sexta-feira, 22 de julho de 2011

PSOL quer entrar “pra valer” na disputa municipal de São Paulo... com Suplicy na cabeça!

A disputa para a prefeitura da capital paulista está muito “aquecida”, e até parece mesmo que já começou, mesmo faltando mais de um ano para sua realização. Desta vez a iniciativa ficou por conta do PSOL, que pela completa ausência de figuras com densidade eleitoral no partido está “alugando” sua legenda para políticos burgueses, desde que sejam “éticos”, é claro. Como abutres oportunistas sobrevoam o campo petista a procura de dejetos políticos que possam lhes ser útil, e acabaram por encontrar a patética figura do senador Eduardo Suplicy, que de bobo e vestal não tem nada.

O PT paulistano está dividido acerca do caminho eleitoral que irá seguir nas próximas eleições, tendo as opções de apresentar candidatura própria ou coligar-se ao PSD do atual prefeito Kasab ou ao PMDB de Temer que irá apresentar o ex-tucano Chalita. Neste debate “interno” só existe uma certeza para o PT: rifar as pretensões de Suplicy, seja para disputa a prefeito e até mesmo para concorrer a sua própria reeleição como senador. Neste quadro de “rejeição total”, Suplicy, como todo político burguês que não quer ficar sem mandato, bateu as portas do PSOL, que o acolheu de primeira. O picareta deputado Ivan Valente logo afirmou a profunda identidade “programática” entre o PSOL e o petista: “O Suplicy tem sido sistematicamente rejeitado no PT, mas seria bem vindo ao PSOL. Ele sempre foi muito solidário conosco no debate político nacional”. Suplicy agradeceu esta “generosidade” do PSOL, e a utilizará como barganha interna no PT, focando seus interesses, é claro, não na sucessão municipal, mas nas eleições de 2014.

A postura do PSOL neste episódio “suplicyano” só demonstra seu verdadeiro caráter de classe, ou seja um partido pequeno-burguês, profundamente entrelaçado com as instituições parlamentares deste regime capitalista. Seu companheiro de “oposição de esquerda”, o PSTU, segue na mesma direção de classe sonhando com um lugarzinho no Parlamento burguês, chegando mesmo ao ridículo de participar do “Domingão do Faustão” e repetir como um papagaio acéfalo as idiotices da Rede Globo sobre a guerra da Líbia. Ambos, PSOL e PSTU, são reféns políticos da democracia dos ricos e não sobrevivem sem o “oxigênio” do eleitoralismo burguês mais oportunista e decadente.