sexta-feira, 25 de maio de 2012

Poeta Thiago de Mello e militantes internacionalistas demonstram grande interesse pelo folheto “Os genuínos trotskistas e a questão cubana” lançado durante a Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba

Teve início da noite deste dia 24.05, quinta-feira, a XX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba em Salvador-Bahia. Mais de 500 militantes e ativistas de todo o país compareceram a cerimônia de abertura. A LBI aproveitou a atividade para lançar o folheto “Os genuínos trotskistas e a questão cubana”, em que reafirma a defesa incondicional da ilha operária e de suas conquistas históricas rechaçando a ofensiva imperialista através do bloqueio econômico, ao mesmo tempo em que polemiza com a orientação programática adotada pela burocracia castrista, particularmente no VI congresso do PC cubano, realizado no mês de abril de 2011, em que esta ataca uma série de direitos históricos dos trabalhadores com o objetivo de avançar o processo de restauração capitalista. Além da LBI se fizeram presentes na Convenção o PCdoB, PCB, PCR, PCML-Jornal Inverta e o PT, estando vergonhosamente ausente da atividade todo arco pseudotrotskista, que já não defende o Estado operário cubano e junto com a Casa Branca e os gusanos se soma à sórdida campanha pela “derrubada da ditadura dos irmãos Castro”.

Grande afluxo de militantes na banca da LBI durante
a Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba

O grande interesse pelo folheto “Os genuínos trotskistas e a questão Cubana”, já que foram vendidos só no primeiro dia da Convenção dezenas de exemplares, demonstra que nossa defesa incondicional de Cuba, apesar das profundas diferenças programáticas com a direção do PC cubano, gerou o respeito de um amplo setor da vanguarda, principalmente de vários ativistas não ligados a frente popular presentes na atividade. Estes camaradas compreendem, assim como a LBI, que a melhor forma de responder as investidas do imperialismo ianque é chamando a classe operária em nível mundial a derrotar o imperialismo e não apoiando a política de “coexistência pacífica” com a Casa Branca e a Igreja Católica. Nesse mesmo sentido, vários companheiros que visitaram nossa banca e adquiriram o folheto também fizeram críticas ao “reordenamento trabalhista e tributário” aprovado no VI Congresso do PC cubano que prevê a demissão de 500 mil trabalhadores da área estatal “remanejando-os” para serviços individuais, os famosos contapropistas.

A autoridade política da LBI, que hoje é praticamente a única corrente trotskista em nível nacional a defender incondicionalmente Cuba e suas conquistas sociais vigentes apesar de mais de 50 anos de criminoso bloqueio econômico, inclusive polemizando com a linha adotada pela direção castrista em uma atividade controlada pelos próprios “amigos de Cuba”, foi reafirmada quando o poeta Thiago de Mello recebeu das mãos do dirigente nacional de nossa corrente política, Marco Queiroz, um exemplar do folheto "Os genuínos trotskistas e a questão cubana”, inclusive declarando publicamente a importância dos trotskistas defenderem Cuba neste momento extremamente difícil para a ilha operária. Thiago de Mello é conhecido mundialmente pela sua denúncia da barbárie capitalista através de versos e do combate a destruição da floresta amazônica pelas trasnacionais, luta imortalizada em seu famoso “Estatutos do Homem” publicado no ano de 1973 em plena ditadura militar e também quando denunciou os crimes dos generais genocidas através do célebre poema transformado posteriormente em música “Faz escuro mais eu canto”. Na conversa que teve com o ilustre poeta, o dirigente nacional da LBI reafirmou a Thiago de Mello que nossa organização política estava na trincheira de luta em defesa do Estado operário apesar das divergências com o governo da ilha.

Poeta Thiago de Mello recebe do dirigente nacional da LBI,
Marco Queiroz, um exemplar de “Os genuínos trotskistas e a questão Cubana”

Orgulhamo-nos de em meio à ofensiva mundial do imperialismo contra Cuba e outros regimes políticos que são alvo da sanha guerreirista da Casa Branca, como a Síria e o Irã através da farsesca “revolução árabe”, estarmos na linha de frente do combate internacionalista para derrotar as grandes potências capitalistas, inclusive em unidade de ação com o PC cubano, Assad e Ahmadinejad diante dos ataques do pior inimigo dos povos, o imperialismo. Desde a trincheira de luta da defesa do Estado operário cubano e das nações oprimidas atacadas pela OTAN, fazemos o combate programático e político pela construção nestes países de uma autêntica direção revolucionária para o proletariado. Nossa intervenção na XX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba e o lançamento de “Os genuínos trotskistas e a questão cubana” fazem parte desse combate programático que honra o legado de Leon Trotsky, tão enlameado pelos revisionistas do trotskismo neste momento crucial da luta de classes mundial.