quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Após reconhecer o governo fantoche dos “rebeldes” pró-OTAN na Líbia, Dilma quer enviar tropas ao Líbano para impedir a chegada de armas ao Hezbollah

O governo Dilma acaba de aprovar na Câmara dos Deputados o envio de 300 militares brasileiros para integrar a chamada Força Interina da ONU no Líbano (UNIFIL), instalada no sul do país justamente para impedir que a guerrilha armada xiita possa lançar novos ataques contra o enclave sionista. Depois de servilmente reconhecer o governo fantoche dos “rebeldes” pró-OTAN na Líbia, agora a frente popular liderará as forças marítimas da UNIFIL cujo objetivo é evitar que armas e munições cheguem à resistência libanesa pelo Mar Mediterrâneo, tanto que serão enviadas também embarcações brasileiras para reforçar o bloqueio naval!

Na mensagem remetida ao parlamento, os ministros de Relações Exteriores, Antonio (nada) Patriota e o da Defesa, Celso Amorim, apresentados como expoentes “progressistas” do governo Dilma e os quais os revisionistas do trotskismo como “O Trabalho” e PSTU pedem respeitosamente que “retirem as tropas do Haiti”, defendem agora o envio de equipamentos e militares ao Líbano para “reforçar a liderança brasileira no ambiente marítimo da UNIFIL e dar suporte e autonomia ao comandante da missão, o almirante brasileiro Luiz Henrique Caroli” (O Estado de S.Paulo, 27/10). Como se vê, a própria realidade rapidamente desmascarou os revisionistas que, dentro e fora do PT, vendem ilusões de que o governo Dilma e particularmente o ministro Celso Amorim poderiam ordenar a retirada das tropas brasileiras do Haiti, fazendo-lhes para isto apelos patéticos e inofensivos. Os lambertistas e morenistas não fazem mais que patrocinar pela “esquerda” uma política distracionista e pró-imperialista frente ao governo petista capacho de Washington.

Os ministros afirmaram ainda que o envio de tropas ao Líbano “demonstraria o compromisso do Brasil com a promoção da paz no Oriente Médio”, a mesma paz dos cemitérios que os caças da OTAN estão impondo ao povo líbio, buscando eliminar a resistência popular que apóia o coronel Kadaffi e heroicamente luta contra os abutres imperialistas. Com o apoio do governo brasileiro, os EUA e Israel, através das tropas da ONU, já estacionadas no sul do Líbano, podem a qualquer momento armar uma provocação e intervir militarmente no país, buscando desarmar as milícias do Hezbollah e isolar ainda mais o regime sírio e iraniano, que estão claramente na mira do Pentágono. Lembremos mais uma vez que as potências capitalistas estão fazendo exatamente isto neste exato momento na Líbia em nome do apoio à “revolução árabe” saudada pelos mesmos revisionistas que vendem ilusões no governo da frente popular! Não por acaso, o ministro (nada) Patriota e assim como Celso Amorim, ao defenderem a mensagem, afirmaram que a diplomacia brasileira esteja desempenhando um papel chave nas “negociações” da ONU com o Irã e a Síria, ou seja, está apoiando as sanções imperialistas a esses dois países para debilitá-los antes que o imperialismo promova uma agressão militar direta.

Frente ao papel vergonhoso do governo brasileiro, que não passa de um “emergente” agente do imperialismo ianque no Líbano e Haiti, lutemos pela derrota e expulsão das forças da ONU pela insurgência nestes países e prestemos todo apoio às forças da resistência armada líbia em luta contra os abutres da OTAN e seus “rebeldes”!