borracha. O enfrentamento espontâneo com a polícia sintetiza todo o ódio que estudantes e trabalhadores têm em consequência de terem todos os dias ficar espremidos em ônibus, metrô e trens pagando passagens caríssimas pelos aumentos autorizadas por Alckmin e o prefeito Haddad (PT).

quinta-feira, 6 de junho de 2013


Odiado governo Erdogan, aliado incondicional da “revolução Síria”, é alvo de autênticas manifestações populares na Turquia

Uma onda de protestos populares tomou conta da Turquia a partir da tentativa de destruição da praça pública Taksim em Istambul pelo governo islamita do odiado primeiro-ministro Erdogan. Tudo ocorreu ao melhor estilo de uma faísca que faz incendiar uma fogueira. Logo, os impressionistas de sempre no interior da “esquerda” trataram de afirmar que Istambul estava sendo palco de um novo capítulo da chamada “Primavera Árabe”, como o surgimento de uma nova “Praça Tahrir”. Mas, ao que tudo indica, a transição controlada que o imperialismo ianque operou com sucesso no Egito e na Tunísia não parece estar nos planos da Casa Branca quando se refere à Turquia. País onde estão instaladas várias bases da OTAN e que serve como cabeça de ponte das potências capitalistas no suporte aos mercenários “rebeldes” na Síria, não há qualquer sinal que os EUA e a União Europeia desejem tirar de cena o seu importante aliado do governo turco. Ao contrário, a ordem é reprimir violentamente o movimento de massas para garantir a estabilidade do regime com o apoio dos amos ocidentais, justamente para a Turquia continuar dando suporte à agressão da OTAN a países como a Síria e o Irã. A fantasiosa “Primavera Árabe” não chegou à Turquia porque Ancara já se coloca plenamente como marionete do imperialismo, o que reforça a necessidade dos marxistas revolucionários apoiarem as manifestações contra o reacionário Erdogan, ainda que sejam limitadas, justamente porque elas estão ocorrendo por fora dos planos do imperialismo para a região e servem para questionar o apoio da Turquia às provocações contra a Síria, já que grande parte da população é contrária ao papel vergonhoso que assumiu o governo pró-imperialista do país no Oriente Médio e Norte da África.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Leia o Editorial do Jornal Luta Operária nº 258, 2ª Quinzena de Maio/2013

PIG, a serviço dos rentistas, ordena alta dos juros. Dilma e seu BC como capachos acatam!

Na véspera da reunião do COPOM, organismo colateral do BC, a mídia “murdochiana” em estado de “surto imperativo” já determinava qual seria o caminho que seguiriam os tecnocratas do BC na questão da definição da taxa básica de juros (SELIC) do próximo período. Como porta-voz dos rentistas internacionais, o pastelão “O Globo”, anunciava que os juros deveriam subir para o “bem” da economia nacional, ou seria melhor ter afirmado... para o bem dos barões de Wall Street... A campanha midiática montada em cima do “retorno galopante da inflação” não tinha como alvo, é claro, preservar o parco poder de compra da população trabalhadora, seu objetivo estava focado na elevação do spread que o estado brasileiro paga aos banqueiros que detém os títulos de nossa dívida pública, cada elevação em um ponto percentual da SELIC corresponde a bilhões que o Tesouro Nacional tem que desembolsar para “honrar seus compromissos financeiros”. Mas, a alta da SELIC também afeta as taxas de juros praticadas no chamado “varejo” bancário, ou seja, nas operações de crédito contraídas por pequenos produtores e pessoas físicas. Com o viés de alta apontado pelo BC, que no último período elevou a SELIC em 0,75% (somente na reunião que se encerrou no dia 29/05 o aumento foi de 0,5%) todas as operações de crédito direto ao consumidor subiram seus índices em mais de 2 pontos percentuais, em uma espiral financeira que vai muito mais além dos parâmetros estabelecidos originalmente pelo BC. Roberto Setúbal, dono do ITAÚ, levantou a bandeira da alta dos juros e como um líder nato de seus pares rentistas acionou os “funcionários” do PIG para a adesão imediata a sua “campanha anti-inflacionária”, restou ao governo Dilma recuar em seu discurso dos “juros baixos” atendendo servilmente às reivindicações desta “categoria tão sofrida”... os agiotas do mercado financeiro!

terça-feira, 4 de junho de 2013


Colômbia na OTAN é parte da estratégia imperialista de eliminar as FARC e provocar uma guerra contra a Venezuela

O pedido de ingresso da Colômbia na OTAN, anunciado pelo facínora presidente Manoel Santos, poucos dias depois das FARC terem chegado a um “pré-acordo” com o governo colombiano no tema da reforma agrária nos chamados “diálogos de paz”, parece que pegou de “surpresa” a “esquerda” que apoia as negociações entre a guerrilha e Santos. Diversas declarações indignadas de partidos reformistas e stalinistas latino-americanos reclamando da decisão de Santos em estabelecer um acordo de cooperação com a OTAN vieram à tona, como se sentissem “traídos” pelo chacal colombiano, o mesmo, lembremos, que foi ministro da defesa do governo narcotraficante de Uribe e responsável, já como presidente, pelos ataques à direção da guerrilha que levou ao assassinato de Afonso Cano em 2011, dirigente máximo das FARC. Para os marxistas-leninistas que sempre denunciaram publicamente as negociações como parte de um plano traçado pela Casa Branca para eliminar as FARC – tanto que durante o processo mais de 100 guerrilheiros já foram mortos – a decisão de Santos se enquadra perfeitamente na estratégia do imperialismo de preparar uma ofensiva militar contra a Venezuela. A recém-criada “Aliança do Pacífico”, constituída de México, Colômbia, Peru e Chile, patrocinada por Washington e que já organizou nada menos que sete reuniões de cúpula em pouco mais de um ano demonstra que se trata de um plano continental para avançar no controle sobre o continente latino-americano.