segunda-feira, 11 de julho de 2011

Assassinato do garoto Juan, mais uma “obra” macabra da polícia de Sergio caveirão  

O bárbaro assassinato de uma criança de 11 anos, o garoto Juan Moraes, executado pela PM em 20 de junho, no morro Danon, no Rio de Janeiro, é uma prova irrefutável do caráter fascista da política de intensificação da repressão policial contra á população pobre dos morros cariocas, cinicamente chamadas de “pacificação” e justificada pela mídia burguesa como combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado.

Juan não foi, nem será a última vitima da sanha assassina dos órgãos de repressão estatal. Muitos já foram mortos pelos mesmos carrascos que o executaram. O que há de novo nesse funesto episódio é que ele faz parte de uma política deliberada do governo Cabral e do governo de Dilma Rousseff de impor o terror da repressão policial sobre a população pobre do Rio de Janeiro. Política que visa à higienização social da cidade, para apresentá-la como local seguro para a realização dos jogos da copa do mundo de 2014 e ao mesmo tempo atender às exigências da burguesia carioca para fazer do Rio de Janeiro um centro de investimento de capitais públicos e privados. Foi com esse objetivo que foram criadas as UPPs nos morros cariocas.

Depois de tentar ocultas as provas do terrível assassinato de Juan, cujo corpo foi escondido pelos policiais e depois identificado pela perícia como uma menina, a PM do Rio diz que os supostos responsáveis serão expulsos da corporação caso os fatos sejam confirmados. Isso, entretanto, é apenas uma forma de apresentar os “maus policiais” como únicos culpados pelo crime, quando na verdade estes só fizeram cumprir mais uma vez o papel reacionário e classista da força de repressão policial na sociedade burguesa.

Para livrar a cara da polícia como instituição estatal cuja atividade fim é exatamente reprimir a população trabalhadora e explorada, o deputado estadual do PSOL, Marcelo Freixo, que recentemente reivindicou do governo Sergio Cabral o aumento da UPPs nos bairros pobres do Rio, exige agora maior celeridade na apuração dos fatos pela própria polícia.  

A classe trabalhadora não deve alimentar a menor ilusão nessa farsa. A verdadeira punição contra os assassinos de Juan e de tantas outras vítimas da repressão policial não pode ficar a cargo da corrupta justiça dos patrões nem da máquina assassina da repressão policial. Somente a população pobre organizada em comitês de autodefesa pode garantir a sua própria segurança, seja contra a polícia assassina, seja contra os grupos de extermínio a serviço dos capitalistas. Ao contrário da opinião pública pequeno-burguesa que defendem a “pacificação” através do aumento do poder de ação das forças repressivas do Estado, os marxistas revolucionários e o conjunto das massas exploradas devem erguer bem alto a bandeira da luta pela destruição violenta do Estado burguês e de suas forças de repressão (polícia, exército, etc), única forma de alcançar uma verdadeira paz e de fazer justiça contra os assassinos do povo trabalhador.